sábado, 11 de julho de 2020

REFLETINDO A PALAVRA - “Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher vestida de sol”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
A Igreja celebra a festa da Assunção de Maria ao Céu. Deus elevou a Imaculada Virgem Mãe de Deus em corpo e alma. Esta festa sempre pertenceu à fé da Igreja Católica e foi confirmada com a proclamação do dogma em 1950. Nós celebramos este dia para responder à Palavra de Deus saída dos lábios de Maria: 
“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois grandes coisas fez em mim o Todo Poderoso”.
Isabel, como narra o Evangelho de Lucas 1,39-56, diz quem é Maria Santíssima: 
“Feliz aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu: Ser Mãe do Salvador, Filho do Altíssimo”. 
Ela foi declarada pelo Anjo como a cheia de graça. 
Por outro lado Maria faz parte de nossa humanidade, filha de nosso povo, agraciada por Deus. Ela assume sua parte na prática do Evangelho, indo caridosamente ajudar sua prima Isabel, grávida na velhice. Nem uma anciã engravidar nem uma Virgem-Mãe eram fatos impossíveis para Deus. A intervenção de Deus em Maria será uma mudança para todos os enfraquecidos, como vemos no cântico da Virgem de Nazaré. Nela Deus realiza a misericórdia para com todos nós.
A Assunção de Maria não é um fato individual, mas é uma celebração de todo povo de Deus. Com a morte e ressurreição de Jesus resolveu-se o mal que Adão fizera dando-nos a morte, como diz a segunda leitura (1Cor 15,20-27). Com a Ressurreição de Jesus inicia-se a ressurreição para todos e é destruído o inimigo que é a morte. Deus em Maria realiza completamente o ideal de toda humanidade. Sabemos que Deus é verdadeiro nas suas palavras em Jesus, pois o demonstrou em Maria, a primeira criatura depois de Cristo a receber o dom total. Ela não recebe para si. Em Maria toda humanidade se sente ressuscitada e glorificada junto de Deus. Por isso ela é elevada aos céus como o grande sinal colocado na Igreja para dizer a todos: Deus é fiel. A descendência de Maria esmagou a serpente. Mas ela continua tentando morder o calcanhar dos descendentes. Com a prece de Maria podemos nós também vencer, ressuscitar e ser glorificados. A Igreja sem Maria não pode existir, como Cristo não existiu sem Maria. A Igreja, apoiada na Escritura, sempre acreditou nos mistérios que Deus concedeu a Maria. Interpretada pela tradição, anunciada pelos santos Padres, estudada pela teologia, celebrada na liturgia, amparada na fé de todo povo, a Igreja anuncia com segurança que Esta mulher foi elevada para o Céu em corpo e alma e está ali a interceder por nós para que cheguemos à gloria da ressurreição. Não entendo porque tantos insistem em tirar Maria do mistério de Jesus, se o próprio Deus a quis no mistério de seu Filho.

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