sábado, 31 de maio de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O humilde é elevado”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Quem se humilha
 
Há pessoas que pedem uma oração forte para se verem livres de certos males. A oração mais forte é aquela que chega ao Céu. Essa vem da humildade diante de Deus e dos outros. Jesus quer mostrar com essa parábola que há dois tipos de oração: a do humilde que reconhece suas fragilidades e a do orgulhoso que despreza os outros, achando-se melhor e se esquece de suas fraquezas. Ser fariseu não era um mal. Paulo era fariseu. Ele mesmo diz: Eu sou fariseu, filho de fariseus (At 23,6). Mas foi tocado por Jesus e era humilde. O publicano era um judeu que colaborava com o império romano na cobrança de impostos que era um sofrimento para o povo. Por isso era odiado. O fariseu reza de pé. Era a posição normal de se rezar. É fiel e cumpre todos os mandamentos e tradições. Afirma que não é como os outros homens e acrescenta “nem como esse publicano” (Lc 18,11). O fariseu elogia a si mesmo dizendo-se melhor que os outros, colocando sua segurança espiritual na execução da lei de Deus. O que ele faz está certo e até é muito. Mas o conteúdo de sua oração não é a busca de Deus, mas de si mesmo. Ao contrário, o publicano, que o fariseu colocou na lista dos pecadores, faz uma oração diferente pedindo a misericórdia de Deus. Tem somente seu coração humilhado para apresentar para Deus: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador”. Ser humil’de é reconhecer a Deus como Senhor. Por isso Jesus afirma: “Este voltou para casa perdoado. O outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado” (Lc 18,14). Essa atitude é comum nas comunidades. Alguns desprezam os outros porque não são iguais a eles. Não fazem parte de seu movimento, de sua associação e não sabem nada. Só eles sabem. 
Deus escuta o pobre 
A quem Deus escuta? Escuta o humilde, responde Jesus no Evangelho. Jesus é o modelo do humilde. Veio e nos deu o exemplo da humildade. Não só falou sobre a humildade. Afirma com sua vida e suas palavras. Por que a insistência sobre a humildade? No paraíso terrestre quando a cobra, na linguagem simbólica, diz à mulher: “Sereis iguais a Deus” (Gn 3,5). Ali faltou a humildade. O orgulho bloqueia o contato com Deus. O Eclesiástico afirma que “Deus não faz discriminação das pessoas, não é parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as súplicas dos oprimidos” (Eclo 37.15-16). “A prece do humilde atravessa as nuvens” (21). Reconhecer a própria realidade e não se fazer melhor que os outros, saber reconhecer e tratar com respeito às pessoas, de modo particular os humildes, não se colocar como o fim de todas as coisas e os donos de todo saber será um remédio para criar em nós a humildade verdadeira. Não se trata de esconder os dons, mas usá-los para o bem das pessoas. No salmo rezamos: “O pobre clama a Deus e Ele escuta. Quem é o pobre de espírito? É aquele que, mesmo tendo bens, vive para os outros e para Deus. 
Combati o bom combate 
Paulo, na Segunda Carta a Timóteo, faz como que um testamento dizendo o que fez e como está seu coração naquele momento que julga ser o final de sua vida. É humilde ao dizer: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Não se põe acima dos outros, mas reconhece que o Senhor esteve a seu lado e lhe deu forças (2Tm 4,7.17). Tem a humildade de reconhecer o que Deus fez nele para a evangelização dos povos. Ele foi fiel e é humilde trabalhador do Evangelho, tendo sempre Cristo como sua vida e sua missão. Paulo dá o testemunho da humildade que salva.
Leituras:Eclesiástico 35,15-17.20-22ª;Salmo 
33;2Timóteo 4,6-8.16-18; Lucas 18,9-14 
1. Jesus ensina a humildade com a parábola do fariseu e do pecador que vão ao templo rezar. Será ouvida a oração que vem da humildade. O orgulhoso despreza os outros e assim não é ouvido por Deus. 
2. Jesus é humildade e ensinou a humildade. O orgulho, fruto do pecado, bloqueia o contato com Deus que é imparcial e ouve a oração do humilde. 
3. Paulo dá testemunho da humildade ao dizer que fez tudo por Cristo e agora espera a coroa de tudo que é o seu Reino. 
Conversa mole não convence. 
A Palavra de Deus nesse trigésimo domingo nos apresenta a parábola do fariseu e do cobrador de impostos. O fariseu não era mau por ser fariseu, pois era um modo de viver a fé. Paulo era fariseu antes de sua conversão. O que Jesus não engolia era a religião de fachada. Eles se apresentavam como santos, mas na verdade havia falsidade. O publicano era uma classe de gente que era reconhecida como pecadora pelos abusos que faziam na cobrança dos impostos, que era sua profissão. O fariseu fazia tudo direitinho na religião, mas faltava o coração. Tinha orgulho pelo que era e condenava os outros. O pecador publicano tem a humildade de reconhecer seu pecado e pedir perdão. Temos aí um caminho de vida cristã: nada do orgulho de pensar que é melhor que os outros e não saber ver os próprios pecados. O livro do Eclesiástico, para superar essas situações, coloca Deus como modelo. Age sempre com justiça e escuta as súplicas dos oprimidos. Ensina que “quem serve a Deus como Ele o quer, será bem acolhido e suas súplicas subirão até às nuvens” (Eclo 35,20). Confirma: “A prece do humilde atravessa as nuvens” (Id 21). Essa oração é insistente: não descansa até que Deus atenda. O Salmo é muito claro e confirma as palavras de Jesus sobre a oração do humilde pecador: “O pobre clama a Deus e ele escuta; O Senhor liberta a vida de seus servos (Sl 33). A humildade é o sinal mais claro que estamos em Deus. 
Homilia do 30º Domingo Comum (23.10.2016)

