terça-feira, 3 de novembro de 2020

EVANGELHO DO DIA 3 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,15-24. 
Naquele tempo, disse a Jesus um dos que estavam com Ele à mesa: «Feliz de quem tomar parte no banquete do Reino de Deus». Respondeu-lhe Jesus: «Certo homem preparou um grande banquete e convidou muita gente. À hora do festim, enviou um servo para dizer aos convidados: "Vinde, que está tudo pronto". Mas todos eles se foram desculpando. O primeiro disse: "Comprei um campo e preciso de ir vê-lo. Peço-te que me dispenses". Outro disse: "Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço-te que me dispenses". E outro disse: "Casei-me e por isso não posso ir". Ao voltar, o servo contou tudo isso ao seu senhor. Então, o dono da casa indignou-se e disse ao servo: "Vai depressa pelas praças e ruas da cidade e traz para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos". No fim, o servo disse: "Senhor, as tuas ordens foram cumpridas, mas ainda há lugar". O dono da casa disse então ao servo: "Vai pelos caminhos e azinhagas e obriga toda a gente a entrar, para que a minha casa fique cheia. Porque eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete"». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo António de Lisboa(1195-1231) 
Franciscano, doutor da Igreja 
Sermão para o segundo 
Domingo depois do Pentecostes 
«Feliz de quem tomar parte 
no banquete do Reino de Deus» 
«Certo homem preparou um grande banquete e convidou muita gente». Neste grande banquete, comeremos finos manjares, ou seja, os frutos que os filhos de Israel trouxeram da terra prometida: uvas, figos e romãs. As uvas, de onde se extrai o vinho, simbolizam a alegria dos santos com a visão do Verbo encarnado. Os figos, que são o mais doce de todos os frutos, a doçura que os santos experimentarão na contemplação da Trindade. E as romãs, a unidade da Igreja triunfante e a diversidade das recompensas. O Senhor chama-nos ao banquete da glória celeste. O Senhor, cuja misericórdia é sem número, não chama apenas por Si mesmo, mas também através da ordem dos pregadores, sobre os quais o Evangelho diz: «À hora do festim, enviou um servo para dizer aos convidados: "Vinde, que está tudo pronto"». A hora do festim é o fim do mundo. Quando chegar este fim, o servo, que é a ordem dos pregadores, será enviado aos convidados, para que eles se preparem para saborear o banquete, pois está tudo preparado. Na verdade, depois de Cristo ter sido imolado, a entrada no Reino é a sua Paixão. A propósito desta, a Igreja ou o homem justo, que entrou na ceia da penitência e vai entrar no festim da glória, declara [...]: «O Senhor é o meu protetor; Ele me salvou porque me ama» (cf Sl 17, 19-20). Estendendo os seus braços na cruz, o Senhor tornou-Se meu protetor na sua Paixão; libertou-me com o envio do Espírito Santo; salvou-me dos ataques dos meus inimigos, porque quis que eu entrasse no festim da vida eterna. Peçamos, pois, irmãos muito queridos, a Nosso Senhor Jesus Cristo que nos introduza na ceia da penitência e nos transfira desta para o festim da glória eterna, Ele que é bendito e glorioso pelos séculos dos séculos, ámen!

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