sábado, 4 de janeiro de 2025

ORAÇÕES - 4 DE JANEIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
4 – Sábado – Santos: Ângela de Foligno, Caio, Hermes
Evangelho (Jo 1,35-42)“Foram e viram onde ele estava alojado, eficaram com ele durante aquele dia, desde as quatro horas da tarde.”
Ao ouvir João dizer que Jesus era “o cordeiro de Deus”, os dois discípulos entenderam que Jesus era alguém especial, e quiseram conhecê-lo. Ficaram com ele desde as quatro da tarde, não sabemos até quando. Não sabemos o que ele lhes disse. O certo é que sua vida mudou. Se eu ouvir o que me dizem de Jesus, se o quiser conhecer, se ficar com ele bastante tempo, minha vida mudará.
Oração
Senhor Jesus, de muitos jeitos estais sempre a passar por mim. E mesmo quando meus irmãos vos apontam, não presto atenção, não tenho curiosidade de vos conhecer mais. Perdoai-me. Com vossa ajuda, atraído por vós, quero vos conhecer mais deperto, sem pressa. Ensinai-me a ficar olhando para vós, ouvindo, deixando-me transformar. Sem saber o que quereis fazer de mim. Amém.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O povo ensina o povo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
A piedade popular como evangelização
 
Pensamos que evangelização e instrução ao povo só podem ser dadas por professores instruídos. É necessário aprofundamento. Por isso temos as escolas de teologia nos mais altos níveis, para servir o povo. Há também um modo simples de transmitir as verdades da fé que se chama piedade popular. Devemos distinguir piedade popular de superstição. O Papa Francisco foi um homem muito ligado ao povo, por isso entende bem o que o povo pensa e como o povo pensa. A religião se tornou intelectualizada e o povo acabou por criar um modo próprio de se expressar a partir da fé. Um dos pontos de partida é que a pessoa vive a fé por inteiro e não só intelectualmente. Ela tem um corpo que tem cinco sentidos e tantas riquezas mais que se unem na mesma expressão. Não dispensa o intelectual, mas prioriza a pessoa como um todo. É por isso que muitos não entendem a linguagem usada na Igreja. Não basta também estar repetindo textos bíblicos, pois a Palavra é viva e eficaz (Hb 4,12). Os povos assumiram o Evangelho em sua cultura. Não muda a Palavra, mas muda o modo de expressar. Infelizmente houve um desprezo das culturas locais como não aptas para viver a fé. O povo é criador de sua cultura (EG 122). Ao transmitir a cultura, o fazem com a fé de um modo sempre novo. A religiosidade popular é a expressão missionária espontânea do povo de Deus. Houve um tempo de grande desprezo pelo popular. Foi uma má interpretação do Concílio. Podemos ver como seitas estranhas à cultura brasileira mataram o coração piedoso de nosso povo a chegando até a ódios e destruição da cultura. Mesmo pessoas da Igreja, em determinadas regiões, acabaram com a piedade popular e deixaram o povo no vazio, ou introduziram piedades estranhas ao nosso povo. E desprezam o que é do povo. 
Espiritualidade popular 
A espiritualidade é sempre fruto do Espírito Santo. Sendo assim, a piedade popular é uma espiritualidade guiada por Ele. Os bispos na Conferência de Aparecida reconhecem que é uma verdadeira espiritualidade, encarnada na cultura dos simples (DA 263). Essa piedade é missionária, pois penetra as camadas populares numa linguagem que conhecem e em atitudes que levam a viver o Evangelho. Vemos como crescem atualmente os santuários. Infelizmente muitas tradições locais desaparecem pela invasão dos meios de comunicação que pervertem o povo. Vemos a devoção aos santos, as peregrinações, as tradições regionais. Quando vemos uma folia de reis ou uma bandeira do Divino etc... sabemos que rezam, instruem e criam a vida da comunidade. Pude ver há poucos dias toda a comunidade, desde adultos a crianças, fazendo os tapetes para a procissão de Corpus Christi. A devoção une a comunidade. É o Espírito Santo que anima essa atitude. 
Evangelizar a piedade. 
“As expressões da piedade popular nos ensinam e, para quem as interpretam, são um lugar teológico a que devemos prestar atenção na hora de pensar a nova evangelização”, diz o Papa (EG 126). Essa pregação informal chega onde não podemos ir. O diálogo das pessoas que estão sempre dispostas a levar Jesus Cristo através da partilha da vida. Evangelizar a piedade popular é, em primeiro lugar, mostrar seus valores e a ação do Espírito. A seguir mostrar o que é desvio que pode chegar à superstição, que não tem a ver com o evangelho nem com o ser humano. A catequese sempre necessária a todo o povo de adulto a criança deve ser uma preocupação da comunidade. A inculturação do evangelho deve assumir formas concretas na cultura do povo. Esse não é um assunto querido.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 3 DE JANEIRO

Evangelho segundo São João 1,29-34
No dia seguinte ao seu primeiro testemunho, João Batista viu Jesus, que vinha ao seu encontro, e exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. É dele que eu dizia: "Depois de mim vem um homem, que passou à minha frente, porque era antes de mim". Eu não O conhecia, mas foi para Ele Se manifestar a Israel que eu vim batizar na água». João deu este testemunho, dizendo: «Eu vi o Espírito Santo descer do Céu como uma pomba e permanecer sobre Ele. Eu não O conhecia, mas quem me enviou a batizar na água é que me disse: "Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e permanecer é que batiza no Espírito Santo". Ora, eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Orígenes(185-253) 
Presbítero, teólogo 
 Homilias sobre Isaías, n.º 3, 1-2 
«Eu vi o Espírito Santo descer do Céu como 
uma pomba e permanecer sobre Ele» 
Jesus é Aquele que saiu do tronco de Jessé segundo a carne, que nasceu da descendência de David segundo a carne e foi estabelecido no seu poder de Filho de Deus segundo o Espírito que santifica (cf Is 11,1; Rom 1,3-4). Sim, Ele é o ramo saído do tronco de Jessé», mas não é um ramo, pois é «o Primogénito de toda a criatura» (Col 1,15); Ele não é apenas um ramo, mas é Deus, é o Verbo que estava com Deus e o Verbo que era Deus (cf Jo 1,1); Aquele que nasceu segundo a carne é uma vara saída do tronco de Jessé, e um rebento que brotou das suas raízes. «Sobre ele repousará o Espírito do Senhor: Espírito de sabedoria e de inteligência» (Is 11,2). O Espírito de sabedoria não repousou sobre Moisés, nem sobre Josué, nem sobre nenhum dos profetas, nem sobre Isaías, nem sobre Jeremias. Ele veio sobre Moisés, mas, depois desta visita do Espírito de sabedoria, Moisés perdeu a fé: «Escutai, rebeldes», disse. «Poderemos nós fazer brotar água deste rochedo?» (Nm 20,10). Veio sobre todos os justos e sobre Isaías, mas o que disse este último? «Sou um homem de lábios impuros; moro no meio de um povo de lábios impuros» (Is 6,5). O Espírito pode vir sobre os homens, mas não pode permanecer, porque todo o homem peca e não há neste mundo nenhum justo que faça o bem sem nunca cair: «Quem fará sair o puro do impuro? Ninguém, evidentemente!» (Jb 14,4). O Espírito veio sobre muitos, mas não repousou sobre nenhum deles: «Então, o Senhor disse: "O meu Espírito não permanecerá indefinidamente no homem"» (Gn 6,3). João Batista viu um homem, um só, sobre o qual o Espírito pousou, e este era o sinal que Deus lhe havia dado: «Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e permanecer é o Filho de Deus».

