quarta-feira, 18 de junho de 2025

ORAÇÕES - 18 DE JUNHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
18 – Quarta-feira – Santos: Amando de Bordéus, Isabel da Alemanha, Marina
Evangelho (Mt 6,1-6.16-18) “Quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas ...”
Sempre entendi que, segundo Jesus, não devo dar esmola por vaidade. Vejo, porém, que tão importante como não fazer o bem por vaidade é fazer o bem. Dar a todos a esmola – dom gratuito – de todas as nossas possibilidades: vida, trabalho, bens, arte, conhecimento, afinal de tudo que temos e somos.O que importa é fazer o bem, por amor a Deus e ao próximo, às claras ou ocultamente.
Oração
Senhor Jesus,com vosso favor quero fazer todo o bem que puder, sem olhar a quem, sem querer aparecer ou tirar vantagem.Às vezes será difícilaceitar que não reconheçam o que faço com tanto escorço, e até o critiquem ou desfaçam. Mas, tenho vosso exemplo. Por outro lado, ensinai-me a ser humilde e aceitaragradecido quando alguém me elogiar e reconhecer o bem que fiz.Amém.

terça-feira, 17 de junho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Um Advento diferente”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Era Natal
 
Quando morava na África, numa situação de guerra (1989-1992), celebrei a missa da noite do dia 24 às 16 h porque de noite não se poderia andar por aquelas áreas. Não havia presépio. Eram umas folhas de bananeira num canto da capela muito humilde e mais nada que lembrasse o presépio... Foi tudo cantado. Bonito. No final da missa, como não tinha um Menino Jesus, pedi que uma mamãe com o filhinho se assentasse na cadeira do padre. Beijei o pezinho dele e todos fizeram o mesmo. A criança se assustou e olhava como querendo entender aquele tanto de gente beijando seus pés. Ali estava o Menino Jesus. Ao terminar, os jovens fizeram as danças locais e cantavam: “Não podemos voltar para nossas casas porque o capim cobriu os caminhos”. Era a guerra. Em alguns países não se pode celebrar a missa de Natal porque os “contrários à fé” atacam a Igreja. É Natal. Pior guerra contra o Natal é feito em nossas casas e em nossos estabelecimentos que tiraram Jesus do presépio. Puseram só o papai Noel. Pior é ainda no primeiro mundo europeu onde não há nem estrelinhas. Jesus, por motivos bem orquestrados, também foi para o depósito. Então temos que procurar um Advento diferente e um Natal verdadeiro. Também não podemos ficar só nas cascas. Pelas leituras do Advento, vemos verter rios de esperança. A gente pode ficar até desanimado, pois já são dois mil anos e parece que ele desaparece sempre mais mesmo entre cristãos. O aniversariante não é convidado para seu aniversário.
Presépio do coração 
A estrela desse presépio é a vigilância: estar atento ao Senhor que vem. Perdemos muito da noção que o Cristo virá. Não é uma ameaça de fim de tempos, de um mundo que se acaba. Isso pode durar ainda milhões de anos. Ou pode acabar amanhã. Só o Pai sabe. O Cristo virá. Isso basta. Estar vigilante é ter os sentimentos de Cristo que estava sempre voltado para a vontade do Pai. Vivemos uma fé muito de nosso jeito e pouco do jeito do Pai. Preparar o Natal é assumir o espírito que Jesus tinha ao sair do seio de Maria, como o sol que nasce e ilumina. Nasceu de uma Virgem que continuou virgem, pois Cristo não destrói nada. Lembro a trovinha mineira: “No ventre da Virgem Santa, entrou a Divina graça. Como entrou, também saiu como o sol pela vidraça”. Sua vinda foi silenciosa como o orvalho sobre a relva. Foi no silêncio da noite. O bem de Deus não faz mal. Deus não se impõe, nos respeita. A humildade de Deus está estampada no rosto de Jesus. Humildade que ama. Deus não faz barulho e não cria holofote. Ele é Luz que ilumina e aquece sem se consumir. Preparar é assumir essas atitudes. É presépio do Natal no coração. 
Bomba de efeito silencioso 
Não basta uma mudança espiritual íntima, necessária também, mas que penetre nossa maneira de viver e agir. Penetre também às estruturas do mundo. Sabemos que, apesar de tudo, o mundo tem aumentado a violência e a destruição também da natureza. Não podemos nos cansar de esperar. Há tantos séculos o profeta Isaias dizia: “Estes quebrarão suas espadas, transformando-as em arados, e as suas lanças em foices. Uma nação não levantará a espada contra a outra e nem se aprenderá mais a fazer a guerra” (Is 2,4). É preciso esperança e mudança nas atitudes. Se cada um faz sua parte, todos estarão na mesma direção. O Advento preparando a Vinda do Senhor provoca uma mudança que pode levar o mundo à paz que Cristo oferece. Jerusalém não acolheu, preferiu caminho diverso. “A todos os que O receberam, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1,12).
ARTIGO PUBLICADO EM DEZEMBRO DE 2016