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo São Lucas 1,39-56. 
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI 
Papa de 2005 a 2013 
Palavras do Papa Bento XVI no encerramento do mês de maio nos jardins do Vaticano, 31/05/2006 
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana) 
Aonde Maria chega, Jesus está presente 
Na hodierna festa da Visitação, como em qualquer página do Evangelho, vemos Maria dócil aos desígnios divinos e em atitude de amor previdente para com os irmãos. De facto, a humilde jovem de Nazaré, ainda surpreendida por tudo o que o anjo Gabriel lhe anunciou, isto é, que será a Mãe do Messias prometido, ouve dizer que também sua parente Isabel espera um filho na sua velhice. Sem hesitar, põe-se a caminho, anota o evangelista, para alcançar «apressadamente» a casa da prima e pôr-se à sua disposição num momento de particular necessidade. Observemos que, no encontro entre a jovem Maria e a já idosa Isabel, o protagonista escondido é Jesus. Maria leva-O no seu seio como um tabernáculo sagrado e oferece-O como o dom maior a Zacarias, a sua esposa Isabel e também ao menino que se está a desenvolver no seu seio: «Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio». Aonde Maria chega, Jesus está presente. Quem abre o seu coração à Mãe encontra e acolhe o Filho, e é colmado da sua alegria. A verdadeira devoção mariana nunca ofusca nem diminui a fé e o amor a Jesus Cristo nosso Salvador, único mediador entre Deus e os homens. Ao contrário, a entrega a Nossa Senhora é um caminho privilegiado, experimentado por tantos santos, para um seguimento fiel do Senhor. Confiemo-nos, pois, a Ela com filial abandono!

Santos Canzio, Canziano e Canzianilla Mártires Festa: 31 de maio

Século IV
 
Canzio, Canziano e Canzianilla, que segundo a tradição são irmãos, caíram sob o domínio de Diocleciano no início do século IV e foram enterrados 'ad aquas Gradatas'. Na mesma localidade, correspondente ao atual S. Canzian d'Isonzo, a relativa basílica cristã primitiva e o mesmo túmulo foram descobertos recentemente, com notáveis restos ósseos de três indivíduos. A veneração dos mártires é atestada pela história de São Máximo de Turim (século V), por um famoso relicário de prata preservado em Grado no final do século V e pela declaração de Venâncio Fortunato (final do século VI): "Aquileiensium si forte accesseris urbem, Cantianos Domini nimium venereris amicos". No início da Idade Média existia um mosteiro em sua honra, dedicado a S. Maria. O culto aos mártires já era difundido no norte da Itália (Lombardia), França e Alemanha. 
Martirológio Romano: Em Aquileia in Friuli, os Santos Canzio, Canziano e Canzianilla, mártires, que, presos por seu perseguidor enquanto saíam da cidade em uma carroça, foram finalmente levados à execução. 
Venâncio Fortunato (m. c. 600), bispo de Poitiers, mas originário de Treviso, diz no poema De vita S. Martini: "Aut Aquileiensem si fortasse accesseris urbem Cantianos Domini nimium venereris amicos" (IV, 658-59, in PL, LXXXVIII, col. 424)(Se porventura te aproximares da cidade de Aquileia, honrarás grandemente os amigos do Senhor, os cantianos.). 

31 de maio - Beato Nicolau Barré

O povo que estava acampado no deserto tinha sede (Ex 17, 3). O espetáculo do povo espiritualmente sedento estava também sob o olhar de Nicolau Barré, da Ordem dos Mínimos. O seu ministério colocava-o continuamente em contato com pessoas que, vivendo no deserto da ignorância religiosa, corriam o perigo de ir beber na fonte corrompida de algumas ideias do seu tempo. Eis por que ele sentiu o dever de se tornar um mestre espiritual e um educador para todos aqueles que alcançava com a sua ação pastoral. Para ampliar o seu raio de ação, fundou uma nova família religiosa, as Irmãs do Menino Jesus, com a missão de evangelizar e educar a juventude abandonada, a fim de lhe revelar o amor de Deus e comunicar em plenitude a Vida divina, e de contribuir para a edificação das pessoas. O novo Beato não cessou de enraizar a sua missão na contemplação do mistério da Encarnação, pois Deus sacia a sede daqueles que vivem em intimidade com Ele. Mostrou que uma ação feita em nome de Deus não podia deixar de unir a Deus, e que a santificação passa também através do apostolado. Nicolau Barré convida cada um de nós a ter confiança no Espírito Santo, que guia o Seu povo no caminho do abandono a Deus, da abnegação, da humildade, da perseverança mesmo nas provações mais difíceis. Essa atitude abre à alegria da caminhada rumo à experiência da ação poderosa de Deus vivo. 
Papa João Paulo II - Homilia de Beatificação - 07 de março de 1999. 

São Félix de Nicósia

Félix era analfabeto, mas "doutor" em humildade. O frade capuchinho, do século XVIII, era porteiro, sapateiro, enfermeiro em seu convento. Fora, pedia esmola, ensinava o catecismo às crianças. Faleceu em 1787 e foi canonizado em 2005, por Bento XVI.
(*)Nicósia, 5 de novembro de 1715 
(+)Nicósia, 31 de maio de 1787 
São Félix de Nicósia (nascido Giacomo Amoroso), italiano, leigo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (1715-1787). Por mais de quarenta anos, ele ofereceu seu serviço como mendigo, realizando um apostolado itinerante. Analfabeto, ele tinha a ciência da caridade e da humildade. 
Martirológio Romano: Em Nicósia, na Sicília, o Beato Félix (Tiago) Amoroso, religioso, que, depois de ter sido rejeitado durante dez anos, entrou finalmente na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, onde prestou os mais humildes serviços com simplicidade e pureza de coração. 
Giacomo Amoroso nasceu em Nicósia em 1715, seu pai Filippo era sapateiro e sua mãe Carmela Pirro cuidava da grande família. O pai decidiu que o filho trabalhasse no sapateiro mais importante do país para que ele pudesse se especializar nesse ofício. Giacomo logo aprendeu o ofício e, ao mesmo tempo, aproximou-se da congregação capuchinha no convento de Nicósia.