São José Maria Tomasi, presbítero teatino, cardeal

José Maria Tomasi nasceu na região da Licata, em 1649, em uma nobre família siciliana de Lampedusa. Renunciou ao título em prol do irmão e tornou-se religioso teatino. Precursor da Reforma Litúrgica, foi nomeado Cardeal pelo Papa Clemente XI, em 1712. João Paulo II o proclamou Santo em 1986.
José Maria Tomasi, Cardeal, que o Papa Pio VII beatificou no ano de 1803, e que o Sumo Pontífice João Paulo II inscreveu solenemente no livro dos Santos, em 12 de outubro de 1986, nasceu em Licata, Sicília, em 12 de setembro de 1649, filho primogênito de Julio Tomasi e Rosalia Traina, príncipes de Lampedusa e duques de Palma de Montechiaro. Sua vida foi orientada para Deus desde seus primeiros anos. Treinado e educado na nobre casa paterna, na qual não faltavam riquezas ou virtudes, ele dava provas de um espírito muito disposto a estudar e ser misericordioso. Assim, seus pais cuidaram muito de sua formação cristã e de sua instrução nas línguas clássica e moderna, especialmente na língua espanhola, logo que ele foi destinado pela família à corte de Madri, tendo que herdar de seu pai, por seus nobres títulos, a dignidade de Grande de Espanha. Mas, desde a infância, seu espírito aspirou a ser pequeno no Reino de Deus e a não servir aos reis da terra, mas ao Rei dos Céus.

Santa Imbenia, Virgem e Mártir - 3 de janeiro

Piedosa vir da Sardenha, que sofreu o martírio pela fé em Cristo sob o imperador Diocleciano. Suas relíquias preciosas foram descobertas no ano de 1628 na igreja de São Lussório, na região "Su Tonodiu", e foram levadas para a Basílica da Insigne Colegiada de Santa Maria das Neves, em Cuglieri (diocese de Bosa), onde ainda estão preservadas.     Celebrações em sua homenagem são realizadas em 3 de janeiro (martírio) e em 30 de abril (em memória da transladação das relíquias).     No dia 29 de abril, a imagem da virgem é trazida em peregrinação da Basílica de Santa Maria das Neves para a "su Tonodiu", onde há uma pequena igreja com o nome dela. A procissão com o andor começa às 17h e chega à igreja, que dista cerca de 3 km de Cuglieri; o andor é acompanhado na procissão pela Irmandade de Nossa Senhora do Carmelo, das prioresas e da população. Quando o cortejo chega à “su Tonodiu”, o priorado oferece um refresco; a população então segue em direção à igreja para acompanhar a missa. No final da cerimônia, os peregrinos podem dar um passeio ao redor do terreno que circunda a pequena igreja.     No dia 30 realiza-se a caminhada inversa; chegando à Basílica, os participantes da procissão assistem à Bênção Eucarística e cantam o hino em homenagem à Santa Imbenia.

Aparições de Nossa Senhora em Beauraing – 3 de janeiro

Em várias ocasiões ao longo da história, a Virgem Maria apareceu às crianças para nos lembrar, através delas, que devemos voltar a Deus e viver o Evangelho com simplicidade.
     Precisamente, Nossa Senhora manifestou-se em momentos particulares em que a maioria se distanciava da vida cristã. Sua mensagem não é nenhuma novidade, mas sim um apelo persistente ao arrependimento, conversão e oração.
     Nesta linha está inserida a mensagem das aparições marianas ocorridas em 1932, na cidade de Beauraing, Bélgica. Ali Nossa Senhora se manifestou a alguns irmãos e lhes deu uma mensagem para todas as gerações.
“Rezem, rezem muito”, a reconhecida
 aparição da Virgem do Coração de Ouro
     Em 29 de novembro de 1932, o Sr. Voisin pediu aos filhos Fernanda (15 anos) e Alberto (11 anos) que fossem procurar sua irmã Gilberta (13 anos) na escola das Irmãs da Doutrina Cristã. No caminho, as crianças convidam as amigas Andrea Degeimbre (14) e sua irmãzinha Gilberta (9 anos) para acompanhá-los.
     Quando as crianças chegaram ao internato, Alberto bateu na porta e, enquanto esperavam, virou-se e viu a Virgem Maria caminhando no ar sobre a ponte ferroviária. Para espanto de Alberto, sua irmã e suas amigas também olharam para a ponte e puderam ver Nossa Senhora.
     De repente, a Irmã Valéria abriu a porta e as crianças disseram-lhe que tinham visto a Virgem, mas a freira repreendeu-as e disse-lhes que não acreditava nas suas piadas.

Santo Antero Papa Festa: 3 de janeiro

O seu pontificado durou apenas quarenta e três dias (236). Morreu mártir.
† Roma, 3 de janeiro de 236 
(Papa de 21/11/235 a 03/01/236) 
Greco, papa de 21 de novembro de 235 a 31 de janeiro de 236, foi sepultado na Cripta dos Papas no Cemitério de Calisto. Algumas de suas relíquias foram posteriormente levadas para S.Sisto Vecchio e S.Silvestro in Capite. Ele ordenou que os atos dos mártires fossem revistados para que não fossem perdidos ou deturpados. Ele morreu santamente no início do consulado de Maximino. O Martirológio Romano assim o recorda na data de 3 de janeiro. 
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Calisto, na Via Ápia, deposição de Santo Antherus, papa, que, depois do mártir Pontiano, foi bispo por um curto período.

