quarta-feira, 8 de outubro de 2025

TAIS DO EGITO Penitente, Santa (século IV)

Penitente egípcia, convertida por São Pafnúcio.
Santa Taís foi uma prostituta egípcia. Viveu provavelmente no século IV. Foi convertida por um monge chamado Pafúncio. Conta-se que o monge lhe pediu que o recebesse num lugar reservado. Ela respondeu-lhe que não devia temer os homens, mas somente Deus presente em toda parte. Desse encontro, Santa Taís saiu transformada e se converteu, mudando radicalmente de vida. Despojou-se de suas riquezas e levou vida penitente. Passou o resto de seus dias repetindo a seguinte oração: “Vós que me criastes, tende compaixão de mim”. Santa Thaís era uma princesa egípcia de grande beleza e riqueza que vivia no século IV. Um monge de nome Pafûncio inflamou-se com a ideia de converte-la ao cristianismo com isto tira-la da vida pecaminosa. Em breve Pafûncio teve seu desejo realizado. (Alguns estudiosos acham que este monge São Pafûncio é o mesmo São Paphnutius- que era eremita junto com Santo Onophrius). Thaís converteu-se ao cristianismo, desistindo da vida que levava, com grande obstinação. Queimou suas roupas e jóias em praça publica. O ato seria o primeiro de uma serie de penitencias que a santa se submeteria. Santa Thaís entrou para um monastério de freiras onde manteve-se em penitencia e contemplação por três anos, dos quais não saia de sua cela a não ser para ir a capela rezar. Não sorria, pronunciava uma só palavra, não levantava olhar para ninguém, vestia roupas grossas feitas com sacos velhos, dormia no chão e fazia jejum na base de pão e água. Sua obstinação e fé nas palavras de Jesus fizeram com que após três anos de extrema penitencia ela fosse readmitida na vida da comunidade e foi descrita como uma pessoa de grande bondade que cuidava, em especial, dos pobres e doentes de sua época, chegando mesmo a lavar os leprosos e os infectados com a peste da época (cólera e febre amarela). Sua fama cresceu visto que ela milagrosamente, não contraia a doença das pessoas que cuidava. Este teria sido o seu primeiro milagre. Diz a tradição que no final de sua vida curava os doentes apenas com sua oração e bênção e chegou a prever o dia de sua morte com grande antecedência e ao morrer repetia sem cessar a seguinte oração: “Vós que me criastes, tende compaixão de mim”. Fez questão de ser enterrada em um cova comum sem caixão ou qualquer outra protecção, e algum tempo depois de seu túmulo exalava um perfume agradável. Em breve seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão e no século nono as suas relíquias foram trasladadas e guardadas em um santuário na Igreja de São Praxedes, pelo Papa Pascoal I, que era seu fervoroso devoto e teria sido curado de uma terrível doença pela intercessão da Santa Thaís. Sua festa, no calendário latino, é celebrada no dia 8 de Outubro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário