Evangelho
segundo S. Lucas 17,7-10.
Naquele tempo, disse o Senhor: «Quem de vós, tendo um
servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele volta do campo: ‘Vem
depressa sentar-te à mesa’? Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, até que
eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’.Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou? Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei:
‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer’».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Teresa de Calcutá (1910-1997),
fundadora das Irmãs Missionárias da
Caridade
«A simple path»
«Somos inúteis servos»
Não vos inquieteis à procura da causa dos
grandes problemas da humanidade; contentai-vos em fazer o que puderdes pela sua
resolução, ajudando aqueles que precisam. Há quem me diga que, praticando a
caridade com os outros, libertamos o Estado das suas responsabilidades para com
os pobres e os necessitados. É coisa que não me preocupa porque, em geral, os
Estados não dão amor. Por mim, faço tudo o que posso; o resto não me compete.
Deus foi tão bom connosco!
Trabalhar no amor é sempre uma maneira de nos
aproximarmos dele. Reparai no que Cristo fez durante a sua vida na terra:
passou fazendo o bem (At 10,38). Eu recordo às minhas irmãs que Ele passou os
três anos da sua vida pública a cuidar dos doentes, dos leprosos, das crianças
e de muitos outros. É exatamente isso que nós fazemos, pregando o Evangelho com
as obras.
Consideramos que servir os outros é um privilégio e procuramos fazê-lo, a cada
instante, com todo o nosso coração. Sabemos perfeitamente que os nossos atos
são uma gota de água no oceano, mas sem eles faltaria essa gota.
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