Evangelho segundo S. Lucas 11,29-32.
Naquele
tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer:
«Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será
dado, senão o sinal de Jonas.Assim como Jonas foi um sinal para os
habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e
há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de
Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens
de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram
penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Romano, o Melodista (?-c. 560),
compositor de hinos - Hino 51
Abre, Senhor, abre-me a porta da tua
misericórdia antes da minha hora de partir (Mt 25,11). Porque eu tenho de
partir, de ir até Ti e de me justificar de tudo o que digo em palavras, do que
faço em acções e dos pensamentos que guardo no meu coração. «Nem o rumor das
murmurações escapará ao teu ouvido» (Sb 1,10). David diz-Te no seu salmo: «Os
teus olhos viram-me em embrião, no teu livro está tudo escrito« (Sl 138, 13.16).
Ao leres nele as marcas das minhas más acções, grava-as na tua cruz, pois é nela
que eu me glorifico (Gal 6,14), gritando-Te: «Abre-nos a porta» […]
O
espírito endureceu-se-nos a tal ponto que, quando ouvimos falar das calamidades
que aconteceram a alguém, em nada nos corrigimos (Lc 13,1s). «Não há quem seja
sensato, quem procure a Deus; estamos extraviados, estamos pervertidos» (Sl
13,2-3). Os ninivitas, naquele tempo, arrependeram-se ao apelo do profeta. Nós,
porém, não compreendemos apelo nem ameaça. Com suas lágrimas, Ezequias pôs em
fuga os assírios suscitando contra eles a justiça do alto (2Rs 19). Ora eis que
os assírios […] nos fizeram cativos, e não chorámos nem gritámos: «Abre-nos a
porta».
Divino Senhor, de todos juiz, não esperes que mudemos de
atitude; Tu não precisas das nossas boas acções, pois cada um de nós se dedica a
más acções pelo pensamento e pela vontade. Porque é assim, Salvador, governa os
nossos dias segundo a tua vontade, sem esperares a nossa conversão, pois talvez
ela não se dê. E, ainda que ela venha a acontecer, será por pouco tempo, não
persistirá até ao fim. Como a semente que cai entre as pedras, como a erva nos
telhados, ela secará sem chegar a crescer (Mc 4,5; Sl 128,6). Estende pois a tua
misericórdia sobre nós e todos os que pedem: «Abre-nos a porta».
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