Gelásio foi um Papa intrépido, que subiu ao trono em 496. Em quatro anos, extinguiu as correntes pagãs, as heresias, o maniqueísmo, o monofisismo e o pelagianismo, sobre o qual escreveu vários tratados. Alguns de seus princípios progressistas foram adotados pelo Concílio Vaticano II.
Papa da Igreja Cristã Romana (492-496) nascido na África, eleito em 1º de março (492) como sucessor de São Felix III (II) (483-492) de quem havia sido conselheiro, em cujo pontificado tentou conciliar a Igreja do Oriente com a Igreja do Ocidente, mas não conseguiu por causa da oposição do imperador Anastácio I. Assim deu continuidade à política inamistosa do antecessor em relação ao imperador Anastácio I e ao patriarca de Constantinopla, que o cisma causado por Zenão havia afastado de Roma. Ganhou interesse histórico uma carta sua para Anastácio I, na qual se faz uma nítida distinção entre poder político e poder religioso. Defendeu a supremacia da Igreja e permaneceu firme contra as heresias do Oriente, tomando atitudes enérgicas em tentativas de eliminar às heresias maniquéia e pelagiana. Publicou um código litúrgico, o Sacramentarium Gelasianum ou Sacramentário gelasiano, coletânea de orações para recitar durante a missa, uniformizando funções e ritos das várias Igrejas. Usou às posses da Igreja para ajudar o povo nas épocas de fome e de peste. Levam o seu nome, mesmo sendo de autoria incerta, um importante Decretum Gelasianum tratando sobre as Sés patriarcais, o Espírito Santo, os Sínodos ecumênicos e os Livros aprovados e não-aprovados. Amou os pobres e viveu na pobreza e, por sua caridade, foi chamado Pai dos pobres. Viveu em oração e insistia com os presbíteros para que fizessem o mesmo. O papa de número 49, morreu em 21 de novembro (496), em Roma, e foi sucedido por Anastácio II (496-498).
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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