terça-feira, 25 de novembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Sangue da Redenção”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Seguindo Jesus
 
Ser mártir foi sempre um desejo de quem se entrega de fato a Jesus Cristo. Mas na hora a coisa é diferente. Para dar a vida é preciso uma vida doada. Ninguém fica mártir se não tem grande santidade. É de se lamentar que não prestigiamos nossos santos, perdendo assim, um estímulo de uma vida cristã em santidade. São diversos os mártires redentoristas em processo de canonização e beatificação: Temos os onze beatos mártires: quatro ucranianos, um eslovaco, seis espanhóis de Cuenca. E vinte e dois servos de Deus: três irmãos espanhóis de Valência; doze espanhóis de Madri; dois poloneses; um jovem ucraniano (Fr. Mariano Galan); um irmão vietnamita (Marcel Van). Nós, redentoristas, temos o compromisso de deixar cotejar o sangue da redenção. Há muitos martírios sem sangue que continuam a redenção da humanidade. Lembramos aqui tantos confrades que deram a vida a Cristo na Congregação. E confrades de grande santidade que dão a vida nos mais diversos ministérios da Congregação. Não se vive na Congregação se não se tem uma vida de grande santidade. Senão, não conseguimos ser fiéis nem perseverar. Dia 28 de junho celebramos os mártires ucranianos, Nicolau e companheiros. Estamos diante de um martírio recente. Eles deram a vida por Cristo, por sua Igreja Grego Católica, dissolvida por Stalin e por sua pátria invadida pelos inimigos da humanidade. Em 10 de setembro de 1939 a Igreja católica foi dissolvida e os bispos, os padres, os religiosos e os leigos cristãos foram levados para a prisão e em campos de concentração na Sibéria. Passaram por longos interrogatórios, acusados de espiões do Vaticano. Recusaram-se a se unir aos cristãos ortodoxos e não abriram a boca sobre a Igreja do silêncio. 
A Redenção na dor 
No dia 28 de junho celebramos os quatro mártires ucranianos: Nicolau Charneskyj (bispo), Basílio Velychkoviskyj e Bispo Zenão Kovalik Ivã Ziatek. Há ainda o Beato eslovaco Domingos Metódio Trchka, cuja festa é dia 25 de agosto. O primeiro martírio é soletrar seus nomes. Mas é possível. Nicolau (1884-1959) entrou para a Congregação com 34 anos, já sacerdote e doutor. Foi missionário e depois nomeado bispo. Preso em pelos comunistas em 1945, em campos de concentração. Teve seiscentas horas de interrogatórios. Libertado para morrer, se recuperou e guiava os cristãos ocultos no regime comunista. Beato Basílio (1903-1973) também entrou adulto para a Congregação. Preso em 1945, condenado ao fuzilamento, ficou dez anos na prisão. Foi nomeado bispo clandestinamente. Preso por três anos. Depois de solto foi para o Canadá onde morreu em consequência de um veneno que lhe aplicaram. Beato Zenão (1903-1941), grande pregador. Foi preso e morreu crucificado na parede da prisão. Beato Ivã (1899-1952), foi professor de teologia. Entrou na Congregação aos 35 anos. Morreu porque foi surrado na prisão. 
Alegria dos santos 
Celebrar os mártires é reconhecer neles o Cristo Redentor que continua completando o que falta à Igreja que é seu corpo. São os filhos da redenção que fazem o caminho do Redentor. É importante ter consciência de sua importância para a compreensão do carisma da Copiosa Redenção que vivenciaram até o sangue. Na prisão, continuaram sua missão fortalecendo os prisioneiros, mantendo a fé e a resistência diante dos sofrimentos. Sejam um estímulo para uma maior coragem nas dificuldades da vida religiosa. Sem sangue não há redenção. Possam eles nos ajudar a viver com mais força nossa entrega a Cristo. Conheçamos suas vidas e os façamos conhecidos dos fiéis.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 25 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,5-11. 
Naquele tempo, comentavam alguns que o Templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?». Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: "sou eu"; e ainda: "o tempo está próximo". Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI 
Papa de 2005 a 2013 
20.ª Jornada Mundial da Juventude 
«Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, 
não vos alarmeis» 
Os santos indicam-nos o caminho para sermos felizes, mostram-nos como conseguimos ser pessoas verdadeiramente humanas. Nas vicissitudes da história, eles foram os verdadeiros reformadores, que tantas vezes a levantaram dos vales obscuros nos quais corre sempre o perigo de precipitar de novo. Só dos santos, só de Deus provém a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo. Durante o século que há pouco terminou, vivemos revoluções cujo programa comum era já nada esperar de Deus e tomar o destino do mundo por completo nas próprias mãos. Deste modo, a medida absoluta de todas as orientações era sempre um ponto de vista humano e parcial. A absolutização do que não é absoluto, mas relativo, chama-se totalitarismo; é uma atitude que não liberta o homem, mas o priva da sua dignidade, escravizando-o. O que salva o mundo não são as ideologias, é voltarmo-nos para o Deus vivo, que é o nosso Criador, o garante da nossa liberdade, o garante daquilo que é verdadeiramente bom e verdadeiro. A verdadeira revolução consiste em nos voltarmos sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e que é, ao mesmo tempo, o amor eterno. Só o amor pode salvar-nos. São muitos os que falam de Deus; em nome de Deus também se prega o ódio e se pratica a violência. Portanto, é importante descobrir o verdadeiro rosto de Deus. «Quem Me vê, vê o Pai», disse Jesus a Filipe (Jo 14,9). Em Jesus Cristo, que por nós permitiu que Lhe trespassasem o coração, nele apareceu o verdadeiro rosto de Deus. Sigamo-lo juntos, com a grande multidão de quantos nos precederam. Então, caminharemos pela via justa.

São Moisés de Roma Mártir Festa: 25 de novembro (✝︎)251

Moisés era decano do Colégio sacerdotal de Roma, durante a perseguição contra o cristianismo, por parte de Décio, imperador romano, no século III. Distinguiu-se por sua posição indulgente para com aqueles, que haviam renegado à sua fé, para se salvar. Faleceu após uma longa detenção, em 251.
Esses foram os tempos da perseguição do Imperador Décio, em meados do século III. Uma perseguição que também afetou os líderes da Igreja: bispos, patriarcas e o próprio Papa Fabiano. Durante muitos meses, foi impossível eleger um novo pontífice. Por essa razão, a Igreja Romana era administrada por um colégio de sacerdotes, entre os quais Moisés, uma espécie de decano, se destacava por seu prestígio e antiguidade. Durante a perseguição, muitos cristãos renunciaram à sua fé. Surgiram acirradas controvérsias entre aqueles que defendiam uma linha intransigente e aqueles, como Moisés, que adotavam posições mais moderadas, defendendo a tolerância para com os que haviam renunciado ou prudentemente evitado o perigo. Ele morreu em 251, vítima de um longo encarceramento, embora não fosse um mártir no verdadeiro sentido da palavra. Somente recentemente esse título lhe foi atribuído: por ter, mesmo assim, testemunhado sua fé até a morte acorrentado.

