segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

João de Ruysbrœck Sacerdote, Religioso, Fundador 1293-1381

Cónego regular flamengo, cujas obras, 
desmascaram os falsos místicos, 
o que lhe valeu ser chamado 
“Ruysbroeck o Admirável”.
João de Ruysbroeck nasceu em 1293, em Ruysbroeck, nos arredores de Bruxelas. A sua família era honrada e muito abastada. Desde a sua mais terna infância gostava de isolar-se na natureza. Aos 11 anos, Beato João de Ruysbroeck, místicofoi confiado um tio, Mestre João Hinckaert, cónego de Santa Gúdula, que o despertou muito cedo às verdades do Evangelho, e o enviou para uma escola para estudar as letras, a filosofia e as ciências humanas e divinas. Em 1317, quando completava 24 anos foi ordenado sacerdote e exerceu o seu ministério durante 25 anos em Bruxelas, como capelão de Santa Gúdula, na companhia de Mestre Hinckaert e de Franco van Coudenberg, capelães da mesma igreja, e animados dos mesmos desejos de vida virtuosa. Foi durante a sua estadia em Bruxelas que ele redigiu as suas primeiras obras. Sacerdote secular, João decidiu de seguir Cristo humilde no caminho da humildade e de se conformar tanto quanto lhe era possível a este Modelo, indo mesmo ao ponto de ser considerado como desprezível e sem qualquer valor aos olhos de todos quantos ignoravam a sua vida santa, toda cheia da presença de Deus.

Beato Raffaele Chylinski, franciscano - Festa: 2 de dezembro

Religioso franciscano 
polaco de nobre origem. 
Exerceu o seu apostolado como 
pregador e confessor em 
Lagiewniki e Cracóvia.
(*)Poznan, Polônia, 1694 
(+)Lagiewniki, Polônia, 2 de dezembro de 1741
Martirológio Romano: Em Logiewniki, na Polônia, o Beato Rafael (Melchior) Chylinski, sacerdote da Ordem dos Frades Menores Conventuais, que em Cracóvia durante a peste visitou os enfermos para assisti-los piedosamente e prepará-los para uma morte honrosa e cristã. 
Graças a um milagre atribuído à sua intercessão e aprovado em 22 de janeiro de 1991, foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 9 de junho de 1991, em Varsóvia, durante a sua viagem apostólica à Polónia. Melchiorre Chylinski nasceu em Wysoczko em 8 de janeiro de 1694 no distrito de Poznan na Polônia, cresceu em um ambiente saudável e piedoso e após terminar os estudos nas escolas de sua cidade, abraçou a vida militar tornando-se oficial-alferes, mas não durou muito; obedecendo ao chamado de Deus que sentia dentro de si, aos 21 anos foi para Cracóvia e ingressou na Ordem dos Frades Menores Conventuais e em 4 de abril de 1715 recebeu o hábito de clérigo, mudando o nome para Raffaele. Depois de completar o noviciado fez a profissão solene e em dezembro de 1717 foi ordenado sacerdote.

ORAÇÕES - 2 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
2 – Segunda-feiraSantos: Bibiana, Martana, Crisólogo
Evangelho (Mt 8,5-11) “Senhor, eu não mereço que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado.”
Sempre repetimos a oração desse pagão quando celebramos a eucaristia. Tenho de me perguntar se eu sou totalmente sincero ao dizê-la, se me abro de fato ao encontro com Jesus.Preciso reconhecer minhas limitações e minhas quedas, preciso que o Senhor me cure e transforme. Só ele o pode fazer e ninguém mais. Para isso a ele me uno, deixando que me envolva em sua morte e ressurreição.
Oração
Senhor Jesus,Mateus fez questão de me dizer que ficastes admirado com as palavras daquele homem. Acho que a explicação é que conheceis muito bem nosso orgulho e nosso engano. Dobrai, pois, meu coração para reconhecer minha pobreza e o quanto preciso de vós.Não mereço vosso amor,  e só vos posso oferecer minhas mãos abertas, implorando vossa imensa misericórdia. Amém.

domingo, 1 de dezembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Um jeito novo de agir”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Já deu certo
 
Vimos os desafios e as tentações por que passa quem quer anunciar a novidade a vida nova em meio às dificuldades do tempo atual. Até chegamos a dizer ou pensar que antigamente tudo era mais fácil. O livro do Eclesiastes orienta: “Não digas: Por que razão foram os dias passados melhores do que estes de agora? Esta pergunta não é motivada pela sabedoria” (Eclesiastes 7,10). Todos os tempos são bons dentro de suas possibilidades. Todos os tempos têm suas dificuldades. Os desafios são sempre grandes, como grandes são as possibilidades de solução. Há sempre grandes conquistas e sempre grandes derrotas. Papa Francisco, em sua orientação sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual – Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho), oferece caminhos para um novo modo de entrar em contato e anunciar. Coloca como tema: “Sim às novas relações geradas por Jesus Cristo”: Diante da riqueza da comunicação humana somos desafiados e descobrir e transmitir a ‘mística’ de viver juntos, misturar-nos, dar o abraço, participar para transformar essas vitórias da comunicação em fraternidade. “As maiores possibilidades de comunicação traduzir-se-ão em novas possibilidades de encontro e solidariedade entre nós... sair de si para se unir aos outros faz bem. A humanidade perderá com cada opção egoísta que fizermos” (EG 87). Sentimos no momento que a facilidade de comunicação está gerando isolamento e fechamento em si mesmos. A proposta é o estímulo de buscarmos, através da comunicação, sempre maior encontro. Sair de si é enriquecer-se e enriquecer os outros. Foi o processo adotado por Deus que saiu de Si e se encarnou. Jesus saiu de Si e abriu-Se reunindo discípulos. Deste modo pode transmitir e levar-nos à comunhão. Toda busca de um encontro já é doação da graça divina, presente em cada um. 
Abrir-se a todos 
Como estamos em contato com todo o mundo, podemos não crescer em comunhão, mas nos isolarmos como observadores do mundo que passa. Numa sociedade tão pluralista e diversificada corremos o risco do fechamento por desconfiança, medo, atitudes defensivas criando o mundinho fechado na sua privacidade. O medo do outro levantou os muros da casa, as grades etc... Às vezes necessário por segurança. Mas não diminuiu em nada a situação caótica de assaltos e violência. Inclusive criamos para nós mesmos uma espiritualidade individualista perdendo o sabor do Evangelho reduzindo Jesus a um Cristo puramente espiritual e desencarnado, feito à nossa imagem. A sabedoria do Evangelho nos convida a ir ao encontro. Papa Francisco supera qualquer proposta que tenhamos. Perguntaram por que tomara aquela atitude de ir ao encontro justo daquele tipo a quem se dirigiu. Disse: “Eu o sinto”. Nasce de seu ser espiritual. Ir ao encontro não é poesia ou teoria, é um abraço, é um sair do esquema. 
Deixar-se acolher 
Há uma busca de Deus presente no mundo. Buscam a Deus, mas não aquele que apresentamos. Pode ser que tenhamos mostrado um Deus à nossa imagem. Diz o Papa: “O desafio de hoje é responder adequadamente à sede de Deus para que não tenham que apagá-la com propostas alienantes ou com um Cristo sem carne e sem compromisso com o outro. Se não encontram na Igreja uma espiritualidade que os cure, liberte e dê paz, os chame à comunhão solidária e à fecundidade missionária, acabarão enganados por propostas que não humanizem nem dão glória a Deus” (89). Quando a Igreja não tomou essas atitudes ela perdeu sua credibilidade.
ARTIGO PUBLICADO EM MARÇO DE 2015

01 de dezembro - Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem. Lc 21,36