São Florentino de Viena, Bispo Festa: 3 de janeiro

Foi um homem de fé e de caridade, que se dedicou ao cuidado do seu rebanho e à difusão do Evangelho. Participou do Concílio de Valência em 374 e foi martirizado no exílio durante as perseguições de Górdio, Filipe, Décio, Galo e Volusiano. 
Etimologia: Fiorenzo = que floresce, florescente, do latim
Emblema: Equipe pastoral 
Martirológio Romano: Em Vienne, na Gália de julho, na atual França, São Florêncio, bispo, que participou do Concílio de Valência. 
Deste bispo de Viena temos apenas a assinatura do concílio de Valência em 374 e o seu nome no Martirológio Hieronimiano de 3 de janeiro. Contudo, a Crónica de Adónis, que, como sabemos, pretendia estabelecer uma cronologia dos bispos de Viena, porém sem qualquer valor, colocou Florêncio sob o império de "Gordiano, Filipe, Décio, Galo e Volusiano", como explica o Livro Episcopal de Leodegário, e o fez morrer mártir no exílio. Esta lenda foi incluída no Martirológio Romano em 3 de janeiro. 
Autor: Jean Marilier 
Fonte: Biblioteca Sanctorum

Genoveva de Paris Padroeira de Paris, Santa 422-512

Consagrou sua virgindade a Deus desde jovem, 
e levou vida de penitência e oração 
até os 89 anos de idade, quando faleceu. 
É protectora da cidade de Paris.
Vivendo entre dois mundos — o da Gália romana, que se extinguia, e de cujo desmoronamento foi testemunha, e o da Gália franca, que nascia de suas cinzas e em cuja conversão trabalhou denodadamente — Santa Genoveva serviu de ponto de união entre romanos e bárbaros. E recebeu de Deus a missão de transmitir a fé católica dos vencidos aos vencedores, preparando assim as sementes daquela que seria a nação cognominada Filha Primogênita da Igreja, a França. 
***** 
Corria o ano 400 de nossa era. O gigantesco Império Romano do Ocidente vivia seus últimos dias. Na província romana da Gália (atual França), em meio aos pagãos que ainda faziam sacrifícios humanos ao deus Thor, o cristianismo começava a lançar suas raízes quando, vinda de além Reno, uma horda de bárbaros devastou a região quase sem encontrar resistência. “Por que os gauleses, outrora tão bravos, não se defenderam? Porque os romanos, com seu luxo, tinham-lhes dado sua moleza e seus vícios”[1]. Com o tempo, a vida recomeçou com os novos bárbaros sendo assimilados pela população do país. Foi nesse período que, no ano 422, na pequena cidade de Nannetodorum (hoje Nanterre), nos arredores de Paris, nasceu em uma família cristã Genoveva, que tão importante papel desempenharia na vida da futura nação convertida ao cristianismo.

São Ciríaco Elias Chavara Sacerdote e fundador Festa: 3 de janeiro

Sacerdote de rito siro-malabar na Índia. Fundador das Congregações dos Carmelitas de Maria Imaculada e da Mãe de Deus. Foi beatificado em1986.
(*)Kainakary, Índia, 8 de fevereiro de 1805
(+)Koonammavu, Índia, 3 de janeiro de 1871 
Kuriakose (Cyriacus) Chavara nasceu no estado de Kerala, Índia, em 10 de fevereiro de 1805. Entrou no seminário em 1818 e foi ordenado sacerdote em 1829. Foi cofundador e primeiro prior geral das Carmelitas de Maria Imaculada, acrescentando ao seu nome de batismo o de Elias (Elias): lançou os alicerces da primeira casa da Congregação em Mannanam em 1831 e fez os votos religiosos em 1855. Em 1866 fundou um mosteiro para uma comunidade de terciários carmelitas, que deu origem às Irmãs da Mãe do Carmelo. Ao longo da sua vida trabalhou pela renovação espiritual e unidade da Igreja Siro-Malabar. Homem de grande espírito de oração, era cheio de zelo pelo Senhor na Eucaristia e particularmente devoto da Virgem Imaculada. Morreu em Koonammavu em 1871. Beatificado pelo Papa São João Paulo II em 8 de fevereiro de 1984, foi canonizado pelo Papa Francisco em 23 de novembro de 2014. Seus restos mortais são venerados na igreja de São José em Mannanam, anexa à primeira casa de a congregação das Carmelitas de Maria Imaculada. A sua memória litúrgica cai no dia 3 de janeiro, dia do seu nascimento no Céu. 
Martirológio Romano: No mosteiro de Mannemamy, em Kérala, na Índia, o beato Ciriaco Elia Chavara, sacerdote, fundador da Congregação das Carmelitas de Maria Imaculada.

São Serafim de Sarov (1759-1833), monge russo

Nasceu em 1759 em Kursk, na Rússia. Filho de um construtor ele teve uma educação de classe média. Estudioso quando rapaz ele foi capaz de se candidatar a monge em Sarov com o nome de Serafim, e passava os dias a estudar as Escrituras e outros escritos antigos da Igreja.
Também conhecido como Prokhor Moshnin 
Nasceu em 1759 em Kursk, na Rússia como Prokhor Moshnin. Filho de um construtor ele teve uma educação de classe média. Estudioso quando rapaz ele foi capaz de se candidatar a monge em Sarov com o nome de Seraphim, e passava os dias a estudar as Escrituras e outros escritos antigos da Igreja. Ficou muito doente e acamado de 1780 a 1783, mas continuou seus estudos mesmo na cama e recebeu varias aparições da Virgem Maria em 1793.Ele celebrava a missa diariamente o que era não comum no seu tempo. Em 1794 ele se tornou por 16 anos, um eremita na floresta perto do monastério de Sarov. Em 1804 ele apanhou muito, com o seu machado, de ladrões que o deixaram para morrer. Ele se arrastou por horas até mosteiro, e ficou 5 meses se recuperando e passou o resto de sua vida se apoiando em uma bengala para caminhar. Ele viveu no topo de uma pedra e mais tarde numa cela construída por ele com paredes sem janelas. Oferecido para ser o Abade da Abadia de Sarov, em 1807, ele não aceitou e passou 3 anos sem falar uma palavra com auto penitencia.

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS SOLENIDADE

 A Solenidade da Santa Maria Mãe de Deus é a primeira Festa Mariana que apareceu na Igreja Ocidental, sua celebração se começou a dar em Roma para o século VI, provavelmente junto com a dedicação – em 1º de janeiro – do templo “Santa Maria Antiga” no Foro Romano, uma das primeiras Igrejas marianas de Roma. A antiguidade da celebração Mariana se constata nas pinturas com o nome de Maria, Mãe de Deus” (Theotókos) que foram encontradas nas Catacumbas ou antiquíssimos subterrâneos que estão cavados debaixo da cidade de Roma, onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Missa em tempos das perseguições. Mais adiante, o rito romano celebrava em 1º de janeiro a oitava de Natal, comemorando a circuncisão do Menino Jesus. Depois de desaparecer a antiga festa Mariana, em 1931, o Papa Pio XI, com ocasião do XV centenário do concílio de Éfeso (431), instituiu a Festa Mariana para em 11 de outubro, em lembrança deste Concílio, onde se proclamou solenemente Santa Maria como verdadeira Mãe de Cristo, que é verdadeiro Filho de Deus; mas na última reforma do calendário –após o Concílio Vaticano II– se transladou a festa para 1º de janeiro, com a máxima categoria litúrgica, de solenidade, e com título da Santa Maria, Mãe de Deus. Desta maneira, esta Festa Mariana encontra um marco litúrgico mais adequado no tempo do Natal do Senhor; e ao mesmo tempo, todos os católicos começam o ano pedindo o amparo da Santíssima Virgem Maria.

SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS-SÃO VICENTE STRAMBI

 DIA MUNDIAL DA PAZ E DA FRATERNIDADE UNIVERSAL  

MARIA MÃE DE DEUS: Desde os primeiros séculos da era cristã Maria Santíssima é venerada como Mãe de Deus, pois gerou uma criança que já era Deus: Jesus Cristo. Em 1927, no Egito, foi encontrado um fragmento de papiro que remonta ao século III. Este fragmento contém a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece. Eis a oração: “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus.Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades,mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!”. E o povo repete milhões e milhões de vezes, desde muitos séculos, em todos os cantos e  recantos do céu e da terra: “Santa Maria, Mãe de Deus..
São Vicente Strambi (1745-1824). Era italiano, filho de um farmacêutico. Aos 15 anos entrou para o Seminário, contra a vontade do seu do pai. Ordenou-se padre e ingressou na Congregação dos Missionários Passionistas. Antes havia tentado com os  Lazaristas e Capuchinhos, mas foi recusado. Destacou-se como pregador, percorrendo cidades e convertendo muita gente com sua palavra ardente e calorosa. Cuidou dos seminários, orfanatos, idosos, centros de catequese e de mil outras frentes pastorais. Recusou-se a prestar juramento de fidelidade ao imperador Napoleão, e por isso foi exilado. Foi nomeado bispo mas, depois de muito suplicar, conseguiu do Papa a renúncia do episcopado. Escreveu diversos livros de piedade e formação. Teve uma apoplexia que o levou à morte.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

A Virgem Maria era "da casa de Davi"

 A genealogia de Jesus de São Lucas, do Livro de Kells, transcrita pelos monges celtas c. 800.

      São Lucas (2:4) diz que São José foi de Nazaré a Belém para ser registrado pelo censo, "porque ele era da casa e da família de Davi". Como se para excluir toda a dúvida sobre a descendência de Maria, o Evangelista (1:32, 69) afirma que a criança nascida de Maria sem a intervenção do homem deve receber "o trono de Davi Seu pai", e que o Senhor Deus "levantou a força da salvação para nós na casa de Davi seu servo". [1] Por isso, os comentaristas nos dizem que no texto "no sexto mês o Anjo Gabriel foi enviado de Deus... a uma virgem comprometida com um homem cujo nome era José, da casa de Davi" (Lucas 1:26-27); a última cláusula "da casa de Davi" não se refere a José, mas à virgem que é a pessoa principal na narrativa; assim, temos um testemunho direto inspirado para a descendência davídica de Maria. [2]
Vitral rosácea na Basílica de St. Denis, França, representando os ancestrais de Nosso Senhor de Jesse em diante.

3 de janeiro - Santíssimo Nome de Jesus

            

 É EM NOME DO DIVINO SALVADOR QUE A IGREJA REZA, CURA OS ENFERMOS, EVANGELIZA OS POVOS, EXPULSA OS DEMÔNIOS, ENFIM, REALIZA SUA OBRA  DE SALVAÇÃO DAS ALMAS E seu nome será: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9, 5).
Sim, quanto é maravilhoso, rico e simbólico este nome que, segundo o Profeta Isaías, significa “Deus conosco”! Como o Arcanjo Gabriel deve  ter enlevado a Santíssima Virgem Maria – que ponderava todas as coisas em seu coração – com estas palavras no momento da Anunciação: “E Lhe porás o nome de Jesus”! (Lc 1,31).
Fecunda fonte de inspiração
Esta frase, que ficou indelevelmente gravada no Imaculado Coração de Maria, chega aos ouvidos dos fiéis de todos os tempos, no orbe terrestre inteiro, fecundando os bons afetos de todo homem batizado. Ao longo dos séculos, diversas almas monásticas e contemplativas foram inspiradas por ela a tal ponto que inúmeras composições de canto gregoriano versam sobre o suave nome do Filho de Deus.
Há uma misteriosa e insondável relação entre o nome de Jesus e o Verbo Encarnado, não sendo possível conceber outro que lhe seja mais apropriado. É o mais suave e santo dos nomes. Ele é um símbolo sacratíssimo do Filho de Deus, e sumamente eficaz para atrair sobre nós as graças e favores celestiais. O próprio Nosso Senhor prometeu: “Qualquer coisa que peçais a meu Pai em meu nome, Ele vo-la concederá” (Jo 14,13). Que magnífico convite para repeti-lo sem cessar e com ilimitada confiança!

SANTÍSSIMO NOME DE JESUS

O Santo Nome de Jesus é poderoso e traz muitas graças a todos àqueles que o invocam com amor e devoção. Nas escrituras podemos ver a força desse Santo Nome. Ainda no Antigo Testamento o profeta Joel falava em profecia: « Mas todo o que invocar o nome do Senhor será poupado, porque, sobre o monte Sião e em Jerusalém, haverá um resto, como o Senhor disse, e entre os sobreviventes estarão os que o Senhor tiver chamado ». (Jl 3,5) O que Joel diz a respeito de Javé, São Pedro torna a repetir no Livro dos Actos dos Apóstolos logo após o momento de Pentecostes, dessa vez falando sobre o Nosso Senhor Jesus Cristo: « E então todo o que invocar o nome do Senhor (Jesus) será salvo » (At 2,21)

ORAÇÕES - 3 DE JANEIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
3 – Sexta-feira – Santos: Antero, Cirino, Florêncio
Evangelho (Jo 1,29-34)Eu vi e dou testemunho: – Este é o Filho de Deus!”
João Batista,  profeta enviado para falar em nome de Deus,recebeu a revelação que o fez ver o que outros não podiam ver. E deu seu testemunho: – Esse homem Jesus, não é um simples homem, nem mesmo apenas um mestre ou profeta. “Esse é o Filho de Deus”. Iluminados pelo Espírito, recebendo o dom divino da fé, nós também damos o mesmo testemunho. Que o façamos com a vida.
Oração
Senhor Jesus, creio em vós, creio que sois o Filho de Deus. Eu vos adoro como meu Senhor, por quem e para quem tudo e todos existem. Creio que podeis fazer-me participante de vossa vida divina, dando um sentido novo para minha existência.Confio-me em vossas mãos, e de vós tudo espero. Guardai-me convosco, não permitias que ainda vos abandone. Só vós podeis salvar-me. Amém.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O amor de Cristo nos pressiona”