Beatos Luís e Maria Beltrame Quattrocchi, cônjuges

Luís Beltrame Quattrocchi e Maria Corsini viveram uma vida ordinária de modo extraordinário. Este foi o primeiro casal a ser beatificado, em 21 de outubro de 2001, por São João Paulo II, por ocasião do 20° aniversário da Exortação Apostólica Familiaris consortio. A vida diária destes cônjuges e pais sempre foi sustentada pela oração, a fidelidade ao Evangelho e a íntima união com Jesus na Eucaristia.
Encontro e noivado. 
Chamada de Deus ao matrimônio 
Ele, natural de Catânia, na Sicília, e ela, de Florença, se conheceram em Roma, em 1902, com a idade de 22 e 18 anos, respectivamente. Luís foi à capital italiana visitar seu tio, que o havia adotado e do qual herdou o sobrenome Quattrocchi. Ali, completou seus estudos em Direito, que, em idade madura, garantiram a sua profissão de advogado geral do Estado.

Beata Elisabete Achler de Reute, Virgem, 3a. Franciscana - 25 de novembro

Elisabete nasceu em Waldsee, Württemberg, sul da Alemanha, em 25 de novembro de 1386, filha de João e Ana Achler, humildes e virtuosos pais. Ela cresceu no meio de numerosos irmãos e irmãs. Seu pai era muito respeitado na corporação dos tecelões.
   Desde jovem Elisabete se distinguiu por uma rara piedade, inocência virginal e um caráter tão doce e amável, que todos a chamavam “a Boa”, nome que a acompanhou sempre ("Gute Beth", como é conhecida na Alemanha).
    Seu confessor, o Padre Konrad Kügelin (1367-1428), dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, aconselhou-a a deixar o mundo para tomar o hábito de São Francisco na Ordem Terceira. Elisabete tinha então 14 anos. Observou a regra franciscana primeiramente em sua casa, porém, considerando os perigos que punham obstáculos à caminhada para a perfeição, abandonou seus pais e foi viver com uma piedosa terciária franciscana.
     O demônio, invejoso dos progressos de Elisabete na perfeição, a atormentava com frequência. Enquanto ela aprendia a arte de tecer, ele enredava o fio, estragava o seu trabalho, forçava-a a perder a metade do tempo reparando os danos. Elisabete lutou com paciência e perseverança.

Catarina de Alexandria Virgem, Mártir, Santa c. 300-c. 318

Virgem e mártir, que segundo a tradição 
era dotada duma grande sabedoria. 
O seu corpo é venerado no santuário do Monte Sinai.
Catarina, nobre virgem de Alexandria, nascida por volta do ano 300, uniu desde a mais tenra idade o estudo das artes liberais ao ardor na fé. A perfeição da sua sabedoria assim como da sua santidade foi tal que aos dezoito anos ela podia medir-se aos mais sábios professores do seu tempo. Nesse tempo, muitos cristãos, por ordem de Maximino, eram submetidos, por causa da religião cristã que tinham adoptado, perseguidos, torturados até ao martírio. Catarina, não podendo suportar estes ataques repetidos, estas violências gratuitas contra os seus irmãos na fé em Cristo, não hesitou em demonstrar ao imperador romano, indo ao seu palácio, e queixar-se a ele dos maus tratos sofridos pelos cristãos, demonstrando-lhe com segurança e argumentos irrecusáveis que a doutrina de Cristo era salutar para as almas. Maximino, admirado perante tanta sabedoria e prudência, reteve-a no seu palácio e mandou chamar as mais sábias personalidades conhecidas dele, prometendo substancias recompensas àqueles que conseguissem convencer Catarina de erro naquilo que com força e convicção afirmava. Eles vieram, numerosos, mas foram todos confundidos pela sabedoria e persuasão da jovem egípcia. Pior ainda para Maximino, a maior parte destes ficaram mesmo convencidos pelos argumentos avançados por Catarina e converteram-se, provocando assim a cólera do imperador, que não se convencia de maneira nenhuma que a fé cristã pudesse ser uma união de amor entre todos aqueles, já bastante numerosos, que seguiam os ensinamentos de Jesus.

Pedro de Alexandria Bispo, Mártir, Santo † 315

Dotado de todas as virtudes, 
foi decapitado por ordem 
do imperador Galério Maximiano, 
vindo a ser a última vítima 
da grande perseguição (305/311).
O século III talvez tenha sido o mais trágico palco em que se desenrolou o drama da perseguição e extermínio de cristãos. O vilão desse drama era o imperador romano, tirano, cruel e violento. Defender o cristianismo, naqueles tempos, era atrair para si a ira dos poderosos, no mínimo a prisão e o trabalho escravo, quando não o exílio e, quase sempre, a morte. E assim, como o Povo de Deus nunca temeu sacrificar-se em nome da fé em seu Redentor, foi um tempo em que floresceram milhares de mártires. Figuras da maior relevância pela inteligência, cultura e santidade perderam a vida em defesa de sua fé cristã, combatendo a ignorância pagã, instrumento de domínio dos mandantes. Uma delas foi Pedro, patriarca de Alexandria, que foi consagrado no ano 300. Era admirado por todos de seu tempo, por seu vasto saber científico e filosófico e pelo profundo conhecimento das Sagradas Escrituras. Sob sua responsabilidade estavam as igrejas do Egipto, da Tebaida e da Líbia, todos territórios de muita perseguição ao seu rebanho. Mas quanto maior o perigo, mais firmeza demonstrava Pedro. Consolava os perseguidos, acolhia e protegia os que mais sofriam, dava exemplos diários de coragem e perseverança. Porém o patriarca Pedro não enfrentou somente as feras do paganismo. Também teve de lutar contra as forças opositoras que surgiram dentro da própria Igreja cristã, corroendo-a internamente.

Beata Beatriz de Ornacieu, Virgem e freira cartuxa, festa:25 de novembro

(*)Ornacieu (Delfinado), c. 1260 
(✝︎)Eymeu (Valence), 25 de novembro de 1303 
Beatriz nasceu por volta de 1260 em Ornacieu, no Delfinado, uma região histórica do sudeste da França, na região de Grenoble. Aos treze anos, em 1273, ingressou no mosteiro cartuxo de Parménie, uma ordem de governo eremítico fundada em 1084 por São Bruno. Em 1301, ela foi enviada com dois companheiros cartuxos para fundar um novo mosteiro em Eymeu, na diocese de Valence. Lá, as três fundadoras foram posteriormente acompanhadas por outras jovens, apesar da extrema pobreza em que eram forçadas a viver. Beatriz provavelmente morreu em 25 de novembro de 1303, embora para alguns estudiosos sua morte tenha ocorrido em 1309. O culto ao Bem-Aventurado foi aprovado por Pio IX em 1869. O memorial é celebrado hoje na diocese de Grenoble, enquanto na de Valence é 13 de fevereiro. (Avvenire) 
Emblema: Prego na Mão 
Martirológio Romano: No território de Valence, na França, a Beata Beata Beatriz d'Ornacieux, virgem da Ordem Cartuxa, que, distinguida por seu amor à Cruz, viveu e morreu em extrema pobreza no mosteiro de Eymeu, que ela mesma fundou.

