Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você
antes leu o texto evangélico indicado.
24 –Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
Evangelho (Mc 15,1-15,39)
“Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte: ... – Meu Deus, meu Deus,
por que me abandonaste?”
Marcos, como os outros evangelistas, ao narrar a
condenação e a morte de Jesus, obrigam-nos a muitas reflexões. Por isso mesmo
muitos santos insistem que devemos meditar sobre esses textos, se possível,
todos os dias. Talvez o ponto central e mais alto da narrativa seja esse
momento em que Jesus lembra o salmo 22,2: Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste? Vendo Jesus erguido na
cruz podemos ter um vislumbre do mistério da encanação do Filho de Deus. Ele
viveu nossa realidade humana intensamente, em sua totalidade, também nossa
experiencia do sofrimento, do medo, do abandono, da angústia que beira o
desespero, do olhar de frente a morte. Tendo vivido nossa realidade, ele pode
não apenas ensinar, mas ajudar a encontrar a única atitude que nos salva: “Pai,
em vossas mãos entrego meu espírito”.
Oração
Senhor Jesus, ao lembrar vossa morte, com todo o
seu horror, sua crueza, sua feiura, somos colocados diante de nossa vida, da
sua realidade que temos de aceitar, e tentar mudar. Vemos nossa limitação e
debilitada, nosso medo e covardia, nossa desesperança, e a necessidade absoluta
que temos de vós, de vosso poder e de vosso amor divino. Preciso aprender a
aceitar e viver minha existência limitada, minha vida terrestre breve e às
vezes sofrida. Em meu esforço de crescimento não posso esquecer que não posso tudo,
não posso ir nem tão rápido nem tão longe como gostaria. Diante da cruz, aceito
os limites de meu corpo, seu desgaste pelo tempo; vejo e aceito que sou, como
diz o salmo 90, como a erva do campo que dura um dia. Senhor, agradeço a
esperança que me dais ao me prometer a vida que dura para sempre. Posso dizer
convosco: “Pai, em vossas mãos entrego meu espírito”
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