Santa Camila Batista da Varano

Camila, nascida em 1458, era filha ilegítima do Duque de Camerino, na Itália, gerada antes do seu casamento com Joana Malatesta. A madrasta a acolheu com amor, e Camila cresceu na corte, bela, inteligente, de espírito vivo, caridosa e piedosa. Gostava de cantar e dançar, e tinha dom para a filosofia e teologia. Ainda criança, ouvindo uma pregação sobre a Paixão de Jesus, fez um voto de toda sexta-feira derramar ao menos uma lágrima recordando os Seus sofrimentos; mas isto era difícil de conciliar com sua vida divertida, e ela se sentia mal por toda a semana quando não conseguia chorar esta lágrima. Adolescente, recebeu e interessou-se pelas atenções de um pretendente, mas um sermão na Quaresma a inclinou para Deus; e com o auxílio de Frei Francisco de Urbino começou a amadurecer sua vocação religiosa, contra a qual na verdade relutou. A família, especialmente o pai, desejava para ela um casamento de vantagens políticas para o ducado. Mas Camila recusou, e após sete meses de grave doença, compreendeu o chamado de Deus e se decidiu pela vida religiosa. Em 1481, com 23 anos, finalmente entrou no mosteiro das Irmãs Pobres de Santa Clara de Urbino, adotando o nome de Irmã Batista. Fez os votos definitivos em 1843, e redigiu “As Recordações de Jesus”, registrando as instruções e admoestações de Jesus que Dele recebera ainda no palácio paterno.

Santa Petronila, Mártir (Século I), 31 de Maio

Conforme a Passio dos Santos Nereu e Aquileu, Santa Petronila seria filha do Apóstolo Pedro. As fontes não concordam entre si, mas, certamente, teria sofrido o martírio no século IV e enterrada no cemitério de Domitila. Seus restos mortais foram trasladados para São Pedro, em 757. 

O prenome Petronila é um diminutivo do prenome Pedro ou Petrus. Ela era descendente de Titus Flavius Petro, avô do imperador romano Vespasiano.
Como muitos dos santos dos primeiros tempos da Igreja, não se conhece praticamente muita coisa da vida de Petronila. As únicas informações seguras que há são o nome que ela trazia e o fato de ser uma mártir: estas duas indicações figuram num afresco do Século IV encontrado na basílica subterrânea das catacumbas de Roma.
Este afresco, um dos mais antigos da cristandade, encontra-se atrás da abside da basílica que o Papa Sirício (cujo papado durou de 384 a 399) mandou construir, entre 390 e 395, na Via Adreatina, conhecida como Via Domitilla. Neste afresco figura a inscrição PETRONELLA MART.
O sarcófago que conservava os restos da santa foi transferido para a basílica pontifical pelo Papa Paulo I, em 757 e se encontra, desde então, na Basílica de São Pedro.
De acordo com a tradição, Santa Petronila seria filha espiritual de São Pedro Apóstolo, pois teria sido batizada por ele. Chegou mesmo a ser dito, na *Legenda Áurea, que Petronila seria filha biológica de São Pedro. Todavia, o mais provável é que tudo não passe apenas de uma coincidência entre os dois prenomes.

Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria - 31 de maio

     Na Festa da Visitação de Nossa Senhora, o segundo mistério gozoso do Rosário, também a Festa do 'Magnificat', se estende e expande a alegria messiânica da salvação. Maria, Arca da Nova Aliança, é recebida por Isabel como a Mãe do Senhor. A Visitação é o encontro entre a jovem mãe, Maria, a serva do Senhor, e o antigo símbolo de Israel expectante, Isabel. A solicitude amorosa de Maria, com a sua viagem apressada, expressa o ato de caridade. João, que pulou no ventre de sua mãe, já começa sua missão precursora. O calendário litúrgico leva em conta a narrativa do Evangelho que coloca a visitação dentro dos três meses da Anunciação e o nascimento de João Batista. (M. Rom.)

31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus e João, conforme lhes foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária.
Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Lição: Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

ORAÇÕES - 31 DE MAIO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sábado – Santos: Câncio, Petronila de Roma, Pascásio
Evangelho (Lc 1,39-56) “De agora em diante todas as gerações dirão que sou feliz, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor.”
O evangelista Lucas queria ajudar-nos a penetrar um pouco nos sentimentos de Maria, e a participar de seu louvor agradecido ao Senhor. E fala de sua felicidade, que seria reconhecida por todos. Maria alegra-se, é feliz. Sabe-se muito amada por Deus, entrega-se confiante, vive a alegria de ser mãe do Filho de Deus, do salvador há tanto esperado. Devo alegrar-me com ela, minha irmã.
Oração
Senhor Jesus, alegro-me com Maria, vossa mãe e minha irmã, a mais agraciada de todas, que escolhestes e amastes mais que todos. Alegro-me com Maria, com os caminhos por onde a levastes, com o carinho que todos lhe temos. Alegro-me por saber que ela me ama, e muito, e quer que eu seja feliz, conquistado e transformado por seu Jesus. Maria, rogai por mim agora e na minha hora. Amém.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O Amor no amor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Felicidade do amor
 