PADRE ÇUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O medo de ter fé
 
Depois de terminada a parábola sobre o crescimento silencioso da semente e sua potência de crescimento, explicando assim como é o Reino de Deus, Jesus manda que os discípulos O levem para a outra margem. Jesus ensinara da barca, pois havia grande multidão. Na travessia vem uma tempestade. O lago não é grande, mas as tempestades são perigosas. Entramos numa reflexão a respeito do poder de Jesus sobre a fúria da natureza, a fúria do mal que dominava o homem endemoniado que estava possuído por uma legião (legião é o nome de uma parte do exército romano que tinha 6.000 soldados). Depois Jesus curará uma mulher doente e ressuscitará uma menina. Mostra toda a força que tem contra o mal onde estiver. O inimigo deve ser vencido: o mal, a doença, a morte, a fome, a incredulidade, o demônio e a natureza criada quando se manifesta nos fenômenos e perigosos para o homem. No mar mostra sua potência como enviado de Deus para a renovação do mundo acalmando a tempestade. Jesus vence o mal para reconquistar o mundo e entregá-lo a Deus. Deus dominou o caos do mundo na criação (Gn 1,1-4). Jesus mostrará aos discípulos sua vitória contra todo mal quando Ele mesmo se afogar nas ondas da morte. Quando os chefes do povo comemoravam tê-Lo abafado, Jesus, como no barco, silenciava os poderes do mal e da morte. Jó foi vítima de tantos males, não se afogou na dor, mas foi capaz de vencer as vagas do sofrimento por sua fé em Deus. Os discípulos clamam a Jesus que dormia e Ele acalma o mar e silencia a tempestade. 
Vimos os prodígios de Deus
A leitura do livro de Jó é um hino à grandeza de Deus e reconhecimento de sua presença através mesmo do sofrimento. Jó reconhece sua fragilidade e questiona Deus. Deus não é o causador do mal. A fé não impede que nos sintamos fracos, mas nos fortalece em nossa fraqueza. Deus diz a Jó que Ele tem o poder sobre todas as coisas e esse poder continua forte entre nós. O salmo canta o Deus que socorre a quem a Ele se dirige no sofrimento, pois é atendido de modo maravilhoso. Sabemos que, quando pedimos, antes mesmo de ter terminado de pedir, já há agradecimento em nossa boca. Como então nem sempre recebemos o que pedimos? Deus sabe o que precisamos mesmo antes de Lho pedirmos (Mt 6,8). Podemos dizer que Deus dá mais que pedimos. O que acontece é que não esperamos ou nem sabemos entender as respostas de Deus. Jesus pediu e foi atendido mais que pedira: “Ele que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas Àquele que O podia salvar da morte; e foi atendido por causa de sua submissão. E, embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento...e se tornou para todos os que lhe obedecem princípio de salvação eterna” (Hb 5,7-9). Este texto ensina a quem interpreta o fato de não ter recebido a graça por falta de fé. 
Conhecemos só a partir da fé. 
No meio das tempestades e bonanças da vida, Paulo descreve o mistério cristão: “O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram” (2Cor 5,14). Cristo morreu por todos. Nossa morte em Cristo não nos mata, mas nos faz viver uma vida diferente: “Cristo morreu por todos para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou” (15). Há um só modo de conhecer as pessoas: através de Cristo. “Quem está em Cristo é uma nova criatura. O mundo velho desapareceu” (17). 
Leituras: Jó 38,1.8-11;Salmo 106; 
2Coríntios 5,14-17; Marcos 4,35-41 
1. A narrativa da tempestade acalmada, Marcos quer nos ensinar o poder de Jesus sobre todo mal, nas mais diversas formas como veremos nos evangelhos que seguem. No mar mostra a potência como enviado de Deus para a renovação do mundo, acalmando a tempestade. Jesus reconquista o mundo para Deus. Jesus vence o mal quanto afogado nas ondas da morte. Jó foi capaz de vencer o mal por sua fé em Deus. 
2. A leitura do livro de Jó é um hino à grandeza de Deus e o reconhecimento de sua presença através do sofrimento. Deus não é o causador do Mal. A fé não impede de nos sentirmos fracos, mas nos fortalece em nossa fraqueza. Deus tem o poder sobre todas as coisas e esse poder continua forte em nós. Temos a questão: rezei e não fui atendido, ou não ouvi o que Deus me respondeu, ou não entendi que Deus me deu mais do que pedi. Jesus pediu para ser livre da morte e foi atendido na Ressurreição. 
3. Paulo ensina que Cristo nos pressiona a entender a morte de Cristo por nós e nossa entrega por todos. Nossa morte em Cisto não nos mata, mas nos faz viver de modo diferente: há um só modo de entender as pessoas: através de Cristo.
Dormindo nas ondas 
Como são belas as ondas do mar que se levantam dando aos surfistas belas oportunidades. São belas quando estouram nos rochedos. Bonito! Mas não é tão belo assim quando se está no meio de uma tempestade, em pequenos barcos que ficam a seu dispor. Ali, somente Deus poderia salvar. Os textos da liturgia nos colocam diante de fúria do mar. O salmo nos faz rezar a oração dos desesperados no meio da tempestade. O Evangelho narra que o barco dos discípulos corre perigo na tempestade. O mar da Galiléia é um lago pequeno, mas quando o vento é forte, até barcos atuais correm perigo. Imagina, no pobre barco dos discípulos. E Jesus dormia sobre uma almofada. Tranquilo. No desespero despertam Jesus pedindo socorro. As ondas O embalavam. O poder de Jesus acalma o mar. Nos mares da vida é bom ter sempre Jesus por perto. Ele não dorme. Tendo o Mestre no barco, temos um bom timoneiro. Paulo ensina o caminho para não nos afogarmos no mar das dificuldades. Uma nova criatura tem um procedimento diferente. A diferença está em não viver para si mas para Cristo que por nós morreu e ressuscitou. 
Homilia do 12º Domingo Comum (21.06.2015)

