segunda-feira, 17 de abril de 2017

EVANGELHO DO DIA 17 DE ABRIL

Evangelho segundo S. Mateus 28,8-15.
Naquele tempo, Maria Madalena e a outra Maria, que tinham ido ao túmulo do Senhor, afastaram-se a toda a pressa, cheias de temor e de grande alegria, e correram a levar aos discípulos a notícia da Ressurreição. Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão». Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e, depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro, com esta recomendação: «Dizei: ‘Os discípulos vieram de noite roubá-l’O, enquanto nós estávamos a dormir’.Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz». Eles receberam o dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os judeus, até ao dia de hoje. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 80; CCL 24A, 490ss. 
«Não temais»
«Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui.» Assim falou o anjo às mulheres, ele que tinha aberto o túmulo por essa razão: não para fazer sair Cristo, que já não estava lá, mas para lhes mostrar isso mesmo: «Ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde jazia» (Mt 28,5-6). Vinde, mulheres, vinde. Vede o lugar onde tínheis depositado Adão, onde o género humano tinha sido sepultado. Compreendei que o perdão do Senhor foi tão grande quão grande tinha sido a injustiça que Lhe foi feita. [...] Quando as mulheres entram no sepulcro, tomam parte no ato de sepultar Jesus, tornam-se participantes da própria Paixão. Ao saírem do sepulcro, erguem-se na fé antes de ressuscitarem na carne: deixaram o túmulo, «cheias de temor e de grande alegria». [...] A Escritura diz: «Servi o Senhor com temor e estremecei de júbilo por Ele» (Sl 2,11).
«Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as.» Cristo vem ao encontro daquelas que correm com fé, para que reconheçam com os seus olhos Aquele em quem tinham acreditado pela fé. Quer confortar com a sua presença aquelas que tinham ficado a tremer pelo que lhes fora dito. [...] Vem ao seu encontro como um mestre, saúda-as como um familiar, devolve-lhes a vida por amor, guarda-as pelo temor. Saúda-as para que O sirvam amorosamente, para que o receio não as faça fugir. «Elas aproximaram-se e abraçaram-Lhe os pés». [...] A saudação quer dizer: toquem-Me. Quis ser agarrado, Ele que suportou que O amarrassem. [...] 
Diz-lhes: «Não temais», tal como o anjo lhes dissera. Este tinha-as confirmado, Cristo vai torná-las mais fortes ainda. «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que devem ir para a Galileia. Lá Me verão.» Erguendo-Se de entre os mortos, Cristo tomou consigo o homem, não o abandonou. Chama-lhes, por isso, seus irmãos, àqueles que pelo corpo tinha tornado seus irmãos de sangue; chama-lhes irmãos, àqueles que adotou como filhos de seu Pai. Chama-lhes irmãos, àqueles que, como herdeiro pleno de bondade, quis tornar seus co-herdeiros. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário