quarta-feira, 8 de outubro de 2025

EVANGELHO DO DIA 08 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,1-4. 
Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João Batista ensinou também os seus discípulos». Disse-lhes Jesus: «Quando orardes, dizei: "Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso Reino; dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados, porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixeis cair em tentação"». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Tertuliano 
(155-220) 
Teólogo 
Sobre a oração, 1-10 
«Pai, santificado seja o vosso nome» 
A expressão «Deus Pai» nunca tinha sido revelada a ninguém; quando o próprio Moisés perguntou a Deus quem Ele era, ouviu outro nome. Esse nome foi-nos revelado no Filho, pois implica o novo nome de Pai: «Vim em nome do meu Pai» (Jo 5,43); e também: «Pai, glorifica o teu nome» (Jo 12,28); e, ainda mais explicitamente: «Manifestei o teu nome aos homens» (Jo 17,6). É por isso que Lhe pedimos: «Santificado seja o vosso nome». Não que convenha ao homem fazer votos a Deus, como se pudéssemos desejar-Lhe alguma coisa, ou como se Lhe faltasse alguma coisa sem esse nosso voto. Mas devemos bendizer a Deus em todo o tempo e lugar, para prestar a homenagem de gratidão que todo o homem deve aos seus benefícios. A bênção cumpre essa função. Além disso, como poderia o nome de Deus não ser sempre santo e santificado em si mesmo, se santifica os outros? O exército de anjos que O rodeia não cessa de dizer: «Santo, Santo, Santo»; e nós, que aspiramos a partilhar a bem-aventurança dos anjos, associamo-nos desde já às suas vozes e repetimos o papel da nossa futura dignidade. Isso no que diz respeito à glória de Deus. Quanto à oração que formulamos por nós, quando dizemos: «Santificado seja o vosso nome», pedimos que esse nome seja santificado em nós, que estamos nele, mas também nos outros, que a graça de Deus ainda espera, a fim de nos conformarmos com o preceito que nos obriga a rezar por todos, mesmo pelos nossos inimigos. É por isso que não dizer expressamente «santificado seja o vosso nome» em nós, é pedir que ele seja santificado em todos os homens.

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