terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

ELE NOS FALA SEMPRE, MAS NÃO PRESTAMOS ATENÇÃO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio
Redentorista
Meninos brincavam na rua esburacada e lamacenta do bairro. Um deles, bem mais pobre que os outros, estava com a calça remendada, a camisa sem botão e os pés descalços. Era justamente esse menino que mais gostava da igreja e do catecismo. Para gozar dele, os colegas disseram: 
- Você gosta tanto de reza. Peça a Deus que mande alguém dar a você uma roupa nova e um par de sandálias. 
- Deus já mandou. Mas parece que ainda não ouviram. 
PALAVRA DE DEUS:– Se fizerdes acepção de pessoas, cometereis pecado, como transgressores da lei (da caridade)- (Tg 2,9)
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28 DE FEVEREIRO - OS TRES AMIGOS ARTESÃOS

Era uma vez três artesãos de vasos de barro, muito amigos: Justo, Macário e Rufino. Macário saía logo de manhã montado em seu jumento cantando e louvando a Deus, à procura do barro vermelho ou rosado. Ao voltar, vinha caminhando para não cansar o animalzinho, carregado com as bruacas cheias do barro macio. Macário amassava o barro, Justo o ajudava e Rufino modelava em seu torno rústico. De suas mãos hábeis surgia um vaso perfeito e pronto para ser levado ao fogo. Mas era o tempo das perseguições aos cristãos, também nas terras espanholas de Sevilha. Foram denunciados e decapitados. Morreram juntos como juntos viveram. 
Outros santos- Daniel Brottier (1876-1936) Missionário e capelão militar. Ganhou muitas medalhas. - Antônia de Florença (viúva, fundadora) - Macário, Edwiges da Polônia, Protério (bispo e mártir), Romano e Lupicino (abades), Hilário (papa), Osvaldo de Worcester (arcebispo), Ângela de Foligno, Vilana de Florença, Luísa Albertoni, Serapião; Romano de Condat (+463); Silvana (séc. IV); Teodulfo (séc. VII);ÂÂ Leandro (+600); Romão 85.-
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO 
REDENTORISTA
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio
Redentorista
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REFLETINDO A PALAVRA - “Ele foi tentado”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
O pecado entrou no mundo (Rm 5,12) 
No Domingo da Quaresma, encontramos a temática da tentação que Jesus enfrentou. Esta é a síntese de suas tentações. A tentação é uma realidade permanente em sua vida. Mostrando que Ele foi tentado, revela nossa realidade e o caminho para vencer como venceu. Lemos, no livro do Gênesis, a narrativa da queda dos primeiros pais. O autor não quer tanto mostrar como foi o pecado original, mas que o pecado não tem origem em Deus e é obra do homem que se deixou levar pela tentação, isto é, sujeitar-se ao mal: “Do furto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse: Não comais dele, nem sequer o toque, do contrário, morrereis!... sereis como Deus conhecendo o bem e o mal” (Gn 3,3-4). Perdeu a vida de Paraíso e assumiu o pecado. Sua raiz está na desobediência como ensina Paulo: “Pela desobediência de um só homem, a humanidade foi estabelecida numa situação de pecado” (1Cor 5,19). Conhecer o bem e o mal é tornar-se dono e decidir o que é o bem e o que é o mal. A tentação não é um mal, pois está aí para ser vencida. Jesus, no deserto, debilitado pela fome, sentindo a fraqueza e passa pela tentação: “Se és o Filho de Deus”. Poderíamos entender que ser Filho de Deus lhe dá condições de usar o milagre de modo indevido que o afaste da obediência ao Pai, isto é, estar aberto e atento ao Pai. Jesus é tentado pelo poder da posse dos bens. Ele vive desapegado. Usar o poder para o orgulho da grandiosidade de seus poderes. Seus milagres são para o bem do povo. Usar o poder para ter todo o prazer egoísta. Jesus doa a vida para que os outros tenham vida. É momento de procurar entender que somos tentados do mesmo modo e que os pecados modernos possuem outros nomes, mas são os mesmos. Há uma raiz do mal em nós. Vivemos a mesma situação de Jesus. 
Um só trouxe a justificação (Rm 5,18) 
O pecado de um homem trouxe a desgraça para o mundo. A obediência de Jesus trouxe a justificação. Nós pecamos em Adão e somos vencedores em Cristo. Para chegarmos à vitória temos que “progredir no conhecimento de Jesus e corresponder a uma vida santa (oração). Conhecendo Jesus temos suas “técnicas” de enfrentar o tentador: à tentação que leva a busca do ter, orienta-se pela Palavra de Deus. Para vencer a tentação do orgulho, como vemos na ganância de aparecer e estar na crista a todo custo,ensina a humildade que nos dá a verdade. Para vencer a tentação do prazer a todo custo, somos chamados à adoração de Deus, que é fonte e destino de todas as coisas. Conhecendo Jesus em sua fragilidade, podemos participar de sua vitória, se agimos como Ele agiu. Somos filhos de Deus, por isso somos tentados. Jesus, vencendo a tentação, nos dá a justificação. 
Os anjos o serviram (Mt. 4,11) 
Vencida a tentação, os anjos servem Jesus. Quem são esses anjos? Para nós, pobres tentados, são os irmãos na fé que condividem conosco as tentações e as vitórias. Não esperemos conforto de milagres, pois Deus já o colocou nas mãos da caridade fraterna. Como ninguém é tentado acima das próprias forças (1Cor 10,13), todos recebem auxílios de Deus e dos irmãos acima das próprias necessidades. Esses anjos que serviram Jesus provavelmente são os irmãos que, com sua caridade, se igualam aos anjos. A maior força na tentação é a vida na comunidade. A liturgia da Quaresma nos oferece meios suficientes para meditar, preparar e celebrar bem o Mistério Pascal de Cristo.

EVANGELHO DO DIA 28 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. Marcos 10,28-31.
Naquele tempo, Pedro começou a dizer a Jesus: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja 
Introdução à vida devota, parte 3, cap. 15 
«Receberá cem vezes mais, já neste mundo»
As coisas que possuímos não são nossas. Deus deu-no-las para que as cultivemos e quer que as tornemos frutuosas e úteis. [...] Prescindi sempre, portanto, de uma parte dos vossos meios e dai-a aos pobres de bom coração. [...] É verdade que Deus vo-lo devolverá, não só no outro mundo, mas também já neste, porque não há coisa que mais nos faça prosperar do que a esmola; mas, enquanto esperais que Deus vo-lo torne, estareis já mais pobres com aquilo que destes, e como é santo e rico o empobrecimento que advém de se ter dado esmola! 
Amai os pobres e a pobreza, porque por este amor tornar-vos-eis verdadeiramente pobres, tal como está dito nas Escrituras: tornamo-nos aquilo que amamos (cf Os 9,10). O amor torna os amantes iguais: «Quem é fraco, sem que eu o seja também?», pergunta São Paulo (2Cor 11,29). Poderia ter perguntado: «Quem é pobre, sem que eu o seja também?», porque o amor tornava-o igual àqueles a quem amava. Portanto, se amais os pobres, sereis verdadeiramente participantes na sua pobreza, e pobres como eles. Assim, se amais os pobres, ide com frequência para o meio deles: tende prazer em os receber em vossas casas e em visitá-los; conversai de bom grado com eles, ficai felizes por eles se aproximarem de vós na igreja, na rua ou em qualquer outro local. Sede pobres de língua para com eles, falando-lhes como a amigos, mas sede ricos de mãos, largamente lhes dando dos vossos bens, pois os tendes em muito maior abundância. 
Quereis fazer ainda mais? Tornai-vos servos dos pobres; ide servi-los [...] com as vossas próprias mãos [...] e a expensas vossas. Maior triunfo há neste serviço do que na realeza. 