Tríduo em honra da Virgem da Medalha Milagrosa

Tríduo a Nossa Senhora das Graças 
- Dias 24, 25, e 26 de novembro 
Pelo sinal † da Santa Cruz, livrai-nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos † inimigos. Em nome do Pai † do Filho e do Espírito Santo. Amém. 
Ato de contrição 
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, por Vos ter ofendido; pesa-me também por ter perdido o Céu e merecido o inferno. Mas proponho firmemente, com o auxílio de vossa divina graça, e pela poderosa intercessão de vossa Mãe Santíssima, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas, por vossa infinita misericórdia. Amém. 
Oração para todos os dias 
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós! Dulcíssima Rainha dos Céus e da Terra! Que por amor aos homens vos dignastes manifestar-vos à vossa serva, Sóror Catarina, com as mãos cheias de raios de luz; a fim de fazer saber ao mundo que desejais derramar abundantes graças sobre todos os que com confiança vos pedem, concedei-me, Mãe minha, que à imitação de Sóror Catarina, derrame em minha alma a luz necessária para conhecer meu nada e minha miséria, e o muito que devo a meu Pai, Deus, por tantos benefícios que me tens dispensado; e que cumprindo sua vontade nesta vida, possa gozar-vos de vossa companhia eternamente no Céu. Amém Três Ave-Marias e 3 vezes a jaculatória “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

ORAÇÕES - 25 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
25 – Terça-feira – Santos: Belina, Conrado, Bv. Tiago Alberione
Evangelho (Lc 21,5-11)“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”.
Jesus anuncia a destruição de Jerusalém e depois, usando uma maneira de falar própria do tempo, fala do final de nosso tempo. Deixa claro que esse final não sabemos quando será. De momento vamos ficar com uma idéia que nos pode ajudar: a realidade atual, os bens desta terra, tudo isso é transitório e não nos pode dar a felicidade que procuramos. Não podemos nos apegar a isso.
Oração
Senhor, quero desempenhar minha tarefa, procurando administrar e melhorar o mundo que nos confiastes, para que todos tenham condições melhores de vida. Não permitais que me esqueça que a felicidade completa haverá só quando estivermos reunidos na vida que dura para sempre. Que eu saiba usar os bens terrestres sem perder os bens eternos que reservais para quem vos ama. Amém.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - Seu nome será João

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Misericórdia que veio do alto
 
Diante do nascimento de João Batista podemos contemplar “a misericórdia do alto que nos vem visitar”. A misericórdia de Deus para com seu povo é apresentada pelo nascimento de uma criança de um casal de idosos, sem esperanças, levando o “opróbio” de não ter um filho. Isto significava um fracasso diante da sociedade e até uma maldição. Não ter filhos significava ausência de uma bênção. A criança era símbolo do povo de Israel que estava esgotado e já sem muitas esperanças de um futuro. O Velho Testamento, mesmo esgotado, ainda tinha força para gerar o futuro Messias. Isabel, representando a fertilidade do Antigo Testamento, tem a certeza que a bondade de Deus para com ela foi obra de sua misericórdia. Os vizinhos vieram festejar essa misericórdia na circuncisão do menino (Lc 1,58). Zacarias ao proclamar a bondade de Deus reza: “Graças à misericórdia de nosso Deus, o sol nascente virá nos visitar” (Lc 1,78). João é a expressão da misericórdia de Deus. Isabel foi libertada do opróbrio de não ter filho. A humanidade se liberta do mal que acumulara nos séculos. Para Deus nada é impossível, diz o Anjo a Maria, citando o que Deus fizera a Isabel (Lc 1,37). A insistência sobre o nome está em sua missão: a graça misericórdia de Deus que nos visita. Deus se abaixa para abraçar e acolher a todos. A história se torna fecunda e germina o Salvador. Tem consciência que sua missão é em vista do Messias. João é o maior entre os nascidos de mulher (Lc 7,28). Sua missão ainda ressoa entre nós como os operários que preparam a vinda do Senhor aos corações. 
Ele se fortalecia 
“E o menino crescia e se fortalecia no Espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até o dia em que se apresentou publicamente a Israel” (Lc 1,80). Tinha o mesmo ritmo de Jesus que crescia, mas estava no silêncio preparando-se para seu ministério. É a imagem da ação de Deus que aguardou séculos até manifestar o Salvador. É o caminho de cada um que quer um ministério fecundo: primeiramente encher-se de Deus para depois leva-lo a todos com generosa abundância. João vivia nos lugares desertos. O deserto nos educa para Deus. Significa o conhecimento de si, de sua missão e a vitória sobre as forças contrárias ao Reino. É um modelo de formação do líder cristão. Primeiramente acolher o mistério de Deus e depois levá-Lo aos outros. O deserto exerce bem essa função. O homem moderno tem medo do silêncio, pois o coloca diante de si mesmo. Há sempre a procura de preencher o tempo vazio. O chamamento ao silêncio continua sendo uma chamada permanente. Somente assim se pode ter um silêncio permanente no meio do ruído. A areia do deserto esculpe em nós o rosto de Deus. Assim podemos ser seus anunciadores. 
Palavra aguçada 
São aplicadas a ele as profecias do Servo de Javé que tem uma missão pelo povo de Deus: “Não basta ser meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: Eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até os confins da terra” (Is 49,6). Sua palavra caiu sobre Israel como uma chuva benéfica e alertou o povo para a chegada do Messias, pois havia tempos que não aparecia um profeta. O povo soube entender os tempos de Deus. Chegaram a ver nele o Messias prometido. Ele sabe de seu lugar e afirma sua missão de preparar os caminhos do Senhor. Ele declara sua condição de humilde servidor que traz o alegre anúncio da vinda do Messias. A liturgia assim reza: “Alegrando-se pelo nascimento de João Batista, reconheça Cristo por ele anunciado”. 
Leituras; Isaias 49,1-6; Salmo 138; 
Atos 13,22---26;Lucas 1,57-66.80 
1. O nascimento de João manifesta a misericórdia de Deus. 
2. O deserto moldou sua vida para ser anunciador do Messias.
3. Sua missão é preparar os caminhos do Senhor. 
Eita Joãozinho danado 
São tantas histórias do Joãozinho. Essa de hoje é mais uma, não da mesma raça. João foi muito danado, desde o seio materno. Tanto que já recebeu o Espírito Santo no seio de sua mãe. Depois nasce já recebendo a missão de manifestar a misericórdia de Deus. Depois tem uma formação forte e profunda, no deserto. Era o lugar de formar os homens de Deus. Não é que Deus more no deserto. Mas ali quase tem só Ele. Então dá para caprichar. João se prepara na fidelidade a Deus em tudo. Por isso vai ter palavra forte de profeta e vai enfrentar até o próprio rei. Soube distinguir o enviado de Deus, Jesus, e preparar seu caminho. 
Homilia S. S. João Batista (24.06.18)

EVANGELHO DO DIA 24 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,1-4. 
Naquele tempo, Jesus levantou os olhos e viu os ricos deitarem na arca do Tesouro as suas ofertas. Viu também uma viúva muito pobre deitar duas pequenas moedas. Então Jesus disse: «Em verdade vos digo: Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Todos eles deram do que lhes sobrava; mas ela, na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa de Calcutá 
(1910-1997) 
Fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
 «Um caminho simples» 
«Todos eles deram do que lhes sobrava; 
mas ela, na sua penúria,
 ofereceu tudo o que possuía para viver» 
Tendes de dar aquilo que vos custa um pouco. Não basta dar apenas aquilo de que podeis prescindir, tendes de dar aquilo de que não podeis nem quereis prescindir, as coisas às quais estais presos. Nessa altura, o que dais passa a ser um sacrifício, que tem mérito aos olhos de Deus. É aquilo a que eu chamo o amor em ação. Todos os dias vejo crescer este amor nas crianças, nos homens e nas mulheres. Certo dia em que ia a descer a rua, aproximou-se de mim um mendigo que me disse: «Madre Teresa, toda a gente lhe oferece presentes e eu também quero dar-lhe um presente. Hoje deram-me apenas vinte e nove cêntimos durante todo o dia e eu quero dar-lhos». Fiquei a pensar um momento: se eu aceitar estes vinte e nove cêntimos (que não valem quase nada), ele corre o risco de não ter que comer esta noite; mas, se não os aceitar, ofendo-o. Então, estendi a mão e aceitei o dinheiro. E nunca vi, em rosto algum, tanta alegria como a que vi no rosto deste homem, que ficou felicíssimo por ter podido oferecer qualquer coisa à Madre Teresa! Para ele, que tinha mendigado o dia todo ao calor, aquela soma irrisória, que não serviria para quase nada, era um sacrifício enorme. Mas era uma coisa maravilhosa: aquelas moeditas a que ele estava a renunciar valiam uma fortuna, por serem dadas com tanto amor.