EVNAGELHO DO DIA 17 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 5,43-48. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo". Eu, porém, digo-vos: amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o Sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
 
Juliana de Norwich 
(1342-depois de 1416) 
Mística inglesa 
 «Revelações do amor divino», cap. 35 
« Ele faz nascer o Sol sobre bons e maus» 
Tudo acabará em bem: a plenitude da alegria consiste em ver Deus em tudo. Pelo mesmo poder, sabedoria e amor benditos com que criou todas as coisas, Ele conduz tudo continuamente para o mesmo objetivo e tudo encaminhará para Si. Quando chegar a altura, vê-lo-emos claramente. Tudo o que Nosso Senhor faz é justo; tudo o que permite – o bem e o mal – contribui para o seu desígnio . Porque tudo o que é bom é obra de Nosso Senhor; e o que é mau é permitido por Ele. Não quero dizer com isto que o mal seja válido; quero dizer que tudo aquilo que Nosso Senhor permite contribui para o seu desígnio. Deste modo, a sua bondade será conhecida para todo o sempre, bem como as maravilhas da sua humildade e doçura nesta obra de misericórdia e de graça. O que é próprio Deus é a retidão por excelência; todas as suas obras são justas, ordenadas que estão desde toda a eternidade pelo seu grande poder, a sua sabedoria, a sua bondade. E, tal como estabeleceu tudo da melhor maneira, assim também opera sem cessar com retidão, conduzindo todas as coisas para o seu fim. E nós, mais do que qualquer outra criatura, estamos maravilhosamente protegidos para sempre nesta retidão. A misericórdia é uma obra que provém da bondade de Deus; ela manter-se-á enquanto for permitido que o pecado atormente as almas justas. Deus permite as nossas quedas; mas protege-nos pelo seu poder e sabedoria, elevando-nos, pela sua misericórdia e a sua graça, a uma alegria infinitamente maior. É assim que Ele quer ser conhecido e amado: na retidão e na misericórdia, agora e para sempre.

São Bessário eremita, séc. IV

Bessário viveu no Egito, no século IV. Ele vivia no deserto, em total contemplação divina. Procurou viver literalmente a pobreza evangélica, despojando-se de todos os bens materiais. Podemos dizer que Bessário foi o precurssor da espiritualidade evangélica, sobretudo a pobreza, vivida por São Francisco de Assis. Bessário vivia as Sete Obras de Misericórdia, corporal e espiritual. Levava uma vida autenticamente cristã. Ao encontrar um pobre, não tendo como ajudá-lo, vendeu seu “evangeliário” e deu o dinheiro ao homem. Seu discípulo perguntou-lhe: “Que fizeste de teu livro?” Ele respondeu: “Vendi-o! Sim, vendi o livro em que se lê: ‘Vende tudo o que tens e dá aos pobres!’”.

17 de junho - Beato Paulo Burali

Scipione é o nome de batismo, nasceu em Itri, Diocese de Gaetre em 1511. Tendo como pais, Paulo e Victória Oliveres, teve também quatro irmãos, sendo Paulo o segundo e o primeiro filho, João Batista, foi Abade de Santo Erasmo, em Itri. Na sua infância, era um menino piedoso, com uma inclinação particular de amor e solidão, mas possuía um caráter doce e amável no trato e no diálogo com os demais. Dedicava-se a oração, frequentava os sacramentos e assistia com frequência ao sacrifício eucarístico na Igreja de Santa Maria da Misericórdia. Destaca-se também sua infância que, ele possuía um amor especial aos pobres e a seu pedido, o pai deixou sempre a dispensa aberta para acolher os famintos. Ele passou a infância em Nápoles e com apenas 14 anos começou a frequentar a Universidade de Salerno antes de se mudar para Bolonha, onde se formou em direito civil e canônico. Praticou a advocacia em Nápoles por 14 anos com retidão e integridade, mantendo simultaneamente posições políticas e diplomáticas.

Beato José Maria Cassant

O Padre José Maria depositou sempre a sua confiança em Deus, na contemplação do mistério da Paixão e na união com Cristo presente na Eucaristia. Assim, ele impregnava-se do amor de Deus, abandonando-se a Ele, "a única felicidade da terra", e desapegando-se dos bens do mundo, no silêncio da Trapa. No meio das provações, com o olhar fixo em Cristo, oferecia os seus sofrimentos pelo Senhor e pela Igreja. Possam os nossos contemporâneos, especialmente os contemplativos e os doentes, descobrir no seu exemplo o mistério da oração, que eleva o mundo a Deus e que revigora nos momentos de prova! 
Papa João Paulo II
 – Homilia de Beatificação – 03 de outubro de 2004 
José Maria Cassant nasceu no dia 6 de Março de 1878 na localidade de Casseneuil (França), no seio de uma família de arboricultores. Estudou no colégio dos Irmãos de São João Baptista de la Salle, com dificuldades crescentes em virtude da falta de memória. Tendo recebido uma sólida educação cristã, aumentava nele um profundo desejo de se tornar sacerdote. Assim, no dia 5 de Dezembro de 1894 entrou à abadia cisterciense de Santa Maria do Deserto, na Diocese de Tolosa.

17 de junho - Santo Hervê

Santo Hervê, segundo a lenda, era filho de Hyarnion, menestrel, membro da corte do Rei Childeberto I e de Rivanone. Seu pai, piedoso e casto homem, deixou a corte do rei Childeberto para retirar-se à terra natal, a Bretanha. A caminho, adormeceu, e um anjo apareceu a ele em sonhos, ordenando-lhe que se casasse com uma jovem, a pura Rivanone. Desperto, impressionando pelo sonho, Hyarnion não tardou encontrar a mulher que o anjo lhe propusera. Do casamento de ambos nasceu Hervê, cego. Menino predestinado, buscou com avidez a solidão. Quando seu pai morreu, Rivanona confiou a criança a um homem santo chamado Artian. Mais tarde, Hervé mudou-se para seu tio, que tinha uma pequena comunidade monástica em Plouvien, onde ele experimentou todos os tipos de trabalho na fazenda. Uma lenda conta que um dia ele estava trabalhando nos campos quando um lobo veio e devorou ​​o burro que rebocava o arado. Guirano, o jovem assistente de Hervé, gritou para avisá-lo do perigo, mas ele começou a orar, domando o lobo, que concordou em terminar o trabalho de aragem. Conta-se que a partir de então,o lobo o guiava. Com seu discípulo Guiharan, Hervé viveu perto de Plouvien como eremita e menestrel.

Santos Blasto(Brás-Biagio) e Diógenes, mártires, na via Salária Antiga

Brás e Diógenes são dois santos mártires da antiguidade, cujos restos mortais descansam na Basílica romana de Santa Praxedes. Venerados desde a Idade Média, sabe-se que Brás era um tribuno, condenado por ser cristão, em 269; o martírio de Diógenes está descrito na epígrafe do presbítero Marea.
† cerca de 269 
Blasto (ou Biagio) e Diógenes são dois mártires da antiguidade cujos restos mortais repousam em Roma, na Basílica de Santa Prassede. Venerado já na Idade Média, sabe-se que Biagio é um tribuno condenado em 269 por ser cristão; uma epígrafe do presbítero Marea nos conta sobre o martírio de Diógenes.
Martirológio Romano: Em Roma, na Via Salaria Vecchia, os santos Blasto e Diógenes, mártires. 

Santa Valeriana e comp., Virgens e Mártires – 17 de junho

Martirizadas em Aquileia, província de Udine, Itália, no século I-II.  
     A única santa que leva este nome se encontra em um grupo de quatro mártires de Aquileia, comemoradas no Martirológio Jeronimiano no dia 17 de junho. 
     As quatro mártires são: Círia, Musca, Valeriana e Maria. Lamentavelmente a antiguidade dos livros litúrgicos, a ação destrutiva que chegou à antiga cidade de Aquileia, fundada pelos romanos no ano 181 a. C., por meio da invasão de Alarico no ano 401, e depois por Átila no ano 452, resultaram na perda das informações sobre as quatro mártires.
     Em todo caso, somente as duas primeiras – Círia e Musca – são recordadas inicialmente na liturgia de Aquileia, e depois na liturgia de Udine. O antigo breviário as considera irmãs, as quais desprezaram a vida mundana e se consagraram como virgens ao serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo: Círia dedicando-se à vida contemplativa; Musca à vida ativa.
     Elas sofreram o martírio em Aquileia, durante as perseguições dos séculos I-II, porque não conseguiram fazê-las sacrificar aos deuses. 
     As outras duas não constam dos primeiros breviários de Aquileia, e não se sabe porque Valeriana e Maria foram consideradas mártires com as duas irmãs no Martirológio Jeronimiano.

Beata Teresa de Portugal, Rainha e Cisterciense - Festa 17 de junho

     Não só nos mosteiros e conventos se refugiava e florescia a santidade na Idade Média. Nos palácios, as famílias reais deram muitos santos a Igreja. Em Portugal, três filhas de D. Sancho I (1154-1211), bem fidalgamente souberam se enfeitar com a riqueza e a beleza das virtudes cristãs, para se tornarem exemplos aos reis e aos povos. Nascidas e educadas na corte, duas delas chegaram mesmo a contrair matrimônio. Mas todas três renunciaram depois ao mundo, suas comodidades e enredos, para se consagrarem à perfeição religiosa. Foram elas Beata Sancha (1180-1229 festejada 11 de abril), Beata Teresa (1177-1250) e Beata Mafalda (1195-1256 festejada 2 de maio). Uma outra irmã, Branca de Portugal, também tornou-se religiosa.
     Hoje a Igreja comemora a Beata Teresa de Portugal, no século Teresa Sanches de Portugal. Ela é a menos conhecida das Santas que levam o seu nome, e às vezes é citada com a forma antiga do seu nome: Tarasia ou Tareja. Ela também ficou conhecida mais tarde como Infanta-Rainha ou Rainha Santa Teresa. Era a filha mais velha de Sancho I, segundo rei português; seus avós paternos foram Mafalda de Saboia, filha do Conde Amadeu III, e Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Santa Eufêmia de Altomünster, Abadessa - 17 de junho

Em 1098, Bertoldo II, Conde de Andechs, herdou as propriedades de seu pai na Bavária, perto de Ammersee e do Lago Starnberg, bem como as da Francônia superior. Por volta de 1120 ele sucedeu a dinastia Sigimar como bailio da Abadia Beneditina, o que fez com que sua influência aumentasse consideravelmente. Ele foi co-fundador da Abadia de Diessen e mantinha relacionamento com a Abadia Admont. Quando sua filha Cunegundes ingressou na Abadia Admont, ele doou terras em Moosburg para o mosteiro. Ele casou-se com Sofia, filha do Margrave Poppo II da Istria, membro da Casa de Weimar-Orlamünde. Sofia era neta pelo lado paterno da filha do Rei Bela I da Hungria, da Casa dos Arpádios. Eles tiveram quatro filhos: Poppo, Bertoldo III, Oto, Bispo de Brixen, Gisela, casada com o Conde Diepoldo II de Berg-Schlklingen. Após a morte de Sofia, ele casou-se com Cunegundes, filha do Conde Egberto II de Formbach-Pitten, herdeira de Formbach. Com ela ele teve três filhas: Mechtildis (Matilde), abadessa de Diessen e de Edelstetten; Eufêmia, abadessa de Altomünster e Cunegundes, monja na Abadia de Admont. * Após a morte de São Alto sua fundação, a Abadia de Altomünster, em Dachau, entrou em decadência, mas foi renovada de uma forma maravilhosa por ele mesmo. Pela caridade do Conde Welf e de sua mãe Itha, o mosteiro gradualmente se reergueu com os monges beneditinos até o ano de 1047. Em 1047, Irmentrudis, viúva do Conde Welf, decidiu deixar o mundo para servir a Deus em um mosteiro. A solidão de Altomünster falava mais a sua alma do que Altdorf, onde havia passado sua vida mundana.

São Manuel mártir, embaixador da Pérsia e advogado da Paciência

Comprei esta bonita gravura do século XVIII, aguarelada à mão, representando São Manuel mártir, envolto numa moldura em estilo rococó muito bonita. Ofereci-a de prenda de anos ao meu amigo Manel, uma vez que é uma representação do seu santo homónimo e além disso o meu amigo demonstra uma paciência notável nos restauros, que faz de mobiliário e de outras velharias. É sem dúvida São Manuel que o acode, quando o meu amigo decide por exemplo empalhar uma cadeira antiga.
São Manoel martir, embaixador da Persia
 e advogado da Paciência
Quanto ao São Manuel não há muitas informações sobre este santo e tudo o que a ele diz respeito está envolto numa lenda tão densa, que o seu nome nem consta do actual Martirológio romano.

Raniero de Pisa Peregrino, Santo +1160

A cidade de Pisa era, nos séculos XI e XII, um importante pólo comercial marítimo da Itália, que contribuía também no combate aos piratas sarracenos. Assim, paralelamente, ao burburinho dos negócios, a vida mundana da corte era exuberante e tentadora, principalmente para os mais jovens. Foi nessa época, no ano 1118, que Ranieri Scacceri nasceu em Pisa. Era filho único de Gandulfo e Emengarda, ambos de famílias tradicionais de nobres mercadores riquíssimos. A sua educação foi confiada ao bispo de Kinzica, para que recebesse boa formação religiosa e para os negócios. Porém Ranieri, mostrando forte inclinação artística, preferiu estudar lira e canto. E para desgosto dos pais e do bispo, seu tutor, ele se entregou à vida fútil e desregrada, apreciando as festas da corte onde se apresentava. Com isso, tornou-se uma figura popular e conhecida na cidade de Pisa. Aos dezenove anos de idade, impressionado com a vida miserável dos pobres da cidade e percebendo a inutilidade de sua vida, decidiu mudar. Contribuiu para isso o encontro que teve com o eremita Alberto da Córsega, que o estimulou a voltar para a vida de valores cristãos e a serviço de Deus. Foi assim que Ranieri ingressou no Mosteiro de São Vito, em Pisa, apenas como irmão leigo. Depois de viver, até os vinte e três anos de idade, recolhido como solitário, doou toda a sua fortuna aos pobres e necessitados e partiu em peregrinação à Terra Santa, onde permaneceu por quase quatorze anos. Viajou por todos os lugares santos de Jerusalém, Acre e outras cidades da Palestina, conduzindo a sua existência pelo caminho da santidade.

Emília de Vialar Religiosa, Fundadora, Santa 1797-1856

Emília de Vialar nasceu em 1797, no airoso burgo de Gaillac, no sul da França. Era filha de Tiago de Vialar e de Antonieta de Portal, duas das mais importantes famílias daquela região. A primeira educadora de Emília foi sua mãe que, graças a uma fé profunda, inculcou a sua filha os primeiros elementos da fé cristã. Emília tinha apenas 13 anos quando sua mãe morreu: esta perca foi causa de grande sofrimento para ela, mas apesar disso ela adaptou-se à vida de pensionária na “Abbaye au Bois”, em Paris. Dois anos depois, ela voltou para a sua cidade natal, dotada de uma boa educação e a sociedade civil de Gaillac acolheu muito cordialmente esta jovem tão graciosa e simpática. Mas o chamamento de Deus se fez sentir... Amadureceu lentamente ao través de mil dificuldades... Emília ressente ao mesmo tempo um grande interesse pelos pobres, pelos doentes e pelas crianças abandonadas da sua cidade, primícias da sua obra futura. Em 1832, no dia de Natal, Emília deixa a casa paterna onde, durante vinte anos ela tinha suportado um pai severo a quem ela declinara todas as ofertas de casamento, e Toinon, a criada autoritária que sempre procurava suplantar e ocupar o lugar desta jovem tão delicada nas actividades quotidianas. Graças à herança deixada por seu avô materno, ela comprou uma casa e ali se instalou na companhia de três das suas melhores amigas.

Como a fé no Sagrado Coração evitou a destruição de um vilarejo

Uma erupção vulcânica se aproximava do local. 
moradores correram para uma igreja 
e algo extraordinário aconteceu
     Estamos em abril de 1902. A bela cidade de St. Pierre, a capital de Martinica, é uma das cidades mais importantes dessa parte do mundo. Com pouco mais de 250 anos de história, ela é chamada de “a Paris do Caribe”. Exageros à parte, além da importância política e econômica, a cidade é um polo cultural. Seu pomposo teatro, recém reconstruído depois da destruição causada por um grande furacão no século anterior, atrai companhias de ópera da França e da Itália. Os quase 30 mil habitantes levam uma vida europeia, mas com clima caribenho. Mas tudo está para mudar. A cidade, um movimentado porto, está localizada nos pés da montanha Pelée, que na verdade é um vulcão meio dorminhoco. A bela e tranquila paisagem é retratada em muitos quadros e até nas recentes “photographias". Piqueniques são organizados nas encostas das montanhas, enquanto turistas mais intrépidos sobem até o alto da montanha, onde está o “Étang Sec”, ou lago seco, a grande cavidade que um dia já havia sido uma caldeira de vulcão.

ORAÇÕES - 17 DE JUNHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
17 – Terça-feira – Santos: Ismael, Manuel, Rainério
Evangelho (Mt 5,43-48) “Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!”
Quase parece que a humanidade pouco mudou nos séculos; ainda hoje a vingança aí está em suas tantas formas, apesar de tanto tempo de cristianismo.Jesus condena qualquer vingança. E ensina que não basta não nos vingar; devemos perdoar. E não só perdoar, mas também amar, fazer o bem a quem não nos ama. Vejo que ainda estou longe do queele me ensinou com seu exemplo.
Oração
Senhor meu Deus, de fato não tenho sofrido grandes ofensas, injustiças e danos. Mesmo assim, tantas vezes me vejo planejando desforras e revides. Meu amor  é pequeno, não sei perdoar nem amar, apesar do quanto me amais e perdoais.Mais uma vez perdoai-me e aumentai meu amor todos. Ajudai-me a perdoar de coração quando me ofenderem e fizerem sofrer. Sempre, como fizestes. Amém.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Esperar o Natal do Senhor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Realizada a profecia
 
