Sabe-se que Sinforiano era nobre e filho de um senador chamado Fausto.
Recebeu educação esmerada, era também profundamente cristão e cheio de virtudes. Naquela época, a cidade de Autun era quase inteiramente pagã e o seu culto principal era em relação a Cibele chamada de “Grande Mãe”, antiga deusa da Terra e da fertilidade.
Certo dia, Sinforiano proferiu zombarias ao cruzar com uma procissão pagã em honra a deusa Cibele. Diante do que consideraram uma ofensa, os pagãos o levaram ao tribunal da cidade, diante do cônsul, representante de Roma, Heráclio. Diante do tribunal, por duas vezes confessou sua fé cristã. Por ser de uma família nobre, Sinforiano foi preso, flagelado e recebeu a chance de se desculpar. Depois de recusar dinheiro para que abjurasse sua fé, manteve-se firme em suas convicções e foi condenado à morte.
Sua mãe, esteve ao seu lado, encorajando-o em língua gaulesa, (a ter em mente apenas a vida eterna em Deus) quando foi levado para sua execução. Ela assistiu à morte do filho.
O santo mártir foi morto ao norte da cidade, fora do portão de Santo André. Sua “passio” foi registrada por São Gregório de Tours (538-594), bispo e historiador francês, em seu “De gloria confessorum” que conta a história do jovem Sinforiano, mártir de Autun (França gaulesa).
Por volta de 454 Santo Eufrônio, bispo de Autun (452-475) fez construir uma basílica no local do martírio de São Sinforiano. Ele confiou a basílica a clérigos regulares ligados a um mosteiro da Congregação de Santa Genoveva, que perdurou até 1656, sendo supressa em 1791 durante a Revolução Francesa. O abade Germano de Paris, que depois foi bispo de Paris, dedicou uma capela ao santo no local. Genésio de Clermont construiu uma igreja dedicada a ele em Clermont.
Dentre todos os mártires do século III, o São Sinforiano (em francês Symphorien) era o mais venerado. Seu túmulo era protegido por uma “cela” como para os santos mais importantes dos primeiros tempos. Em Tours, sua festa é celebrada desde o século V. Em Bourges, desde o século VI há uma basílica dedicada a ele.
Ele é celebrado também na Bélgica, Luxemburgo e Alemanha, suas relíquias são preservadas não apenas em Autun, mas também parcialmente em Nuits-Saint-Georges.
Um fato curioso é que 27 municípios franceses levam o seu nome.
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