sábado, 13 de dezembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Santidade na simplicidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Projeto irrepetível.
 
Lendo a instrução do Papa Francisco sobre a santidade e espiritualidade, sabemos que Deus nos chama, cada um por seu caminho e em suas condições pessoais. Isso parece tão claro e óbvio. Mas não era assim. Vemos que os primeiros santos brasileiros só aparecem há poucos anos. Dizia-se: “Brasileiro não vira santo”. Os modelos pareciam não ser humanos e eram impecáveis, o que impedia os “pobres pecadores” de chegarem à santidade. Cada um é santo de um jeito e nas suas condições. E diz o Papa: “Isto deveria entusiasmar e animar cada um a dar o melhor de si mesmo para crescer rumo àquele projeto, único e irrepetível, que Deus quis, desde toda a eternidade” (GE 13). Não se trata de relaxar a verdade. Mas todos podem viver o mandamento do amor. Cada um apresenta um aspecto de santidade. A santidade não é reservada a poucos. Mas todos recebem o chamado desde o seio materno como foi com Jeremias (Jr 1,5). Não há uma categoria reservada. Os que vivem as ocupações de cada dia também podem e devem ser santos. A santidade se faz no normal da vida, sem mistérios, dando testemunho nas ocupações em que vive. S. Francisco de Sales e S. Afonso ensinam isso como elemento importante na vida da Igreja. Os padres, os bispos, os religiosos e o povo também devem ser santos. E nem sempre somos. S. João Paulo II, quando criticavam que ele fazia muitos santos, respondeu que tinha feito santos muitos leigos, jovens e crianças. Lembramos os pastorinhos de Fátima. Sabemos que há muita gente fora da Igreja que vive a santidade da justiça e do amor. 
Graça do Batismo 
Pelo Batismo todos nós recebemos esse chamado. É nele que se fundamenta a santidade, pois nos dá a graça santificante e nos põe no caminho da prática do Evangelho. “Deixa que a graça do teu Batismo frutifique num caminho de santidade. Deixa que tudo esteja aberto a Deus e, para isso, opta por Ele, escolhe Deus sem cessar. Não desanimes, porque tens a força do Espírito Santo para tornar possível a santidade e, no fundo, esta é o fruto do Espírito Santo na tua vida" (Gl 5,22-23). Veja como o Papa é humano no caminho da santidade. Isso é experiência pessoal: “Quando sentires a tentação de te atrapalhar na tua fragilidade, levanta os olhos para o Crucificado e diz-Lhe: ‘Senhor, sou um miserável! Mas Vós podeis realizar o milagre de me tornar um pouco melhor’. Na Igreja, santa, formada por pecadores, encontrarás tudo o que precisas para crescer rumo à santidade. O Senhor cumulou-a de dons com a Palavra, os Sacramentos, os santuários, a vida das comunidades, o testemunho dos santos e uma beleza multiforme que deriva do amor do Senhor” (GE 15). A santidade não depende só de nossos esforços pessoais. Temos o apoio de tantos meios na vida da Igreja a começar pela graça do Batismo que nos faz filhos de Deus. 
Pequenos gestos
“Esta santidade a que o Senhor te chama, irá crescendo com pequenos gestos” (GE 16). Há um segredo na santidade sem grandes gestos e acontecimentos. Um beato redentorista, Gaspar Stanggassinger, em seu processo e beatificação houve a observação de um examinador: “Ele não fez nada de extraordinário”. A resposta foi simples: “Ele viveu de modo extraordinário, as coisas ordinárias da vida”. Podem aparecer grandes desafios, como no caso dos mártires. Mas o Senhor não abandona. O Papa conclui: “Deste modo, sob o impulso da graça Divina, com muitos gestos, vamos construindo aquela figura de santidade que Deus quis para nós: não como seres auto-suficientes, mas ‘como bons administradores das várias graças de Deus”’(1Pd 4,10) (GE18). Participamos de sua Ressurreição.
ARTIGO PUBLICADO EM AGOSTO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 13 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 17,10-13. 
Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?». Jesus respondeu-lhes: «Certamente Elias há de vir para restaurar todas as coisas. Eu vos digo, porém, que Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado por eles». Então, os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho 
(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
 Sermões sobre o Evangelho de São João 
«Ele irá à frente do Senhor, com o espírito
e o poder de Elias» (Lc 1,17) 
«"Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?". Jesus respondeu-lhes: "Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram". Então, os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista». No entanto, quando é interrogado, João declara que não é Elias nem é o Messias (cf Jo 1,20-21). Porque afirma ele que não é Elias, quando o Senhor diz aos seus discípulos que é? Nosso Senhor queria falar simbolicamente da sua vinda gloriosa, e dizer que João viera no espírito de Elias. O que João foi para a primeira vinda, Elias será para a segunda. Há dois adventos para o Juiz; e também há dois precursores. O Juiz é o mesmo nos dois adventos, mas há dois precursores. O Juiz tinha de vir primeiro, para ser julgado; mandou adiante de Si um primeiro precursor, e chamou-lhe Elias, pois Elias será para o segundo advento aquilo que João foi para o primeiro. Considerai, irmãos bem-amados, quanto esta explicação está fundada na verdade. Quando João foi concebido, o Espírito Santo fez o seguinte vaticínio: «Ele irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias» (Lc 1,17). Quem poderá entender estas coisas? Aquele que tiver imitado a humildade do precursor e conhecido a majestade do Juiz. Ninguém foi mais humilde que este santo precursor e essa humildade de João é o seu maior mérito; ele, que podia ter enganado os homens fazendo-se passar por Cristo, que podia ter sido visto como Cristo, tão grandes eram a sua graça e a sua virtude, declara abertamente: «"Eu não sou o Messias". "És Elias?" "Não sou"» (Jo 1,20-21).

13 de dezembro - Beato Antônio Grassi

Em uma das mais antigas Congregações do Oratório, a de Fermo, estabelecida nas Marcas em 1586, viveu o Beato Antonio Grassi, o terceiro dos filhos de Filipe Neri, em ordem de glorificação, elevado aos altares pelo Papa Leão XIII no Ano Santo de 1900. Nasceu em Fermo em 13 de novembro de 1592 e, desde a infância, conduziu uma vida simples e austera, marcada pela devoção sincera, educado pelos Padres do Oratório de sua cidade. Entrou na Congregação em 11 de outubro de 1609 e, em 17 de dezembro de 1617, foi ordenado sacerdote. Eleito reitor ininterruptamente da Comunidade desde 1635 até a sua morte, exerceu o seu ministério na educação catequética e espiritual, em caridade aos doentes e presos, no cuidado das crianças e dos jovens. Também em Roma, onde em 1625 ele foi em peregrinação para o Jubileu, encontramos os esplêndidos exemplos de fé e piedade que marcam toda a sua vida, alimentados pela oração e pelas experiências místicas. A vida cotidiana e os momentos de extraordinárias experiências espirituais estão entrelaçados no desenrolar dos seus dias, e as pessoas, fascinadas por essa simplicidade misteriosa e profética, foram atraídas por seus conselhos, especialmente no confessionário, onde "devemos ter pena", disse ele, "ajudar e consolar". Ele era um "anjo da paz", reconciliando numerosas rivalidades, e ele era chamado de "pai dos pobres" para a caridade heroica com a qual tudo distribuía, até suas próprias roupas.

13 de dezembro - Beato João Marinoni

O Beato João Marinoni, nasceu em Veneza no ano de 1490; já era sacerdote e membro do Capítulo Patriarcal da Basílica de São Marcos, quando abraçou a vida apostólica na recém instaurada Ordem dos Clérigos Regulares, emitindo a profissão religiosa nas mãos de São Caetano Thiene, em 29 de maio de 1530. No ano de 1533, junto a São Caetano, inaugurou em Nápoles a primeira Casa da Ordem naquela cidade. E nela permanece quase por toda a sua vida, dedicado à oração, a cura das almas, a sagrada pregação e a formação dos religiosos de sua Ordem. Renunciou ao governo da Arquidiocese de Nápoles, cargo esse oferecido pelo Papa Paulo IV. Para ajudar os pobres e os necessitados, frequentemente vítimas dos aproveitadores, ele sugeriu e estimulou a alguns de seus filhos espirituais a criarem em Nápoles, o “Monte de Piedade”: uma instituição criada pelos franciscanos, uma espécie de casa de empréstimos sob penhora, o mesmo que montepio; é comparável àquilo que na arquidiocese do Rio de Janeiro se chama Banco da Providência. Buscou, dentro de seus próprios limites, dispensar somente o bem. Fez caridade a todos os que ele pode atingir, até mesmo aos animais dedicou seu amor. Sendo que não permitia que exterminassem nem as formigas que invadissem a dispensa da comunidade, da qual era prelado e mestre. Sua sensibilidade era tamanha que se multiplicavam pequenos gestos como, rezar pelos mendigos, quando não possuía recursos para a esmola, enviar doces como sinal de carinho, dar comida aos pássaros em suas próprias mãos, entre tantos outros gestos.

Santo Ariston Mártir Festa: 13 de dezembro

Foi um dos primeiros mártires dos quais não temos notícia. Segundo um documento, Ariston teria sido amigo dos famosos mártires Marcos e Marceliano, mortos em Roma. Sabe-se que, no VII século, havia uma "ecclesia" na Via Ostiense, em Roma, dedicada a ele e a Cristina de Bolsena e Vitória de Sabina. 
Martirógio Romano: Perto do atual Fiumicino, Santo Ariston, mártir. 
O Depositio martyrum menciona 13 de dezembro como "Ariston in Pontum", mas a leitura em Pontum deve ser corrigida em Portu, segundo o Martirológio Hierônimo que em 22 de dezembro tem "in Portu Romano natale sancti Aristomi" (ou seja, Aristoni). Não há informações sobre Ariston. Pode ser que ele deva ser identificado com o Ariston que aparece na Gesta Sebastiani, uma obra hagiográfica romana que reúne em um único ciclo sub-Diocleciano cerca de vinte mártires enterrados em Roma. Esse Ariston era amigo da SS. Marcos e Marcellian foram martirizados em Roma. Em 5 de setembro, no Codd. Bernense e Senonense do Hieronímico — o nome de um Aristusus (provável corrupção de Ariston), que talvez possa ser identificado com nosso Ariston, surge. Com relação ao culto a Ariston, Lanzoni aponta que uma pista pode ser vista no fato de que o bispo de Óstia de 501 a 502 era chamado Aristo.

Luzia(Lúcia) de Siracusa Mártir, Santa

Virgem e mártir em Siracusa, 
cidade da qual é padroeira.
Santa Luzia, como se lê nas Actas, pertencia a uma família rica de Siracusa. A mãe dela, Eutíquie, ficou viúva e havia prometido dar a filha como esposa a um jovem concidadão. Luzia, que tinha feito voto de se conservar virgem por amor a Cristo, obteve que as núpcias fossem adiadas, também porque a mãe foi atingida por uma grave doença. Devota de Santa Águeda, a mártir de Catânia, que vivera meio século antes, Luzia quis levar a mãe enferma em visita ao túmulo da Santa. Desta peregrinação a mulher voltou perfeitamente curada e por isso concordou com a filha, dando-lhe licença para seguir a vida que havia escolhido; consentiu também que ela distribuísse aos pobres da cidade os bens do seu rico dote. O noivo rejeitado vingou-se acusando Luzia de ser cristã ao procônsul Pascásio. Ameaçada de ser exposta ao prostíbulo para que se contaminasse, Luzia deu ao procônsul uma sábia resposta: "O corpo contamina-se se a alma consente." O procônsul quis passar das ameaças aos factos, mas o corpo de Luzia ficou tão pesado que dezenas de homens não conseguiram carregá-lo sequer um palmo. Um golpe de espada pôs fim a uma longa série de sofrimentos, mas mesmo a morrer, a jovem continuou a exortar os fiéis a antepôr os deveres para com Deus àqueles para com as criaturas, até que os companheiros de fé, que faziam um círculo em volta dela, selaram o seu comovente testemunho com a palavra: Amén.

Odília da Alsácia Religiosa, Fundadora, Santa 660-720

Nasceu cega e foi milagrosamente 
curada logo do seu baptismo. 
Fundou o mosteiro alsaciano 
que se encontra no monte 
que agora se chama 
Monta de Santa Odília (França).
A região da Alsácia sempre foi muito disputada, pertencendo primeiro ao Império Romano, depois ora à Alemanha, ora à França. No século VII, a Alsácia era um ducado da Alemanha. Na época, o senhor do local era Aldarico, que desejava muito um filho para ser o sucessor e herdeiro da sua rica cidade. O duque era recém-baptizado, ainda não era um cristão muito rigoroso. No entanto era generoso e aprovava a caridade feita pela esposa, Benvinda, de facto uma fiel cristã. Quando Aldarico recebeu a notícia de que sua esposa teria um filho, ficou eufórico. Porém, ao saber que nascera uma menina cega, expulsou a herdeira do castelo. A criança foi entregue às religiosas de um mosteiro, onde foi educada. Um dia, elas receberam o bispo Heraldo, dizendo que um anjo, em sonho, lhe dera a ordem de ir àquele mosteiro para baptizar uma menina. Apresentaram a pequena cega, que ele baptizou com o nome de Odília, que significa "luz de Deus". No momento do sacramento, o bispo disse: "Que os teus olhos do corpo se abram, como foram abertos os teus olhos da alma".

Maria Madalena da Paixão Religiosa, Fundadora, Beata 1845-1921

Religiosa, fundadora do Instituto 
das Irmãs Compassionistas (1869).
Maria Madalena da Paixão nasceu em Castellammare di Stabia (Itália), a 5 de Setembro de 1845. Foi consagrada à Nossa Senhora das Dores, em conformidade com um voto materno. Quando tinha 4 anos iniciou a escola, onde conviveu com meninas menos abastadas e certamente permaneceu-lhe impressa na memória essa pobreza. Em 1850 as Filhas da Cari-dade estabeleceram-se em Castellammare para dar assistência aos doentes do Hospital São Leonardo; em seguida abriram um orfanato e um internato para meninas de boa conduta. Maria Madalena foi admitida nesse internato e começou a respirar um clima de oração e de dedicação, a tal ponto que se acendeu nela o desejo de se consagrar ao Senhor. Devido à saúde frágil voltou a viver em família e prosseguiu os estudos em casa, começando a cultivar com assiduidade a oração. Entrou no Conservatório das Teresianas de Vico Equense, contudo, sempre devido à saúde delicada, teve que regressar em família. Depois que se restabeleceu, desejava entrar num convento de clausura, mas os pais se opuseram. O confessor, para a consolar, concedeu-lhe a comu-nhão quotidiana e, aos 15 anos, a consagração ao Senhor com os três votos perpétuos, aconselhando-a de tornar-se "monja em casa".

ORAÇÕES - 13 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
13 – Sábado – Santos: Luzia, Otília, João Marimoni
Evangelho (Mt 17,10-13) “Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: ─ Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?”
Uma crença popular dizia que Elias apareceria antes da vinda do Messias. Os discípulos tinham reconhecido Jesus como Messias, e tinham visto sua glória no alto do monte. Por isso perguntaram por que Elias ainda não tinha aparecido. Jesus levou-os a perceber que a vinda do Salvador tinha sido preparada e anunciada por João. E que é preciso estar atento para perceber as coisas de Deus.
Oração
Senhor, muitas vezes minhas ideias e preconceitos me impedem de perceber vossas manifestações em minha vida. Quero que tudo seja como espero, ou então não me serve. Fazei que eu tenha sempre olhos abertos, prontos a reconhecer vossa presença e vossa providência amorosa nos acontecimentos mais insignificantes. Ajudai-me, mais ainda, a vos perceber em meus irmãos. Amém.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Provai e vede”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Uma proposta de vida
 
“O Espírito é que dá vida, a carne de não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida” (Jo 6,63). Ao completar seu discurso sobre o Pão da Vida que culmina na frase que escandalizou todos, pois se tratava de comer sua carne e beber seu sangue para ter união com Ele. Mesmo os discípulos estavam desconcertados. Jesus não diminui a força de seu ensinamento e diz aos poucos que sobraram com Ele: “Vós também não quereis ir embora?” Jesus não diminui seu ensinamento para agradar. O mesmo fizera Josué propondo ao povo uma escolha: ou voltar aos deuses dos antigos pais da Mesopotâmia ou da população do país, ou ao Senhor? Não obriga, mesmo dizendo que ele e sua família serviriam o Senhor (Js 24,15-17). É uma questão de vida. Seguir o Senhor é optar pelo que Ele propõe. Não se trata de mudança de doutrina para agradar. Deus oferece a vida e não escravidão, como é a proposta possível de voltar ao Egito. A tentação de voltar atrás é permanente em nossa vida. A proposta de Jesus ao dizer que crer Nele é ter a vida eterna. Comer sua carne e beber seu sangue é ter a vida eterna. Alimentar-se de sua Palavra e alimentar-se de sua Carne é a mesma coisa. A fé que dá a Vida se sustenta com o alimento que dá a vida. Eucaristia, que é a finalidade das palavras de João, não é somente receber um pão como símbolo, é unir-se a uma Pessoa que dá sua Vida. É uma opção e deve penetrar todos os seguimentos da vida, como o fez Jesus 
Para onde iremos? 
Os discípulos de Jesus disseram: “Esta palavra é dura, quem pode suportar?” (Jo 6,60). Os apóstolos igualmente ficaram desapontados. E Jesus não entrega sua doutrina pelo aplauso. A proposta é definitiva. Como Josué toma uma posição, Pedro faz mais uma profissão de fé na pessoa de Jesus: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus” (Jo 6,69). A palavra de Jesus quer conduzir os discípulos a uma decisão definitiva por Ele, mesmo correndo os riscos de, como Ele, serem recusados na comunidade. A Eucaristia, no ensinamento de João é um ato definitivo. Ou creio ou me retiro. Não podemos, diante dela, ficar amorfos, sem vida e sem opção. É o que vemos nas missas dominicais. A Missa não os modifica. Pior que negar é não tomar conhecimento da verdade ali presente. A presença de Jesus como pão e vinho não nos impressiona. Na verdade, não sabemos o que estamos fazendo. Somente depois que fazemos a escolha por Jesus, podemos entender melhor o Sacramento que nos é oferecido. Ele modifica nossa vida. Não podemos nos deixar levar pelo minimalismo religioso de estar na igreja e não sermos Igreja dos que creem em Jesus. Por isso tanto abuso. A Eucaristia não são só ritos. É Vida Eterna. 
Um projeto de amor 
O texto de Paulo aos Efésios não foi escrito como explicação do texto do Evangelho, mas podemos refletir que a família, o matrimônio cristão, é a célula que traz em si a opção por Jesus e a recusa de seguir outros deuses, pois amor de dedicação e entrega só se encontra no Deus de Jesus, na Trindade, simbolizada também na terra prometida. Mesmo que o texto tenha uma conotação diferente da nossa, podemos entender que Paulo insiste que cada um viva para o outro, usando os termos: “ser solícito” um para com o outro. Usa a comparação Cristo e Igreja. O amor de Cristo por sua Igreja é uma opção total a ponto de dar a vida. A Igreja é solicita por Cristo dando-lhe tudo de si. 
Leituras: Josué 24,1-2ª.15-17.18b;
Salmo 33;
Efésios 5,21-32; João 6,60-69. 
1. Jesus como também, Josué pede uma resposta de opção vital. 
2. A escolha de Jesus nos direciona também na opção sacramental. 
3. O matrimônio realiza e exemplifica a opção por Cristo.
Jesus, corda curta 
Esse texto do evangelho no qual Jesus não aceita que se creia pela metade. Não em doutrina de compromisso. Não aceita a frase que muitos dizem: Sou católico, mas não aceito tudo. Negar uma verdade é negar Aquele que a ensinou. Trata-se de doutrina, não de coisas exteriores. Diante da posição de alguns que se afastaram por não aceitarem a proposta de comer sua carne e beber seu sangue, o que era totalmente novo para eles. Jesus não recua. Isso era vital. Crer Nele é ter a vida eterna. Comer sua carne e beber seu sangue é ter a vida. Ele não precisa e nem quer quem negue essa verdade. Prefere ficar sozinho. Mas não arreda pé de sua verdade. 
Homilia do 21º Domingo Comum (26.08.2018)

EVANGELHO DO DIA 12 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 11,16-19. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo: “Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não chorastes”. Veio João Batista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: "É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores". Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno 
(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
Morais sobre Job, Livro XI, SC 212 
«A sabedoria foi justificada pelas suas obras» 
«Não se fez o ouvido para ouvir 
e o paladar para saborear as iguarias?» (Jb 12,11). 
Não escapará certamente a ninguém que os cinco sentidos do nosso corpo, a vista, o ouvido, o paladar, o olfato e o tato, em tudo o que sentem e distinguem, extraem do cérebro o seu poder de distinguir e sentir. E, embora o sentido do cérebro seja o único juiz que em nós preside, contudo, é graças aos órgãos que lhes são próprios que ele distingue os cinco sentidos, e Deus opera esta maravilha: o olho não ouve, o ouvido não vê, a boca não cheira, as narinas não provam e as mãos não têm olfato. Finalmente, se a ordem dessas atividades depende unicamente do sentido do cérebro, cada um dos sentidos só pode exercer a atividade que recebeu por ordem do arquiteto soberano. Destas considerações fisiológicas e externas, devemos, portanto, tirar conclusões internas e espirituais: ir além do que em nós se manifesta no mundo para chegar ao que em nós é secreto e até a nós nos escapa. De facto, note-se que, sendo embora uma por si mesma, a sabedoria reside nos indivíduos em graus diferentes, concedendo tal poder a um, tal outro a outro, e, à maneira do cérebro, fazendo de cada um de nós, de certa forma, sentidos especializados, de modo que, sem nunca ser diferente de si mesma, age através de nós em sentidos variados e produzindo obras diferentes, pois um recebe o dom da sabedoria, outro o da ciência, um possui diversidade das línguas, outro o carisma das curas.