EVANGELHO DO DIA 2 DE JANEIRO

Evangelho segundo São João 1,19-28. 
Foi este o testemunho de João Batista, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Quem és tu?» Ele confessou e não negou: «Eu não sou o Messias». Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?». «Não sou», respondeu ele. «És o profeta?». Ele respondeu: «Não». Disseram-lhe então: «Quem és tu? Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram, que dizes de ti mesmo?». Ele declarou: «Eu sou a voz que clama no deserto: "Endireitai o caminho do Senhor", como disse o profeta Isaías». Entre os enviados havia fariseus que lhe perguntaram: «Então porque batizas, se não és o Messias, nem Elias, nem o profeta?». João respondeu-lhes: «Eu batizo na água; mas no meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias». Tudo isto se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava a batizar. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa de Ávila 
(1515-1582) 
Carmelita descalça, doutora da Igreja 
Caminho da Perfeição, cap. 28, §§ 3.11-12 
(Paço d'Arcos, Edições Carmelo, 2000) 
A nossa alma está destinada Àquele que é grande 
Deixe-se [a alma] de uns acanhamentos que têm algumas pessoas e pensam ser humildade. Sim; não está a humildade em que, se o Rei vos faz uma mercê, não a recebais, mas em aceitá-la e entender quão excessiva é e alegrar-vos com ela. Engraçada humildade que eu tenha o Imperador do Céu e da Terra em minha casa, que a ela vem para me fazer mercê e recrear-Se comigo, e, por humildade, não Lhe queira responder nem estar com Ele, nem aceitar o que me dá, senão que O deixe só! E, estando-me a dizer e a rogar que Lhe peça, por humildade eu fique pobre, e mesmo O deixe ir, por ver que não acabo de me determinar! Não cuides, filhas, saber dessas humildades, mas tratai com Ele como a Pai e como a Irmão, e como a Senhor e como a Esposo; às vezes de uma maneira, outras vezes de outra, que Ele vos ensinará o que deveis fazer para O contentar. É que, em verdade como [Deus] é o Senhor, traz consigo a liberdade; e, como nos ama, faz-Se à nossa medida. Quando uma alma começa, a fim de que ela não se alvorote, vendo-se tão pequena para conter em si tanta grandeza, o Senhor não Se dá a conhecer até que a vá alargando pouco a pouco, conforme ao que entende é mister para o que nela quer pôr. Por isso digo que traz consigo a liberdade, pois tem o poder de tornar grande todo este palácio.

02 de janeiro - São Telésforo (Papa)

São Telésforo, de nacionalidade grega, foi o oitavo Papa da Igreja Católica e sucedeu a São Xisto I na cadeira da Verdade. Era um homem extremamente espiritual e sua fama alastrou-se pelas regiões orientais, chegando finalmente a Roma, onde seus méritos foram reconhecidos, e ele foi escolhido por Deus para governar Sua Igreja, fato que concretizou-se e no dia 09 de abril de 125. Era uma época de constantes ataques à verdadeira doutrina, mediante inúmeras perseguições, ser cristão, representava séria candidatura para o martírio. As circunstâncias exigiam a ação de um Papa que reunisse condições de intelectualidade, firmeza de caráter e mansidão, qualidades estas que São Telésforo possuía em grau elevadíssimo. Empreendendo os mais intensos esforços, São Telésforo portou-se, não só como depositário, mas também um bravo propagador da Fé cristã. Não faltou tempo nem ocasião para demonstrar isso. Era época dos imperadores Adriano e Antonio Pio que, em linhas gerais, foram brandos no seu tratamento com os cristãos. Mas, fortemente influenciados pelos pagãos, a perseguição e o furor atingiu nível tão elevado que muitos cristãos acabaram sendo, inclusive, lançados aos leões.

Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno, bispos e doutores da Igreja

Uma família de santos 
Basílio nasceu em Cesareia, em 329, no seio de uma família de santos: sua irmã Macrina e seus irmãos Pedro, bispo de Sebaste, e Gregório de Nissa também foram elevados à glória dos altares. O jovem Basílio recebeu de seu pai os primeiros passos da doutrina cristã e prosseguiu seus estudos, antes, em Constantinopla e, depois, em Atenas. Ao mesmo tempo, estudou retórica, encaminhando-se para uma brilhante carreira, que, porém, teve que abandonar logo para seguir sua verdadeira vocação: a aspiração a uma vida de silêncio, solidão e oração. Viajou muito, - antes a Ponto e depois ao Egito, Palestina e Síria, - atraído pela vida dos monges e dos eremitas. Ao voltar a Ponto, encontrou um amigo, com o qual havia estudado em Atenas, Gregório de Nazianzeno. Com ele, fundou uma pequena comunidade monacal, baseada nas regras que Basílio havia elaborado com as experiências adquiridas em suas viagens. 
Contra o Arianismo 
No entanto, em Cesareia, difundia-se, sempre mais, uma nova doutrina, nascida pela pregação de Ário, que já havia sido condenado como herege pelo Concílio de Niceia, no ano 325. Mas, o Arianismo, graças ao apoio do imperador do Oriente, Valente, começou a ser conhecida, rapidamente, também na Síria e Palestina. Então, Basílio deixou a paz e a segurança do seu eremitério, para ir a Cesareia, onde foi ordenado presbítero e depois Bispo. Ali, começou sua luta infinita contra a nova heresia, a ponto de merecer, ainda em vida, o título de “Magno”. Contudo, a sua luta não era só em nível doutrinal, mas também caritativo. Aos arianos, que pensavam não culpar ninguém, defendendo o que achavam certo, dizia: “O que realmente lhes pertence? De quem receberam o que dizem pertencer a vocês? Se a gente se satisfizesse com o necessário e doasse o supérfluo ao próximo, não haveria mais pobres”. Por outro lado, Basílio fundou, bem na entrada da cidade, uma Cidadela da caridade, chamada Basilíada, que compreendia orfanatos, hospitais e assistências sanitárias. Entretanto, também o imperador Teodósio, sucessor de Valente, apoiou a obra de Basílio, que conseguiu assistir à derrota da heresia antes da sua morte, ocorrida no ano 389, com a idade de quase sessenta anos.

Santos Argéu, Narciso e Marcelino Mártires Festa: 2 de janeiro

Século III-IV
 
Eles foram mártires cristãos que viveram entre os séculos III e IV. Eram três irmãos originários de Cori, na província de Latina. Durante a perseguição de Diocleciano, foram presos e torturados por professarem a sua fé. Argeu e Narciso foram decapitados, enquanto Marcelino, jogado na costa, foi encontrado e enterrado por alguns cristãos. Seus corpos foram então transferidos para Roma pelo Papa Leão IV e colocados na Basílica de Santi Quattro Coronati. Os três santos são venerados pela Igreja Católica e a sua memória litúrgica é celebrada no dia 26 de outubro. 
Martirológio Romano: No território de Cori a trinta milhas de Roma, os santos Argéo, Narciso e Marcelino, mártires.
Santos ARGEO, NARCISO e MARCELINO, mártires. Florus, seguindo os códigos do Martirológio Geronimiano, lembra no dia 2 de janeiro os três irmãos mártires Argéu, Narciso e Marcelino em Tomi. Marcelino, que recebe o apelido de puer, recrutado entre os arqueiros da época de Licínio, sendo cristão, não quis servir o exército e, após ser severamente espancado e passar algum tempo na prisão, foi jogado ao mar . Adônis acrescenta que Argeu e Narciso foram decapitados e também que o corpo de Marcelino, jogado na costa, recebeu um enterro piedoso. Galesino, sem especificar a fonte, atesta que Argeo e Narcisso foram presos enquanto visitavam o irmão na prisão. Porém, a nota de Floro, com acréscimos de Adônis, é imprecisa, até porque no Hierônimo, no início de janeiro, a notícia é muito confusa.