A oração da Eucaristia de hoje nos convida a voltarmos para o mistério da Vinda do Senhor. A segunda vinda de Cristo estimula a nos voltarmos para a primeira vinda na noite do Natal. O Senhor sempre vem ao nosso encontro. Tantas profecias anunciaram e descreveram com detalhes sua chegada entre nós. O último profeta do Antigo Testamento atesta que Ele está presente. Somos convidados na celebração a celebrar essa vinda. Rezamos: “Deus, que vedes vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da Salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia”. Celebrar não é só lembrar, mas atualizar esses acontecimentos para que nos fortaleçam para viver o mistério na vida. A celebração sempre conduz à vivência. A realização das profecias se dá também nas atividades do Messias. Isaias anima o povo a se levantar do sofrimento e ver o quanto Deus o fortalece. Deus vem a seu encontro. Jesus realiza concretamente essa transformação. João Batista, para confirmar com o próprio Jesus se Ele era o Messias, manda discípulos perguntar: “És tu aquele que deve vir ou devemos esperar outro?” (Mt 11,3). Jesus não responde com palavras, mas com gestos: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” (Mt 11,4,-5). Jesus tece, então, um grandioso elogio a João dizendo que ele é um profeta verdadeiro e o maior entre os nascidos, mas menor que qualquer um do Reino. O menor é Jesus que maior que João. 
Vinde salvar o povo 
A vinda de Jesus ao mundo foi para dar a salvação, isto é, para abrir-nos o caminho da comunhão com Deus no perdão total dos pecados. Esta salvação traz profunda alegria. É o que o profeta quer dizer com as profecias: “Então se abrirão os olhos dos cegos, e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos” (Is 35,5-6ª). Todos os sentidos do homem serão atingidos pela renovação que Deus trará. O salmo traz as mesmas palavras lembra a misericórdia para com os sofredores (Sl 145). A libertação social e política tornam-se símbolo da libertação espiritual quando Jesus lhe dá o sentido do Reino que liberta a pessoa em todos os sentidos. Aqui encontramos um fundamento para um projeto de evangelização e pastoral: cuidar do homem todo, sobretudo dos mais abandonados, pois Jesus dá um sinal de garantia de sua missão: “Os pobres são evangelizados” (Mt 11,4-5). Esse é o Reino de Deus entre nós. Jesus é aquele que deveria vir. Ele acrescenta: “Feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim” (id 6). Quando isso nos incomoda é porque Jesus está nos incomodando. Esta é a verdadeira política.
Ficai firmes 
O profeta anima a estarmos firmes: “Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados... Criai ânimo... Ele vem para nos salvar (Is 35,3-4). Tiago nos sustenta: “Ficai firmes e fortalecei vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5,8). A vinda de Jesus no Natal estimula a nos despojarmos de tudo o que possa obscurecer sua revelação. Agora a preocupação de muitos da Igreja está um pouco longe do Menino de Belém. Mas ela tem pela frente o Glorioso que virá para nos perguntar pelo que fizemos pelos nossos pobres. Precisamos de uma conversão que nos desvista de exterioridades para ir ao fundo do coração sofredor. Que a escola de Belém não se feche para nós.
Leituras: Isaias 35,1-6ª.10; 
Salmo 145;
Tiago 5,7-10; Mateus 11,2-22. 
1. Jesus realiza as profecias ao confirmar a João que Ele é o Messias. 
2. A vinda do Messias foi para dar a salvação, isto é, abrir-nos o caminho para a comunhão com Deus e o perdão dos pecados. Essa salvação é total. E se completa na evangelização dos pobres. Escandalizar-se de Jesus é incomodar-se com essa libertação. 
3. Somos animados pelo profeta e por Tiago a nos firmarmos nele e realizar uma salvação que nos oferecida. 
O homem em maiúsculo 
É comum ouvirmos que este é um homem com H maiúsculo. Não basta iniciar. É preciso ir até o fim. Ser grande não é fazer grandes coisas: é levar adiante sua missão, mesmo que isso custe. João quer confirmar se Jesus é o Messias enviado por Deus. Isaias promete uma mudança radical para o povo. Essa renovação Jesus a realiza acrescentando a transformação do mundo pelo evangelho. Não aceitar é escandalizar-se. Nesse Advento somos conduzidos pela grandiosa figura de João Batista. Jesus gostava de seu primo e o admirava a ponto de dizer que, “de todos os homens que já nasceram nenhum é maior do que João. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele” (Mt 11,11). Quem é o menor? Jesus se coloca como o menor. Podemos entender também que João, como é aquele que fecha o Antigo Testamento, é menor do que quem vive a novidade do Reino. 
Homilia do 3º Domingo do Advento (11.12.2016)