HILÁRIO DE ROMA Papa, Santo + 468

Hilário, Papa e Santo da Igreja Católica (461-468) nasceu na Sardenha, em data incerta. Em 19 de novembro de 461 foi eleito Papa, como sucessor de São Leão I, Magno (440-461). Durante o seu pontificado procurou combater a difusão da doutrina ariana, que naquela época Ricimero sustentava em Roma. Como arcediago — cargo na Igreja medieval, dignatário das Sés que secundava o bispo nos ofícios junto com o chantre, um funcionário eclesiástico que dirigia o coro, e o diácono — representou o próprio papa no Concílio de Éfeso em 449 quando demonstrou uma férrea oposição ao monofisismo e onde lutou pelos direitos da Igreja. No trono de Pedro, continuou a acção política de seu antecessor e confirmou os concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedónia, sustentando a supremacia da Igreja apostólica perante as tendências de autonomia dos bispos da Espanha e da Gália. Estabeleceu um vicariato na Espanha e ergueu vários conventos para mulheres, em Roma. Também estabeleceu que para ser sacerdote era necessário possuir uma profunda cultura e que pontífices e bispos não podiam designar seus sucessores. Segundo o Liber pontificalis, o papa interveio na organização da liturgia estacional da quaresma em 25 igrejas e doou à Basílica do Latrão uma torre de prata e uma pomba de ouro. O quadragésimo-sexto papa da Igreja Católica, morreu em 29 de fevereiro de 468, em Roma, e foi seu sucessor São Simplício (468-483). Santo Hilário escreveu que Jesus, nascido de Deus, assumiu um corpo, se fez homem, e, assim, é essencial à fé reconhecer a dupla natureza do Cristo.

OSVALDO DE YORK Bispo, Santo + 992

Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Europa ao final do primeiro milénio, tendo morrido no ano de 992. De origem dinamarquesa, era sobrinho de Odo, arcebispo da Cantuária e parente de Osyll, arcebispo de York. Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso, ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França. Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oskyl que, desejando fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres. Foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e Ethelwold, bispo de Winchester. Assim, Osvaldo conseguiu restabelecer a disciplina monástica que levou a diocese de seu tio a recuperar o caminho correto dentro do cristianismo. Por esta e outras obras, o Rei Eadgar o nomeou arcebispo de York, em 972. Osvaldo fundou ainda uma outra abadia de beneditinos em Worcester e desenvolveu muito o estudo científico nos mosteiros e conventos que dirigiu. Mas, ao mesmo tempo em que dava grande importância aos estudos terrenos, em nenhum momento se desprendeu das obrigações e regras espirituais, vivenciando muitos fatos sobrenaturais. Segundo a tradição, Santo Osvaldo reproduzia durante toda a Quaresma a cerimónia do lava-pés, banhando ele próprio os pés de 12 mendigos. Ele operou diversos milagres em vida.

ANTÓNIA DE FLORENÇA Viúva, Religiosa, Beata 1401-1472

Nasceu em Florença, na Itália, em 1401. Quando tinha quinze anos, casou-se e logo em seguida teve um filho. Poucos anos depois seu marido faleceu. Para garantir um futuro ao filho, casou-se novamente, mas também este segundo marido veio a falecer alguns anos depois. Como seu filho já era grande e poderia sobreviver por sua própria conta, decidiu ingressar na Ordem das Irmãs Terciárias Regulares. Mais tarde ingressou no Convento de Santo Onofre, em Florença. Por ser bastante dedicada aos afazeres diários dentro do convento e o apoio espiritual que, generosamente, dedicava a suas irmãs de fé ganhou a admiração e respeito de todas e até mesmo as suas superioras. Algum tempo depois foi enviada para Foligno para pregar e transmitir sua dedicação a Deus. Depois seguiu para Áquila, mais precisamente para o Convento de Santa Isabel. Neste Convento teve como orientador espiritual São João de Capristano, quem, junto com São Bernardino de Sena, promovia a chamada “observância”. Antónia sentia a urgência de uma regra mais austera, de uma pobreza mais rígida, de uma abnegação mais perfeita. Com a aprovação de Nicolau V, e a bênção de São João Capistrano, vigário Geral, em 1447 retirou-se com outras doze irmãs para o Mosteiro Corpo do Senhor, lá onde elas pretendiam viver em pobreza absoluta e observar com muito rigor a regra de Santa Clara. Foi a superiora pelo resto de sua vida, sempre observando e respeitando as regras de Santa Clara. Faleceu aos 71 anos de idade, em 1472. A cidade de Áquila venera-a como santa desde a sua morte. 

29 de fevereiro – LAVAVA OS PÉS DOS POBRES, A EXEMPLO DE JESUS

Osvaldo (+992) era da alta nobreza. Ocupou cargos importantes na Igreja da Inglaterra, mas não perdeu a simplicidade e o desapego. Lutou pela reforma dos costumes, inclusive dentro da Igreja. É claro que encontrou resistência. Fundou mosteiros para, com gente nova, reavivar a disciplina e o respeito religioso. Favoreceu muito a ciência. Defendeu a cultura. Protegeu e apoiou os pesquisadores e estudiosos. Introduziu uma Liturgia mais à altura do povo. Distinguiu-se principalmente no carinho pelos pobres. Durante a Quaresma costumava lavar diariamente os pés de doze pobres. Morreu ao recitar o “Glória ao Pai”, quando estava terminando uma cerimônia do lava-pés. - Nos anos não bissextos, sua festa é celebrada dia 28 de fevereiro. 
Outros santos: Antônia de Florença (viúva, fundadora, bem-aventurada), Hilario, Macário, Hedwiges da Polônia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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TORCATO DE GUIMARÃES Bispo, Santo entre os séculos VII e VIII

Torcato nasceu no seio de uma família romana do nome de “Turquatus romanus”, que nesse longínquo tempo vivia em Guimarães, que alguns séculos mais tarde viria a ser a cidade berço do reino lusitano. Diz-se que desde a sua juventude deu mostras de grandes virtudes que o levaram a exercer funções de responsabilidade. Uma delas, que viria a ser deter-minante na sua vida, foi aquela de Arcipreste da Sé de Toledo, já então famosa. O seu comportamento neste cargo foi motivo de admiração e de respeito da parte dos grandes príncipes da Igreja de então que o nomearam Bispo de Iria Flávia, ou Padrão, diocese situada na actual Galiza. Para conseguir exercer o papel de bispo, rezou à Virgem Maria — da qual era muito devoto — e pediu-lhe que o ajudasse a ser um bom bispo e amigo dos pobres. A firmeza e a eloquência da sua doutrina e da sua sabedoria ressaltaram no XVI Concílio de To-ledo, em 693, que o aclamou Arcebispo de Braga e pouco tempo depois do Porto e de Dume. A vida da região corria pelo melhor até que em 711 os árabes muçulmanos entrando pelo sul da península ibérica — comandados por Murça, general enviado por Tarik — começaram a conquistar aquelas terras, espalhando o culto a Alá e a Moamé em todas as regiões submetidas. Todavia Torcato não era homem facilmente influenciável, nem desprovido de audácia: o que para ele contava, não era a sua própria vida, mas a vida das “ovelhas” que o Senhor lhe confiara e a propagação do Evangelho. Claro que o que devia acontecer, aconteceu mesmo: o encontro entre os dois chefes: Torcato e Murça. O encontro entre o islamismo — representado por Murça — e o cristianismo — representado por Torcato — aconteceu perto de Guimarães. Murça encontrava-se ali com um numeroso e aguerrido exército, enquanto Torcato de nada mais se podia prevalecer, salvo a sua fé inquebrantável e alguns — há quem diga 27 — companheiros na fé. Muça, após ter ouvido um discurso do Arcebispo, desembainhou a espada e desferiu um golpe fatal sobre Torcato, fazendo o mesmo aos companheiros. Este facto parece ter-se passado em 26 de Fevereiro de 719, segundo os historiadores que se debruçaram sobre este acontecimento. O corpo do santo Arcebispo foi encontrado, algum tempo mais tarde, num bosque, junto a um regato. Ao ser retirado — segundo a tradição conservada até aos nossos dias —, do meio das silvas e do monte de pedras (exumação) brotou uma fonte caudalosa que ainda hoje se conserva, conhecida como Fonte de São Torcato. No local foi erigida uma capelinha em honra do santo, que se encontra hoje sepultado em câmara de vidro, no Santuário de São Torcato. Composto a partir de diversos documentos.

