segunda-feira, 6 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 6 DE ABRIL

Evangelho segundo S. Mateus 28,8-15.
Naquele tempo, Maria Madalena e a outra Maria, que tinham ido ao túmulo do Senhor, afastaram-se a toda a pressa, cheias de temor e de grande alegria, e correram a levar aos discípulos a notícia da Ressurreição. Entretanto, Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que devem ir para a Galileia. Lá Me verão». Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e, depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro, com esta recomendação: «Dizei: ‘Os discípulos vieram de noite roubá-l’O, enquanto nós estávamos a dormir’. Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz». Eles receberam o dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os judeus, até ao dia de hoje. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja 
Homilias sobre os evangelhos, 26, 2-6 
«Ide depressa dizer aos discípulos: “Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá O vereis.”» (Mt 28,7)
«Ele vai à vossa frente para a Galileia: lá O vereis, como Ele vos disse.» «Galileia» quer dizer «fim do cativeiro». O Redentor já havia passado da Paixão à ressurreição, da morte à vida, do castigo à glória, da corrupção à incorruptibilidade. Mas se, após a ressurreição, os discípulos O vêem primeiro na Galileia, é porque nós não contemplaremos, na alegria, a glória da sua ressurreição se não trocarmos os vícios pelos cumes da virtude. Há uma deslocação que tem de ser feita: se a notícia é conhecida no sepulcro, é noutro local que Cristo Se mostra […]. 
Havia duas vidas; nós conhecíamos uma, mas não a outra. Havia uma vida mortal e uma vida imortal, uma corruptível e outra incorruptível, uma de morte e outra de ressurreição. Então apareceu o Mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo (1Tim 2,5), que assumiu a primeira vida e nos revelou a outra, que perdeu uma ao morrer e nos revelou a outra ao ressuscitar. Se Ele nos tivesse prometido, a nós que conhecíamos a vida mortal, uma ressurreição da carne sem dela nos dar uma prova palpável, quem teria acreditado nas suas promessas? 

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