Nada se sabe sobre a origem e a primeira parte da vida de Santo Eusébio. A história começa a registrar sua existência por volta do ano 361, quando já era bispo de Samosata. Eusébio foi um dos mais zelosos defensores da ortodoxia no século IV, contudo, não se sabe quando foi nomeado bispo de Samosata, na Síria Eufratense, porque ele não aparece na história antes da eleição de Melécio para a sede patriarcal de Antioquia (360-61), eleição pela qual ele trabalhou firmemente.
Quando teve início a perseguição de Valente, Eusébio, não satisfeito em proteger seus próprios fiéis da heresia, empreendeu, de maneira incógnita, várias viagens para a Síria e Palestina para fortalecer a fé dos católicos, ordenar sacerdotes e ajudar aos bispos ortodoxos a nomear verdadeiros e dignos pastores para ocupar as sedes que ficavam vacantes. Seu extraordinário zelo despertou a animosidade dos arianos e, em 374, o Imperador Valente promulgou uma ordem que o condenou ao exílio na Trácia. Na manhã seguinte à sua condenação, alguns fiéis perceberam que ele havia partido, saíram em sua busca. Alguns, tendo-o encontrado, suplicaram entre lágrimas, para que não os deixasse. Ele também chorou muito diante das manifestações de afeto daquelas pessoas, mas explicou-lhes que era necessário obedecer às ordens do imperador, exortando-os a confiar em Deus que tudo seria resolvido satisfatoriamente a seu tempo. Seus fiéis, numa demonstração de fidelidade ao seu bispo, recusaram-se a qualquer contato com os dois bispos arianos que ocuparam a sede durante seu exílio.
Eusébio era ortodoxo de coração e mostrou-o bem quando o imperador Constâncio o fez pedir a ata da eleição de Melécio, que lhe fora remetida. Eusébio recusou-se a mostrar sua adesão ao novo patriarca, que era ariano.
Em 370, apoiou São Basílio e conseguiu que fosse nomeado bispo de Cesareia. Desde então, teve uma estreita relação com ele por sua ação comum em favor da fé de Niceia. Existem vinte e duas cartas endereçadas a ele por São Basílio. Também teve contato com São Gregório de Nazianzo, que lhe escreveu cinco cartas.
Em 378, com a morte do Imperador Valêncio retornou à sua cidade episcopal, que permaneceu fiel a ele, apesar da intrusão de Eunômio. Ele, então, viajou para o norte da Síria para combater a heresia ariana e nomear bispos ortodoxos. No dia 22 de junho de 380, ao chegar a Dolikha, uma mulher ariana o atacou em um atentado: não resistindo aos ferimentos, Santo Eusébio acabou por falecer alguns dias depois, em virtude de traumatismo craniano. Antes de morrer suplicou o perdão para sua assassina., obtendo a promessa de seus amigos de que não reagiriam perseguindo ou castigando sua agressora.
Os gregos o celebram neste dia. Os vários calendários da Igreja de Antioquia também o celebram no dia 22 de junho e com a menção “martirizado pelos arianos”. Deve-se notar a este respeito que uma “Vida” Siríaca de Eusébio foi publicada baseada num manuscrito conservado no Museu Britânico.
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