EVANGELHO DO DIA 16 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 5,38-42. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: "Olho por olho e dente por dente". Eu, porém, digo-vos: não resistais ao homem mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda. Se alguém quiser levar-te ao tribunal para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto. Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas. Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena 
(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
O dom da discrição ou 
discernimento espiritual, cap. VII, n.º 8 
Paciência e caridade! 
Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe:"É através do seu próximo que o homem experiencia que possui em si a virtude da paciência, por ocasião das injúrias que dele recebe. São os orgulhosos que lhe permitem tomar consciência da sua própria humildade, os incrédulos, da sua fé, os desesperados, da sua esperança, os injustos, da sua justiça, os cruéis, da sua misericórdia, os irascíveis, da sua mansidão e benignidade. Todas as virtudes são testadas e exercitadas por via do próximo, assim como é através dele que os perversos mostram toda a sua malícia. Quando vê o infiel, aquele que não tem esperança em Mim – pois quem não Me ama não pode ter fé nem confiança em Mim, mas crê e espera apenas na sua própria sensualidade, que lhe absorve todo o amor –, o meu servo fiel não deixa, no entanto, de o amar fielmente, na esperança de procurar em Mim a sua salvação. Assim, pois, a infidelidade de alguns e a sua falta de esperança servem para expressar a fé do crente. E não é só que a virtude se fortalece naqueles que devolvem o mal com bem, mas, digo-vos, a provação faz deles brasas ardentes, incendiadas pelo fogo da caridade, cuja chama consome o ódio e o rancor no coração e na mente do mais furioso ímpio, transformando a inimizade em benevolência. Tal é a eficácia da caridade e da paciência perfeita no homem que enfrenta a cólera dos maus e sofre os seus assaltos sem queixas. Por sua vez, a virtude da fortaleza e da perseverança é provada pela longa resistência às afrontas e calúnias dos homens, que muitas vezes, ora pela violência, ora pela lisonja, procuram desviar [a alma] do caminho e da doutrina da verdade. Quando a virtude da fortaleza foi de facto concebida interiormente, permanece inabalável e resiste a todas as adversidades, pondo-se à prova nas suas relações com o próximo."

São Benno (Benno) Bispo de Meissen Festa: 16 de junho

(*)Saxônia, século XI
(+)Meissen, 16 de junho de 1107 
Benno (ou Bennone), bispo de Meissen, na Saxônia, quando foi deposto pelo Imperador Henrique IV em 1085 (por ter defendido o Papa Gregório VII), jogou as chaves da catedral no rio Elba. Ao retornar, anos depois, recuperou-as da barriga de um peixe. Por isso, é frequentemente retratado enquanto esse milagre ocorre. E por essa razão é o padroeiro dos pescadores. É também o padroeiro da diocese de Dresden-Meissen e de Munique. Aqui, é celebrado com grande solenidade e até folclore (houve uma época em que havia uma cerveja que levava seu nome). Morreu em 1106, após 40 anos de episcopado. Foi canonizado em 1523 por Adriano VI. E a solene exumação de seus restos mortais, realizada no ano seguinte, deu a Lutero a oportunidade de escrever um panfleto violento contra o culto aos santos. Quando a Saxônia se tornou protestante, o túmulo de Benno foi destruído. Mas as relíquias já haviam sido levadas para Munique, para a Frauenkirche, onde ainda estão. (Avvenire) 
Martirológio Romano: Em Meissen, na Saxônia, na Alemanha, São Beno, bispo, que por querer preservar a unidade da Igreja e a fidelidade ao Romano Pontífice foi expulso de sua sede e enviado para o exílio.

Santo Aureliano de Arles Bispo Festa: 16 de junho

Aureliano foi eleito bispo de Arles em 546. A pedido de Childeberto, foi nomeado pelo Papa Vigílio vigário da Sé Apostólica na Gália e investido com o pálio. Fundou o mosteiro de São Pedro, ao qual deu uma regra inspirada na de São Cesário, e participou do Concílio de Orleans em 549, no qual a condenação de Nestório e Eutiques foi renovada. Recebeu uma carta, datada de 29 de abril de 550, de Vigílio em resposta a uma das suas, na qual se queixava da atitude papal em relação aos "três capítulos". O pontífice justificou-se dizendo que não pretendia admitir nenhuma proposição contrária ao estabelecido pelos concílios de Niceia, Calcedônia e Éfeso (I) e pediu-lhe que interviesse junto a Childeberto para que este obtivesse da Totila ariana e dos godos o respeito da Igreja de Roma. Aureliano morreu em Lyon, talvez em 16 de junho de 550-551, e foi sepultado na Basílica dos Santos Apóstolos. Mencionado por Floro e Adônis, o nome de Aureliano também aparece no Martirológio Romano, que comemora sua festa na data de hoje. (Avvenire)
Etimologia: Aureliano = ouro e sol - latim e grego; que brilha, resplandecente - do etrusco 
Emblema: Cajado de pastor 
Martirológio Romano: Em Lyon, na França, a deposição de Santo Aureliano, bispo de Arles, que, nomeado vigário na França pelo Papa Vigílio, erigiu dois mosteiros em sua cidade, um para homens e outro para mulheres, dando-lhes uma regra elaborada por ele mesmo.