Se vivermos unidos a Jesus, se formos fiéis a Ele, seremos capazes de enfrentar com esperança e serenidade também a passagem da morte. Uma pessoa tende a morrer como viveu. Se a minha vida foi um caminho com o Senhor, um caminho de confiança na sua misericórdia incomensurável, estarei preparado para aceitar o momento derradeiro da minha existência terrena como o definitivo abandono confidente nas suas mãos acolhedoras, à espera de contemplar o seu rosto face a face. Esta é a coisa mais bonita que nos pode acontecer: contemplar face a face aquele rosto maravilhoso do Senhor, vê-lo como Ele é, belo, repleto de luz, cheio de amor e de ternura. Nós vamos até àquele ponto: ver o Senhor!
Neste horizonte compreende-se o convite de Jesus a estar sempre pronto e vigilante, consciente de que a vida neste mundo nos é concedida também para preparar a outra vida, com o Pai celestial. E para isto existe um caminho seguro: preparar-se bem para a morte, permanecendo próximo de Jesus.
Esta é a segurança: preparo-me para a morte, permanecendo perto de Jesus. E como estou próximo de Jesus? Mediante a oração, os Sacramentos e também na prática da caridade.

EVANGELHO DO DIA 1 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,25-28.34-36. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na Terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então hão de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da Terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Teodoro Estudita 
(759-826) 
Monge de Constantinopla 
Catequese 83 
Chamados ao Reino 
Quando um rei deste mundo chama os homens à glória, ao sucesso, à riqueza, ao luxo e ao prazer, vemo-los correr para tudo isso com diligência, zelo e alegria. Pois quem nos chama é Deus, o Rei do universo – e não nos chama a esses bens vis e corruptíveis que mencionámos, mas ao Reino dos Céus, a uma luz que não conhece eclipse, a uma vida sem fim, a uma bem-aventurança inefável, à adoção filial e à herança dos bens eternos; com quanto mais zelo, alegria e ardor insaciável devemos, pois, correr, lutar e apressar-nos todos os dias e a todas as horas! Nem a tribulação, nem a angústia, nem a fome, nem a sede, nem o perigo nem, digamo-lo claramente, a espada, nem a morte (cf Rom 8,35.38), nada disto deve inspirar-nos receio ou fazer-nos recuar; pelo contrário, com coragem, vigor e fortaleza, sigamos a via ascética até ao fim, tudo suportando como leve e fácil em comparação com a expectativa (cf Rom 8,19) que nos é proposta e a nossa esperança de felicidade. Fortalecei-vos, vós também, com o vigor da sua força (cf Ef 6,10), filhos mui desejados, e juntai às vossas lutas e provações anteriores as atuais e as futuras, tendo como alegria perfeita (cf Tg 1,2) o facto de terdes sido julgados dignos de sofrer tudo isto por Cristo, nosso Salvador (cf Fil 1,29). E tornai-vos imitadores dos seus sofrimentos; para aqueles que o compreendem, esta é a maior recompensa! Queremos reavivar o zelo de todos nós, despertando-nos, reerguendo-nos, renovando a nossa ânsia de completar os serviços que cabem a cada um de nós e de os cumprir sem negligência, em Cristo Jesus, nosso Senhor, a quem pertencem a glória e o poder, com o Pai e o Espírito Santo, agora e para sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.

Beata Maria Clara do Menino Jesus (Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles de Albuquerque) Fundadora - Festa: 1º de dezembro

(*)Amadora, Portugal, 15 de junho de 1843 
(+)Lisboa, Portugal, 1 de dezembro de 1899 
Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque nasceu na Amadora (Lisboa) a 15 de Junho de 1843. Em 1869 tomou o véu entre as Terciárias Capuchinhas de Nossa Senhora da Conceição, residindo na Pensão de São Patrício em Lisboa, e tomou o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus. Foi enviada a Calais, França, em 10 de fevereiro de 1870, para o noviciado, com a intenção de fundar posteriormente uma nova Congregação em Portugal. Abriu a primeira comunidade em Lisboa a 3 de maio de 1871. Cinco anos depois, a 27 de março de 1876, a Congregação dos Franciscanos Hospitalários da Imaculada Conceição foi aprovada pela Santa Sé. Madre Clara, como é mais conhecida, faleceu em Lisboa a 1 de dezembro de 1899, aos 56 anos. Foi beatificada por decreto do Papa Bento XVI em 21 de maio de 2011. Os seus restos mortais repousam atualmente na Casa Geral das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, em Linda-a-Pastora, perto de Lisboa, Portugal. Terceira de sete filhos, nasceu a 15 de junho de 1843 no palácio da Quinta do Bosque (“Vila da Mata”), na atual cidade da Amadora, Portugal. Os seus pais, Nuno Tomás de Mascarenhas Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque, e Maria da Purificação de Sá Carneiro Duarte Ferreira, eram de linhagem nobre. No dia 2 de Setembro do mesmo ano a menina recebeu, com o Baptismo na igreja de Nossa Senhora do Refúgio em Benfica, o nome de Libânia do Carmo. Passou uma infância feliz, num contexto particularmente rico.