Na beleza do amor estão compreendidas todas as energias humanas. Quanto mais é amor, mais nos aproxima de Deus. Por isso o casamento é o caminho mais natural para a santidade da pessoa humana. O amor carnal supõe seu enriquecimento no amor de amizade para chegar ao amor Divino, que chamamos de ágape. É a conjunção dessas três dimensões que realiza a pessoa humana e a santifica. Não é sufocando o amor humano carnal que teremos o amor Divino. A manifestação de Deus ao mundo se deu na carne de Jesus que sabia amar. As penitências que afligem o corpo não são para matar a carne, mas para nos abrir também ao espiritual. Encontramos Deus em nosso ser total de carne, alma e dimensões psicológicas e intelectuais. O desvio do erótico se dá na falta de alteridade, pois está na exploração do outro. Os extravios não dignificam o homem e a mulher. A autoeducação, diz o Papa, realiza mais intensamente a pessoa e não renuncia ao intenso prazer, diz S. Tomás. Quando mais buscamos o amor ao outro, em suas mais diversas dimensões, mais encontramos Deus na pessoa do outro. Por isso o matrimônio insiste que os dois serão uma só carne. Deus está também na dimensão do prazer. Lembra ainda o livro do Eclesiástico: “Num dia feliz desfruta dos bens” (Eclo 7,14). O limite do prazer será sempre o prazer do outro. O egoísmo destrói o amor, pois é seu contrário. S. João Paulo IIensina que “o ser humano é chamado à plena e matura espontaneidade das relações que é o fruto gradual do discernimento dos impulsos do próprio coração”. O erotismo é um assunto a ser aprofundado para superar a má formação e os abusos (AL 151-152). 
Violência não cabe no amor 
Há problemas e patologias (doenças) na sexualidade matrimonial. O ideal é bonito, mas a realidade às vezes maltrata e destrói. Não pode ser “ocasião e instrumento de afirmação do próprio eu e da satisfação egoísta dos próprios desejos e instintos” (AL 153). Papa Francisco descreve uma situação constante no campo da sexualidade e pergunta: “Podem-se ignorar ou dissimular as formas constantes de domínio, prepotência, abuso, perversão e violência sexual que resultam de uma distorção do significado da sexualidade, sepultam a dignidade dos outros e o apelo ao amor sob uma obscura procura de si mesmo?” (AL 153). Mesmo no matrimônio, a sexualidade pode tornar-se fonte de sofrimento e manipulação... O ato sexual imposto ao cônjuge, sem consideração ....não é um ato de amor...” (Al 154). Ninguém pode ser colocado a “serviço do outro”; nenhum dos cônjuges fique fora da alegria do amor. Papa Bento XVI afirma em sua encíclica, Deus é Amor: “Se o homem aspira a ser somente espírito e quer rejeitar a carne como herança apenas animalesca, então espírito e corpo perdem sua dignidade” (DCE nº 5). 
Os que não se casaram 
Toda a beleza do matrimônio não desaparece quando alguém não se casa. Há diversas situações, contudo essa vida não pode ser vazia de amor. “Há pessoas que não se casam porque consagram a vida por amor a Cristo e aos irmãos. Na Igreja e na sociedade, a família é enriquecida pela sua dedicação” (AL 158). “A virgindade é uma forma de amor”. Jesus escolheu esse caminho e foi um homem completo porque viveu o amor como caridade. O solteiro vive já o mundo definitivo. Matrimônio e virgindade são modalidades diferentes de amar (AL 161), sempre no serviço oblativo. Não ser casado não pode ser uma fonte de vazio e de amargura, mas capacidade de vida que se doa ao extremo justamente onde o amor se torna vida compartilhada. Exige a sexualidade como entrega aos outros.
ARTIGO PUBLICADO EM OUTUBRO DE 2016

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Evangelho segundo São João 16,20-23a. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria. A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo. Também vós agora estais tristes; mas Eu hei de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Teodoro Estudita 
(759-826) 
Monge de Constantinopla 
Catequese 
«A vossa tristeza converter-se-á em alegria» 
Como bem sabeis, as dores geram o repouso e às aflições seguem-se as alegrias, os gemidos dão origem aos prazeres da alma, as passagens estreitas fazem nascer espaços abertos, a fome, o jejum e as gargantas apertadas produzem coros eternos, a sede e a saliva ardente fazem, como diz o Senhor, brotar a água da vida eterna (cf Jo 4,14). E recordemos também as palavras do santo salmista David: «Os que semeiam em lágrimas recolhem com alegria.» (Sl 126,5). «Sabendo isto, sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13, 17), mas «o homem insensato não entende estas coisas e o ignorante não as compreende» (Sal 92,7). Sim, vós sois prudentes e sensatos, sábios e inteligentes, capazes de refletir; por isso, alcançastes algumas virtudes, estais a alcançar outras e, diria eu, ainda não acabastes de as alcançar. Permaneçamos, pois, firmes na luta, meus irmãos, e continuemos a esgotar os fossos da perseverança; e seremos coroados, habitaremos no Céu e estaremos cheios de alegria naquele lugar onde nem a dor nem a tristeza nem os gemidos têm lugar (cf Is 35,10; 51,11). Muni-vos de força, muni-vos de poder e deixai brilhar a lâmpada do vosso ardor, alimentada pelo óleo da força de alma (cf Mt 25,8-12).

Beato Carlos Liviero

Deus manifestou-se também a nós, nos nossos tempos, e transmitiu aqui o seu Espírito porque os seus Apóstolos nos tinham anunciado, nas nossas casas, naquela sucessão viva e ininterrupta que desde o cenáculo de Jerusalém alcançou este povo que Deus amou com o coração daquele pastor santo que agora com alegria inefável a Igreja nos convida a chamar Beato: é Carlos Liviero! Amigo de Deus e Profeta: são estas as características da fisionomia do Beato Carlos, bispo desta amada diocese, que surpreendem particularmente. Amigo de Deus: o que são os santos senão os amigos de Deus? São amigos porque o conhecem, amam, encontram, seguem, partilham com Ele alegrias e esperanças. A amizade requer reciprocidade e resposta: tudo isto Carlos Liviero viveu em relação ao seu Deus com experiência absoluta e comprometedora de comunhão e de amor, daquele amor a que o Evangelho desta solene celebração exorta: "Se alguém me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos morada" (Jo 14,23). Profeta: desta experiência com o seu Deus, ele não quis fazer um tesouro só para si, mas obediente, despojou-se inteiramente de si mesmo para enriquecer muitos. Antes de tudo, enriqueceu-os com a riqueza maior que um homem deve desejar, o Espírito de Deus, que ele comunicou no anúncio evangélico incansável e incondicionado. Enriqueceu os seus filhos com o bem que não morre, o da vida eterna, ao qual conduziu quantos Deus lhe tinha confiado com cuidado infatigável e constante. Enriqueceu todos os que eram pobres de pão, de forças, carentes de assistência, cuidados, atenção, instrução, com o dispêndio dos seus talentos para a edificação do Reino de Deus. 
Cardeal Saraiva Martins – Homilia de Beatificação – 17 de maio de 2007 