ROMÃO DE CONDAT Ermita, Abade, Santo século V

São Romão, que viveu no século V e foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay. Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas religiosas, quando começaram a experimentar impertinentes perseguições do demónio, que procurou assustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lugar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demónio”. Envergonhados com esta advertência, voltaram ao lugar de onde tinham saído e de facto nunca mais o demónio os incomodou. A fama dos dois santos homens chamou muita gente ao lugar onde estes moravam, uns para pedir conse-lho, oração e consolo, outros, a estes em maior número, para, sob sua direcção, levar uma vida em Deus. Santo Hilário tinha conferido a Romão as ordens do sacerdócio. Junto com seu irmão Lupicino fundou três conventos: o de Condat, hoje São Cláudio (Saint Claude), o de Laucone e de la Baume. Ao redor deste último se agrupou a cidadezinha de Saint-Romain-de-Roche. Estes conventos gozavam de grande reputação na França, devido ao bom espírito, à vida santa que lá se levava. Romão era para todos o modelo de perfeição. Em certa ocasião fez uma romaria ao túmulo de S. Maurício e levou em sua companhia o monge Paládio. A noite os surpreendeu e tiveram de abrigar-se numa gruta, que servia de albergue a dois leprosos. Grande foi o espanto destes, ao avistarem os dois religiosos na pobre habitação. Romão, para convencê-los de que nada precisavam temer, abraçou-os e beijou-os com muito afecto. Quando, no dia seguinte, os romeiros se despediram dos pobres lázaros, Romão fez o sinal da cruz sobre eles e no mesmo momento a lepra os deixou. Este grande milagre aumentou ainda mais o grande conceito do Santo, em que o tinha todo o povo. Romão, porém muito aborreceu-se com as honras de que o fizeram alvo e retirou-se para o convento de S. Cláudio, onde morreu em odor de santidade.

DANIEL BROTTIER Sacerdote espiritano, Fundador, Beato 1876-1936

Daniel Brottier nasceu em 7 de Setembro de 1876 em La Ferré-Saint-Cyr, uma bonita aldeia não muito longe da cidade de Chambord no departamento de Loire-et-Cher. A casa onde ele nasceu ainda está de pé. Ficava perto do castelo onde seu pai era cocheiro para a Marquês de Durfort. Daniel sempre quis ser um padre, e comecei a aprender latim antes mesmo que ele frequentou a escola. Daniel fez sua primeira comunhão em 1886 na idade de dez anos, e entrou no seminário menor de Blois no ano seguinte. Seus companheiros de escola recordou-o como um alegre, extrovertido, menino, mesmo maldoso (espiègle), mas de bom coração. Em 1896, na idade de 20, ele fez um ano de serviço militar em Blois. Após longos anos de um padre do seminário, foi ordenado em 22 de Outubro de 1899 pelo Bispo de Blois Laborde. Sua primeira nomeação foi para a Escola Livre de Pontlevoy, onde trabalhou maravilhas com as crianças. Mas sentia que algo estava querendo. Seu campo de acção era limitado e sua alma apostólica procurou um campo mais desafia-dor de actividade. Como Père Jacques Laval enquanto ainda trabalham na paróquia Pinterville, ele queria ser um missionário. Sua família não estava nada satisfeito com sua decisão, mas acabou cedendo. Tendo conseguido a autorização do Bispo entrou para o noviciado da Congregação do Espírito Santo em Orly, perto de Paris em 1902. Professou em 1903 e escreveu para o Superior Geral, Dom Alexandre Le Roy: “Eu sempre encarei a vida como missionário, como as pessoas que estão dispostas a sacrificar-se para a salvação das almas.” Para sua decepção foi designado para a paróquia, na cidade de S. Luís, Senegal, enquanto ele sonhava com uma vida dura no interior do país. Pe. Jacinto Jalabert, nomeado Bispo, logo Daniel começou seu apostolado urbano. Voltou sua atenção para os mais abandonados do tempo, os mestiços. Onde muitos missionários tinham esperanças de evangelizá-los, Pe. Brottier conseguiu convencer seus companheiros que não havia esperança. Com o vigor da juventude, naturalmente, ele se voltou para os jovens, revitalizando obras apostólicas que tinha morrido com a transferência da ex-padres. Um interlúdio importante em sua vida neste momento foi a sua estada no mosteiro trapista na Ilha de Lerins fora de Marselha, onde São Patrick é dito ter passado algum tempo na preparação para o sacerdócio. Brottier sentia chamado à vida contemplativa e não a carreira muito activa que se tem vivido até agora. Um ensaio curto em Lérins, no entanto, desiludi-lo dessa ideia. Bispo Jacinto Jalabert tinha sonhos de construir uma grande catedral de S. Luís, o local onde o grande projecto de evangelização da raça negra tinha sido lançado por iniciativa do Bispo Edward Barron e P. Francisco Libermann. Jalabert queria construir um local apropriado de adoração como uma catedral, e um monumento de homenagem a todos aqueles que deram a sua energia, vida e sangue em prol da África, no serviço do Senhor e aos africanos. Sabendo do potencial de Brottier e seu estado de saúde, nomeou-o Vigário-geral do Dakar, residente em Paris e director do Memorial Africano. Brottier estava entusiasmado que, mesmo na França, ele estaria fazendo uma tarefa missionária. Jogou toda a sua energia para o apostolado novo, montou uma secretaria e um gabinete de relações públicas que ofendeu alguns dos seus confrades zeloso, envolveu leigos, deu uma alma ao trabalho que os cristãos em França não podia ignorar. Concentrou-se no Memorial Africano de sete anos em dois períodos 1911-1914 e 1919-1923, interrompida por sua capelania durante a guerra. Foi Capelão do Exército durante a primeira Grande Guerra. Talvez ele se sentiu melhor empregado nessa situação de risco onde o pão era diário e os sofrimentos dos mais pobres foram compartilhados. Para os cinquenta e dois meses após a tragédia que viveu com o perigo. Pela palavra e pelo exemplo que ele trouxe conforto, ele levantou a moral, ele estimulou as energias, ele recebeu confidências, preparou as pessoas para a morte. Vulnerável o tempo todo, ignorando o perigo, ele ouviu e viu tudo. Em nome da Caridade, como Capelão ele construiu “pontes” entre as tropas e do alto comando e até mudou a mente de um oficial das forças armadas sobre a base para um ataque! A ele foi conferido a Légion d’Honneur, Ordre de l’Armée em Maio 1916. Sua função sacerdotal durante esses terríveis anos é expressa nas palavras que ele escreveu para seu irmão e irmã-de-lei em dar-lhes cruzar seu capelão militar depois da guerra: Bispo Jalabert, Senegal, o Memorial Africano, a grande guerra. Deus estava a escrever direito por linhas tortas. Brottier tinha sonhado com o extraordinário espírito de fraternidade nascido no curso da guerra, continuando depois entre os ex-soldados. Ele viu a fundação de um amplo movimento desenvolver. Este simples capelão militar, que poderia ser tentado a criar a “sua” associação de ex-militares ao longo de linhas confessionais, tornou-se um padre progressista, visando uma união nacional, aberto a todos sem distinção. Não hesitou em envolver o poder público e em contacto com Clemenceau, então presidente do Conselho. Mais uma vez a força-motriz por trás de seus planos era o amor. O sindicato chegou a dois milhões de membros. Brottier nunca fez as coisas pela metade, mas sempre foi “tudo ou nada”. Em 1923, o Arcebispo de Paris, o cardeal Dubois, solicitou à Congregação do Espírito Santo para tomar conta do orfanato Auteuil. Este grande projecto de caridade tinha sido lançado em 1866 pelo Abade Louis Roussel. Apesar de vários contratempos, principalmente devido às convulsões políticas. Em anos mais recentes que tinha declinado devido a falta de seu novo director. Imediatamente ele decidiu colocar este trabalho, sob o patrocínio de Teresa Maria. Tendo visitado Auteuil, encontrou indigno velho barracão. Decidiu imediatamente para lá construir uma bela igreja em honra da Beata Teresa. Antes de consultar o cardeal pediu a Teresa um sinal, ou seja, que ele receberia o dom de 10.000 francos. O sinal veio e assim começou a saga dos milagres associados, há anos Padre Brottier está no comando do projecto Auteuil. O cardeal concordou com seu plano. Para dizer que nem todo mundo viu o prédio de uma igreja como a prioridade seria um eufemismo. Dormitórios, oficinas, etc. reparos estruturais eram vistos como a requisitos clama no estado degradado do instituto. O milagre da vida de Brottier foi que ele conseguiu tanto tempo sofrendo bastante com problemas de saúde. Sua morte chegou, depois de uma breve, mas a doença dolorosa, em 28 de Fevereiro de 1936, poucas semanas após a inauguração solene da Catedral Memorial Africano em Dakar. Quando o rádio anunciou mais tarde na manhã seguinte, que o Pai Brottier tinha morrido, um antigo empregado no orfanato em Auteuil, que, por vários meses, tinha sido confinado a cama com os braços e as pernas deformadas de origem reumática, clamou: “Bom Padre Brottier, se você está no céu, curar-me.” Ele estava completamente curado de uma só vez e viveu para louvar ao Senhor por muitos anos. O processo de beatificação recebeu um impulso especial quando, em 1962, seu corpo foi exumado, como parte desse processo e foi encontrado intacto como no dia de seu sepultamento. Padre Brottier foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 25 de Novembro de 1984 – mesmo dia em que o carmelita – Irmã Elisabeth da Trindade. http://lucasduarte.wordpress.com/