Santa Florença de Poitiers, Eremita - 1 de dezembro

      Florença nasceu na Frígia, de pais imersos nas trevas do paganismo, e que a tinha educado nos mesmos erros. Seus pais eram colonos romanos estabelecidos na Ásia Menor, ao longo da estrada que da Frigia conduzia a Selêucia. Florença é citada na “Vita Hilarii” do século VII, que narra a vida de Santo Hilário, primeiro Doutor da Igreja Latina.  Em 359, Santo Hilário, exilado há quatro anos, e defendendo a fé nos locais entregues ao arianismo, foi para a Selêucia, cidade da Isauria onde a heresia tinha inspirado um concilio para o final de setembro (Sínodo dos Orientais de 359). Um domingo, passando por uma pequena cidade que, infelizmente, a história não diz o nome, ele entrou na igreja católica no momento em que as pessoas já estavam reunidas para a oração. De repente, no meio da multidão, uma menina corre e entra nas fileiras cerradas, ela clama que um grande servo de Deus está ali e, prostrada a seus pés, implora que pelo Sinal da Cruz ela ingresse no rebanho de Cristo, ela protesta que não vai se erguer senão após ter seu pedido atendido.  Era Florença, que um movimento do Espírito Santo enviava para o grande doutor, cujo nome ilustre não era conhecido no Oriente, e Ele fazia conhecido misteriosamente. Hilário deu-lhe sua bênção, que era um símbolo do Santo Batismo que ela recebeu alguns dias depois. A piedosa criança não teve só aquela felicidade. Instruída sobre as verdades da fé, durante o curto tempo que lhe podia dar o grande bispo, o pai de Florença, sua mãe e sua família toda se deram a Deus, e foram lavados na mesma regeneração.

São Naum, profeta - 1 de Dezembro

Naum, sétimo dos profetas Menores, nasceu em Elcos, Galileia, no século VII. É autor do 41° livro do Antigo Testamento, no qual narra a queda de Nínive, principal inimiga de Israel, como uma vitória de Deus sobre o mal. Como Nínive havia destruído Tebas, também foi destruída.
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html
Elcos, Galiléia, século VII a.C. 
Martirológio Romano: Comemoração de São Naum, profeta, que pregou que Deus governa o curso do tempo e julga as pessoas com justiça. 
O livro homônimo de Naum é o 41º do Antigo Testamento, segue o de Miquéias e precede o de Habacuque. A dureza com que Naum se expressa, porém, é influenciada pela mentalidade e pelo clima do Antigo Testamento; praticamente nada se sabe sobre a sua vida sobre este Profeta, considerado o sétimo dos profetas 'menores'; viveu na segunda metade do século VII a.C., provavelmente no espaço de tempo que vai da queda de Tebas (663 a.C.) até a queda de Nínive (612 a.C.) pelas mãos dos exércitos babilônico e persa; e nasceu de acordo com s. Jerônimo na desconhecida aldeia de Elcos, na Galiléia. Com seu livro ou melhor, livreto profético, composto por apenas três capítulos, ele nos oferece uma visão centrada no acontecimento da destruição da capital assíria, Nínive, que caiu em 612 a.C. sob os assaltos do rei dos medos Ciaxares e Nabopolassar, fundador do neobabilônico.