30 de maio - São José Marello

“Agradou a Deus que residisse n'Ele 
toda a plenitude" (Cl 1, 19).
Desta plenitude foi tornado participante São José Marello, como sacerdote do clero de Asti e como Bispo da diocese de Acqui. Plenitude de graça, fomentada nele pela forte devoção a Maria santíssima; plenitude do sacerdócio, que Deus lhe conferiu como dom e empenho; plenitude de santidade, que lhe adveio ao conformar-se com Cristo, Bom Pastor. Dom Marello formou-se no período áureo da santidade do Piemonte, quando, entre numerosas formas de hostilidade contra a Igreja e a fé católica, floresceram exemplos do espírito e da caridade, como Cottolengo, Cafasso, Dom Bosco, Murialdo e Allamano. Jovem bom e inteligente, apaixonado pela cultura e pelo empenho civil, o nosso Santo encontrou só em Cristo a síntese de qualquer ideal e a Ele se consagrou no Sacerdócio. "Ocupar-me dos interesses de Jesus" foi o mote da sua vida, e por isso se refletiu totalmente em São José, o esposo de Maria, o "guarda do Redentor". De São José atraiu-o fortemente o serviço escondido, alimentado por uma profunda espiritualidade. Ele soube transmitir este estilo aos Oblatos de São José, a Congregação por ele fundada. Gostava de lhes repetir: "Sede extraordinários nas coisas ordinárias" e acrescentava: "Sede cartuxos em casa e apóstolos fora de casa". Da sua forte personalidade, o Senhor quis servir-se para a sua Igreja, chamando-o ao Episcopado da Diocese de Acqui, onde, em poucos anos, gastou pela grei todas as suas energias, deixando uma marca que o tempo não cancelou. 
Papa João Paulo II – Homilia de Canonização – 25 de novembro de 2001 

Santa Dinfna, Virgem e mártir – 30 de maio

Martirológio Romano: Em Geel, no Brabante, Austrásia, no território da moderna Bélgica, Santa Dinfna, virgem e mártir.  
     A Irlanda, aconchegada nas águas azuis do Atlântico, foi evangelizada por São Patrício e há séculos é conhecida como a Ilha dos Santos. Uma relação dos santos irlandeses preencheria um calendário da Santa Igreja. Mas, infelizmente, estes santos são desconhecidos pela maior parte dos católicos. Um exemplo de santo esquecido ou desconhecido é Santa Dinfna.
     A "Vita Sancta Dimpnae" foi escrita entre 1238 e 1247 por um cônego da Colegiada de Santo Alberto de Cambrai, França, de nome Petrus Van Kamerijk, sendo Bispo de Cambrai Guy I. O autor mesmo menciona que se baseou na tradição oral popular. Portanto, não há dados comprobatórios da narração feita por ele.
     Há na Irlanda uma igreja, Chilldamhnait ou Kildowner, situada na parte sul da ilha, cujo nome significa Igreja de Dinfna. Segundo antiga tradição, Dinfna veio do antigo reino de Oriel e fundou a igreja no século VII. Nessa igreja ela atendia os doentes. Dinfna morreu em Geel, Bélgica. A igreja foi restaurada no século XVII, mas a igreja original está atualmente em ruínas.      

Beata Marta Maria Wiecka, Irmã vicentina - 30 de maio

Marta Maria nasceu no dia 12 de janeiro de 1874, em Nowy Wiec no noroeste da Polônia. Foi batizada seis dias depois. Era a terceira de 13 filhos de Marcelino e Paulina. Seus pais, donos de um campo de cem hectares, viviam num ambiente de fé profunda. Na casa de Marta se rezava o Rosário em família todos os dias, se liam as biografias dos santos ou outros livros religiosos. O Estado polonês havia desaparecido do mapa da Europa no ano 1795, depois das três repartições sucessivas de seu território entre Áustria, Prússia e Rússia. Nowy Wiec se encontrava na região prussiana cujas autoridades, aplicando métodos impositivos e as vezes brutais, submetiam a população a uma germanização forçada. A família Wiecka e muitas outras constituíram a base da oposição diante da invasão germânica. Na idade de dois anos Marta ficou gravemente doente, esteve às portas da morte. Sua melhora radical foi consequência de uma oração insistente a Virgem em seu santuário de Piaseczno. A família interpretou este fato como um milagre, e incentivou Marta a manter sempre uma relação filial com a Santíssima Virgem. Ela mesma afirmava que recorria à Virgem em todas suas necessidades e Maria jamais lhe havia negado nada do que pedia. Desde sua infância, Marta ajudava em casa quanto podia. Os vizinhos testemunharam que era uma menina piedosa, amável e humilde de coração, de carácter reto; sobretudo, irradiava serenidade e alegria. Sua família e seus vizinhos conheciam também sua profunda devoção a São João Nepomuceno.

Beata Maria Celina da Apresentação, Clarissa - 30 de maio

 Maria Celina da Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria (no século Jeanne Germaine Castang) nasceu em Nojals, aldeia de Dordoña (França), em 24 de maio de 1878. Seus pais, Germano Castang e Maria Lafage, eram humildes camponeses, porém testemunhas exemplares do Evangelho; tiveram doze filhos dos quais Jeanne era a quinta. Foi batizada no mesmo dia de seu nascimento e colocada sob a proteção de Nossa Senhora.
     Quando tinha 4 anos de idade caiu nas águas geladas de um riacho quando jogava com seus irmãos. O acidente lhe causou poliomielite, o que a privou do uso da perna esquerda. Apesar disso, a menina não se fechou em si mesma, ao contrário, colaborava nos afazeres domésticos. Frequentou a escola de sua aldeia, dirigida pelas Irmãs de São José de Aubenas, e se destacou por sua inteligência e jovialidade. Também se dedicou às atividades paroquiais.
     Em 1887, devido a grave grise econômica da família, se viu obrigada a abandonar sua bela casa e a viver numa casinha no campo. Em meio à situação de indigência da família, Jeanne, então com 10 anos de idade, demonstrando humildade e disponibilidade, chegou inclusive a pedir esmola no povoado para que seus pais e seus irmãos pudessem comer. Teve que abandonar a escola e deixar de frequentar diariamente a paróquia, porque ficava muito distante de sua casa.
     Em fevereiro de 1891, no hospital infantil de Bordeaux, se submeteu a uma operação da perna. Jeanne permaneceu cinco meses neste centro de saúde, suportando a dor com “paciência angélica”, como testemunharam as enfermeiras do hospital, Filhas da Caridade de São Vicente de Paula.

