Este milagre Eucarístico aconteceu no dia de Páscoa (28 março 1171), na Basílica de Santa Maria, em Vado, Ferrara. O Padre Pietro da Verona, prior da Basílica, celebrava a Santa Missa da Ressurreição. No momento de distribuir o pão consagrado, quando partiu a Hóstia, viu jorrar desta uma grande quantidade de sangue que foi atingir a pequena abóbada acima do altar. A abóbada manchada de sangue foi encerrada, em seguida, num templo construído em 1595, e é ainda hoje, visível na monumental Basílica de S. Maria inVado.
Uma antiga tradição datada do ano 454 d.C. fala de um lugar onde uma imagem bizantina da mais Santa Virgem era venerada. Com o passar do tempo, o intenso número de fervorosos fiéis provocou a construção de uma pequena igreja. Esta igreja construída no vau de um rio, por volta do ano 657, foi apropriadamente chamada de Santa Maria Del Vado. Foi nesta pequena igreja que há pouco mais de 500 anos aconteceu o grande milagre Eucarístico.
A 28 de março de 1171, o prior dos Cónegos Regrantes Portuense, P. Pietro da Verona, estava a celebrar a Missa da Páscoa assistido por três irmãos (Bono, Leonardo e Aimone). No momento de fracionar a Hóstia Consagrada soltou-se desta uma grande quantidade de sangue, que foi tingir com grandes gotas a pequena abóbada em cima do altar. As histórias narram do “sagrado terror da celebração e da imensa maravilha do povo que se encontrava amontoado na pequena igreja”.
Foram muitos os testemunhos que afirmaram ter visto a Hóstia assumir uma cor sanguínea e de ter distinguido nela a figura de um menino. Do acontecido, foram informados imediatamente o Bispo Amato de Ferrara e o Arcebispo Gerardo de Ravenna, os quais constataram com os seus próprios olhos o Sangue persistente do Milagre, isto é, “o Sangue vivíssimo, que avermelhava a abóbada acima do altar”. A igreja tornou-se imediatamente meta de peregrinação, e veio sendo sucessivamente reestruturada e ampliada por ordem do Duque Ercole I d’Este, a partir de 1495.
Numerosas são as testemunhas que lembram o Milagre, entre estas, a mais importante é a Bula de Papa Eugénio IV (30 março 1442), na qual o Pontífice menciona o Prodígio referindo-se ao testemunhado pelos fiéis e a antigas fontes históricas.
O manuscrito de Gerardo Cambrense é o documento mais antigo (1197) que menciona o Pródigo e está conservado na Biblioteca Lamberthiana de Canterbury. Este, foi recentemente retomado pelo historiador António Samaritani, numa obra intitulada “Gemma Eclesiastica”. Um outro documento, que remonta a 6 de março de 1404, é a Bula do Cardinal Migliorati, na qual se concedem as indulgências a “quem visite a igreja e renda homenagem ao Sangue Prodigioso”.
Ainda hoje, o dia 28 de cada mês na Basílica, atualmente oficiada pelos Missionários do Preciosíssimo Sangue de S. Gaspar de Búfalo, se pratica a Adoração Eucarística em memória do milagre e, a cada ano, em preparação da festa do “Corpus Christi”, se celebram as solenes Quarenta Horas. No ano de 1971, foi celebrado o oitavo centenário do Milagre.
Basílica de Ferrara, Itália |
Obs.: As descrições dos Milagres Eucarísticos aqui apresentados foram retirados do site:
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