Basílio de Cesareia Santo, Padre e Doutor da Igreja c. 300-379

Era neto de Santa Macrina, filho de Santa Emélia e irmão de São Gregório de Nissa, de São Pedro de Sebaste e de além de Santa Macrina. 
A fé do bispo de Cesareia que escreveu, tem a famosa Regra dos Monges do Oriente.
Basílio nasceu em Cesaréia da Turquia, antiga Capadócia, no ano 329. Pertencia a uma família de santos. Seu avô morreu mártir na perseguição romana. Sua avó era Santa Macrina e sua mãe, Santa Amélia. A irmã, cujo nome homenageia a avó, era religiosa e se tornou santa. Também, seus irmãos: São Pedro, bispo de Sebaste e São Gregório de Nissa, e seu melhor amigo São Gregório Nazianzeno, são honrados pela Igreja. Basílio estudou em Atenas e Constantinopla. Mas, foi sua irmã Macrina que o levou para a vida religiosa. Ela havia fundado um mosteiro onde as religiosas progrediam muito em santidade. Basílio decidiu ir para o Egito aprender com os monges do deserto este modo de viver em solidão.

Gregório de Nazianzo Padre e Doutor da Igreja, Santo + 390

Era filho de São Gregório, o Velho 
e de Santa Nona, 
irmão de Santa Gorgônia. 
Como Patriarca de Constantinopla, 
presidiu ao primeiro Concílio de Constantinopla, 
que solenemente definiu a Divindade do Espírito Santo.
Gregório nasceu no ano 329, numa família muito devota, na Capadócia, actual Turquia. Seu pai foi eleito bispo da cidade de Nazianzo e teve o cuidado para que seu filho fosse educado nas melhores escolas e academias da Antiguidade. Desde pequeno demonstrava um forte temperamento místico e inclinação para a vida de monge. Ele passou quase dez anos em Atenas como estudante, onde cultivou uma fiel amizade com São Basílio, cujo culto também se comemora hoje. Durante este período desenvolveu, de vez, sua capacidade para a poesia, literatura e retórica. Não cedendo à tentação de viver entre a frivolidade de oradores e filósofos, ao contrário, se aprimorou numa profunda vida religiosa, junto com seu fiel amigo. Ao regressar a Nazianzo recebeu o Baptismo das mãos de seu próprio pai e, mais tarde, a Ordem sacerdotal para poder ajuda-lo na pastoral da sua diocese. Como estava vaga a diocese de Sásimos, na Ásia Menor, o então bispo São Basílio o consagrou à dignidade episcopal desta sede.

Beata Stefana Quinzani Virgem Dominicana Festa: 2 de janeiro

Terceira Dominicana. 
Fundou um mosteiro desta ordem em Soncino (Itália). Mística.
(*)Orzinuovi, Bréscia, 1457
(+)Soncino, Cremona, 1530 
Nasceu em Orzinuovi (Brescia) em 1547 mas a família era originária de Quinzano d'Oglio (Brescia). Desde muito jovem teve experiências místicas que a levaram a oferecer-se totalmente ao Ressuscitado. Aos 15 anos ingressou na Ordem Terceira Dominicana e, depois de viver vários anos em Crema, mudou-se para Soncino, na província de Cremona, onde fundou um convento que a teve como guia durante muito tempo. Morreu em 1530, logo se tornando objeto de devoção popular. 
Etimologia: Stefana = coroa, coroada, do grego 
Martirológio Romano: Em Soncino, na Lombardia, a Beata Stefana Quinzani, virgem, freira da Ordem Terceira de São Domingos, que se dedicou assiduamente à contemplação da paixão do Senhor e à educação cristã das meninas. 

Beata Maria Anna Sureau Blondin Fundadora Festa: 2 de janeiro

Candidata religiosa. Fundadora da Congregação das Irmãs de Santa Ana. Fé durante muito tempo vítima do despotismo de seu confessor. Beatificado em 2001.
(*)Terrebonne (Quebec), Canadá, 18 de abril de 1809
(+)Lachine, Canadá, 2 de janeiro de 1890 
Canadense, é fundadora da congregação das Irmãs de Santa Ana, que se dedicam principalmente à educação das crianças. Quando menina, ela não tinha uma escola católica e de língua francesa em Quebec, onde nasceu em 1809 em Terrebonne, território dominado por protestantes ingleses e por isso permaneceu analfabeta na primeira infância. Aos vinte anos ingressou nas freiras de Notre-Dame, mas depois saiu por motivos de saúde. Tendo se tornado diretora de uma escola, ela posteriormente fundou sua congregação, pronunciando seus votos perante o bispo de Montreal com outros companheiros em 1850 e mudando seu segundo nome para Anna. Morreu em 2 de janeiro de 1890 em Lachine, também no Canadá, devido a uma pneumonia. Foi beatificada por João Paulo II na Praça de São Pedro, Roma, em 29 de abril de 2001. (Avvenire) Martirológio Romano: Na cidade de Lachine em Quebec, Canadá, a Beata Marianne (Maria Stella) Soureau-Blondin, virgem: permaneceu analfabeta até a juventude, fundou a Congregação das Irmãs de Santa Ana para a educação dos filhos camponeses, sempre oferecendo em seu serviço um excelente modelo de educadora de jovens.

ORAÇÕES - 2 DE JANEIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
2– Quinta-feira – Santos: Basílio Magno, Gregório Nazianzeno, Argeu
Evangelho (Jo 1,19-28)“Eu batizo na água; mas entre vós está aquele que não co­nheceis... Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”.
João batizava, mergulhava na água os que estavam dispostos a aceitar a salvação que anunciava estar próxima. Sua pessoa era tão impressionante que muitos pensavam que fosse o Salvador. Ele, porém, fez questão de se apresentar como sendo apenas o enviado que prepara o caminho para alguém maior do que ele, alguém que poderia afinal realizar de fato a salvação prometida.
Oração
Senhor, eu vos bendigo pela pessoa de João, que me deve servir de exemplo. Facilmente me esqueço que não devo imaginar-me importante, nem querer ser admirado. No esforço de evangelizar, devo dar sempre a vós o maior destaque, devo anunciar vosso jeito de pensar e não minhas próprias idéias. Ajudai-me a fazer de tudo para que todos vos possam encontrar, conhecer e amar. Amém