São Porziano(Portiano), abade em Auvergne Festa: 24 de novembro

Século VI.
 
Martirológio Romano: No território de Clermont-Ferrand, na Aquitânia, São Portiano, abade, que escravo na juventude buscou refúgio e liberdade no mosteiro, onde, tornando-se monge e depois abade, morreu na velhice, exausto pelo jejum.
A vida de Portiano é suficientemente conhecida por nós graças às informações que Gregório de Tours lhe dedicou em sua Vitae Patrum (capítulo 5). Nascido em Alvemia, Portiano foi escravo de um senhor bárbaro e, desde jovem, buscou buscar Deus. Várias vezes tentou escapar de seu mestre buscando refúgio no mosteiro de Miranda, que ficava próximo (atual St-Pourcain-sur-Sioule, na diocese de Moulins). Um dia, quando deixou seu mestre para nunca mais voltar, veio procurá-lo no mosteiro e prometeu perdoá-lo; ele estava prestes a levá-lo de volta quando de repente ficou cego e só recuperou a visão quando Porziano, por ordem do abade, colocou as mãos em seus olhos. A partir desse momento, Portiano ficou livre para entrar no mosteiro; recebeu as Ordens Sagradas e provou ser tão virtuoso que, com a morte do abade, foi escolhido para sucedê-lo.

24 de novembro - Beata Niceta de Santa Prudência Plaja Xifra e companheiras

No Picadero de Paterna, no território de Valência, na Espanha, a beata Niceta de Santa Prudência Plaja Xifra e suas companheiras, virgens do Instituto das Carmelitas Caridade e dos Mártires, foram consideradas dignas de entrar com Cristo, seu Esposo, no deleite eterno, carregando suas lâmpadas acesas: era o dia 24 de novembro de 1936. Foram beatificadas pelo Papa João Paulo II em 11 de março de 2001. A Irmã Niceta nasceu em Torrent (Girona) em 31 de outubro de 1863 e entrou no noviciado de Vic (Barcelona) quando estava prestes a completar 17 anos. Ela fez sua primeira profissão em 1883, ano em que foi designada para Palaftugell e depois para Llagostera até que foi para a Casa de Misericórdia em Valência, onde passou sua vida até o ano de 1936, quando teve que sair de casa para se refugiar com o resto das irmãs na rua Cambios de Valência. Teve muitos cargos de especial responsabilidade entre eles o de superiora da comunidade no momento em que tiveram que sair de casa. Enviou as Irmãs de Levante e Catalunha, para se esconderem com suas famílias, no entanto, ela renunciou a ficar com sua família para ficar com as irmãs do País Basco e Castilla, que não podiam deixar Valência. Aquele que estava dirigindo o carro que as levou para Paterna, diz que ela pediu para ser a última a morrer e quando chegou a hora ela se ajoelhou e disse: "Senhor, você as deu para mim e eu as dei a você ... quando você as quis."

São Crisógono de Aquileia, bispo e mártir Festa: 24 de novembro

Crisógono, chamado de mártir pelo Martirológio Jerônimo, também aparece como bispo de Aquileia no catálogo episcopal relevante. Pela Passio (século V) de Santa Anastásia de Sirmium sabemos que: "Diocleciano ordenou levá-lo ao lugar chamado Aquas Gradatas e decapitá-lo ali"; ali ele provavelmente foi sepultado, como documentado por um sarcófago do século IV, existente em S. Canzian d'Isonzo com a dedicatória: 'Beatissimo Matyre Chrysogono'. Sua veneração teve difusão universal, tendo obtido um 'título' em Roma; seu nome também está incluído no Cânone Romano da Missa e sua figura aparece em dois mosaicos de Ravena do século VI. 
Etimologia: Crisógono = nascido em ouro, do hebraico
Martirológio Romano: Em Aquileia, Friuli, comemoração de São Crisógono, mártir, que é venerado em Roma na igreja titular que leva seu nome no aniversário de sua dedicação. 

São Pedro Vo Dang Khoa Sacerdote e mártir Festa: 24 de novembro

(*)Thuong Hai, Vientnam, 1790
(✝︎)Dong Hoi, Vietnã, 24 de novembro de 1838 
Martirógio Romano: Na cidade de D ng H i, no Vietnã, os santos mártires Peter Dumoulin-Borie, bispo da Sociedade para Missões Estrangeiras de Paris, Peter Võ D ng Khoa e Vincent Nguy n Th Di m, sacerdotes, dos quais o primeiro foi decapitado, os outros estrangulados, por ordem do imperador Minh Möng. 
Peter Vo post Khoa nasceu em 1790 na vila de Thuong Hai, província de Nghe An. Aos nove anos, o jovem Khoa pôde frequentar aulas de escrita em chinês. Como era inteligente, foi enviado para a casa de Deus e depois enviado para estudar latim e filosofia no seminário. Peter Khoa foi ordenado sacerdote em 1830 e serviu em muitas paróquias. Ele era um homem sério, e muitas pessoas tinham medo dele, mas imediatamente se sentiam à vontade ao conhecê-lo. Eles apreciavam suas virtudes. Em tempos de severa perseguição à Igreja, ele teve que se esconder aqui e ali sem abrigo estável. Em 2 de junho de 1838, o Padre Khoa foi capturado enquanto celebrava missa. O Padre Khoa suportou setenta e nove golpes de rattan sem revelar nenhum nome cristão.

André Dung-Lac sacerdote dominicano e companheiros mártires e santos † 1839

Santo André Dung-Lac
e companheiros mártires
Era filho de pais muito pobres, 
que o confiaram desde pequeno 
à guarda de um catequista. 
Foi ordenado sacerdote em 1823. 
Morreu mártir!
A evangelização do Vietname começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.  Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezassete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita. Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.

Beata Maria Anna Sala,Virgem Festa: 24 de novembro

(*)Brivio, Lecco, 21 de abril de 1829
(✝︎)Milão, 24 de novembro de 1891 
Maria Anna Sala, nascida em Brivio, na província de Lecco, foi uma das primeiras alunas das Irmãs Marcelina em Vimercate, recebida por sua cofundadora, Madre Marina Videmari. Ela ingressou no Instituto em 1848, dedicando-se totalmente à educação de meninas das classes burguesas. Fiel à Regra e às intuições pedagógicas do fundador Monsenhor Luigi Biraghi (Abençoado desde 2006), ela esteve constantemente próxima de seus alunos em todas as circunstâncias. Sofrendo de câncer no pescoço, ela suportou as dores sorrindo, até falecer, em 24 de novembro de 1891, na enfermaria da casa na Via Quadronno, em Milão. Ela foi beatificada por São João Paulo II em 26 de outubro de 1980. Seus restos mortais repousam, junto com os dos fundadores, na capela do primeiro colégio da Marcelina em Cernusco sul Naviglio.
Martirológio Romano: Em Milão, a Bem-Aventurada Maria Anna Sala, virgem da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina, que, professora de uma ciência baseada na fé e na piedade, dedicou-se com todas as suas forças à educação de meninas. 
Maria Anna Sala nasceu em 21 de abril de 1829 em Brivio, na província de Lecco. Ela foi a quinta de oito filhos de Giovanni Maria Sala, um comerciante de madeira, e Giovannina Comi. Ela foi batizada no próprio dia de seu nascimento, com os nomes de Maria Anna Elisabetta. Ela cresceu em um contexto sereno, educada na fé por seus pais junto com seus irmãos. Sua primeira educação ocorreu na escola particular de sua cidade, onde se destacou por sua inteligência. Em 12 de setembro de 1839, recebeu a Confirmação e a Comunhão pela primeira vez.