12 de dezembro - Beato Tiago Capocci de Viterbo

Tiago Capocci de Viterbo provavelmente era descendente da nobre família Capocci, e nasceu em Viterbo por volta de 1255, mas não há notícias de seus anos de juventude. Muito cedo ele abraçou a vida religiosa, entrando em 1272 para os Eremitas de Santo Agostinho, cujo hábito ele usava no convento de Viterbo da Santíssima Trindade. Antes de 1275 ele foi enviado a Paris para estudar teologia no Seminário de sua Ordem, onde assistiu às lições de Egidio Romano, que o tinha em alta estima. De volta para casa, entre 1281-1282, serviu primeiro como Conselheiro da província romana em 1283, em seguida, foi nomeado Visitador em 1284, e depois novamente em 1285, Conselheiro, exercendo, ao mesmo tempo, com toda a probabilidade, as função de leitor em qualquer mosteiro da mesma província. Talvez, juntamente com Egidio Romano, ele retornou a Paris em 1286 para retomar seus estudos teológicos e recebeu seu bacharelado em 1288 e, ao final do treinamento prescrito, um Doutorado em 1293. Após a nomeação de Egidio Romano como Prior Geral da Ordem, foi nomeado no mesmo ano Mestre Regente dos estudos parisienses, permanecendo no cargo até 1299.

Beato Pio (Ludwik) Bartosik Sacerdote dos Frades Menores Conventuais, mártir Festa: 12 de dezembro

Entre os 108 Mártires poloneses da II Guerra Mundial, Ludwik entrou para o Convento dos Frades Conventuais, aos 17 anos, com o nome de Pio. Ordenado sacerdote aos 26 anos, chamou a atenção de São Maximiliano Kolbe, que o chamou de Niepokalanow. Morreu em Auschwitz, em 1941, durante a ocupação alemã. 
(*)Kokanin, Polônia, 21 de agosto de 1909
(✝︎)Auschwitz, Polônia, 12 de dezembro de 1941 
Ludwik Bartosik nasceu em 21 de agosto de 1909 em Kokanin, Polônia, em uma família muito pobre. Após o ensino médio, foi aceito na Ordem dos Frades Menores Conventuais, onde, em 8 de setembro de 1927, professou seus primeiros votos sob o nome de Irmão Pio. Foi ordenado sacerdote em 23 de junho de 1935. Após sua primeira designação no convento de Krosno, foi escolhido por São Maximiliano Kolbe como seu colaborador nas obras estabelecidas no convento de Niepokalanów. Em 19 de setembro de 1939, junto com cerca de quarenta outros confrades, incluindo o Padre Kolbe, foi preso pelos alemães e passou cerca de três meses nos campos de concentração de Lamsdorf, Amtitz e Ostrzeszów. Uma segunda vez, foi preso em 17 de fevereiro de 1941, novamente com o padre Kolbe, o padre Antonio Bajewski e outros dois frades. Lá também, como em sua detenção anterior, ele suportou pacientemente cada tormento. Finalmente, em 4 de abril de 1941, o Padre Pio foi deportado com o Padre Antonio para o campo de concentração de Auschwitz. Doente e julgado por espancamentos e privações, faleceu em 12 de dezembro de 1941. Ele foi beatificado em 13 de junho de 1999, junto com outros seis confrades, incluídos no grupo maior de 108 mártires poloneses que morreram entre 1939 e 1945. 
Martirógio Romano: Perto de Cracóvia, na Polônia, o Beato Pio Bartosik, sacerdote da Ordem dos Frades Menores Conventuais e mártir, que, durante a ocupação da Polônia por um regime estrangeiro hostil a Deus, prostrado pela tortura, completou seu martírio por Cristo no campo de extermínio de Auschwitz.

São Simon Phan Ðàc Hòa Médico, prefeito, mártir Festa: 12 de dezembro

Entre os 117 Mártires vietnamitas, canonizados por São João Paulo II, em 1988, Simão foi assassinado em 1840, durante uma violenta perseguição anticristã sob o império de Minh. Simão, médico e pai de família, tornou-se prefeito e afiliado à Sociedade das Missões Estrangeiras (PIME) de Paris.
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html     
(*)Mai Vinh, Vietnã, c. 1787
(✝︎)An Hòa, Vietnã, 12 de dezembro de 1840
Martirógio Romano: Em Huê, na Annamia, hoje Vietnã, São Simon Phan Ðàc Hòa, mártir, que, médico e pai de família, se destacou por sua caridade para com os pobres, capturado por ter dado hospitalidade a missionários sob o imperador Minh M?ng, após prisão e os açoites, coroou seu martírio com decapitação. Quando os europeus chegaram pela primeira vez ao Vietnã atual no século XVI, uma região conhecida como Indochina, vários reinos estavam em guerra entre si, embora todos sujeitos à influência chinesa de alguma forma. Portugueses e holandeses estabeleceram centros comerciais e os franceses, a partir de 1770, após cederem a Índia aos britânicos, começaram a se estabelecer no Vietnã. Nesse período de expansão colonial e pressão da China, a atividade missionária realizada pela Igreja Católica sofreu ataques esporádicos: bispos, padres e leigos, tanto europeus quanto indígenas, sofreram martírio em ódio à fé cristã.

São Vicelino de Oldemburgo Bispo Festa: 12 de dezembro

Vicelino nasceu em Hameln. Durante a sua juventude, conheceu Norberto de Xantes, descobriu sua vocação e foi ordenado sacerdote em 1126. Trabalhou pela conversão dos Vagri, um povo pagão do norte da Alemanha. Fundou, em Neumünster, uma comunidade de Cônegos Regulares Agostinianos. 
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html 
(†)12 de dezembro de 1154 
Martirológio Romano: Em Neumünster, na Alsácia, Alemanha, aniversário da morte de São Vicelino, bispo de Oldemburgo, que se dedicou com grande compromisso à evangelização dos eslavos. 
Vicelino nasceu por volta de 1090 no palácio real de Hameln, às margens do Weser, filho de pais que não eram nobres, mas ricos. Logo foi influenciado pelas aspirações políticas e espirituais conflitantes de sua época e, por isso, sua vida tem lados sombrios e instáveis. Ele teve uma juventude difícil, tendo perdido os pais cedo e não se destacando na escola. No entanto, foi um julgamento negativo sobre ele que deu origem à aspiração de se tornar professor, coroado em 1120, quando se tornou titular na escola episcopal de Paderborn, Bremen e depois em Laon. Em Laon, Vicelino juntou-se, sob a influência de Norberto de Xantes, fundador dos Cônegos Regulares Premonstratenses, à reforma, decidindo seguir uma vida ascética e o sacerdócio.