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA -

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Na Verdade da Fé
 
Ser missionário é a melhor contribuição para a promoção do ser humano. Não é só um transmissor de verdades eternas e convite à conversão. Missionário é todo aquele que conduz para o bem, a justiça e o amor. Para quem crê em Cristo, ser missionário é também anunciar Aquele que dá o sentido pleno à vida e introduz na comunhão com o Pai e por isso, na comunhão com as outras pessoas, não só com os “irmãos”. Isso vai além de um simples viver bem. Evangelizar é uma necessidade pessoal, pois “em todos os batizados atua a força santificadora do Espírito que impele a evangelizar” (EG 119). Ninguém é, por princípio, incapacitado para o anúncio do Evangelho. Temos uma certeza de fé: “O povo de Deus é santo em virtude desta unção que o torna infalível. Sabemos que o povo de Deus não pode enganar-se, mesmo que não saiba explicar”. Esta é uma das razões porque o ensinamento da fé permanece inalterado, mesmo sofrendo as divisões e as tormentas da história. “O Espírito Santo guia-o na verdade e o conduz à salvação” (LG 12). O conjunto dos fiéis não erra. A isso chamamos de instinto da fé (Sensus fidei). O povo de Deus não é um rebanho ignorante sem rumo. O Papa traz uma bela orientação: “A presença do Espírito confere aos cristãos certa conaturalidade com as realidades divinas e uma sabedoria que lhes permitem captá-las intuitivamente, embora, não possua os meios adequados para expressá-las com precisão” (EG 119). Isso quer dizer que o cristão tem essa sabedoria, mesmo sem saber explicar. Por isso é capaz de conduzir-se e conduzir sua família e a sociedade no caminho do bem. O bem é natural no ser humano. Evangelizar, mais que um dever, é um direito, pois todos são responsáveis pela salvação de todos, não só padres e bispos.
Evangelizadores pelo Batismo 
A razão da ação missionária está no Batismo, como ensina o Papa: “Em virtude do Batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário” (EG 120). Missionários evangelizadores não são apenas alguns preparados e o povo só recebendo o anúncio. Cada batizado tem o compromisso e a condição de ser anunciador. Vemos que pessoas simples são capazes de educar sua família e influir no ambiente de modo positivo. A razão dessa capacidade é a própria experiência que fez do amor de Deus que salva. O Papa insiste que não é preciso ficar esperando muitas lições. O exemplo já é dado pelos primeiros discípulos. Eles passaram um tempo com Jesus e logo comunicam a Pedro: “Encontramos o Messias” (Jo 1,41). A samaritana, logo após o primeiro diálogo com Jesus, tornou-se missionária: E muitos samaritanos acreditaram em Jesus “devido às palavras da mulher” (Jo 4, 39). Paulo inicia a pregar logo depois de sua conversão (At 9,20). Não devemos dizer discípulos e missionários, mas discípulos missionários como uma única realidade, diz o Papa. Quem de verdade crê, anuncia. O Batismo é a força que move ao anúncio. 
Deixar-se evangelizar 
A própria formação vem do desejo de evangelizar sempre mais e melhor. O segredo da formação para ser um evangelizador está na capacidade de querer ser sempre evangelizado. Como se diz: ninguém é tão ignorante que não possa nos ensinar; e ninguém é tão sábio que não tenha o que aprender. Quanto mais sabemos, mais temos consciência de que não sabemos tudo. A maior sabedoria é querer sempre aprender. Por isso, como diz o Papa, “Todos devemos deixar que os outros nos evangelizem sempre... e encontrar um modo de comunicar Jesus que corresponda à situação em que vivemos”(EG 121). O povo de Deus é evangelizador e sempre discípulo não só para seguir, mas também para aprender.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 1 JANEIRO

Evangelho segundo São Lucas 2,16-21. 
Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Anselmo 
(1033-1109) 
Monge, bispo, doutor da Igreja 
Oração 7 
Ó Maria, Mãe da nossa redenção! 
Como poderei falar dignamente daquela que gerou o meu Senhor e meu Deus? Pela sua fecundidade, fui libertado do meu cativeiro; pelo seu parto, fui resgatado da morte eterna; pelo seu Filho, fui levantado da minha ruína e reconduzido da desgraça à pátria bem-aventurada. Seja bendita entre as mulheres, seja bendito o fruto do ventre (cf Lc 1,42) daquela que me deu tudo isto através da regeneração do batismo. Deu-mo na realidade ou na esperança, embora eu me tenha privado de tudo isto pelo meu pecado, a ponto de ficar sem nada e à beira do desespero. Mas, sendo perdoados os meus pecados, poderei ser ingrato com aquela por quem me vieram tantos bens de forma gratuita? Deus me livre de acrescentar esta injustiça às minhas iniquidades! Deus deu o seu Filho, fruto do seu coração, que era seu igual e a quem amava como a Si mesmo: deu-O a Maria e, do seio de Maria, fez dele seu Filho, o mesmo em pessoa, de modo que Ele é por natureza o mesmo Filho único de Deus e de Maria. Toda a criação é obra de Deus, e Deus nasceu de Maria! Deus tudo criou, e Maria deu à luz Deus! Deus, que tudo formou, formou-Se a Si mesmo no seio de Maria, refazendo assim tudo o que tinha feito. Ele, que podia fazer tudo do nada, não quis refazer a sua criação destruída sem antes Se tornar filho de Maria. Deus é, portanto, o Pai de todas as coisas criadas, e Maria é a Mãe de todas as coisas recriadas. Deus é o Pai da criação universal, e Maria é a Mãe da redenção universal. Porque Deus gerou Aquele por quem todas as coisas foram feitas, e Maria deu à luz Aquele por quem todas as coisas foram salvas.

São Telémaco mártir, c. 400

Nascimento
Ásia Menor, Império Romano 
Morte 404 
São Telémaco de Roma foi um monge que, de acordo com o historiador da Igreja Teodoreto, tentou parar uma luta de gladiadores em um anfiteatro romano, e foi apedrejado até a morte pela multidão. O cristão imperador Honório, no entanto, ficou impressionado com o martírio do monge o que estimulou-o a emitir uma proibição histórica de lutas de gladiadores. A última luta de gladiadores conhecida em Roma foi em 1 de Janeiro de 404 d.C., pelo que esta é geralmente dada como a data do martírio de Telêmaco.
Morreu no ano de 404 DC. Era um monge eremita que veio para Roma do Leste. A “Historia Eclesiástica” escrita por Theodoret conta de um monge acético de nome Telemachus que tentou acabar com as lutas dos gladiadores no Anfiteatro em Roma, que eram cruelmente anticristãs. Um dia ele entrou na arena para separar os combatentes e foi morto e cortado em pedaços pelos furiosos gladiadores atendendo a ordem do prefeito Alipius. Mas em m conseqüência disto o Imperador Honório aboliu tais lutas e declarou Telemachus um mártir. A Martirologia Romana conta de um certo Almachius que foi morto pelos gladiadores quando ele protestou contra suas superstições e seus sacrifícios oferecidos aos ídolos pagãos. Alguns estudiosos dizem que a adoração de ídolos condenada por Almachius e os jogos romanos por Telemachus são idênticos, mas outros contestam dizendo que são dois diferentes santos. 
Fonte: Cade meu santo