Tríduo em honra da Virgem da Medalha Milagrosa

Tríduo a Nossa Senhora das Graças 
- Dias 24, 25, e 26 de novembro 
Pelo sinal † da Santa Cruz, livrai-nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos † inimigos. Em nome do Pai † do Filho e do Espírito Santo. Amém. 
Ato de contrição 
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, por Vos ter ofendido; pesa-me também por ter perdido o Céu e merecido o inferno. Mas proponho firmemente, com o auxílio de vossa divina graça, e pela poderosa intercessão de vossa Mãe Santíssima, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas, por vossa infinita misericórdia. Amém. 
Oração para todos os dias 
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós! Dulcíssima Rainha dos Céus e da Terra! Que por amor aos homens vos dignastes manifestar-vos à vossa serva, Sóror Catarina, com as mãos cheias de raios de luz; a fim de fazer saber ao mundo que desejais derramar abundantes graças sobre todos os que com confiança vos pedem, concedei-me, Mãe minha, que à imitação de Sóror Catarina, derrame em minha alma a luz necessária para conhecer meu nada e minha miséria, e o muito que devo a meu Pai, Deus, por tantos benefícios que me tens dispensado; e que cumprindo sua vontade nesta vida, possa gozar-vos de vossa companhia eternamente no Céu. Amém Três Ave-Marias e 3 vezes a jaculatória “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”

Santo Alberto de Louvaina, bispo e mártir Festa: 24 de novembro

Martirológio Romano:
Em Reims, França, paixão de São Alberto de Lovaina, bispo de Liège e mártir, que foi forçado ao exílio por defender a liberdade da Igreja e foi morto no mesmo ano em que foi ordenado. 
Muitas fontes, de tendências opostas, mas que manifestam um notável acordo sobre os principais acontecimentos, nos informam sobre São Alberto. A principal, a Vita Alberti, preservada apenas nos manuscritos 723-727 da Biblioteca Real da Bélgica em Bruxelas, foi composta por um autor anônimo amplamente documentado pelo abade de Lobbes, Wéres (falecido em 1209), um amigo muito próximo de Alberto de Lovaina (a opinião de G. Kurth, que atribui a Vita Alberti ao Arcediago Hervard de Liège, não foi creditada). Escrita em 1194 ou início de 1195, a Vita contém alguns erros raros – para ser honesto, pequenas coisas (capítulos 3 e 5) – e algumas omissões que parecem se deberem a certa parcialidade: pois, apesar de suas grandes qualidades, a Vita Alberti é um panegírico. Uma segunda fonte é o Chronicon Hannoniense de Gislebert de Mons, concluído em 1196; um terceiro – algumas linhas – é a crônica analítica de Lamberto, o Pequeno (m.1194), monge de S. Giacomo di Liège; um quarto, a continuação de Anchin da Crônica de Sigeberto de Gembloux (sobre o valor dessa documentação, veja o estudo agudo de E. de Moreau). Irmão mais novo de Henrique I, Duque de Brabante, Alberto foi destinado por seu pai, Gedefred III, ao estado eclesiástico. Raoul (Rudolf) de Zabringen, bispo de Liège, tendo morrido na Terceira Cruzada, os cônegos, sob o patrocínio do duque, elegeram Alberto para substituir o bispo falecido; era 8 de setembro de 1191 e Alberto tinha aproximadamente Vinte e cinco anos.

ORAÇÕES - 24 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
24 – Segunda-feira – Santos: André Dung-Lac, Porciano, Crisógono
Evangelho (Lc 21,1-4)“Essa pobre viúva ofertou mais do que todos... na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.
Admirando e louvando a generosidade da pobre viúva, Jesus certamente lembrava tantos outros exemplos de generosidade que encontrara. Sem falar de Maria e José, lembrava as pessoas que vira dando esmola aos pobres, partilhando água e comida ou socorrendo doentes. Afinal ele mesmo disse que ser generoso com os pobres e necessitados é ser generoso com ele e com o Pai.
Oração
Senhor, eu vos bendigo por tanta gente boa que existe. Gente que de sua pobreza sabe tirar recurso para ajudar os outros. Dai-lhes a recompensa de vosso amor e a certeza de estar semeando um mundo melhor. Peço de modo especial por aqueles que me ajudaram e ainda me socorrem com seu amor e dedicação. Quero dizer a sério o que repito tantas vezes: “dai-lhes a paga, ó Deus”. Amém.

domingo, 23 de novembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - Deus visita seu povo

