São Martinho (1569-1639) nasceu em Lima, capital do Peru. O pai pertencia à nobreza espanhola, e a mãe era de origem africana. Desde criança mostrou-se um menino fora de série. Suas santas esquisitices desconsertavam todo o mundo.
Era apaixonado pelos pobres e doentes. Quando voltava do mercado com as compras da casa, parava sempre diante de algum pobre e repartia com ele o que ia levando.
À medida que crescia, aumentava também a vontade de consagrar sua vida ao serviço de Deus. Tinha somente 15 anos quando foi aceito pelos Frades Dominicanos. Ao despedir-se, a mãe disse:
- Adeus para sempre, meu filho!
Mas ele respondeu com ternura:
- Não fale assim, mamãe, continuarei sendo sempre seu filho.
A primeira ferramenta que lhe deram, foi a vassoura. Fez dela a chave para o céu. Assumiu generosamente os cargos de cozinheiro, roupeiro, hortelão, enfermeiro.
Tudo fazia pelos enfermos. Chegou a utilizar uma parte do convento para eles. O Padre Superior não achou nada bom e se queixou:
- Frei Martinho, leve esse pessoal para outro lugar. Nosso convento não é hospital.
- Os doentes são o próprio Jesus - respondeu. O senhor quer que eu mande Jesus embora?
- Esse Irmão não tem mais jeito - foi a resposta conciliadora.
Quando adoeceu mortalmente, a cidade inteira cercou o convento para acompanhar os últimos momentos do grande amigo. Faleceu em 1639, vitimado pelo tifo, e foi canonizado em 1962.
É representado com a vassoura na mão, símbolo do humilde trabalho doméstico.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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