quarta-feira, 16 de julho de 2025

EVANGELHO DO DIA 16 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 11,25-27. 
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Hilário 
(315-367) 
Bispo de Poitiers, doutor da Igreja 
A Trindade 2, 6-7 
«Ninguém conhece o Pai senão o Filho, 
e aquele a quem o Filho O quiser revelar» 
O Pai é Aquele de quem vem tudo o que existe. Ele próprio, em Cristo e por Cristo, é a origem de tudo. Além disso, é em Si mesmo o seu ser, e não recebe de outro aquilo que é. Ele é infinito, porque não está num sítio preciso, mas tudo está nele. Ele é antes do tempo e o tempo vem dele. Se o teu pensamento corre atrás dele e crês ter alcançado os limites do seu ser, continuarás ainda assim a encontrá-lo, pois enquanto avanças incessantemente até Ele, o teu alvo está sempre mais longe. Tal é a verdade do mistério de Deus, tal é a expressão da natureza incompreensível do Pai. Para O exprimir, as palavras só podem calar-se; para O sondar, o pensamento fica inerte; e a inteligência sente-se limitada para O alcançar . E, no entanto, este nome, Pai, indica a sua natureza: Ele é só e completamente Pai. Porque não recebe de nenhum outro, à maneira dos homens, o facto de ser Pai. Ele é o eterno não-gerado. É conhecido apenas pelo Filho, porque «ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar». Ambos Se conhecem um ao outro e esse conhecimento mútuo é perfeito; por conseguinte, como «ninguém conhece o Pai senão o Filho», tenhamos do Pai somente pensamentos conformes ao que dele nos revelou o Filho, que é a única «testemunha fiel» (Ap 1,5). Vale mais pensar no que diz respeito ao Pai do que falar acerca disso. Porque as palavras são incapazes de traduzir as suas perfeições. Apenas podemos reconhecer a sua glória, ter dela uma certa ideia e procurar precisá-la com a nossa imaginação. Mas a linguagem do homem é a expressão da sua impotência e as palavras não explicam a realidade tal como ela é. Assim, ainda que tenhamos reconhecido a Deus, temos de renunciar a nomeá-lo: sejam quais forem as palavras que utilizemos, elas não conseguem exprimir Deus tal como Ele é, nem traduzir a sua grandeza. Temos de acreditar nele, de procurar compreendê-lo e de adorá-lo; ao fazê-lo, estamos a falar dele.

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