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
As vindas de Deus
 
Diante de um fato maravilhoso, o povo de Deus sempre reconheceu que estava recebendo a visita de Deus. Lembramos o nascimento de João Batista. Zacarias reconhece a presença de Deus como uma bênção: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu seu povo” (Lc 1,68). As visitas de Deus são sempre para a redenção, num sentido favorável. Há muitos modos de Deus visitar seu povo. Deus Se manifesta de diversos modos. Um deles é a pregação da Palavra. Esta também tem diversas modalidades. Pode ser feita também através da pintura, como é o caso do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – a Senhora da Paixão. As pinturas traduzem diversas palavras das Escrituras que são ensinamento e bênção. O ícone (o quadro) é uma visita de Deus que fala através de muitos símbolos. O Perpétuo Socorro mostra para nós que Jesus é o Redentor de todo homem e essa redenção se faz na comunidade Igreja, representada por Maria. Maravilhados pela visita de Deus, agradecemos em um reverente temor, respeito de quem acolhe e ama. Para bem ouvir é preciso despojar-se e criar um espaço para que a Palavra chegue até nós. O Ícone nos leva a entender a ternura de Deus em vir a nós e nos atrair a Si. Maria se faz a cooperadora na obra da Redenção dando-nos o Filho. Não foge à dor da Paixão na qual participou. Esse Ícone é a representação de Nossa Senhora das Dores na linguagem oriental. 
Acolher a mensagem 
A manifestação de Cristo em sua encarnação é a expressão da misericórdia de Deus que saiu de Si e Se inclinou sobre o homem ferido na estrada, como Jesus nos narra na parábola do bom samaritano (Lc 10,29-37). O Cristo apresentado por Maria é o Senhor Glorioso que em seu Mistério Pascal continua sua missão de manifestar o coração de Deus que tanto amou o mundo que enviou seu Filho (Jo 3,16) e continua dando-O para nossa salvação. Sendo uma apresentação da Paixão, na qual Maria exerce sua missão de Corredentora e Medianeira, temos mais um passo da espiritualidade que é a capacidade de compreender e acolher esse amor de Deus que Se nos manifesta. Rezar com os ícones é contemplar a pintura compreendendo as muitas mensagens que são comunicadas ao nosso coração. Não se trata, como fazemos diante das imagens, nossas rezas, mas como acolhemos o que a pintura nos sugere. Não se trata de falar coisas a Deus, mas acolher o que Ele nos fala. É a contemplação luminosa. Acolhemos a iluminação de Deus em Cristo, apresentado por Maria. O que Deus diz? Ele é sempre novo em suas palavras.
Continuar a mensagem 
O Ícone do Perpétuo Socorro é missionário, pois gira pelo mundo, como foi o desejo do Papa Pio IX quando o entregou aos Redentoristas: “Fazei-a conhecida”. Cumprindo essa missão, onde há um redentorista, ali brilha um ícone do Perpétuo Socorro. Maria continua apresentando Jesus. Desde o início, sobretudo depois da criação da novena perpétua, essa mensagem de redenção continua viva. A mensagem da redenção realizada em Cristo apresentado por Maria continua a nos abrir os rios da graça Divina formando comunidades e abrindo a alegria da oração comunitária. Onde está Jesus com Maria, logo se reúne toda a família. Quando eu trabalhava na Angola, num retiro, apresentei um quadro grande de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A seguir as “mamães”, com seus panos coloridos se aproximaram. E fizeram um belo conjunto de suas cores com as cores do manto de Maria. Marcou meu coração. Deus realmente visita seu povo.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 23 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 23,35-43. 
Naquele tempo, os chefes dos Judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam dele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima dele, havia um letreiro: «Este é o rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Pio XI 
(1857-1939) 
Papa 
Encíclica Quas Prima, 1925, nn. 14-15 
«Príncipe da paz» (Is 9,5) 
Se os homens reconhecessem a autoridade real de Cristo na sua vida privada e pública, toda a sociedade seria cumulada de extraordinários benefícios: liberdade justa, ordem e tranquilidade, concórdia e paz. Se os príncipes e os governantes legitimamente eleitos estivessem convencidos de que governam muito menos em seu próprio nome do que em nome e no lugar do Rei divino, exerceriam a sua autoridade com toda a virtude e sabedoria possíveis. E que atenção não dariam, na elaboração e aplicação das leis, ao bem comum e à dignidade humana dos seus subordinados! Então, os povos desfrutariam dos benefícios da concórdia e da paz. Quanto mais se estende um reino, quanto mais ele abarca a universalidade do género humano, mais os homens tomam consciência do vínculo mútuo que os une. Essa consciência preveniria e impediria a maioria dos conflitos; ou, pelo menos, suavizaria e atenuaria a sua violência. Porque havemos então de desesperar dessa paz que o Rei pacífico veio trazer à Terra? Ele veio reconciliar consigo todas as coisas (cf Col 1,20); «não veio para ser servido, mas para servir» (Mt 20,28); Senhor de todas as criaturas (cf Ef 1,10), deu exemplo de humildade e fez da humildade, unida ao preceito da caridade, a sua lei principal; e disse ainda: «O meu jugo é suave e a minha carga é leve» (Mt 11,30).

23 de novembro - Santa Cecília Yu So-sa

Cecilia foi canonizada na companhia de seus dois filhos mártires: São Paulo Chong Ha-sang e Santa Isabel Chong Chong-hye. Ela nasceu em Seul, capital da Coreia do Sul, em 1761, e se casou com o viúvo Agostinho Yak-jong, um dos primeiros cristãos da Coreia. Com ele foi para a capital e ali recebeu o sacramento do batismo das mãos do Pe. Chu Mun-mo, missionário chinês na Coreia. Seu esposo foi martirizado em 1801, e também Carlos Chong Chol-sang, filho do primeiro casamento de seu marido. Ela foi aprisionada e logo deixada livre, porém seus bens foram confiscados. Cecília, além de viúva se viu empobrecida e voltou para a região da família de seu marido, Majae, com seus filhos. Ali seu cunhado, inimigo do cristianismo, a recebeu friamente, e foi um amigo de seu falecido esposo que teve compaixão dela e lhe ofereceu uma casa para morar. A frieza dos antigos amigos e parentes a rodeou. Ela enfrentou a morte da viúva de Carlos, o filho de seu marido, martirizado; do filho daquele casal e de sua própria filha mais velha. Em meio aos sofrimentos Cecilia conservou a fé e a paciência, e em vista da hostilidade de que era objeto, manteve uma conduta prudente, não fazendo alarde do cristianismo, porém transmitindo a doutrina cristã a seus filhos no âmbito de seu lar. Quando seu filho Paulo atingiu a idade de 20 anos, ela sugeriu que ele se casasse; ele lhe disse que queria dedicar-se a continuar a obra evangelizadora de seu pai mártir, e para tanto foi para a capital, deixando a mãe e a irmã em Majae.

Santa Felicidade Mártir Dia da Festa: 23 de novembro

Segundo a tradição, Felicidade era uma viúva rica e cristã. Por isso, foi perseguida na época do imperador Antonino. Mãe de sete filhos, animou-os espiritualmente durante o martírio, que compartilhou por volta do ano 165. Felicidade foi sepultada na catacumba de Máximo, na Via Salária, em Roma.
(†)Roma, 165 
Santa Felicidade, uma rica viúva romana, foi acusada de práticas cristãs durante o reinado de Antonino Pio (entre 138 e 161 d.C.). Inicialmente, ela foi interrogada sozinha pelo prefeito de Roma, Públio, mas sem sucesso. No dia seguinte, Públio mandou trazer seus sete filhos (Januar, Félix, Filipe, Silvano, Alexandre, Vital e Marcial) à sua presença. Devido à firme recusa deles em renunciar à fé, foram martirizados um a um, submetidos a diversas torturas. Por fim, a própria Felicidade foi morta.
Emblema: Palmeira 
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Máximo, na Via Salaria Nuova, Santa Felicidade, mártir. 
O documento mais antigo que comemora a mártir Felicidade é o Martyrologium Geronimianus, que, datado de 23 de novembro, declara: "Romae in cimiterio Maximi, Felicitatis" (o cemitério de Maximi fica na Via Salaria Nuova).

Beata Margarida de Saboia, Marquesa, Viúva, Dominicana - Festa 23 de novembro

A Beata Margarida de Sabóia (não confundir com a homônima Rainha da Itália, que viveu uns cinco séculos depois) era aparentada com as principais famílias reais da Europa. Seu pai era o Conde Amadeu de Sabóia-Acaja, e sua mãe era uma das irmãs de Clemente VII, que durante o Grande Cisma se declarou papa em Avinhão. Margarida mereceu o apelido de Grande, que adquiriu por ter sido realmente um exemplo de grandeza evangélica nos diferentes estados em que Deus a colocou: filha, esposa, soberana e religiosa. Nasceu em Pinerolo, Turim, entre os anos de 1382 e 1390. Desde a infância foi a imagem da candura e de uma sabedoria precoce, o que a fazia aborrecer tudo que o mundo ama. Tendo ficado órfã bem cedo, junto com a irmãzinha Matilde foi entregue à tutela do tio Luis, que por falta de herdeiros homens, sucedeu o falecido príncipe Amadeu. O primeiro passo de Luís de Sabóia foi pôr um fim às longas discórdias entre Piemonte e Monferrato, e ambas as partes viu em Margarida um penhor seguro de paz duradoura. Há décadas o Piemonte era agitado por guerras que visavam dominar esta região da Itália. Os Sabóia, o Marquês de Saluzzo, os marqueses de Monferrato e os viscondes de Milão disputavam-na ferrenhamente. A jovem princesa, já sonhava com o claustro, entusiasmada no seu propósito por São Vicente Ferrer, que era então pregador no Piemonte.

