Evangelho segundo São Mateus 25,1-13.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O Reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite, ouviu-se um brado: "Aí vem o esposo; ide ao seu encontro".
Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: "Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se".
Mas as prudentes responderam: "Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores".
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: "Senhor, senhor, abre-nos a porta".
Mas ele respondeu: "Em verdade vos digo: não vos conheço".
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
Tradução litúrgica da Bíblia
São Narsés Snorhali (1102-1173)Patriarca arménioJesus, Filho único do Pai, §688-693; SC 203«As nossas lâmpadas estão a apagar-se»
Não me tornei prudente
como as cinco virgens prudentes;
não adquiri o bem fácil
através do difícil.
Mas tornei-me o último dos insensatos
por não guardar azeite para a minha lâmpada,
quer dizer, a misericórdia com a virgindade,
melhor ainda, a unção da sagrada fonte do batismo.
Foi por isso que a porta da sala de núpcias
se fechou também para mim, na minha negligência.
Neste mundo, porém, enquanto tenho corpo,
escuta, ó meu Esposo, a tua esposa alma
que desde agora te grita com lamentosa voz:
«Abre-me a porta celeste que é tua,
conduz-me no céu aos teus aposentos nupciais,
torna-me digna do teu beijo santo,
do teu abraço puro e imaculado.
E que nunca venha a tua voz
dizer-me que não me conhece,
mas queira a tua luz inflamar-me
o espírito, o estandarte extinto que não vejo!»
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