Santa Joana d’Arc Guerreira do Altíssimo

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses, a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para o cumprimento dessa sublime missão
 
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O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados. É significativo o seguinte relato dessa lamentável situação: "O Analista de Saint Denis, começando a narração do ano de 1419, escrevia: 'Era de se temer, segundo a opinião das pessoas sábias, que a França, essa mãe tão doce, sucumbisse sob o peso de angústias intoleráveis, se o Todo Poderoso não se dignasse atender do alto dos Céus as suas queixas. Assim apelou-se para as armas espirituais: cada semana faziam-se procissões gerais, cantavam-se piedosas ladainhas e celebravam-se Missas solenes. Em sua terrível decadência, sentindo-se incapaz de salvar-se a si mesmo, o Delfim guardava sua fé no Deus de Clóvis, de Carlos Magno e de São Luís, a sua confiança na Santíssima Virgem" [1].

Fernando III Rei de Espanha, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra.

Camila Batista da Varano Religiosa, Mística e Beata (1458-1524)

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana.

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
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ORAÇÕES - 30 DE MAIO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sexta-feira – Santa Joana d’Arc
Evangelho (Jo 16,20-23a) Agora estais tristes, mas eu vos verei novamente e o vosso coração se alegrará...”
Jesus falava de separação e tristeza, de reencontro e alegria. Já aprendi que não existe vida sem separações, quedas e tristezas. Não é culpa de Deus, e nem sempre culpa minha.Nem essa realidade deve ser a marca de minha vida.Devo viver alegre apesar de tudo, porque Deus me ama e me oferece felicidade já agora pelapresença de Jesus, na espera de uma felicidade plena e eterna.
Oração
Senhor Jesus, estais entre nós e participais de nossa vida. Conheceis e partilhais  minhas tristezas e dores, e partilhais comigo vossa alegria.Alegro-me porque me amais e vos posso amar. Agradeço a vida que me dais, o que posso fazer pelos outros, e eles por mim.Guardai-me sempre convosco,para eu não ser tristeza de ninguém, mas levar para todos a alegria de vossa mensagem. Amém.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Não desistir de rezar”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Insistir na oração
 
A antífona de entrada da celebração nos aponta um caminho para compreendermos o evangelho desse domingo: “Clamo a Vós, meu Deus, porque me atendestes… Guardai-me como a pupila dos olhos; à sombra de vossas asas abrigai-me” (Sl 16,6.8). O orante clama porque sabe que Deus é o socorro permanente. E diz que a meta da oração é ser guardado por Deus que é seu abrigo seguro. Dizer, acolher-me sobre as asas de Deus, lembra a Arca da Aliança que estava sob dois Querubins. Trata-se da presença de Deus. É ali que a oração nos conduz. A catequese de Jesus sobre a oração vai ao núcleo de nossas necessidades e de nossa fragilidade. Ao contar a parábola da viúva indefesa diante de um juiz que não atendia as pessoas, ensina que devemos rezar sempre e com insistência. A liturgia traz o livro do Êxodo que nos relata a oração de Moisés pela vitória de Israel sobre os amalecitas. Ele rezou com insistência, o dia todo. Na parábola estamos diante de um juiz iníquo que, pela insistência, cede às súplicas da viúva. Não tendo forças para pressioná-lo, tem a força da insistência. Quanto mais seremos ouvidos por Deus que sempre socorre seus escolhidos (Lc 18,7). A oração perseverante sempre obtem o resultado. Lembremos que Deus sabendo o que precisamos, mesmo antes de o pedirmos (Mt 7,7), saberá quando e como atender-nos. Na verdade, o que vale da oração não é o resultado do que pedimos, mas entrar em contato permanente com Deus que é mais que tudo o que possamos pedir. Somos mesquinhos, e queremos resolver só nossos problemas, quando Deus oferece soluções maiores. Jesus, conhecendo nossa fragilidade e falta de fé, sabe que não somos insistentes e firmes na fé quando rezamos. 
Rezar com o corpo 
Não saia do corpo para rezar só com a mente. O corpo faz parte de nossa totalidade. O espiritual e o corporal caminham juntos. Em sua história a Igreja sofreu influências de mentalidades do tempo e até as justificou. Houve desprezo do corpo, oprimindo-o para libertar a alma. Deus não fez nenhuma parte errada em nós. O mal ou o bem provém de nosso coração como disse Jesus. É uma opção pessoal que produz o mal. Nossas tendências podem ser educadas. Procurou-se castigar o burrinho que somos. Ele pode ser selvagem, mas pode ser educado e fica bom. Vemos Moisés rezando com os braços levantados. Se os abaixava, os judeus começavam a perder a batalha. Por isso puseram duas pedras sob seus braços para que não abaixassem e os hebreus vencessem. A insistência da velhinha supôs muitas idas e vindas para conseguir. Rezamos com a totalidade de nosso corpo. Por isso podemos e devemos tomar posições que expressem o que rezamos. Estar diante de Deus em silêncio, já é oração. Rezamos em nossa realidade. 
Rezar com a Escritura 
Quando refletimos sobre a oração ficamos sempre em dificuldades e pensamos que não sabemos rezar. Os discípulos apresentaram esse problema a Jesus: “Mestre, ensina-nos a rezar como João ensinou a seus discípulos” (Lc 11,1). Naquele momento Jesus estava orando. E responde: Quando orardes, dizei: “Pai Nosso…”. Esta é a oração fundamental que tem tudo o que precisamos. A seguir temos os salmos que perpassam por todas as necessidades humanas. Há tanta gente que conhece salmos de cor. Uma leitura meditada da Escritura nos coloca em diálogo com Deus e sustenta nossa vida espiritual. Temos que ver na Palavra de Deus, aquilo que ocorre conosco. Por isso, pedi e recebereis (Mt 7,7). 
Leituras: Êxodo 17,8-13; Salmo 120; 
2 Timóteo 3,14-4,2 ; Lucas 18,1-8 
1. Na parábola Jesus ensina que a oração deve ser insistente e perseverante. Temos o exemplo de Moisés. Deus nos atenderá, pois sabe o que precisamos e atende. 
2. Rezamos com nosso corpo que, mesmo frágil, pode ser educado.
3. Rezamos com a Escritura como Jesus ensinou. Rezamos com os salmos que tratam de toda nossa realidade. Rezamos meditando a Palavra. 
Correndo das velhas
Há um mau costume de achar que as pessoas idosas, que chamamos de “velhas”, são inúteis. Alguns chegam a dizer que na Igreja só há velhas. Ser velho é um grande privilégio, pois muitos não chegaram a essa idade. Então há nelas um maior vigor de vida, também de vida espiritual. Muitas são benzedeiras, isto é, são capazes de orar para o bem dos outros com grandes resultados. Deus as ouve, pois se conhecem há tempo. Jesus, no evangelho desse domingo, ensina seus discípulos a rezaram com insistência. Se até os maus, como no caso do juiz injusto, cedem diante da insistência e fazem justiça, “será que Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por Ele? Será que vai fazer esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa” (Lc 18,6-8). Uma das noções de oração nos é dada pelo próprio Jesus que insiste que não usemos um palavreado excessivo (Mt 6,7). Um santo dos tempos modernos, Charles de Foucauld, diz: “Rezar não é dizer muitas coisas, mas a mesma coisa muitas vezes”. Rezar não é convencer Deus a respeito de nossas coisas, mas convencer-nos sobre Deus. Parece que Deus demora a atender a gente. É que Ele quer ficar conosco mais tempo. Parece que gosta de nós. Por isso temos o exemplo de Moisés que durante a batalha dos israelitas ficou o tempo todo de braços abertos em oração para que vencessem. É o que dizemos: o homem mais alto é aquele que está de joelhos. Quando minha avó Rita estava já no fim eu lhe mostrei um tercinho de anel e ela me disse: “As rezas nunca chegam”, quer dizer: nunca são suficientes. A oração deve ser baseada na Sagrada Escritura. Paulo diz a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada e útil para ensinar e para argumentar, para corrigir e para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra” (2Tm 3,16-17). Aprendamos com nossas velhinhas a conversar com Deus. 
Homilia do 29º Domingo Comum (16.10.2016)