Santa Natália (1 de Dezembro)

Leiga, esposa e mártir em 
Nicomédia, durante o século IV.
Mártir da Nicomedia, moderna Turquia. Ela cuidava dos prisioneiros cristãos, que aguardavam serem martirizados durante as perseguições do Imperador Diocleciano (284-305), dentre eles o seu marido São Adriano. Ela é mencionada nos "Atos de Santo Adriano" (festa dia 8 de setembro) e sobreviveu as perseguições aos cristãos. Ela sofreu ao ver o seu marido, São Adriano, ser martirizado durante longo tempo, vendo suas pernas esmagadas em uma bigorna e seus braços decepados, sem que ele renegasse a sua fé. Após a sua execução, os romanos tentaram queimar o seu corpo, mas Santa Natália orou a Jesus e uma forte e inexplicável chuva apagou o fogo e ela, na confusão que resultou, conseguiu roubar o que restou do seu corpo e ainda tentou compor os seus braços antes de enterra-lo. Logo depois de enterra-lo veio a falecer junto ao seu túmulo.. 
Fonte: Cade meu santo

Eloy de Noyon Bispo, Santo † 659

Bispo de Noyon (França). 
Morreu na Holanda. 
O seu corpo repousa na catedral da cidade
francesa, que já não é diocese.
Bispo, escultor, modelista, marceneiro e ourives, Elói ou Elígio foi um artista e religioso completo. Nasceu na cidade de Chaptelat, perto de Limoges, em 588, na França. Seus pais, de origem franco-italiana, eram modestos camponeses cristãos com princípios rígidos de honestidade e lealdade, transmitidos com eficiência ao filho. Com sabedoria e muito sacrifício, fizeram questão que ele estudasse, pois sua única herança seria uma profissão. Assim foi que, na juventude, Elói ingressou na escola de ourives de Limoges, a mais conceituada da Europa da época e respeitada ainda hoje. Ao se formar mestre da profissão, já era afamado pela competência, integridade e honestidade. Tinha alma de monge e de artista, fugia dos gastos com jogos e diversões. tudo dispendia com os pobres. Levava uma vida austera e de oração meditativa, ganhando o apelido de "o Monge". Conta-se que sua fama chegou à Corte e aos ouvidos do rei Clotário II, em Paris. Ele decidiu contratar Elói para fazer um trono de ouro e lhe deu a quantidade do metal que julgava ser suficiente. Mas, com aquela quantidade, Elói fez dois tronos e entregou ambos ao rei. Admirado com a honestidade do artista, ele o convidou para ser guardião e administrador do tesouro real.

António Bonfadini Franciscano Menor, Beato 1400-1482

Franciscano italiano, 
encontrado intacto 
um ano após a sua morte.
António Bonfadini passou os últimos dias da sua vida na cidade de Cotignola (Itália), onde morreu e onde o seu corpo permaneceu incorrupto. Tinha nascido em Ferrara no já remoto ano de 1400. Obteve o grau de Doutor na sua cidade natal em 1439 e aos 37 anos entrou na Ordem Franciscano dos Irmãos Menores, no convento da estrita observância do Espírito Santo em Ferrara e aí se destacou pela sua fidelidade à regra e pela sua veemente pregação da Palavra de Deus. Ordenado sacerdote, sentiu-se atraído pelos sermões de São Bernardino de Sena que produziram nele um despertar maravilhoso de virtudes, não só em Frei António Bonfaddini, mas também nos outros franciscanos, seus irmãos da Ordem fundada por São Francisco de Assis. Passado algum tempo, começou a percorrer os caminhos da Itália como pregador da Palavra de Deus, sendo sempre escutado com grande atenção pelos auditores que acorriam numerosos para ouvirem o homem de Deus. Estava-se então no século XV, o século de ouro da pregação e da santidade da observância franciscana. Basta-nos aqui recordar quatro dessas colunas da pregação: São Tiago das Marcas, São João de Capistrano, São Bernardino de Sena e Alberto de Sarteano, menos conhecido talvez do que os três primeiros.

