Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele
tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus
discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles
responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é
Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu
sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho
de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas,
porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está
nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a
minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei
as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e
tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica - §§
880-885
Cristo, ao instituir os Doze, «deu-lhes a
forma dum corpo colegial, quer dizer, dum grupo estável, e colocou À sua frente
Pedro, escolhido de entre eles». «Assim como, por instituição do Senhor, Pedro e
os outros apóstolos formam um só colégio apostólico, assim de igual modo o
pontífice romano, sucessor de Pedro, e os bispos, sucessores dos Apóstolos,
estão unidos entre si».
Foi só de Simão, a quem deu o nome de Pedro, que
o Senhor fez a pedra da sua Igreja. Confiou-lhe as chaves desta e instituiu-o
pastor de todo o rebanho (Jo 21,15ss.). «Mas o múnus de ligar e desligar, que
foi dado a Pedro, também foi dado, sem dúvida alguma, ao colégio dos Apóstolos
unidos ao seu chefe». Este múnus pastoral de Pedro e dos outros apóstolos
pertence aos fundamentos da Igreja e é continuado pelos bispos sob o primado do
Papa.
O Papa, bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, «é princípio
perpétuo e visível, e fundamento da unidade que liga, entre si, tanto os bispos
como a multidão dos fiéis». Com efeito, em virtude do seu cargo de vigário de
Cristo e pastor de toda a Igreja, o pontífice romano tem sobre a mesma Igreja um
poder pleno, supremo e universal, que pode sempre livremente exercer».
«O colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com
o pontífice romano [...] como sua cabeça». Como tal, este colégio é «também
sujeito do poder supremo e pleno sobre toda a Igreja, poder que, no entanto, só
pode ser exercido com o consentimento do pontífice romano».
«O colégio
dos bispos exerce de modo solene o poder sobre toda a Igreja no concílio
ecuménico». Mas «não há concilio ecuménico se não for, como tal, confirmado, ou
pelo menos aceite, pelo sucessor de Pedro».
«Pela sua múltipla
composição, este colégio exprime a variedade e a universalidade do povo de Deus;
enquanto reunido sob uma só cabeça, revela a unidade do rebanho de Cristo».
Referências: Lumen Gentium, 22-23.
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