Evangelho segundo S. Mateus 28,8-15.
Naquele
tempo, Maria Madalena e a outra Maria, que tinham ido ao túmulo do Senhor,
afastaram-se a toda a pressa, cheias de temor e de grande alegria, e correram a
levar aos discípulos a notícia da Ressurreição. Entretanto, Jesus saiu ao
seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e
prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar
os meus irmãos que devem ir para a Galileia. Lá Me verão». Enquanto elas iam
a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos
sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e,
depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro, com esta recomendação: «Dizei: ‘Os discípulos vieram de noite roubá-l’O,
enquanto nós estávamos a dormir’. Se isto chegar aos ouvidos do governador,
nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz». Eles receberam o
dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou
entre os judeus, até ao dia de hoje.
Da Bíblia Sagrada -
Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias
sobre os evangelhos, 26, 2-6
«Ide depressa dizer aos discípulos: “Ele ressuscitou dos mortos e vai
à vossa frente para a Galileia. Lá O vereis.”» (Mt 28,7)
«Ele vai à vossa frente para a Galileia: lá
O vereis, como Ele vos disse.» «Galileia» quer dizer «fim do cativeiro». O
Redentor já havia passado da Paixão à ressurreição, da morte à vida, do castigo
à glória, da corrupção à incorruptibilidade. Mas se, após a ressurreição, os
discípulos O vêem primeiro na Galileia, é porque nós não contemplaremos, na
alegria, a glória da sua ressurreição se não trocarmos os vícios pelos cumes da
virtude. Há uma deslocação que tem de ser feita: se a notícia é conhecida no
sepulcro, é noutro local que Cristo Se mostra […].
Havia duas vidas;
nós conhecíamos uma, mas não a outra. Havia uma vida mortal e uma vida imortal,
uma corruptível e outra incorruptível, uma de morte e outra de ressurreição.
Então apareceu o Mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo (1Tim
2,5), que assumiu a primeira vida e nos revelou a outra, que perdeu uma ao
morrer e nos revelou a outra ao ressuscitar. Se Ele nos tivesse prometido, a nós
que conhecíamos a vida mortal, uma ressurreição da carne sem dela nos dar uma
prova palpável, quem teria acreditado nas suas promessas?
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