São Rodolfo Sherwin, sacerdote e mártir Festa: 1º de dezembro

(*)Rodesley, Inglaterra, por volta de 1550
(+)Tyburn, Londres, 1º de dezembro de 1581 
Ralph Sherwin, sacerdote do Vicariato Apostólico da Inglaterra, é um dos 40 mártires da Inglaterra e do País de Gales canonizados pelo Papa Paulo VI em 25 de outubro de 1970, quando morreram por sua lealdade à Igreja de Roma e ao Papa Sherwin. em 1568 no Exeter College, Oxford, de onde saiu após sua conversão ao catolicismo em 1575, para estudar teologia no English College of Douai. Aqui recebeu a ordenação presbiteral em 23 de março de 1577. Dois anos depois foi enviado para o recém-criado Colégio Inglês em Roma e lá permaneceu até a primavera de 1580. Partiu então para a missão inglesa com o bispo Thomas Goldwell com São Edmondo Campion e outros. Já em novembro de 1580, de fato, ele foi preso em Londres enquanto pregava na casa de um certo Nicola Roscarrock. Inicialmente preso na prisão de Marshalsea, foi transferido no dia 4 de dezembro seguinte para as prisões da Torre, onde foi submetido a vários interrogatórios e torturas cruéis. Em 14 de novembro de 1581, Sherwin foi denunciado em Westminster Hall sob a acusação de alta traição por ter retornado à Inglaterra com outros companheiros para fomentar uma revolta que destronaria a rainha e subverteria o Estado, com base em um suposto plano traçado em Reims e em Roma. Julgado no dia 20 seguinte e considerado culpado das acusações contra ele, o acusado foi condenado à morte e executado em Tyburn, perto de Londres.
Martirológio Romano: Em Londres, novamente na Inglaterra, os santos Edmund Campion, Rodolfo Sherwin e Alessandro Briant, sacerdotes e mártires da Rainha Elizabeth I, distinguidos pela sua engenhosidade e fortaleza na fé. Santo Edmundo, que desde muito jovem fez a profissão de fé católica, foi admitido na Companhia de Jesus em Roma e ordenado sacerdote em Praga, regressou à sua terra natal, onde, por ter trabalhado para confortar as almas dos fiéis com suas palavras e seus escritos, foi morto, depois de muito tormento, em Tyburn. Os santos Rodolfo e Alessandro sofreram as mesmas torturas junto com ele, sendo que este último obteve na prisão a admissão na Companhia de Jesus.

Santo Alexandre Briant , sacerdote jesuíta, mártir Festa: 1º de dezembro

(*)Somerset, Inglaterra, por volta de 1556 
(+)Tyburn, Londres, 1º de dezembro de 1581 
Etimologia: Alexandre = protetor dos homens, do grego
Martirológio Romano: Em Londres, novamente na Inglaterra, os santos Edmund Campion, Rodolfo Sherwin e Alessandro Briant, sacerdotes e mártires da Rainha Elizabeth I, distinguidos pela sua engenhosidade e fortaleza na fé. Santo Edmundo, que desde muito jovem fez a profissão de fé católica, foi admitido na Companhia de Jesus em Roma e ordenado sacerdote em Praga, regressou à sua terra natal, onde, por ter trabalhado para confortar as almas dos fiéis com suas palavras e seus escritos, foi morto, depois de muito tormento, em Tyburn. Os santos Rodolfo e Alessandro sofreram as mesmas torturas junto com ele, sendo que este último obteve na prisão a admissão na Companhia de Jesus.
Alexander Briant é um dos 40 mártires da Inglaterra e do País de Gales canonizados pelo Papa Paulo VI em 25 de outubro de 1970, quando morreram por sua lealdade à Igreja de Roma e ao Papa. Após o aparecimento das publicações dos Padres Campion e Pessoas, as autoridades Os britânicos tentaram imediatamente capturar os dois jesuítas e vários outros ativistas católicos. Entre eles estava Alexander Briant, um jovem padre secular nascido em Somerset por volta de 1556.