Santa Eulália de Asti Virgem e mártir Festa: 12 de dezembro

Era incerta
 
Etimologia: Eulália = mulher eloquente, bem falando, do grego 
Emblema: Palma 
A diocese piemontesa de Asti hoje comemora Santa Eulália, um caráter um tanto incerto do ponto de vista histórico. Acredita-se que seja contemporânea de San Secondo d'Asti e do bispo Sant'Evasio; algumas fontes situam sua vida entre os séculos II e IV. Certa vez, seu corpo foi colocado na igreja dos Santos Apóstolos em Asti. Todos os anos, era solenemente carregado em procissão. Após a destruição desta igreja no século XVI, suas relíquias, por ordem do Papa Júlio III, foram colocadas na igreja de Santa Maria Nuova dos Cônegos do Latrão. O calendário litúrgico da Região Pastoral Piemontesa, que a lembra como virgem e mártir, relata seu "culto local" reservado para a igreja de Santa Maria Nuova em Asti até 12 de dezembro e não especifica a época em que a santa teria vivido. No passado, porém, esse calendário litúrgico comemorava Santa Eulália de Asti em 16 de novembro, apenas como mártir e não como virgem, junto com os santos bispos Aniano e Anastácio, indicando que os três viveram no século V. 
Autor: Fabio Arduino

Beata Pribislava, irmã de São Venceslau, mártir - 12 de dezembro

A mais antiga Vita de São Venceslau, do século X, narra que o duque Vratislau, pai de Venceslau e de Boleslau, tinha também quatro filhas que se casaram com duques de povos vizinhos. Uma delas era Pribislava, que muito provavelmente se casou com o duque dos Croatas, população próxima dos Boêmios. Outros detalhes são fornecidos pela Vita et Passio de São Venceslau e de Santa Ludmila, obra de Cristiano (fim do século X), que indica inclusive o nome de Pribislava. Segundo esta fonte, Pribislava tinha uma vida muito piedosa e após a morte prematura do esposo "tomou o véu sagrado", o que parece significar que ela ingressou no mosteiro das beneditinas de São Jorge, dentro do castelo de Praga, fundado por volta do ano 970 e o único na Boêmia daquele tempo.Segundo Cristiano, algum tempo depois da morte de Venceslau, Pribislava encontrou no próprio local do martírio, entre a igreja dos Santos Cosme e Damião e uma árvore, a orelha que fora cortada durante o suplício do irmão. Segundo o monge Lourenço, autor de uma Vita de São Venceslau, tratou-se, porém, de parte da mão. Ao entrar em contato com o corpo do santo, a orelha, segundo antigas narrativas recordadas nas legendas, pregou-se à cabeça. Pribislava esteve também presente na exumação do corpo de seu irmão no túmulo original no castelo de Praga, que ocorreu depois de um certo tempo. No mesmo castelo ela foi sepultada provavelmente no cemitério próximo do templo redondo de São Vítor, fundado por São Venceslau. Em 1367, após uma solene consagração da capela de São Venceslau, ainda hoje incorporada à catedral gótica de São Vítor, a “venerável e pia senhora Pribislava” foi sepultada dentro da catedral, junto com Podiven, criado de São Venceslau, nos umbrais da capela. 

Bartolomeu Bompedoni Monge franciscano, Bem-aventurado 1228-1300

Sacerdote italiano e depois de leproso, 
monge franciscano radicado em Celloli, onde, 
de todas as partes, as pessoas vinham consultá-lo.
Os condes João e Justina Bompedoni viviam muito felizes no seu castelo em São Gimigniano, na bela região italiana da Toscana. A felicidade ficou completa quando ali nasceu o filho, em 1228, baptizado com o nome de Bartolomeu. A família muito religiosa o educou dentro dos princípios verdadeiros da doutrina cristã. Ele cresceu humilde, caridoso e voltado apenas para a religião, apreciando mais a simplicidade que o luxo. Na juventude quis seguir a vida religiosa. Mas os pais foram contra, o queriam o único filho junto de si e cuidando dos negócios da família. Decidiram que era melhor que ele se casasse. Acertam a aliança com uma nobre família cuja bela filha cristã e caridosa, também aguardava por um matrimónio apropriado. Mas no dia do noivado Bartolomeu fugiu. Procurou acolhida no mosteiro beneditino de São Vito, na vizinha cidade de Pisa. Não ingressou como noviço, decidiria isso só depois. Ficou ali apenas trabalhando como enfermeiro entre os doentes. Certa noite, que ele próprio não soube explicar se teve um sonho ou uma visão, Jesus ressuscitado lhe apareceu, com o corpo cheio de chagas, e disse: “Para fazer a minha vontade, não devereis tornar-te um monge; devereis, ao invés, viver no sofrimento por vinte anos”.

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE (México - 1531)

Como toda aparição de Nossa Senhora, a que é venerada hoje é emocionante também. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo milagre operado no episódio e pela dúvida lançada por um bispo sobre sua aparição a um simples índio mexicano. Tudo se passou em 1531, no México, quando os missionários espanhóis já haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se espalhava lentamente por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados. O índio João Diogo havia se convertido e era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim, foi o escolhido para ser o portador de sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu a ele várias vezes. A primeira vez, quando o índio passava pela colina de Tepyac, próxima da Cidade do México, actual capital, a caminho da igreja. Maria lhe pediu que levasse uma mensagem ao bispo. Ela queria que naquele local fosse erguida uma capela em sua honra. Emocionado, o índio procurou o bispo, João de Zumárraga, e contou-lhe o ocorrido. Mas o sacerdote não deu muito crédito à sua narração, não dando resposta se iria, ou não, iniciar a construção.

12 DE DEZEMBRO – NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

Em 1531, na cidade de Tepeyac, no México, uma "Senhora do Céu" apareceu a um pobre índio, Juan Diego. Nesta aparição Maria manifestou desejo de ter uma igreja naquela região. Pediu a Diego que levasse o seu pedido para o senhor bispo. Este pediu um sinal para confirmar o que desejava. A aparição celeste sugeriu que colhesse rosas e as levasse ao bispo. Mas onde encontrar rosas em pleno inverno? Mesmo assim ele as encontrou e levou-as pressurosamente ao senhor bispo, envolvidas em sua tilma ou capa rústica usada pelos indígenas. Ao abrir o manto diante do bispo, todos que estavam na sala, em vez de rosas, viram estupefatos, a imagem da Virgem Santíssima impressa no tecido, a mesma que tinha aparecido para Juan Diego. Estes dois fatos milagrosos, o encontro das rosas em pleno inverno e a imagem da aparição impressa no manto, deram origem ao Santuário de Nossa senhora de Guadalupe na capital do México, que hoje é visitado por milhões de peregrinos. A tilma é composta de fibras de baixa qualidade, à base de cactos, que normalmente se desmancharia dentro de uns vinte anos. As cópias do manto original, criadas no século dezoito, não resistiriam ao desgaste do tempo. Entretanto, decorridos quase 500 anos o velho manto de Juan Diego mantém-se intacto até hoje, sem nenhum sinal de deterioração.
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ORAÇÃO À VIRGEM DE GUADALUPE

