Há
tempos se dizia que a Igreja estava para acabar. Pela história sabemos que ela
passou por muitos momentos difíceis, quando a própria cabeça da Igreja era um
grave problema. Recentemente os países do primeiro mundo deixaram-se levar por
ideologias e estão sem religião. Com o
Concílio Vaticano II reanimou-se a esperança. A Igreja se universalizou. Tanto
na África como na Ásia florescem comunidades vigorosas. Papa Francisco nomeou
cardeais de países distantes. Ele mesmo veio do “fim do mundo” como disse.
Iniciamos um tempo de nova evangelização. Essa deve contar não com grandes
estruturas, mas com o diálogo pessoa a pessoa. O evangelizador é o cristão
inserido no seu mundo. O contato pessoal não elimina os outros métodos, mas é o
fundamental. Papa Francisco acentua: “Ser discípulo significa ter a disposição
permanente de levar aos outros o amor de Jesus; isso sucede espontaneamente em
qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, em um caminho” (EG 127). Esse é um
modo muito usado por outros grupos religiosos e políticos. Corpo a corpo é o
melhor método para evangelizar. Esse modo cristão não é agressivo, mas
respeitoso e amável num diálogo pessoal. Não se trata de vir assaltar pessoas
que estão na dor para atrair com promessas miraculosas. Trata-se de propor, não
impor. É um método muito usado por Jesus. Devemos lembrar que o anúncio de
Jesus se dá mais pelo testemunho que por palavras. Lembramos também que não
temos somente um bom modo de transmitir, mas temos conosco a força da Palavra e
a presença do Espírito Santo que move os corações. Se cada católico trouxesse
um para a Igreja, o mundo já estaria mudado. A primeira conversão é a dos
batizados que devem assumir sua fé e sua missão.
1592.
Carismas a serviço da comunhão
O
Apóstolo Paulo ensina à comunidade de Corinto que há diversidade de dons, mas
há um só Espírito. Somos todos membros de um corpo e todos concorrem para a
vida do corpo, cada um com seu dom e em sua função (1Cor 12,1-30). O Espírito Santo enriquece a
Igreja com diferentes carismas para a renovação e edificação da Igreja. A
diversidade dos dons é muito útil para a evangelização, pois abre espaço para
todos e para modos diferentes de evangelizar. Uns evangelizam pela palavra,
outros pela arte, outros pelo próprio silêncio orante. Os carismas e dons só se
edificam na comunhão. Igreja cheia é animador, mas há muitos que não estão ali.
1593.A contribuição da ciência
O Papa chama a atenção para o
diálogo com as ciências.
A ciência não se opõe à fé. O diálogo é a capacidade de ouvir o que temos que
aprender dos cientistas e estes perceberem que a ciência respeita o homem na
integridade. Ciência sem fé é um perigo e pode destruir o homem, como vimos na
história. É um assunto difícil, mas podemos compreender que ciência e
sabedoria devem andar juntas. A ciência conhece as realidades, a sabedoria
conhece o ser humano em sua dimensão espiritual à qual a ciência humana não tem
acesso. Quando é reconhecida essa dimensão, a ciência se torna um instrumento
movido pelo Espírito Santo e contribui para o anúncio da Fé. A fé não é coisa
de ignorante. É mesquinho saber muito, mas não ter o Saber. Por isso a
importância do diálogo, fé e ciência.
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