Santa Cira (Cyra)

Martirológio Romano: Comemoração das santas virgens Marana e Cira, que em Berea, na Síria, viviam num lugar estreito e cercado, expostas aos elementos, sem sequer um modesto abrigo, observando o silêncio e recebendo por uma janela os alimentos de que necessitavam. As santas faleceram por volta do ano 450. Etimologia: Marão, Marana = aportuguesamento de Maron, Marum, do sobrenome do fundador do rito católico maronita (Líbano e Síria) São Marão. Cira(o) = do grego Kyros, derivado de Kyrios: "o poderoso, o senhor". Nosso Senhor Jesus Cristo viveu com seus discípulos uma forma de vida comunitária que inaugurou um ascetismo cristão diferente daquele das tradições dos rabinos de seu tempo, ou mesmo dos profetas do Antigo Testamento. A expressão "vita apostolica" na literatura monástica primitiva significou primeiramente esta vida dos Apóstolos com Jesus, que fazia exigências àqueles que desejavam segui-Lo. Depois da morte de Jesus, alguns cristãos desejaram adotar como modo permanente de vida os apelos de Jesus para o celibato, a renúncia total, a pobreza, etc.. Eles tinham o exemplo de Jesus e também se inspiravam nas formas de ascese de seu tempo. Após o término das perseguições aos cristãos, homens e mulheres se retiravam das grandes cidades em busca do silêncio e do isolamento para alcançar a perfeição e união com Deus. O ascetismo se desenvolveu muito depressa; pouco a pouco foi se desenhando as várias formas de ascetismo, pois nem todos eram chamados a seguir Nosso Senhor pelo mesmo caminho. Quando lemos os escritos dos monges cristãos do século IV fica claro que eles foram para o deserto, ou se agruparam em fraternidades urbanas para segui-Lo e, sob a ação do Espírito Santo, se deixar transformar à imagem dEle. Os Padres do Deserto, por exemplo, era um grupo de eremitas e cenobitas que no século IV se estabeleceu no deserto egípcio. Eles viviam em ermidas primitivas e comunidades religiosas. A fama de santidade desses primitivos monásticos atraia grande número de seguidores aos seus austeros retiros. Sob sua direção espiritual seus discípulos foram crescendo. O monaquismo foi nascendo um pouco por toda parte e ao mesmo tempo sob formas muito variadas, e dependendo da vitalidade própria de cada Igreja local, tanto no Oriente como no Ocidente. Desde suas primeiras manifestações, o monaquismo apareceu simultaneamente em formas as mais diversas: cenobitismo e eremitismo, monaquismo do deserto e monaquismo das cidades etc. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, pois viveu quase três séculos depois do seu surgimento no Egito, na Palestina e na Ásia Menor, mas acabou dando-lhe novos e frutuosos rumos. Isto fica evidente na Regra que escreveu para os mosteiros e que ainda hoje é usada em inúmeros mosteiros e conventos no mundo inteiro. A "escola do serviço divino", como São Bento chamava o monaquismo, compunha-se de dois elementos “ora et labora”, reza e trabalha. No mundo grego, o trabalho físico era considerado a ocupação dos escravos. O sábio, o homem verdadeiramente livre, dedica-se unicamente às realidades espirituais; o trabalho físico era considerado algo inferior, deixado àqueles homens que não são capazes da existência superior no mundo do espírito. A exemplo de São Paulo, que era tecelão de tendas e se sustentava com o trabalho das próprias mãos, o trabalho manual tornou-se parte constitutiva do monaquismo cristão. Acompanhar o caminhar das várias formas de dedicação inteira a Santa Igreja e, por meio dela, a Nosso Senhor Jesus Cristo durante os séculos seguintes é uma tarefa das mais edificantes; as almas fiéis, guiadas pelo Espírito Santo, foram criando as mais belas formas de dedicação a Deus e ao próximo, muitas das quais florescem ainda nos dias de hoje. É bom venerarmos essas primeiras e tão distantes Santas, das quais tão pouco se sabe, vítimas expiatórias regando com seu sangue e preces o solo que se tornaria fértil e produziria ainda mais belas testemunhas do Amor de Deus. 

Santa Mariana

Santa Mariana é Heroína Nacional do Equador, padroeira de Quito, protetora dos órfãos e dos doentes. A Santa nasceu no dia 31 de outubro do ano 1618, na cidade em Quito. Hoje, Quito é a capital do Equador. Na época, porém, pertencia ao Vice-Reino do Peru. Mariana foi a oitava filha de Jerônimo de Paredes y Flores, Capitão espanhol, nascido em Toledo, e de Mariana de Granobles de Xamarillo. Sua mãe era descendente dos conquistadores espanhóis, católica convicta e mulher virtuosa. Órfã Com apenas quatro anos, Santa Mariana ficou órfã de pai. Pouco tempo depois, ela perdeu também sua mãe, que ficara muito entristecida pela morte do marido. Antes de morrer, a mãe de Mariana confiou-a a guarda de sua irmã mais velha. Esta já era casada com um capitão chamado Cosme de Casso, com o qual já tinha três filhas, com idades próximas às de Mariana. O casal deu aos filhos e a Mariana uma educação humana e religiosa. Mariana sobressaiu-se logo pela inteligência nos estudos e na música, com uma bela voz. Mas cantava somente cânticos religiosos. E desde cedo manifestou grande piedade, espírito de sacrifício e oração. Com sete anos, salvou suas sobrinhas da morte, tirando-as de um lugar onde, logo em seguida, uma parede caiu. A Maturidade espiritual O cunhado e a irmã, percebendo que Mariana tinha uma espiritualidade precoce, quiseram que ela, aos sete anos, fizesse a Primeira Comunhão. O costume na época era aos 12 anos. Um padre jesuíta examinou-a e, surpreso com sua maturidade e virtude, ministrou-lhe a Primeira Comunhão, passando a ser seu diretor espiritual. Por essa ocasião ela quis passar a ser chamada de Mariana de Jesus, com a finalidade de mostrar a todos que ela pertencia somente a Ele. Desde menina, quis evangelizar os índios e ser eremita, mas ainda não era a hora. Vida religiosa no próprio lar Aos 12 anos, sua irmã e o cunhado quiseram levar Santa Mariana a um convento franciscano. Ela também queria. Porém, fatos externos impediram que isso acontecesse. Então, Mariana compreendeu sua vocação era viver recolhida, mas estando “no mundo”. O diretor espiritual aprovou e sua irmã destinou três aposentos da casa para que ali, ela vivesse sua vida “reclusa”. Mariana recusou móveis e luxos, escolhendo tudo muito simples e pobre. Uma das salas tornou-se capela. Ao entrar para a sua “reclusão”, fez os votos de pobreza, castidade e obediência. De lá, só saía quando ia à igreja ou ajudar os pobres, aos quais muito amava. Sempre levava sua guitarra e cantava cânticos religiosos para consolo dos pobres. Vivia fazendo jejuns, passava dias à base de pão e água, outras vezes seu único alimento era a Eucaristia e a oração. Levantava-se diariamente de madrugada para fazer suas orações. Todas as manhãs, das 8 às 9 horas, rezava pelas almas do purgatório. Fazia trabalhos manuais para dar aos pobres, servia refeições à família de sua irmã, lavava louças e objetos. Trabalhava como uma empregada e depois se recolhia novamente para orações e descanso noturno. A Fraqueza física Por causa dos jejuns e sacrifícios, ela adoecia. Por isso, como era costume na época, era submetida a “sangrias”. Uma empregada jogava o sangue tirado sempre no mesmo local. Após a morte de Santa Mariana, neste local nasceram lírios de beleza inigualável. Profecias Santa Mariana, como qualquer pessoa, sofreu tentações, principalmente a do desânimo e a do desespero. Porém, venceu através da Eucaristia, da oração, do jejum e da direção espiritual. Ela profetizou que a casa de seu cunhado e de sua irmã se transformaria num convento e que o lugar em que ela dormir, seria o coro das irmãs. Isso, de fato, aconteceu alguns anos mais tarde, com as Irmãs carmelitas. Milagres de Santa Mariana A história de Santa Mariana de Jesus apresenta vários milagres e duas ressurreições acontecidas através de sua oração: uma de sua sobrinha e outra de uma índia assassinada pelo marido que julgou, injustamente, que a índia o traía. Ao voltar à vida, a índia revelou que, no meio de seus sofrimentos, antes de morrer, teve uma visão de Santa Mariana dizendo a ela: “coragem”. Salvando a cidade de Quito No ano 1645, quando Mariana tinha 26 anos, uma horrorosa epidemia caiu sobre a cidade de Quito. Muita gente morreu por causa dessa doença. Além disso, fortes terremotos ocorriam na região, por causa de um vulcão próximo. Todos estavam alarmados e sem esperança. Quando chegou o dia 25 de março, dia da Anunciação, Santa Mariana estava na missa. Ali, ela ouviu o padre dizer que era preciso mais sacrifícios e penitências para suplicar a paz naqueles tempos de provação. Mariana quis, então, oferecer sua própria vida pela salvação do povo da cidade e orou a Deus para que assim acontecesse. Quando chegou o dia seguinte, ela começou a sofrer inúmeros males. Ao mesmo tempo, porém, os tremores foram cessando e a peste foi terminando. Mas o povo de Quito ficou consternado ao saber do estado grave em que se encontrava aquela que tinham como verdadeira santa. A população se reuniu em frente à casa de seu cunhado, mas somente o Bispo pôde entrar. O Bispo ministrou a ela os sacramentos e soube do oferecimento que ela fizera de sua vida. Sabendo de sua morte próxima, ela quis ser levada para a cama de sua sobrinha para que, na hora da morte, não tivesse mais nenhum pertence. Devoção a Santa Mariana Santa Mariana faleceu em 26 de maio do ano 1645, com apenas 26 anos de idade. A peste e os terremotos passaram e a paz reinou por muito tempo em Quito. Logo todo o povo da cidade acorreu para chorar e prestar sua última homenagem àquela que tinha entregado sua própria vida por eles. Seus restos mortais foram colocados no altar da Igreja de Quito e permanecem lá até hoje. Por isso, ela chamada de a Heroína Nacional do Equador e padroeira de Quito. Após sua morte, várias graças e milagres foram alcançados através da intercessão de Santa Mariana. Canonização Santa Mariana de Jesus foi beatificada pelo Papa Pio IX, no ano de 1850. Ela foi canonizada, em 1950, um século depois, pelo então Papa Pio XII. Oração a Santa Mariana “Santa Mariana de Jesus, modelo de oração e de amor a Jesus, orai por nós, para que saibamos seguir vosso exemplo de dedicação a Deus e ao próximo. E que saibamos colocar sempre o Senhor em primeiro lugar em nossa vida. Santa Mariana de Jesus, Açucena de Quito, Heroína do Equador, Rogai por nós.” 

28 DE FEVEREIRO – CAPELÃO MILITAR E APÓSTOLO

Daniel Brottier (1876-1936) nasceu na França, ingressou na Congregação do Espírito Santo (Espiritanos) e trabalhou na África durante sete anos. Ficou doente e precisou voltar. Durante a 1ª Guerra Mundial alistou-se voluntariamente como capelão militar. Transportou os feridos, assistiu os moribundos, desafiou os perigos e ganhou várias medalhas. Fundou a “União Nacional dos ex-combatentes” que chegou a congregar dois milhões de associados. Dirigiu durante vários anos uma obra de assistência à juventude abandonada, chegando a ter 1400 inscritos. Nessa obra eles aprendiam de tudo, desde a formação moral até o artesanato. Foi muito dinâmico. “Parecia ter duas almas” disse uma testemunha que trabalhou com ele. Mas soube unir a ação com a contemplação. Antes de se lançar ao trabalho, enchia-se de Deus na oração.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE FEVEREIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Terça-feira – Santos: Justo, Romão, Serapião 
Evangelho (Mc 10,28-31) “Pedro começou a dizer a Jesus: − Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.” 
Segundo Mateus (19,27) Pedro continuou dizendo: – Que recompensa teremos? Deixando de lado certa pretensão de Pedro, Jesus promete que seus seguidores terão a recompensa da paz com Deus e da convivência fraterna na comunidade de seus seguidores. Não em algum mundo de fantasia, mas num mundo real onde não lhes faltarão jamais as dificuldade e perseguições. Jesus não engana. 
Oração
Senhor Jesus, se me ajudais, que eu aceite o convite ou desafio. Um pouco antes dissestes que para Deus tudo é possível (Mc 10,27). Tomai, então, conta de meu coração, mudai-o, ocupai todos os seus espaços, para que vos possa seguir por onde me quiserdes levar. Aceito a recompensa que me prometeis. Se vos tenho a vós e aos irmãos, nada de fato de falta para ser feliz à espera da felicidade. Amém.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

NÃO TENHO TROCADO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio
Redentorista
Um pobre bateu à porta do P. Fourier, ilustre pregador francês. Era quase hora do almoço.A mesa estava posta. Quem o atendeu, disse que não tinham nada no momento. Ele correu os olhos pela mesa arrumada e disse ironicamente:
- Vocês não têm nada? Mas os talheres são de prata.
Foi um choque para o padre. No mesmo dia tratou de vender as baixelas de prata, aplicou o dinheiro em favor dos pobres e resolveu dedicar-se mais aos necessitados e desamparados.Nós damos resposta semelhante quando alguém nos pede uma ajuda: Não tenho trocado. 
PALAVRA DE DEUS::– Tenho fé, dirá alguém. Mas se não tiver obras, a fé poderá salvá-lo? (Tg 2,14).
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REFLETINDO A PALAVRA - “Amor que parte”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
Quando o amor nos deixa 
Continuando as reflexões do Papa Francisco sobre o matrimônio, Amoris Laetitae – Alegria do Amor, chegamos a um aspecto importante e ao mesmo tempo duro da vida matrimonial: a separação do casal pela morte. Por mais doloroso que seja o momento, saber encarar de um lado positivo: a morte como uma nova dimensão do amor. A beleza do matrimônio tem muitas facetas. Uma delas é quando a vida chega ao fim. Não vamos durar eternamente sobre a terra. Nenhuma morte é bem-vinda. Salienta o Papa: “Abandonar a família atribulada por uma morte, seria uma falta de misericórdia, seria perder uma oportunidade pastoral, e tal atitude pode fechar-nos as portas para qualquer eventual ação evangelizadora” (AL 253). É o momento de levar aos feridos pela morte, a mesma presença de Jesus que se comoveu e chorou no velório do amigo (Jo 11,33.35). Ele é a vida. Assim podemos compreender que a presença da Igreja nesses momentos dá vida aos que perdem a esperança, e chegam a se magoar com Deus como sendo culpado. Nessa fase de dor é importante a presença da comunidade. É necessária essa pastoral junto a esses que sofrem. Não se trata de conservar a vida, mas o amor. Há uma tendência a querer manter uma presença como viva como conservar o quarto e suas coisas no estado em que deixou. Achei bonito a atitude de uma parente, gente simples, que perdeu o marido. Ela disse: “Hoje lá em casa foi dia triste. Fomos distribuir as coisas de meu marido. Serviram tanto a ele, agora vão servir a outros”. Assim se encara a vida e a morte. 
Uma missão permanente 
Não vamos conservar a presença física, mas as preciosas lembranças dos bons tempos vividos, das boas obras praticadas e os pensamentos que norteavam. É bom não apagar a pessoa, mas também não se apagar por ela. A morte é um bem quando continua dando vida. É o momento da libertação. A missão dos mortos continua em nós, sobretudo quando recolhemos suas heranças espirituais para continuá-las. Continuamos o amor. Como se diz: “saudade é o amor que fica”. “O amor possui uma intuição que lhe permite escutar sem sons e ver o invisível. Isso não é imaginar o ente querido como era, mas poder aceitá-lo transformado, como é agora, à imagem de Cristo ressuscitado, como disse à Madalena que queria abraçar seus pés, que não O tocasse, para a levar a um encontro diferente” (AL 255). 
Igreja recolhe as lágrimas 
Há um descaso muito grande em muitas áreas da Igreja, como instituição, com respeito à doença, ao falecimento e à dor. É justamente aí o momento mais importante. Jesus sabia estar presente, como vimos. E continua presente e nos atrai. Paulo diz: “Desejo ardentemente partir para estar com Cristo” (Fl 1,23). Há o desejo de revermos aqueles queridos que se foram. Há os que até exploram os sentimentos com possíveis contatos. Mas o contato que acontece não é a nível humano, pois já passaram, mas na oração. Esta sim estabelece o diálogo em Deus. Quanto mais estamos em Deus, mais estamos com nossos queridos. A Igreja ensina: “Rezar por eles pode não só ajudá-los, mas também tornar mais eficaz a sua intercessão em nosso favor” (Catecismo, 958). “De modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo; mas é reforçada pela comunicação dos bens espirituais” (LG, 49). “Quanto melhor vivermos nesta terra, tanto maior felicidade podemos partilhar com os nossos queridos no Céu” (AL 258).

EVANGELHO DO DIA 27 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. Marcos 10,17-27.
Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e Lhe perguntou: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?». Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Tu sabes os mandamentos: ‘Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe’». O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude». Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me». Ao ouvir estas palavras, o homem ficou abatido e retirou-se pesaroso, porque era muito rico. Então Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!». Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?». Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Leão XIII (1810-1903), papa 
Encíclica Rerum Novarum, 20 
«Segue-Me»
Que os deserdados da sorte aprendam da Igreja que, segundo o julgamento do próprio Deus, a pobreza não é um opróbrio e que não é preciso corar por se ter de ganhar o pão pelo trabalho. É o que Jesus Cristo Nosso Senhor confirmou pelo seu exemplo, Ele que, «sendo tão rico, se fez pobre» para salvação de todos os homens (2Cor 8,9). Ele, o Filho de Deus e Ele próprio Deus, quis passar aos olhos do mundo pelo filho de um operário; foi ao ponto de consumir uma grande parte da sua vida num trabalho remunerado. «Não é este o carpinteiro, o filho de Maria?» (Mc 6,3) 
Quem tenha sob o olhar o modelo divino compreenderá que a verdadeira dignidade do homem e a sua excelência residem nos seus costumes, quer dizer na sua virtude; a virtude é o património comum dos mortais, ao alcance de todos, pequenos e grandes, pobres e ricos; só a virtudes e os méritos, onde quer que se encontrem, obterão a recompensa da beatitude eterna. Mais, é para as classes desafortunadas que o coração de Deus parece inclinar-se mais. Jesus Cristo chama aos pobres bem-aventurados (Lc 6, 20); Ele convida com amor todos aqueles que sofrem e que choram a virem a Ele, para os consolar (Mt 11, 28); Ele beija com uma caridade mais terna os pequenos e os oprimidos. Estas doutrinas são certamente feitas para humilhar a alma altiva do rico e o tornar mais compassivo, para elevar a coragem dos que sofrem e lhes inspirar confiança.