Clemente de Roma Papa e Mártir século I

Papa de 88 a 97
 
Clemente, o quarto bispo de Roma depois de Pedro, Lino e Anacleto, é lembrado no Cânon Romano. A carta que ele endereçou aos Coríntios para restaurar a harmonia entre os homens parece ser um dos primeiros documentos do exercício da primazia. O documento testemunha o Cânon dos livros inspirados e fornece informações valiosas sobre a liturgia e a hierarquia eclesiástica. Menciona também a morte gloriosa dos apóstolos Pedro e Paulo e dos protomártires romanos durante a perseguição de Nero. 
Etimologia: Clemente = indulgente, generoso, do latim
Emblema: Palmeira 
Martirológio Romano: São Clemente I, papa e mártir, que governou a Igreja de Roma como o terceiro papa depois de São Pedro Apóstolo e escreveu uma famosa carta aos Coríntios para fortalecer a paz e a harmonia entre eles. Este dia comemora o sepultamento de seu corpo em Roma. 
A pregação dos Apóstolos ainda ressoava em seus ouvidos. Assim, no século II, Santo Irineu falou de Clemente, o terceiro sucessor de Pedro depois de Lino e Anacleto, e talvez um colaborador de Paulo em sua juventude. Mas apenas uma coisa é certa sobre ele: seu profundo conhecimento (revelado em seus escritos) das Escrituras e também de textos judaicos e não canônicos. Acredita-se, portanto, que ele tenha se convertido ao cristianismo vindo do judaísmo.

Columbano de Luxeuil Monge, Fundador de Mosteiros, Santo † 615

Abade irlandês em Luxeuil (France). 
Fundou diversos mosteiros na Europa. 
Morreu na sua caverna em Bobbio (Itália).
Monge extraordinário, esteio da Cristandade medieval nascente. Tendo fundado muitos mosteiros, nos quais imprimiu seu vigoroso carácter, esse heróico religioso deixou atrás de si um sulco de radicalidade na vida monástica e no combate à heresia ariana. Séculos depois, sua acção contribuiria para o apogeu medieval. Poucos dados há sobre o nascimento e os primeiros anos desse Santo que tanta influência exerceria na vida monacal do Ocidente, em seu século e na baixa Idade Média. Sabe-se que nasceu em Leinster, Irlanda, em 540, mesmo ano em que o patriarca São Bento falecia em Monte Cassino. O que é ressaltado na primeira biografia de Columbano, escrita por um de seus monges, Jonas de Bobbio, é que sua educação e instrução foram esmeradíssimas, tendo ele muito cedo se iniciado no estudo das Sagradas Escrituras. Fala também que era notável por sua beleza moral e física. Adolescente, sentia em si, como São Paulo, os aguilhões da carne. Para não cair em sua escravidão, procurou conselho junto a uma piedosa reclusa que vivia em odor de santidade nas cercanias. Expôs-lhe suas tentações, pedindo que indicasse um remédio seguro para nelas não cair. “Inflamado pelo fogo da adolescência — respondeu-lhe ela — tentarás em vão escapar de tua própria fragilidade enquanto permaneceres em teu solo natal. Para te salvares, é preciso fugir”[1].

Miguel Agostinho Pró Juarez Jesuíta, Mártir, Beato 1891-1927

Sacerdote Jesuíta, 
martirizado durante 
a perseguição religiosa no México, em 1927.
Miguel Agostinho Pró Juarez nasceu em 1891 em Guadalupe, no México, numa família abastada e profundamente cristã. O pequeno “Miguelito”, como era chamado, mostrou ser um rapaz muito alegre e brincalhão. Crescido, ele abandonou durante algum tempo a prática religiosa, mas voltou a ela, movido pela entrada da sua irmã num convento … foi o ponto de partida da sua vocação. Aos 20 anos, juntou-se aos jesuítas e fez os seus primeiros votos a 15 de Agosto de 1913. Atormentados pelo governo mexicano anticlerical, os jesuítas em formação exilam-se para os Estados Unidos. Miguel irá também para Espanha, Nicarágua, e Bélgica, onde completará a sua formação na casa dos jesuítas franceses, também exilado pelo seu governo. Apesar da sua débil saúde e contínuas dores no estômago, o jovem jesuíta se distinguiu pela sua alegria constante e expansiva. Foi ordenado sacerdote com 34 anos na cidade de Amiens (França), em Agosto de 1925. Ele que era duma família rica, podendo até suceder a seu pai, preferiu os pobres, em particular, os mineiros belgas e franceses, interessando-se pela pastoral do trabalho e a JOC (Juventude Operária Católica).

Santíssimo Rei do Universo

No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus (esse Reino de que Jesus é rei). Apresentam-no como uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há-de vir. A primeira leitura utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo. O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, o «rei» Jesus a interpelar os seus discípulo acerca do amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios, ficará à margem do Reino. Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse «Reino de Deus» de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. Nesse Reino definitivo, Deus manifestar-se-á em tudo e actuará como Senhor de todas as coisas (vers. 28).

Cristo, Rei do Universo

A Igreja encerra seu Ano Litúrgico com a Solenidade Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. No entanto, poucos se dão conta de que se trata de uma festa relativamente recente, pois só foi instituída em 1925, portanto há menos de cem anos. Mas o que levou o papa Pio XI a dedicar a primeiríssima encíclica de seu pontificado à criação de uma festa de Cristo Rei? 
(Carta Encíclica Quas primas, 11/12/1925). 
No início do século XX, o mundo, que ainda estava se recuperando da Primeira Guerra Mundial, fora varrido por uma onda de secularismo e de ódio à Igreja, como nunca visto na história do Ocidente. O fascismo na Itália, o nazismo na Alemanha, o comunismo na Rússia, a revolução maçônica no México, anti-clericalismos e governos ditatoriais grassavam por toda parte.

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Origens 
Em 325, ocorreu o primeiro Concílio Ecumênico na cidade de Niceia, Ásia Menor. Na ocasião, foi definida a divindade de Cristo contra as heresias de Ario: “Cristo é Deus, Luz da luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro”. No ano de 1925, Pio XI proclamou o modo melhor para superar as injustiças: o reconhecimento da realeza de Cristo.
A Data 
A data original da festa de Cristo Rei era o último domingo de outubro, mas, com a nova Reforma de 1969, foi transferida para o último domingo do Ano Litúrgico. Desta forma, fica claro que Jesus Cristo, o Rei, é a meta da nossa peregrinação terrena. Os textos bíblicos mudam em todos os três anos (Ano A, B e C) para que possamos conhecer, plenamente, a figura de Jesus. 
Encíclica Quas Primas do Papa Pio XI 
Um Convite 
Na Encíclica do Papa Pio XI, o Papa instituiu a festividade de Cristo Rei, realizando um convite para que o Cristo reine em nossa mente, e para que possamos agir com uma perfeita submissão, devendo estar firme e constante aos assentimentos, às verdades reveladas e à Doutrina de Cristo.
Cristo Reina 
O Cristo reina, e precisamos estar em Sua Vontade, obedecendo às leis e aos preceitos divinos. Precisamos permitir que Ele reine em nosso coração, amando a Deus mais do que qualquer outra coisa, e estar unido somente a Ele. 
Rei do Universo 
O Cristo reina no corpo e nos membros que, como instrumentos, devem ser oferecidos a Deus e devem servir à santidade interior das almas. Se estas coisas forem colocadas em ações, mais facilmente serão levadas à perfeição. Cristo reina! Um Recomeço A Solenidade nos chama a um recomeço, um novo caminho para os fiéis e aqueles que estão fora de seu reino ansiando e aceitando uma nova vida em Cristo, que nos acolhe pela sua infinita misericórdia. Que possamos trazer e nos aproximar de Cristo, não com relutância, mas com prazer, amor e mais santos. E que nossa vida seja conforme as leis do Reino divino, para que colhamos frutos felizes e abundantes; e, considerados por Cristo como servos bons e fiéis, nos tornamos participantes com Ele no Reino celestial de sua eterna felicidade e glória. 
Minha oração 
“ Senhor Jesus Cristo, lhe damos o trono do nosso coração e da nossa família. Rei em tudo o que somos e fazemos, em tudo o que nos pertence. Sabemos que debaixo do teu reinado seremos felizes e satisfeitos. Amém!” 
Cristo Rei do Universo, rogai por nós!