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo São João 16,16-20. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me». Alguns discípulos disseram entre si: «Que significa isto que nos diz: "Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me", e ainda: "Eu vou para o Pai"?». E perguntavam: «Que é esse pouco tempo de que Ele fala? Não sabemos o que está a dizer». Jesus percebeu que O queriam interrogar e disse-lhes: «Procurais entre vós compreender as minhas palavras: "Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me". Em verdade, em verdade vos digo: chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Maria Eugénio do Menino Jesus 
(1894-1967) 
Carmelita, fundador de Notre Dame de Vie 
O mistério da Igreja 
Envolvidos no movimento do amor de Cristo 
A plenitude de Cristo desce sobre cada um de nós, e recebemos a sua graça, que nos torna participantes da sua filiação divina e dos consequentes privilégios: como Ele, somos filhos e herdeiros do Pai, com Ele, somos sacerdotes e reis. A nossa participação em Cristo não é meramente recetiva, é ativa. Tendo subido para o Pai, Cristo enviou a Igreja ao mundo, tal como o Pai O tinha enviado a Ele, a pregar, batizar e salvar. A vida que Ele difunde é amor. Este amor, por ser difusivo, está sempre em movimento para novas conquistas; e aqueles que se deixam invadir por esse amor são arrastados nesse movimento e tornam-se instrumentos da sua ação, canais da vida que ele difunde. É o que faz a Igreja, da qual Cristo é a cabeça: «É por Ele que o corpo inteiro, coordenado e unido por meio de todas as junturas, opera o seu crescimento orgânico, segundo a atividade de cada uma das partes» (Ef 4,16). É este o projeto de Deus, que, apesar de todos os obstáculos, se vai realizando progressivamente ao longo dos séculos; esta é a grande realidade, o facto que domina a história dos povos e do mundo, que é o fim e a razão de todas as coisas. E assim, quando Cristo inteiro tiver atingido o «estado de homem perfeito, à medida de Cristo na sua plenitude» (Ef 4,13), a figura deste mundo passará, dando lugar à realidade desse mesmo Cristo, no qual Deus «mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o principado, poder, virtude e soberania», e no qual cumpriu o seu desígnio, pondo-O «como cabeça de toda a Igreja, que é o seu corpo» e garantindo «a plenitude daquele que preenche tudo em todos» (Ef 1,20-23).

São Sisínio Protomártir de Trentino Festa: 29 de maio

† Val di Non, Trentino, 29 de maio de 397
 
Os três mártires de Trentino vieram da Capadócia, foram martirizados em Trentino. Eles são Alexandre (hóstia), Sisínio (diácono) e Martirio (leitor), ainda venerados em Trento. Vivendo no século IV, os três fazem parte das fileiras dos evangelizadores que vieram das comunidades cristãs do Mediterrâneo para difundir o Evangelho naquela península que era uma ponte natural para o continente. A Itália cristã também deve sua fé a santos como eles: enviados pelo bispo de Milão Ambrósio ao de Trento Vigílio, eles foram queimados vivos diante do altar do deus Saturno. Suas relíquias em 97, 1600 anos após seu martírio, percorreram as paróquias da diocese de Trento. (Avvenire) 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Val di Non in Trentino, os santos mártires Sisínio, diácono, Martírio, leitor, e Alexandre, anfitrião: Capadócios de origem, fundaram uma igreja nesta região e introduziram o uso de cânticos de louvor ao Senhor, acabando mortos por alguns pagãos que ofereciam sacrifícios de purificação.
Santos SISINNIO, MARTIRIO e ALESSANDRO, mártires O culto dos primeiros evangelizadores e mártires é muito antigo em Trentino: o diácono Sisinio, o leitor Martirio e seu irmão Alessandro, anfitrião.

São Paulo VI, Papa

João Batista Montini nasceu em Concesio, uma cidadezinha nas proximidades de Brescia, em 26 de setembro de 1897, no seio de uma família católica, muito comprometida com a política e a sociedade. No outono de 1916, entrou para o seminário em Brescia e, quatro anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal na catedral. Foi enviado a Roma para continuar a estudar filosofia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e Ciências Humanas na universidade estadual. Formou-se em Direito Canônico, em 1922, e em Direito Civil, em 1924. 
Ofícios no Vaticano 
Em 1923, Montini recebeu seu primeiro encargo pela Secretaria de Estado do Vaticano, que o designa à Nunciatura Apostólica de Varsóvia. No ano seguinte, foi nomeado Minutador. Naquele período, participou, de perto, das atividades de estudantes universitários católicos, organizadas pela FUCI, da qual foi assistente eclesiástico nacional, de 1925 a 1933. João Batista Montini foi um estreito colaborador do Cardeal Eugênio Pacelli, ao lado do qual permaneceu sempre, até quando foi eleito Papa, em 1939, com o nome de Pio XII. Foi Montini que preparou o esboço do inútil extremo apelo pela paz, que o Papa Pacelli lançou, através do rádio, em 24 de agosto de 1939, às vésperas do grande conflito mundial: “Com a paz, nada se perde! Com a guerra, pode-se perder tudo!"