Edmundo Campion Santo: Mártir da fidelidade ao Papado 1540-1581

Sacerdote martirizado em Londres. 
Edmundo foi humanista anglicano e depois jesuíta; 
Homem inteligente, cordial e corajoso, com um futuro brilhante diante de si, renunciou a tudo para afervorar as almas que cambaleavam na Fé numa época de sangrentas perseguições. 
Os séculos XVI e XVII foram tempos difíceis para a Igreja na Inglaterra. A outrora cognominada Ilha dos Santos encontrava-se imersa em problemas de índole política que logo transcenderam para a esfera eclesiástica, com as mais graves repercussões. Em 1534, Henrique VIII autonomeou-se Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra e declarou réu de morte a quem não reconhecer essa autoridade. Ao ano seguinte, foram decapitados dois dos mais proeminentes opositores ao Ato de Supremacia: São John Fisher e São Thomas More. Os mosteiros, conventos e confrarias foram dissolvidos. Uma implacável perseguição se desatou contra os que permaneciam fiéis ao Papa. Foi nessas circunstâncias históricas que nasceu em Londres, no dia 25 de Janeiro de 1540, Edmundo Campion. 

Carlos de Foucauld Sacerdote, Missionário, Beato 1858-1916

Ex-oficial, convertido, retirou-se para o Saara, 
onde foi assassinado. 
Fundador das Comunidade dos 
Irmãos e das Irmãs de Jesus. 
Foi beatificado em 2005.
Charles de Foucauld nasceu em Strasburg, na França, em 15 de setembro 1858. Era descendente de família nobre, de tradição militar. Aos doze anos, morava com o avô, pois já era órfão. Aos dezesseis anos, Charles escolheu a carreira militar e, ao final dos estudos nas melhores escolas militares, era um subtenente do exército francês. Foi uma época repleta de entusiasmos, crises e desvios, que o levaram a abandonar a fé. Entregava-se, facilmente, a prazeres e amores libertinos, escandalizando a cidade. Porém sentia necessidade de preencher sua vida tão vazia e sem rumo. Em 1883, Charles deixou o exército e viajou para o Marrocos, na África. Ele conhecia a Argélia e tinha fascínio pelo país que conhecera como oficial francês. Disfarçou-se de um rabino pobre, vivendo entre as comunidades judaicas, organizando mapas e esboços dos lugares por onde passava. Esse trabalho lhe conferiu uma medalha de ouro oferecida pela Sociedade Francesa de Geografia.

Liduina Meneguzzi Religiosa salesiana, Beata 1901-1941

Salesiana italiana em Pádoue,
 activa também na Etiópia, 
chamada “anjo branco” 
ou ainda “chama ecuménica”, 
beatificada em 2002.
«A mensagem que a Beata Liduina Meneguzzi traz hoje à Igreja e ao mundo, é uma mensagem de esperança e de amor: uma esperança que resgata o homem do seu egoísmo e das formas aberrantes de violência; um amor que se torna convite à solidariedade, à partilha e ao serviço, conforme o exemplo de Jesus que veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de todos». (cfr. Decreto sobre a heroicidade das virtudes) Elisa Ângela Meneguzzi, (a futura irmã Liduina), nasce aos 12 de Setembro de 1901, em Santa Maria de Ábano, na província de Pádua. A sua é uma família de lavradores muito modestos, mas ricos de fé e de honestidade, valores que a pequena assimila muito cedo. Revela um vivo espírito de oração: participa todos os dias à santa Missa, não obstante tenha de percorrer a pé, dois quilómetros; frequenta a Catequese e, mais tarde, ela também se torna Catequista. À noite, antes de dormir, reza com a família e se sente feliz de falar de Deus aos irmãos. Aos catorze anos, a fim de ajudar economicamente os seus, inicia a trabalhar fora de casa, prestando serviço nas famílias abastadas e nos hotéis de Ábano, onde numerosos hóspedes procuram alívio nas águas termais.

Maria Rosa Pellesi Religiosa, Beata 1917-1972

Última de nove filhos; pertence à 
Congregação das Franciscanas 
Missionnárias de Cristo em Rimini. 
Foi beatificada en 2007.
Depois de apenas 35 anos da sua morte, a Igreja reconhece a santidade da Ir. Maria Rosa, professa da Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Cristo e proclama-a Beata. Dos seus 55 anos de existência, 27 foram vividos na solidão e no sofrimento de um sanatório. Dentro desse claustro, não escolhido nem previsto, aconteceu-lhe de tudo: chorou e sorriu, venceu a monotonia com a escuta e o amor, transformou o ordinário em extraordinário, fez grandes as mínimas coisas. Lá o seu dom nutriu-se da dor, o seu sorriso alimentou-se da doença e a sua felicidade de lágrimas. Livre e grande, desde o início até ao fim, permaneceu-lhe o coração. E isto lhe foi suficiente para voar alto, para sonhar o sol, transfigurar os seus dias e inebriar-se de felicidade e, sem algum rumor, fazer-se santa. Bruna Pellesi, a futura Ir. Maria Rosa, nasceu a 11 de Novembro de 1917, em Prignano sulla Secchia (Itália). Desde o princípio, a vida doou-lhe beleza, elegância, bom humor, doçura, alegria e muita paz. Aos 17 anos, chegou também o amor. A sua existência parecia ter tomado o caminho da plena realização e da felicidade. O binómio amor-felicidade era o sonho que perseguia com todo o seu entusiasmo.

Anuarite Nengapeta (Maria Clementina) Religiosa, Mártir, Beata Congolesa-1939-1964

Em 1957, decidiu ingressar na Congregação da Sagrada Família e, durante os massacres 
na guerra de independência, 
foi morta pelo coronel que a transportava, 
por não aceitar as proposições deste.
Anuarite Nengapeta era a quarta das seis filhas de Amisi e Isude. A família de pagãos africanos da etnia Wadubu vivia na periferia de Wamba, no Congo. Ela nasceu no dia 29 de dezembro de 1939, como depois comprovou a Santa Sé. Ao ser batizada em 1943, acrescentaram-lhe o nome Afonsina. Na ocasião, também receberam esse sacramento sua mãe e quatro irmãs. A mais velha nunca acompanhou a doutrina cristã. Seu pai, ao contrário, até começou a preparar-se para a conversão. Mas depois desistiu, pois formou outra família, enquanto trabalhava como soldado do exército congolês. A nova situação familiar refletiu pouco na formação de Anuarite, que teve uma infância e adolescência consideradas normais. Era vivaz e caridosa, de personalidade marcante e temperamento amistoso e generoso. O nervosismo, porém, era o ponto fraco do seu caráter. Era muito sensível e instável, talvez por causa da separação de seus pais. Gostava de frequentar a igreja, ia à missa aos domingos, com a mãe e as irmãs. Em seguida, ficava estudando o catecismo para poder receber a primeira comunhão, que ocorreu em 1948.

ORAÇÕES - 1 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
1 – 1º Domingo do Advento –
Evangelho (Lc 21,25-28.34-36)Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações...”
O capítulo 21 de Lucasfala da destruição de Jerusalém e do final dos tempos.A linguagem é a que já fora usada pelos profetas. Fala de momentos decisivos e marcantes na vida das pessoas e da igreja. Não conseguimos distinguir entre o presente, o futuro mais próximo ou o final dos tempos. O conjunto está repleto de elementos da linguagem tradicional e simbólica; não devemos fixar-nos em cada em cada um em particular, mas procurar o sentido e a mensagem do conjunto.Mais uma vez estamos diante do convite insistenteà vigilância, à necessidade de não nos deixar levar por ilusões. Não devemos perder o rumo que o Senhor nos aponta, nem desanimar nem desistir.Nada precisamos temer se continuarmos fiéis até o fim.
Oração
Senhor meu Deus,  meu presente e meu futuro estão em vossas mãos. Em tudo e para tudo dependo de vós.Sois vós minha felicidade e minha paz. Por isso vos bendigo e adoro. Aceito agradecido vossa bondade, quero querer só o que quereis, tudo que vos aprouver. Tendes vosso plano para minha vida e para o caminhar da humanidade. E o que planejais para nós é muito melhor do que poderíamos imaginar. Não permitais que me afaste de vós ao procurar meus próprios caminhos. Sei que tudo passa, também minha vida neste mundo, mas posso esperar de vós a vida para sempre. Ponho em vós minha esperança. Por mais difícil que seja a vida, sereis meu repouso, e saciareis todo meu desejo de felicidade. Guardai-me, Senhor. Amém.