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ORAÇÕES - 23 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
23 –Domingo – Jesus Cristo, Rei do Universo
Evangelho (Lc 23,35-43)“Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, e diziam: ‘Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!’.”
Os adversários de Jesus entenderam muito bem que ele se apresentava como o Salvador prometido, como o Messias (rei ungido). Mas, entendiam que o Salvador que esperavam devia ser um rei poderoso, um rei para dar ao povo hebreu um poderio e uma força como nunca tinha tido no passado. Esperavam um rei humano, por mais poderoso que fosse. Apegados a essas idéias, não quiseram reconhecer Jesus como salvador. Jesus tem o poder de salvar, dirige a caminhada da humanidade porque é o Filho de Deus Encarnado. Seu poder é divino. Não é um simples governante de algum povo. Não precisa da força das riquezas ou das armas. Age diretamente nos corações, conquista pelo amor e pela verdade. Não precisa livrar-se da cruz para provar seu poder.
Oração
Senhor Jesus, diante de vossa cruz eu quero dizer com aquele oficial romano (Mc 15,39): “Na verdade tu és o Filho de Deus”. Creio que sois o Filho de Deus, e que por isso tendes todo o poder para me transformar e salvar, e creio que me amais como só um Deus me poderia amar. Aceito a salvação que me ofereceis, quero viver do jeito que ensinais, sei que fora de vós não posso encontrar verdade, justiça ou felicidade. Minha vida, agora e para a eternidade, está em vossas mãos, pois dependo totalmente de vossa bondade. Ajudai-me, Senhor, a vos fazer conhecido e amado por todos, para que tenham a mesma felicidade que me destes. Ajudai-me a colaborar com vossos discípulos para que nosso mundo seja iluminado por vossa bondade e guiado por vossa justiça. Amém.

sábado, 22 de novembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O teu Reino”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Como o Reino cresce?
 
Temos consciência de nossa missão de anunciar o Reino de Deus, mas não sabemos como ele cresce. Também não sabemos como a semente plantada cresce. Não está sob nosso controle. Achamos que fazemos tantas coisas pelo Reino, mas há sempre o silêncio sobre o como acontece seu desenvolvimento. Por que esse sagrado segredo? Porque é uma ação de Deus que foge ao nosso controle. É maravilhoso ver o crescimento na natureza. Como se gera a vida na natureza? Por mais que conheçamos os resultados e analisemos o processo, nunca poderemos saber o que é vida. Assim é o Reino. Tudo o que fizermos pelo Reino não será perdido, mas o crescimento não depende de nós. Deus é quem o permite. O Reino não acontece em nossos esquemas. Sua maturação e sua produção de frutos escapam ao nosso controle. Vemos na história da Igreja como ela foi crescendo e indo além de nossas expectativas. Pensemos no que eram as pessoas que Jesus deixou para proclamar a presença do Reino. Mas não sabemos como acontece o nascimento do Reino. Está nas mãos de Deus o crescimento desse Reino. Há lugares que não foi a Igreja institucional que levou a mensagem evangélica. Foram leigos que passaram sua experiência (leigos também são Igreja). O anúncio do Reino não depende só de palavras, mas da ação de Deus através também do testemunho dos discípulos de Jesus. Jesus enviou os discípulos e disse que estaria com eles até o fim dos tempos. Ele é a vida do Reino. 
A força do Reino 
É bem conhecida a parábola da semente de mostarda. Mostarda é um arbusto. Tem semente pequenina. Podemos nos lembrar de outras árvores, por exemplo, o eucalipto que chega a dezenas de metros. E a semente é um pó. Contém em si toda a vida da árvore e tudo para ela germinar, crescer a tal altura e dar outras sementes. Assim é o Reino como disse Jesus. Tudo que é do Reino, por menor que seja sua manifestação, tem tudo em si para ser ação de Deus no mundo dos mais variados modos. Além do mais, não está sujeito aos nossos esquemas nem se circunscreve e se dirige pelos esquemas humanos. Ele foge ao nosso controle. Vemos os primeiros contatos com os pagãos, feitos pelos judeus convertidos. Foram para Antioquia e ali se dirigiram pela primeira vez aos pagãos. O resultado foi maravilhoso (At 11,21). Assim também o Reino age em nós. Por pouco que façamos por ele, os resultados dependem de Deus e não estão sob nosso controle. Nossos atos não são perdidos por causa de nossa fragilidade e nossos pecados. São plenificados pela força do Reino. Seu resultado é sempre maior que nosso empenho. Quando temos o insucesso, podemos ter certeza que Deus age a seu modo. Não se trata de fracasso, mas dos tempos de Deus. Podemos dizer: fizemos o que devíamos fazer (Lc 17,7).
Deus é quem planta 
A leitura de Ezequiel narra como Deus escolhe o símbolo de um galho da copa de um cedro e planta. Crescerá e se tornará majestoso. Dará sombra, isto é, acolherá todos. Refere-se à escolha do povo de Israel e de sua missão de acolher os povos. Apenas um broto serviu para que houvesse o crescimento desse povo. É a comparação com o Reino que tem uma missão vinda de Deus e será para acolher os povos. Deus garante: “Eu, o Senhor, digo e faço” (Ez 17,24). “O justo crescerá como a palmeira, florirá qual cedro que há no Líbano; na casa do Senhor estão plantados, nos átrios de meu Deus florescerão” (Sl 91). 
Leituras: Ezequiel 17,22-24;Salmo 91;2ª 
Coríntios 5,6-10; Marcos 4,26-34. 
1. O Reino cresce misteriosamente. 
2. O Reino tem uma força interior de crescimento que não está sob nosso controle. 
3. O ramo é a muda de uma nova árvore que se torna grandiosa. Assim é o Reino. 
O Jardineiro faz e não sabe
A comparação do Reino com a semente que tem seu ritmo e sua força interior nos desperta para o conhecimento da força do Reino e do mistério de seu crescimento. Como o jardineiro que planta tanta coisas, mas não sabe como funciona toda a beleza que está em suas mãos. Nem por isso lhe parece menos belo. Desse modo também nós não sabemos como funciona o Reino de Deus. Fazemos tantas coisas de bonito e forte para o Reino de Deus mas, não sabemos como funciona. Sabemos que é quem Deus faz.
Homilia do 11º Domingo Comum (17.06.2018)