Evangelho segundo São Mateus 18,1-5.10.
Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no Reino dos Céus?».
Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles
e disse-lhes: «Em verdade vos digo: se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no Reino dos Céus.
Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no Reino dos Céus.
E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim.
Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus anjos veem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia
(1786-1859)
Presbítero, Cura de Ars
Sermão para o 9.º Domingo depois do Pentecostes
Deus quis confiar a nossa alma a um príncipe da sua corte celeste
A nossa alma é tão nobre, adornada de tão belas qualidades, que o bom Deus não quis confiá-la senão a um príncipe da sua corte celestial.
A nossa alma é tão preciosa aos olhos do próprio Deus que, na sua sabedoria, Ele não encontrou alimento digno dela que não fosse o seu corpo adorável, que deseja ser o seu pão de cada dia; e, por bebida, só o seu sangue precioso era digno de lhe servir.
Sim, meus irmãos, temos uma alma que Deus estima tanto que, mesmo que fosse a única alma do mundo, Ele não consideraria excessivo morrer por ela; e se, quando a criou, o bom Deus não tivesse criado o Céu, mesmo que só ela existisse no mundo, teria criado um Céu só para ela.
Ó meu corpo, como és feliz por abrigar alma adornada com tão belas qualidades que um Deus infinito faz dela o objeto de suas complacências! Sim, meus irmãos, a nossa alma está destinada a passar a eternidade no seio do próprio Deus.
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