sábado, 11 de julho de 2020

EVANGELHO DO DIA 11 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 19,27-29. 
Naquele tempo, disse Pedro a Jesus: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: no mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna». 
Tradução litúrgica da Bíblia  
Bento XVI papa de 2005 a 2013 
Audiência geral de 9/4/2008 
(trad. © Libreria Editrice Vaticana,rev.) 
São Bento, modelo para os dias que correm.
Segundo a Regra de São Bento, para ser capaz de decidir responsavelmente, o abade de cada mosteiro deve ser um homem que escuta «os conselhos dos irmãos» (Regra, 3,2), porque «muitas vezes Deus revela a solução melhor a um irmão mais jovem» (Regra, 3,3). Esta cláusula torna admiravelmente moderna uma Regra escrita há quase quinze séculos! Um homem de responsabilidades públicas, mesmo em pequenos âmbitos, deve ser sempre também um homem que sabe ouvir e aprender de quanto ouve. A Regra de São Bento oferece indicações úteis não só aos monges, mas também a todos os que procuram um guia no seu caminho rumo a Deus. Pela sua ponderação, a sua humanidade e o seu discernimento entre o essencial e o secundário na vida espiritual, ela tem mantido a sua capacidade iluminadora até hoje. Paulo VI, tendo proclamado, a 24 de outubro de 1964, São Bento Padroeiro da Europa, pretendeu reconhecer a admirável obra realizada pelo santo, com a sua Regra, para a formação da civilização e da cultura europeias. Hoje, a Europa, que acabou de sair de um século profundamente ferido por duas guerras mundiais e, depois pelo desmoronamento das grandes ideologias que se revelaram trágicas utopias, está em busca da própria identidade. Para criar uma unidade nova e duradoura, são sem dúvida importantes os instrumentos políticos, económicos e jurídicos, mas é preciso também suscitar uma renovação ética e espiritual que se inspire nas raízes cristãs do continente, porque de outra forma não se pode reconstruir a Europa. Sem esta linfa vital, o homem permanece exposto ao perigo de sucumbir à antiga tentação de querer remir-se sozinho, utopia que, de formas diferentes, causou na Europa do século XX, como revelou o papa João Paulo II, «uma regressão sem precedentes na história atormentada da humanidade» (Insegnamenti, XIII/1, 1990, p. 58). Procurando o verdadeiro progresso, encaremos pois, ainda hoje, a Regra de São Bento como uma luz para o nosso caminho. Esse grande monge continua a ser um verdadeiro mestre, em cuja escola podemos aprender a arte de viver o humanismo verdadeiro.

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