Santa Bona , Virgem de Pisa Festa: 29 de maio

Pisa, 1155/6 - 1207
No século XIII, houve um número crescente de santos. Essas mulheres cristãs, muitas vezes seculares, parecem se encaixar em um tipo de santidade feminina que não pertence a Bona. De fato, a santa de Pisa se distingue de outras figuras femininas por sua vocação desde criança; a escolha da virgindade e obediência absoluta aos seus superiores. Mas o que caracteriza Bona e o que a distancia muito de outros santos de seu tempo é a continuidade de suas viagens, que não falharão nem mesmo em períodos particularmente difíceis: Santiago de Compostela (que ela chegará nove vezes), San Michele al Gargano, Roma e a Terra Santa são seus destinos favoritos. Ao mesmo tempo, ela nunca negará o seu forte vínculo com Pisa e os seus habitantes e, em particular, com os cónegos regulares de Santo Agostinho de San Martino e com os monges de San Michele degli Scalzi: os numerosos milagres realizados pela santa de Pisa demonstram a sua grande atenção e solicitude, especialmente para com os mais débeis e pobres.
Patrona: Hospedeiras 
Emblema: Cruz e a letra 
Martirológio Romano: Em Pisa, São Bona, virgem, que fazia peregrinações frequentes à Terra Santa, Roma e Compostela com devoção.

Beata Gherardesca Vedova, monja camaldulense Festa: 29 de maio

Pisa, c. 1200 - c. 1270
 
Nasceu em Pisa por volta de 1200 e se casou muito jovem. Cristã fervorosa e modelo de noiva, sem filhos como resultado de visões celestiais, ela convenceu o marido a se tornar monge no mosteiro camaldulense de San Savino em Pisa, e depois também se aposentou como reclusa oblata em uma cela do mesmo mosteiro. Aqui, louvando e conversando com o Senhor, ele alcançou os mais altos graus de contemplação. Gherardesca finalmente morreu perto de Pisa por volta do ano 1270. Na "História da antiga cidade de Pisa" não faltam as devidas referências à Beata Gherardesca Pisana dos Condes Gherardesca, uma monja camaldulense. O Martyrologium Romanum a comemora como "abençoada" em 29 de maio, enquanto de acordo com a Menologia Camaldulense ela é considerada uma "santa" com uma festa em 9 de junho. 
Etimologia: Gherardesca = lança em negrito, do germânico
Martirológio Romano: Em Pisa, a Beata Gherardesca, viúva, que passou a vida em uma cela ao lado do mosteiro camaldulense de San Savino, dedicada aos louvores a Deus e à intimidade com o Senhor.
Gherardesca nasceu em Pisa por volta de 1200, no seio de uma família nobre da cidade. Desde tenra idade, distinguiu-se pela fé fervorosa e pelo espírito contemplativo. Casada ainda jovem, Gherardesca foi uma esposa exemplar, dedicada ao bem-estar do marido e à educação da família. No entanto, seu coração foi atraído para um chamado mais elevado, um desejo de comunhão exclusiva com o divino.

Beata Elia de São Clemente

A Beata na adolescência
Uma vida simples, mas na qual podemos ver uma profunda experiência de Deus. Seus modelos, Santa Teresinha do Menino Jesus e, claro, a grande Santa Teresa. Mas foi com a primeira que ela mais se assemelhou.
     O pensamento de que eu vivo para Ti, meu Deus, deve me fazer feliz em todos os eventos. Peço-Te, meu bom Jesus, com todo o meu coração a graça do desapego de todas as coisas deste mundo e viver apenas para Ti, de não desejar nada para mim, mas viver como se eu fosse sozinha no mundo”.
     Dá-me graça, ó meu Deus, para penetrar nos segredos mais íntimos do teu Coração ardente, e viver aqui desconhecida para qualquer olhar humano vivo e até para mim mesma; faça que eu aja conduzida diretamente por Ti, fale inspirada por Ti, viva de Teu respiro, e as batidas do meu coração se fundam com as batidas divinas do Teu”.
*
     Terceira filha de José Fracasso e Pasqua Cianci, a nova Beata nasceu no dia 17 de janeiro de 1901, em Bari (Itália), e aos quatro dias foi batizada, com o nome de Teodora, na igreja de Santiago por seu tio o Pe. Carlos Fracasso, capelão do cemitério. Recebeu a confirmação em 1903.

São Maximino de Trier Bispo Festa: 29 de maio

(*)Silly, Bélgica, final do século III 
(+)Poitiers, França, 12 de setembro de 349 
Ele era bispo de Trier na época do governo dos filhos de Constantino, o Grande, e era um ferrenho oponente do arianismo. Santo Atanásio deu asilo a seu amigo e companheiro de luta em Trier de 335 a 337. Ele morreu no caminho de volta de uma viagem a Constantinopla. Seu sucessor, São Paulino, teve seus restos mortais transferidos para Trier em 29 de maio de 353. Uma abadia beneditina foi erguida em seu túmulo no século VI, que mais tarde se tornou a Abadia Imperial de San Massimino. A igreja de San Giovanni foi posteriormente dedicada a ele. Sua cabeça agora está preservada na igreja paroquial no distrito de Trier-Pfalzel, com sede em Trier. Ele é considerado o patrono contra os perigos do mar, da chuva e do perjúrio. Ele é venerado sobretudo na Alsácia e nos arredores de Trier. Ele é frequentemente retratado na companhia de um urso, que segundo a lenda teria matado o cavalo (ou burro ou mula) que carregava sua bagagem durante sua viagem a Roma e que ele teria forçado a substituir a besta morta no transporte de suas roupas.