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

ORAÇÕES - 12 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
12 – Sexta-feira – Nossa Senhora de Guadalupe
Evangelho (Lc 1,39-47) “Maria saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.”
Fiquei sabendo que os judeus em vez de “saudar” diziam “abençoar”. Maria, então, abençoou Isabel, usando possivelmente as palavras tradicionais “a paz esteja contigo”, ou “o Senhor esteja contigo”. E essas palavras de Maria, a “cheia de graça”, não foram só palavras de ocasião. Quando abençoou, sobre Isabel e a criança desceu a bênção do Espírito, a graça, a paz e a alegria do Senhor.
Oração
Senhor, eu vos bendigo pela felicidade e pela alegria de Maria, de Isabel e da criança. Sempre que vossa bênção desce sobre nós, tudo se transforma em salvação e paz. Por amor de Maria, a mãe de Jesus, enviai sobre mima graça de vosso Espírito, que tome conta de mim e me guie. Unido a vós, participando de vossa vida, fazei que eu também possa ser uma bênção para todos. Amém.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A bela face da Igreja”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
A beleza da santidade
Papa Francisco, em sua reflexão sobre a santidade, leva-nos ter uma visão otimista sobre ela. Houve um tempo em que se ensinava que tornar-se santo era impossível. Ainda mais sendo brasileiro. Temos que dizer que não ficar santo é muito mais difícil. Ele nos diz que podemos e devemos “nos estimular pelos sinais de santidade que o Senhor nos mostra através dos membros mais humildes do povo”... “Esses homens e essas mulheres do povo não fazem a história e não estão nos livros de história. Mas são eles quem constroem o mundo” (GE 8). “A santidade é o rosto mais belo da Igreja. Mas, mesmo fora da Igreja Católica, o Espírito suscita sinais de sua presença, que ajudam os próprios discípulos de Cristo. São João Paulo II lembrou-nos que o “testemunho, dado por Cristo até ao derramamento do sangue, tornou-se patrimônio comum de católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes”. Na sugestiva comemoração ecumênica, que ele quis celebrar no Coliseu durante o Jubileu do ano 2000, defendeu que os mártires são “uma herança que fala com uma voz mais alta do que os fatores de divisão entre os cristãos” (GE 9). Há santos fora da Igreja católica e mesmo fora do cristianismo. Deus é quem faz o santo. A Igreja proclama. 
O Senhor chama 
Insiste ainda que em tudo isso é importante reconhecer a chamada que Deus dirige a cada um: “Sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11,45;1Pd 1,16). O Concílio Vaticano II salientou vigorosamente: “Munidos de tantos e tão grandes meios de salvação, todos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um por seu caminho” (GE 10). Essa é a grande verdade que tira aquele exclusivismo de pensar que poucos são santos e destes somente padres e freiras. Por isso acentua: “‘Cada um por seu caminho’”, diz o Concílio. Não há só um modelo de santidade. Não temos que copiar ninguém. Temos que seguir sua paixão por Jesus e pelo amor aos irmãos. Importante é que cada crente discirna o seu próprio caminho e traga à luz o melhor de si mesmo, como Deus colocou nele de modo muito pessoal (1Cor 12,7), e não se esgote procurando imitar algo que não foi pensado para ele. Todos somos chamados a ser testemunhas, mas há muitas formas diferentes de testemunho. Pois a vida divina comunica-se “a uns de uma maneira e a outros de outra” (GE 11). Cada um mostra um lado da santidade de Deus. Só Ele é santo. Mas nos leva a participar de sua santidade, cada um de seu jeito. A vida da Igreja, a vida religiosa e sacerdotal queria igualdade para todos no mesmo estilo. Curiosamente vemos que Deus nos fez totalmente diferentes uns dos outros. Cada um é uma face de Deus. Se colocarmos todos com a mesma feição, ocultamos uma face de Deus. 
Santo gênio feminino 
Continua mostrando as diferenças. Agora lembra uma diferença muito grande: “A propósito de tais formas distintas, quero acentuar que também o «gênio feminino» se manifesta em estilos femininos de santidade, indispensáveis para refletir a santidade de Deus neste mundo”. E precisamente em períodos nos quais as mulheres estiveram mais discriminadas, o Espírito Santo suscitou santas, cujo fascínio provocou novos dinamismos espirituais e reformas importantes na Igreja. Podemos citar Santa Hildegarda de Bingen, Santa Brígida, Santa Catarina de Sena, Santa Teresa de Ávila ou Santa Teresa de Lisieux; E continua uma maravilhosa lista de santas mulheres (GE 12). O modelo de santidade deve ser masculino e feminino. São muito diferentes. Infelizmente não foi assim. Cada um é diferente do outro. Justamente aí percebemos a infinidade de caminhos para Deus.
ARTIGO PUBLICADO EM AGOSTO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 11 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 11,11-15. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Batista. Mas o mais pequeno no Reino dos Céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência e são os violentos que se apoderam dele. Porque todos os profetas e a Lei profetizaram até João. É ele, se quiserdes compreender, o Elias que estava para vir. Quem tem ouvidos, oiça». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Hilário 
(315-367) 
Bispo de Poitiers, doutor da Igreja 
Tratado dos mistérios; SC 19 
«Todos os profetas e a Lei profetizaram até João» 
Tal como o proprietário do Evangelho de São Lucas se desloca por três vezes à figueira estéril (cf Lc 13,6), assim a Santa Madre Igreja marca todos os anos a vinda do Senhor por um período de três semanas. «O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido» (Lc 19,10). Ele veio antes da Lei, porque deu a conhecer pela razão natural o que todos devem fazer e seguir (cf Rom 1,20); veio sob a Lei porque confirmou os decretos da Lei aos descendentes de Abraão pelos exemplos dos patriarcas e pela voz dos profetas; e veio uma terceira vez, depois da Lei, pela graça, para chamar os gentios, de modo que, do Oriente ao Ocidente, os filhos aprendam a louvar o nome do Senhor (cf Sl 113,3) – esses filhos que, até o fim do mundo, Ele não cessa de chamar ao louvor da sua glória. Com efeito, tudo o que está contido nos livros sagrados anuncia pelas palavras, revela pelos factos e estabelece pelos exemplos a vinda de Jesus Cristo nosso Senhor. Por prefigurações verdadeiras e manifestas, pelo sono de Adão, o dilúvio de Noé, a justificação de Abraão, o nascimento de Isaac, a servidão de Jacob, nestes patriarcas é Ele que gera, lava, santifica, escolhe e redime a Igreja. Numa palavra, o conjunto das profecias, que é a revelação gradual do plano secreto de Deus, foi-nos dado para conhecermos a sua futura encarnação. Cada personagem, cada época, cada facto projeta como que num espelho a imagem da sua vinda, da sua pregação, da sua Paixão, da sua ressurreição e da nossa reunião na Igreja. A começar por Adão, ponto de partida do nosso conhecimento do género humano, encontramos anunciado desde a origem do mundo aquilo que recebe no Senhor a sua realização completa.

Beato Ugolino Magalotti da Fiegni Franciscano Terciário, eremita

Festa:
11 de dezembro 
(*)Fiegni, Macerata, início do século XIV
(✝︎)Camerino, Macerata, 11 de dezembro de 1373 
Ugolino, o anacoreta das montanhas Sibillini, nasceu em Fiegni (Macerata), por volta do início do século XIV, na família feudal Magalotti, no interior de Camerino. Órfão, livre para dispor de sua vontade, amadureceu a ideia de vender a propriedade e retirou-se para uma ermida, perto de Fiegni. Ali permaneceria até sua morte, vivendo em união de oração e meditação com Deus, macerando seu corpo cujos instintos domou com a abstinência e o jejum. Diz-se que os beatos tinham uma residência temporária em San Liberato, uma ermida provavelmente construída por São Francisco de Assis no Monte Ragnolo. Por essa razão, alguns acreditam que o beato professou a regra de São Francisco ou ao menos foi um Terciário. Mas Ugolino foi, na verdade, um precursor da Terceira Ordem monástica franciscana. Ele fez intervenções maravilhosas em favor daqueles que, atraídos pela fama de sua santidade, recorriam a ele com confiança. Ele morreu em 11 de dezembro de 1373. Foi beatificado por Pio IX em 4 de dezembro de 1856. 
Martirológio Romano: No território de Camerino, na região das Marcas, o Beato Ugolino Magalotti, eremita da Terceira Ordem de São Francisco.

11 de dezembro - Beatos Martino Lumbreras e Melchiorre Sánchez

"É necessário passar por muitas tribulações para entrar no Reino de Deus" (At 14, 22). Sim, a passagem pela cruz é uma condição necessária para chegar à nova criação. Isto é atestado pelos mártires Martino e Melchiorre, da Ordem dos Agostinianos Recoletos. Eles deixaram a Espanha para cooperar na divulgação do Evangelho nas Ilhas Filipinas. Mestre e educador dos jovens noviços o primeiro, pregador da Palavra divina ao povo o segundo, ambos foram solicitados para acalmar os sofrimentos das comunidades cristãs mais provadas. Por essa razão, eles escolheram ir ao Japão, onde os fiéis estavam privados de seus pastores devido à perseguição. Os novos Beatos Martino e Melchiorrre, frutos maduros do espírito missionário evangelizador que caracterizou a Igreja na Espanha. Nascidos no seio de famílias cristãs em Zaragoza e Granada, eles deixaram tudo para seguir a Cristo. Estes dois mártires, glória da Igreja e da família agostiniana, hão de ser encorajamento para despertar nas famílias espanholas a vitalidade cristã que tornou possível levar a mensagem cristã para as regiões mais afastadas do mundo. Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 23 de abril de 1989. Martino Lumbreras nasceu em Zaragoza de uma família nobre em 1598. Vestiu o hábito de Agostiniano Recoleto no convento de Borja, fazendo votos em Zaragoza em 1619. Três anos depois, em julho de 1622, partiu de Cádiz para as ilhas Filipinas, onde chegou no ano seguinte acompanhado de outros treze missionários agostinianos recoletos. Ele se sentia particularmente inclinado para o retiro de clausura e seus superiores o designaram para o convento de Manila, inicialmente como um sacristão sênior, depois por um período de oito anos como mestre de noviços.

11 de dezembro - São Daniel, o Estilita

Estilitas (em grego: stylos - "pilar") ou "Santos do Pilar" formam um tipo de ascetas cristãos que, nos primeiros anos do Império Bizantino, permaneciam em pilares pregando, jejuando e rezando. Eles acreditavam que a mortificação do corpo físico ajudava a assegurar a salvação de suas almas. O primeiro estilita foi provavelmente Simeão que subiu num pilar na Síria em 423 e lá permaneceu até morrer, trinta e sete anos depois. Depois de São Simeão, o mais famoso dentre eles é São Daniel, que nasceu na aldeia de Bythar, perto da cidade de Samósata, na Mesopotâmia. Sua mãe, Marta, não teve filhos por um longo tempo e, em suas orações, fez a Deus um voto que, se tivesse um filho, iria dedicá-lo ao Senhor. Suas preces foram ouvidas e Marta deu à luz um menino, que permaneceu sem nome até a idade de 5 anos. Os pais do desejado menino consideraram que, uma vez que seu nascimento foi dádiva de Deus, também seu nome deveria ser indicação Daquele que os concedeu tal graça. Certo dia foram com o filho a um monastério situado nas proximidades e, aproximando-se do abade, este lhes ordenou que abrissem o livro de ofícios. Assim o fizeram e, ao abri-lo, encontraram a menção ao profeta Daniel. E este nome foi dado por eles ao menino. Depois, pediram para que Daniel permanecesse no monastério, mas o abade não concordou, considerando que era ainda uma criança. Aos 12 anos de idade, sem dizer nada a ninguém, o rapaz saiu de casa e foi para o monastério. Seus pais ficaram felizes quando souberam onde o filho se encontrava, e foram logo ao seu encontro. Vendo que ele ainda vestia suas roupas seculares, rogaram ao abade que lhe concedesse um hábito.

11 de dezembro - Beato Jerônimo Ranuzzi

Jerônimo Ranuzzi nasceu por volta do ano 1410, na cidade de Santo Ângelo em Vado, Itália. Entrou no convento muito novo, e antes de completar 20 anos recebeu o hábito dos Servos de Maria, no convento de sua cidade natal. Saiu da sua cidade para estudar. Depois de fazer a profissão, ele foi enviado para a Universidade de Bolonha, onde recebeu o doutorado em teologia. Depois foi ordenado sacerdote e foi ser professor em várias casas de estudo de sua ordem na Itália. Depois de uns anos seus superiores, lhe deram permissão para se retirar por uns tempos no convento de sua cidade natal. Padre Jerônimo ganhou o carinho do mundo inteiro. Logo, começou a ser chamado de "Anjo dos bons conselhos", pela solicitude que ele praticava as obras espirituais e de misericórdia e pela prudência que resolvia as dificuldades de todos os tipos. Sua fama, fez com que o duque de Urbino, Federico de Montefeltro, pedisse a seus superiores para enviá-lo como teólogo e conselheiro. Isto era o que o padre Jerônimo menos queria, mas aceitou por obediência. Não se sabe o tempo que ele ficou na corte de Federico. Mas lá fazia tanto sucesso, como no mosteiro, fez negociações com a Santa Sé e cooperou na solução dos assuntos de Estado. Depois votou para Santo Ângelo. Ele reconstruiu o Mosteiro feminino de Santa Maria das Graças, em Santo Ângelo em Vado Distinguiu-se pelo amor da solidão e do silêncio, pelo espírito de contemplação, pelo dom do conselho e da prudência.

Beata Vilburga, Reclusa de São Floriano - 11 de dezembro

 A figura desta Beata, uma vida de reclusa em extrema penitência, é difícil de ser compreendida pela mentalidade moderna voltada para uma liberdade e um prazer desenfreados. Vilburga (também conhecida como Wilburgis, Wilberg), que nasceu no território da Áustria atual, viveu durante quarenta anos em uma cela.  Vilburga nasceu nas proximidades da Abadia de São Floriano. O pai, Henrique, morreu durante uma peregrinação a Jerusalém; ela foi educada sob os cuidados da mãe e da governanta. Aos 16 anos, com a amiga Matilde, fez uma peregrinação, longa e corajosa para aqueles tempos, sobretudo por uma jovem sozinha, a São Tiago de Compostela, na Espanha, uma das grandes metas de peregrinação na Idade Média. De volta a sua terra natal, a amiga Matilde desejava fazer com ela uma outra peregrinação, desta vez a Roma. Mas Vilburga já fizera uma escolha mais definitiva e completa de sua vida. Renunciando ao mundo, no dia da Ascenção de 1248, se fechou solenemente em uma cela junto à igreja dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho de São Floriano. A Abadia de São Floriano era já renomada e ainda hoje sua fama persiste. Os eremitas daquele século escolhiam esta forma de isolamento, isolavam-se em pequenas construções erigidas no exterior dos conventos, mas bastante próximas para que eles usufruíssem da direção espiritual dos monges.

Beata Maria della Colonna (Pilar) Villalonga Villalba, Virgem e mártir - Festa: 11 de dezembro

(*)Valência, Espanha, 22 de janeiro de 1891 
(+)Saler, Spanga, 11 de dezembro de 1936 
Martirológio Romano: Na localidade chamada El Saler, perto de Valência, na Espanha, a Beata Maria del Pilar Villalonga Villalba, virgem e mártir, que, durante a perseguição religiosa, seguiu os passos de Cristo com o seu martírio. 
Maria Pilar Villalonga Villalba nasceu em 22 de janeiro de 1891 em Valência e foi batizada em 23 de janeiro de 1891 na igreja paroquial de Santo Stefano. Recebeu a Primeira Comunhão em 5 de março de 1901 na capela do Colégio Gesù e Maria. Sendo a mais velha de seis filhos, ela ajudava a mãe nas tarefas domésticas. A sua vida sempre foi caracterizada por intensa piedade e participação diária na Eucaristia. Ingressou desde muito jovem na Ação Católica e se dedicou a obras sociais voltadas à defesa dos direitos da Igreja. Com a eclosão da guerra civil espanhola, acompanhada de violentas perseguições anticristãs, Maria Pilar não hesitou em oferecer a sua vida pela causa de Deus e, portanto, intensificou o seu apostolado, transformando a sua casa num centro de acolhimento para sacerdotes procurados. Na noite entre 29 e 30 de agosto de 1936 ela foi descoberta e presa. Quando soube que havia sido condenada ao fuzilamento, usou o melhor vestido que possuía para encontrar seu Senhor no sacrifício do martírio. Era 11 de dezembro de 1936: o massacre ocorreu perto de Saler, perto de Valência. A mulher foi baleada enquanto orava. No dia 11 de Março de 2001, o Papa João Paulo II elevou às honras dos altares 233 vítimas da mesma perseguição, incluindo a Beata Maria Pilar Villalonga Villalba, que é homenageada pelo Martyrologium Romanum no dia 11 de Dezembro. 
Autor: Fábio Arduino

Sta. Maria Maravilhas de Jesus, Fundadora - Festa 11 de dezembro

Maravilhas Pidal y Chico de Guzmán, este era o seu nome de leiga, nasceu em Madrid no dia 4 de novembro de 1891 em uma família profundamente cristã; o pai, Luis Pidal y Mon, segundo Marquês de Pidal, naquele tempo era embaixador da Espanha junto à Santa Sé. Sentiu o chamado à vida religiosa desde criança, e com esta finalidade Maravilhas pôs em prática todas as virtudes cristãs, que foram coroadas com sua entrada no mosteiro das Carmelitas Descalças de El Escorial (Madrid), em 1919, onde pronunciou os votos em 7 de maio de 1921. Nos primeiros anos de sua vida religiosa no mosteiro realizou o seu ardente desejo de uma vida humilde e escondida. Em 1923, quando ainda era professa de votos temporários, se sentiu inspirada pelo Senhor, em diversas ocasiões, a fundar um mosteiro carmelita no Cerro de los Angeles, local onde o Rei Afonso XIII havia inaugurado, em 1919, um monumento ao Sagrado Coração de Jesus e feito a consagração da Espanha àquele Coração Sagrado. Em 19 de maio de 1924, ela deixou o Escorial, transferindo-se com três religiosas e, por obediência aos superiores, fundou o mosteiro em Getafe, território atualmente da Arquidiocese de Madrid. Nomeada primeira priora da nova comunidade pelo Bispo de Madrid, em 31 de outubro de 1926, dirigiu o mosteiro, inaugurado próximo do monumento ao Cristo Rei, com fortaleza e doçura, instaurando uma fidelidade teresiana total com um grande espírito apostólico, um senso profundo do ideal contemplativo.

Dâmaso de Roma Baluarte da Igreja primitiva, Papa e Santo 305-382

Papa em uma época muito conturbada, 
lutou contra restos de paganismo, 
heresias e indisciplina. 
Restaurou e embelezou as catacumbas 
e construiu igrejas.
Um cidadão espanhol, António, estabeleceu-se em Roma com sua esposa, um filho e uma filha. Uma inscrição na basílica de São Lourenço in Dâmaso, na Cidade Eterna, diz que, depois de certo tempo de vida comum com sua esposa, com consentimento dela, separaram-se. Ele recebeu as ordens sacras, e lhe foi designada a paróquia de São Lourenço. Seu filho Dâmaso, nascido na Espanha em 305, seguiu a carreira eclesiástica. Laurência, mãe de Dâmaso, vivia ainda quando ele foi elevado ao sólio pontifício em 366. Como sua filha Irene, ela se consagrara a Deus. A pureza de costumes do jovem Dâmaso e sua rara erudição atraíram-lhe a geral estima dos bons. Por isso foi recebendo responsabilidades, até ser nomeado para o alto cargo de arcediago pelo papa Libério. Isso punha em suas mãos a administração de boa parte da Igreja, com todas as suas obrigações. Os contemporâneos afirmam que Dâmaso era homem de grande virtude e inteligência cultivada, bem visto pela aristocracia romana. Entretanto o Imperador Constâncio, tendo aderido à heresia ariana, começou a oprimir a Igreja com seu despotismo teocrático, querendo forçar o Papa Libério a lançar um anátema contra Santo Atanásio, campeão da ortodoxia contra a heresia ariana.

QUÃO BELA ÉS MARIA! e NATAL DE JESUS NÃO É FESTA MUNDANA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO(+)
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Em ti não há mancha original. Assim canta a Igreja neste dia.Pio IX proclamou o dogma, segundo o qual Maria Santíssima foi concebida sem a mancha original. A Igreja não inventa o dogma, recebe-o das Escrituras, da Tradição, da fé do povo de Deus, dos santos escritores, do estudo dos teólogos e das celebrações litúrgicas. O povo de Deus sempre acreditou que Maria foi isenta do pecado original desde o primeiro instante da sua concepção.Maria é a nova Eva e Mãe que alimenta, faz crescer, acompanha e ama. É o modelo do caminhar para Cristo. Em Maria Imaculada somos convidados a viver na pureza dos costumes. 
NATAL DE JESUS NÃO É FESTA MUNDANA
O Natal não pode ser mundano, alerta Papa Francisco dando 10 conselhos para que os coros cantem bem na Missa. Assim menina de 10 anos evitou que professora tirasse nome de Jesus da canção de Natal.

ORAÇÕES - 11 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
11– Quinta-feira – Santos: Dâmaso I, Hugolino Magalotti, Pedro de Sena
Evangelho (Mt 11,11-15) Jesus disse à multidão: “Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista.”
De maneira forte Jesus proclama a grandeza de João, o profeta que tinha preparado o povo para o acolher. Era grande por suas qualidades morais, e muito mais pela missão que lhe fora confiada. Mas, ele apenas anunciava a salvação que havia de chegar. Nós já vivemos o que foi prometido: o Filho de Deus está entre nós, faz de nós uma nova comunidade fraterna de filhos e filhas do Pai.
Oração
Senhor, não acredito que alguém de nós seja maior que João em santidade e em fidelidade a vós. Acho que nos fazeis um desafio. Depois de tanto tempo que estais entre nós, depois de nos terdes conduzido por tantas experiências, já era tempo de sermos mais fiéis aos vossos ensinamentos. Ajudai-nos, Jesus, para que nossa vida seja uma demonstração mais clara de vosso poder. Amém.