PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
Jesus subiu ao Céu
A ressurreição de Jesus completa-se com sua gloriosa Ascensão ao Céu. Assim narram os Atos dos Apóstolos: “Jesus mostrou-se vivo aos discípulos depois de Sua Paixão com numerosas provas. Durante 40 dias apareceu-lhes falando do Reino de Deus” (At 1,3) Depois foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o cobriu de modo que não puderam mais vê-lo”(9). A Ascensão ao Céu tem um significado profundo em sua vida e mistério. Aos discípulos, que o perdem aos olhos, permanece uma dupla certeza: Ele consumou sua missão no mundo e foi constituído Senhor e Rei da Glória junto ao Pai. Tornou-se mediador entre o Pai e a humanidade redimida, juiz do mundo e Senhor do Universo. Por outro lado sabem que Ele está presente: “Eu estarei convosco todos os dias até ao fim do mundo” (Mt 20,20). Sua presença junto do Pai não foi um afastar-se de “nossa humildade, mas para nos dar uma certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade” canta o prefácio da missa. Notemos que não vemos nos discípulos sombra de saudosismo dos bons tempos em que viviam com Ele. Ele subiu ao Céu e torna-se para eles a certeza de que estão garantidos, pois recebem Seu Espírito para continuar Sua missão. Continua unido a Seu Corpo que somos nós, a Igreja. Cristo não é um concorrente de outras forças do mundo espiritual. Seu poder e glória são o poder e glória do Pai. É fonte e razão de vida. Para Ele converge todo o universo. É o ponto de atração de nosso minúsculo mundo. Reina até entregar Seu Reino ao Pai (1Cor 15,24) quando vier no fim dos tempos.
Somos participantes da glória
Ele é nossa cabeça. Somos o corpo. Cristo levou para junto do Pai nossa humanidade, como nos trouxera Sua divindade. Já estamos com Ele na glória. A oração da missa assim reza: “membros de Seu corpo, somos chamados, na esperança, a participar de Sua glória”. O cristão não vive de ilusões, mas de esperanças, que é a certeza de possuir todos os bens celestes. Por isso, Paulo escreve aos Efésios “Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o Seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, e que imenso poder Ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com sua ação e força onipotente” (Ef 1.18-19). Com a Ascensão de Jesus ao céu, temos a garantia do poder de Deus porque “se manifestou Sua força em Cristo quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se a Sua direita” (20).
Fazei discípulos meus todos os povos.
É notável que a última palavra de Jesus, seu último gesto nesta terra, foi confiar aos discípulos a missão que o Pai lhe confiara. Agora somos nós a fazer o que Ele fazia, dizer o que dizia e transformar o quando como Ele o transformava. Fazer discípulos é fazer o que Ele fez: “chamou a si aqueles que quis para estarem com Ele e irem anunciar” (Mc 3,13). Os discípulos entenderem sua missão e, depois de receberam o Espírito Santo foram para todo o mundo conhecido. Essa missão é conferida também a nós. O Cristianismo que não anuncia é porque já faliu. Nós vemos o mundo tornar-se pagão e ateu, mesmo cristãos se evolvem com o espírito do anti-evangelho. A Ascensão nos anima a buscar nova força na certeza da vitória de Cristo e da missão que Ele nos confiou.
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