LEANDRO DE SEVILHA Bispo, Santo + 600

Nasceu em Cartagena este grande Bispo da Espanha, defensor impertérito dos interesses da Igreja. Como ele, foram canonizados seus irmãos Fulgêncio e Isidoro e sua irmã Florentina. Já na mocidade gozava Leandro S. Leandro de Sevilha, Bispofama de grande sábio. Este renome ainda cresceu com a entrada para a Ordem de S. Bento, em Hispalis. Cumpridor consciencioso de todos os deveres, em pouco tempo Leandro se tornou modelo de religioso perfeito. Morto o Bispo de Sevilha, foi ele eleito sucessor do mesmo. Reinava naquele tempo Leovegildo, fautor e protector da seita ariana, e inimigo dos católicos. Foi sempre a maior diligência de S. Leandro confirmar na fé os católicos e chamar os hereges ao aprisco do Bom Pastor. Grande consolação trouxe-lhe a conversão do príncipe real mais velho, Hermenegildo, que mais tarde, em testemunho da fé, sofreu o martírio. Os resultados estupendos que teve, na propaganda entre os hereges, mereceram-lhe o ódio profundo dos arianos, os quais, por diversas vezes tentaram matá-lo; se não conseguiram seu intento, foi por uma protecção divina visível. Sempre alcançaram do rei, amigo e fautor da seita, que Leandro e o irmão Fulgêncio fossem desterrados do reino. Assim tiraram ao Bispo a possibilidade de trabalhar pessoalmente na diocese. Do desterro, porém, dirigia pastorais aos diocesanos, escrevia contra os arianos, desfazendo-lhes as doutrinas erróneas e refutando-lhes as sofísticas objecções. Decorrido algum tempo, Leandro foi repatriado. O rei., vendo os milagres estupendos que se realizavam no túmulo de seu filho Hermenegildo, arrependeu-se do que tinha feito e estando para entregar a alma a Deus, recomendou ao segundo filho, Recaredo, respeito e obediência ao santo Bispo Leandro. Fez mais: Pediu a este pessoalmente que se interessasse pelos filhos e os instruísse nas verdades da religião. São Gregório Magno escreve que Leovegildo, apesar de ter reconhecido a verdade da religião Católica, não teve coragem nem na hora da morte, de fazer profissão desta mesma fé, receando provocar assim uma sublevação dos arianos. Recaredo converteu-se ao cristianismo, fez valer sua influência, no sentido de reconduzir também os súbditos à Igreja-Mãe. A pedido de Leandro, o Papa Gregório Magno convocou um Concílio, no qual se fez representar pelo Bispo de Sevilha. Os trabalhos deste Concílio foram coroados de brilhante êxito. Numerosos súbditos, leigos e clérigos, seguiram o exemplo do soberano e entraram no grémio da Igreja Católica. Reconhecendo e aplaudindo o zelo apostólico de Leandro, a história conferiu-lhe mui merecidamente o título de “Apóstolo dos Godos”, sendo principalmente devido aos seus esforços, que estes povos foram arrebatados aos erros do heresiarca Ário. Gregório Magno, numa carta autógrafa a Leandro, deu expansão ao seu grande contentamento, pelo fato inesperado da conversão do povo, mas principalmente do rei. A este fez ver a necessidade da concordância que deve haver, entre as regras da religião e da vida prática. Grande era a veneração que São Gregório dedicava a São Leandro. Testemunham esta veneração as numerosas cartas que lhe dirigiu, e nas quais se recomendava às orações do santo Bispo. O Papa, sabendo que Leandro sofria de gota, escreveu-lhe o seguinte: “Como soube, Vossa Excelência é bastante martirizado pela gota. É o mesmo mal que me acompanha. Que havemos de fazer nas nossas dores, senão lembrarmo-nos dos nossos pecados e agradecer ao bom Deus? Pelas dores na carne seremos purificados dos pecados cometidos pela carne. Cuidemos, pois, que não aconteça passarmos deste sofrimento a outros tormentos ainda maiores”. Esta carta foi um consolo para Leandro, nos seus sofrimentos. Sentindo-se melhor, entregou-se de novo aos trabalhos apostólicos, ensinando os ignorantes, visitando os doentes, consolando e socorrendo os necessitados. Aos ricos recomendava a prática da caridade e aos pobres exortava para que tivessem paciência com a sorte que Deus lhes dera. Interesse particular dispensava aos convertidos; estes, por sua vez, o amavam como a um pai. Se antes da conversão lhe tinham amargurado a vida, pela rebeldia e o ódio, agora lhe prestavam filial respeito e obediência. Leandro pregava quase diariamente. Homem de oração, implantava nos corações de outros, particularmente nos dos religiosos, o amor à oração. Numa carta à irmã Florentina se encontram os mais belos e sábios ensinamentos sobre este assunto, como também sobre o desprezo do mundo. Após uma vida cheia de trabalhos, fadigas, dores e merecimentos, Deus chamou seu fiel servo ao eterno descanso. Leandro, contava 80 anos, quando, em 600, se despediu deste mundo. O corpo do Santo foi entregue na Igreja das Santas Justina e Rufina. http://www.paginaoriente.com/

GREGÓRIO DE NAREK Religioso, Santo ca. 951-1003

S. Gregório de Narek nasceu provavelmente em 951, no seio de uma família toda ela entregue ao serviço da Igreja da Arménia. Seu pai, o Bispo Khosrow escreveu diversos livros sobre teologia. Seu tio materno dirigiu durante anos o Mosteiro de Narek, situado a sul do lago de Van. Ali também Gregório irá passar a maior parte da sua vida, onde também ensinou e onde morreu, por volta de 1003. Foi teólogo, poeta e filósofo. Pelo fim da sua vida, este grande místico escreveu em língua arménia clássica um poema intitulado Livro das Lamentações, obra-prima da poesia arménia medieval. Para o fazer, o mestre tinha ido buscar a língua litúrgica e deu-lhe uma nova forma, remodelada e simplificada. Redigiu também odes a Maria, cânticos e panegíricos. A sua influência marcou os mais importantes poetas da literatura arménia e a sua obra é considerada um dos cumes da literatura universal.

GABRIEL DE N. S. DAS DORES Seminarista passionista, Santo 1838-1862

Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luís Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de Março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do baptismo, na mesma pia, em que foi baptizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino. O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no baptismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis. Dando testemunho da educação que recebiam na família, no Processo da beatificação do Servo de Deus, os seus irmãos declararam: “Nós fomos educados com o máximo cuidado, no que diz respeito à piedade e à instrução. Nossa mãe era piedosíssima e nos educou segundo as máximas da nossa santa Religião”. Nos braços, sobre os joelhos de uma mãe profundamente religiosa o pequeno Francisco aprendeu os rudimentos da vida cristã e pronunciar os santos nomes de Jesus e Maria. A grande felicidade que na infância reinava, experimentou um grande abalo, quando inesperadamente o anjo da morte veio visitar aquele lar e arrebatar-lhe a mãe. D. Inês sentindo a última hora se aproximar, na compreensão do seu dever de mãe cristã reuniu todos os filhos à cabeceira do leito mortal, estreitou-os, um por um, ao seu coração, selou a sua fronte com o último beijo, deu-lhes a bênção, distinguindo com mais carinho os de tenra idade, entre estes, Francisco; munida de todos os sacramentos, confortada pela graça de Deus, na idade de 38 anos deixou este mundo, para, na eternidade, perto de Deus, receber o prémio de suas raras virtudes. 
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MARIA DE JESUS DELUIL MARTINY Religiosa, Fundadora, Beata 1841-1884

Filha de um brilhante advogado e excelente católico, sua mãe era uma digna sobrinha bisneta da Venerável Ana Madalena Remuzat, a visitandina que durante a peste de 1720 havia conseguido que Marselha se consagrasse ao Coração de Jesus. Assim, a devoção ao Sagrado Coração era considerada "património familiar". Maria nasceu em Marselha a 28 de maio de 1841. Foi educada pelos pais e pelas religiosas da Visitação. Um dia as Irmãs contam suas travessuras ao Mons. de Mazenod, fundador dos Oblatos de Maria Imaculada (canonizado em 1995), que lhes responde: "Não se inquietem, são coisas de menina; verão que um dia será a Santa Maria de Marselha". Em 1848, após vários distúrbios, o rei Luís Felipe abdica. As ruas tranquilas de Marselha, cidade cheia de recordações de São Lázaro, Santa Marta e Santa Maria Madalena, foram invadidas pelo ódio revolucionário. Maria tinha apenas 7 anos. Aproveitando-se da distracção momentânea dos adultos, sai de casa para ver de perto o que está acontecendo. Chega até as barricadas feitas pelos soldados. Sem medo, aproxima-se e observa tudo com interesse. Alguns soldados a ignoram, outros sorriem diante de sua inocente e viva curiosidade. Um a toma pela mão e a reconduz a casa. Estes episódios da infância nos revelam muito da personalidade desta Beata. Vivaz, brilhante, cultís-sima e muito a par das coisas da sociedade e da his-tória. Aos 16 anos, prossegue sua formação em Lyon com as religiosas do Sagrado Coração, fundadas por Santa Sofia Barat. Terminados os estudos superiores em 1858, fez exercícios espirituais e consultou São João Batista Vianney, o Santo Cura d’Ars, sobre a própria vocação. O Santo respondeu-lhe: “Minha filha, antes de a conheceres, terás de rezar muitos Veni, Sancte Spiritus (Vem, Espírito Santo). Sim, serás toda de Deus, mas deverás esperar longamente no mundo”. De fato, aguardou durante anos a inspiração do que Deus queria dela. Embora ainda vivendo com a sua família, ocupando-se de seus pais, pratica as obras de apostolado, coloca-se a serviço dos pobres, ajuda os sacerdotes e as missões. Mons. Comboni, em sua viagem à França, teve a ajuda da jovem Maria. Em 1864, providencialmente cai em suas mãos um folheto procedente da Visitação de Bourg-en-Bresse intitulado: Guarda de honra do Sagrado Coração: finalidade da obra. A jovem lê e relê essas linhas que parecem dirigidas a sua alma de fogo. A 7 de fevereiro escreve ao Mosteiro solicitando ser inscrita na Guarda de honra e oferecendo-se, cheia de entusiasmo, para trabalhar pela obra. Inicia-se então uma ativa correspondência entre a Irmã Maria do Sagrado Coração e a "pequena Maria", como a chama carinhosamente a fundadora. Maria consegue seu primeiro êxito fazendo chegar a Guarda de Honra até Santa Sofia Barat, que se inscreve com todas suas religiosas. No dia 5 de junho do mesmo ano, o Cardeal de Villecourt consagra solenemente a nova igreja de Na. Sra. da Guarda, em Marselha. É uma cerimónia impressionante a qual assiste também o Cardeal Pitra e grande número de bispos franceses. Maria consegue que os dois cardeais e 20 bispos se inscrevam na Guarda de Honra. Graças à direcção espiritual do Padre Calage, ela vai pouco a pouco conhecendo a sua vocação. 
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MARIA CARIDADE BRADER Religiosa, Fundadora, Beata 1860-1943

Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo. Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suíça como Maria Josafa Carolina Brader. Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteligente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e entrou para o convento franciscano em Maria Jilf, Als-tatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882. Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era conhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para trabalhar em Clone, no Equador em 1888. Ela trabalhou durante 6 anos como professora e catequista das crianças. Em 1893 foi transferida para Túquerres, Colombia onde as condições eram muito difíceis, mas ela superou todos as dificuldades em breve estava ensinando a fé aos pobres e desamparados. Ela fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada em Tuquerres, Colômbia em 31 de Março de 1893. Inicialmente composta de jovens irmãs com inclinação para o trabalho missionário elas foram em breve recebendo moças do local e outras mulheres Colombianas. Caritas serviu como Superiora Geral da Congregação de 1893 até 1919 e de novo de 1928 a 1940. As Irmãs enfatizavam a boa educação, com muitas preces e uma vida austera. Elas receberam a aprovação papal para a Congregação em 1993 e hoje elas estão nos na América Central, América do Sul, México, Suíça, Mali, Roménia e Estados Unidos. Caritas faleceu em 27 de fevereiro de 1943 em Pasto Colômbia e o seu tumulo logo se tornou um local de peregrinação e de devoção popular e vários milagres foram assinalados junto da sua campa a e alguns creditados à sua intercessão. Foi declarada Venerável em 29 de junho de 1999, e beatificada em 23 de março de 2003 pelo Papa João Paulo II.

São Nicéforo Mártir (século III)

Nicéforo era um cidadão de Antioquia, atual Síria, nascido no ano 260. Discípulo e irmão de fé do sacerdote Sabrício, tornaram-se amigos muito unidos e viveram nos tempos dos imperadores Eutiquiano e Caio. Não se sabe exatamente o porquê, mas Nicéforo cometeu algum mal com relação a Sabrício que nunca mais o desculpou. Pediu perdão muitas vezes, diga-se inclusive que ainda existem os registros desses seus pedidos. Mas, Sabrício nunca o concedeu, contrariando a própria religião cristã, da qual era sacerdote. Ele levou até o fim esta falta de solidariedade, apesar de Nicéforo ter chegado a se ajoelhar para implorar sua absolvição. Um dia, Sabrício foi denunciado e processado por ser católico e compareceu ao tribunal. Em princípio parecia disposto a qualquer martírio, cheio de coragem e determinação. Assumiu ser sacerdote cristão, recusou-se a sacrificar aos deuses pagãos e resistiu às mais bárbaras torturas. Mas, ao ser condenado à morte e receber a ordem de se ajoelhar para ter a cabeça cortada, aceitou render homenagens aos deuses pagãos em troca de liberdade. Nicéforo, que assistira ao julgamento e chegara a pedir novamente perdão ao padre, dizendo que com isso ele teria o apoio de Deus para enfrentar as dores que o aguardavam, escandalizou-se com a infidelidade do estimado sacerdote. Mesmo sem ter sido acusado ou convocado ao tribunal, Nicéforo apresentou-se de livre e espontânea vontade como cristão, disposto a morrer no lugar daquele que renegara sua fé em Cristo. Minutos depois, foi executado. Os registros e a tradição narram que sua cabeça rolou na arena e acabou depositada justamente aos pés do insensível sacerdote Sabrício. O Martirológio Romano registra outro santo com esse nome, que viveu mais de seis séculos depois e cuja atuação em defesa da unidade da Santa Mãe, a Igreja, não foi menos corajosa e eficiente. Por isso o culto à esse primeiro mártir permanece firme, vivo e constante ao longo do tempo e junto aos devotos, principalmente no mundo católico do Oriente. 

27 DE FEVEREIRO - GOSTAVA DE FESTAS, ATÉ QUE UM DIA..

O jovem Gabriel (1838-1862), órfão de mãe aos quatro anos, foi educado no amor à oração e ao estudo. Mas gostava de vestir-se bem, de ler romances, de dançar e festar. Era a atração da juventude feminina por causa de sua bela aparência física. Contudo, não deixava de ser um rapaz caridoso, estimado por todos. Numa palavra, um bom companheiro. Sentiu-se chamado para o convento, mas faltava o “empurrão” de Deus, o golpe final da Graça. Este veio quando perdeu sua irmã de quem tanto gostava. Aos 18 anos, desiludido das vaidades, entrou numa procissão onde iam levando a imagem de Nossa Senhora. Pareceu-lhe ouvir uma voz serena, a voz da virgem Maria, dizendo que aquele mundo não era para ele. Ingressou na Congregação dos Padres Passionistas. Mudou de nome. De Francisco que era, pois nasceu em Assis terra de São Francisco, passou a chamar-se Gabriel de Nossa Senhora das Dores. Sempre teve saúde fraca. Morreu tuberculoso antes de se ordenar padre, com com apenas 24 anos.
- Que ele proteja nossa juventude. Amém
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE FEVEREIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Segunda-feira – Santos: Leandro de Sevilha, Valdomiro, Besas 
Evangelho (Mc 10,17-27) “... veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: − Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 
O homem, que tão animado, perguntava a Jesus que deveria fazer, afastou-se abatido e triste. Sempre pensei que fez isso porque muito apegado a seus bens. Estou começando a pensar que recuou quando ouviu Jesus dizer: – Depois vem e segue-me! Jesus não me pede que deixe isto ou aquilo. Pede-me tudo: que o siga, ligue minha sorte à sua, assuma com ele um compromisso de toda a vida. 
Oração
Senhor Jesus, agradeço porque me apontais o caminho da vida, do cumprimento das possibilidades que o Pai me oferece. E peço que eu tenha coragem de aceitar o convite, sem medos nem reservas, mas também sem falsas imaginações. Mais importante que o caminho a ser feito é o amor e a generosidade com que o devo fazer. E para isso conto com vossa ajuda. Amém.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

O MILAGRE DE LOURDES

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio
Redentorista
O médico ateu Dr. Aléxis Carrel ouvira falar dos milagres que aconteciam em Lurdes, mas não acreditava. Queria ver para crer. Teve a sorte providencial de acompanhar uma caravana de doentes como médico assistente. Sob sua responsabilidade viajavam trezentos enfermos, entre os quais, uma jovem de 22 anos, Maria Bailly. Seu estado era gravíssimo. Chegando a Lourdes, precisou ser hospitalizada. Tinha uma peritonite tuberculosa de último grau. Poderia viver mais alguns dias, mas estava definitivamente desenganada. Pediu para ser banhada na piscina, cujas águas vinham da fonte milagrosa e onde eram banhados os doentes mais graves. Os médicos desaconselharam, mas ela insistiu tanto que foi levada para lá. O doutor Carrel, vendo-a mais morta que viva, fez esta prece: 
-“Virgem Maria, se não és um mito criado pelo nosso cérebro, cura esta jovem. Faze que eu possa crer”. 
Não foi possível imergir a agonizante na piscina. As enfermeiras não puderam fazer mais do que aplicar-lhe algumas loções com a água milagrosa. A cura foi quase instantânea. Voltou jubilosa para casa, caminhando com os próprios pés. Carrel se converteu. Morreu em 1944 no seio da Igreja Católica.
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