16 de junho - Beato Donizetti Tavares de Lima

“Maria, a principal responsável pelo meu chamado à vida religiosa, porque só ela sabe interceder com o Senhor" Donizetti Tavares de Lima nasceu em Santa Rita de Cássia (hoje Cássia), no estado de Minas Gerais, em 3 de janeiro de 1882, quinto dos dezesseis filhos de Tristão, advogado e Chichina, professora. Quando criança, ele se mudou com sua família para o estado de São Paulo. Tendo vivido um período complexo na história do Brasil, esse zeloso ministro de Deus se destaca como pastor integral de almas, que no decorrer de sua vida sacerdotal foi guiado pelo amor de Deus e do próximo. Como pároco, ele não se poupou no serviço do seu povo: ninguém foi excluído de sua atenção, pois todos os homens como filhos de Deus eram iguais, ele não olhou para a cor da pele, a cultura, a fé.

16 de junho - Beato Tomás Reding

Na grande perseguição contra os católicos, decretada por Henrique VIII, rei da Inglaterra, todas as ordens religiosas da época, juntamente com o clero diocesano, deixaram um tributo de sangue e martírio para a defesa da Igreja Católica. Mesmo os cartuxos, por mais que gostassem de serem monges não dedicados a qualquer atividade política, contribuíram nesse martírio; os monges da Certosa di Londra também receberam a visita dos oficiais do rei que, com base no decreto emitido, pediu a todos os adultos, inclusive religiosos, que aprovassem o repúdio pelo rei, a rainha Caterina de Aragão e, portanto, a aceitação como soberana, de Anna Bolena. O prior e o promotor acabaram na prisão por se oporem à legitimidade do repúdio, mas depois de um mês, convencidos de que esse juramento não tocava na fé, acabaram jurando e depois foram libertados. Voltaram para a Cartuxa convencendo os outros monges de seus argumentos e assim em 25 de maio de 1534, eles juraram aos funcionários, que haviam retornado acompanhados pelos soldados. A paz que esperavam não durou muito, porque no final do ano de 1534 um novo decreto do rei e do Parlamento estabeleceu que todos os súditos tinham que repudiar a autoridade do papa e reconhecer o rei como chefe da Igreja Anglicana mesmo em coisas espirituais e quem não repudiasse o papa era culpado de lesa majestade.

São Tícon

Tícon, filho de um padeiro, na ilha de Chipre, era um rapaz muito generoso. Sempre que seu pai deixava o filho sozinho na loja, o jovem santo dava o pão livremente para aqueles que precisavam. Descobrindo isso, seu pai ficou furioso, mas o filho disse que tinha lido nas Escrituras, que, ao dar a Deus você recebe de volta cem vezes mais. "Eu", disse o jovem, "dei a Deus o pão que foi tomado", e ele convenceu o pai a ir para o lugar onde o grão estava armazenado. Com espanto o pai viu que o celeiro, que antes estava vazio, agora estava transbordando com o trigo. A partir desse momento o pai não impediu seu filho de distribuir pão aos pobres. À morte do pai, Tícon preferiu desfazer-se do forno; vendeu-o e distribuiu até o último tostão aos pobres e se pôs a serviço do bispo Amatonte, que o ordenou diácono. À morte do bispo, Tícon foi eleito pelo povo seu sucessor. Generoso com os pobres, mas intolerante ao culto pagão, começou com um gesto audaz, destruindo o templo da deusa Ártemis, cuja sacerdotisa não só aceitou o fato consumado, mas também pediu para ser batizada e foi atendida. Também fez isso com a mais popular divindade cipriota, precisamente a Vênus Cípria, ou Afrodite, cuja estátua o zeloso bispo despedaçou druante a procissão anual do templo ao bosque sagrado, meta de ritos orgíacos. Os devotos de Vênus não lhe perdoaram. Colocaram-no em um carro e o conduziram ao governador. O processo concluiu-se do melhor modo: grande parte dos acusadores, incluindo o governador, converteram-se.

Santas Griciniana e Actinea Martiri Festa: 16 de junho

Volterra, † cerca de 303
 
A tradição diz que eram nativos de Volterra ou áreas vizinhas, vítimas da perseguição anticristã sob Diocleciano e Maximiano, com seu martírio em 303 d.C. Sua memória é preservada em uma carta do Papa Inocêncio (se Inocêncio II ou III permanece um debate em aberto), que autorizou sua solenização e veneração. Encontradas em 1140 em Volterra, suas relíquias são agora guardadas na Colegiada da Madonna Assunta em Casole d'Elsa. Embora os detalhes de suas vidas permaneçam obscuros, sua festa litúrgica, celebrada em 16 de junho em Volterra, Val d'Elsa e na província de Siena, perpetua sua memória. Infelizmente, as informações sobre as duas santas Griciniana e Actinea são muito escassas e, ao mesmo tempo, pouco confiáveis.

Beata Maria Teresa Scherer, Religiosa - 16 de junho

Madre Maria Teresa, nasceu em 31 de outubro de 1825, em Meggem (Lago dos Quatro Cantões), Suíça. Era a quarta de sete filhos da família Scherer-Sigrist. Seus pais eram humildes camponeses e bons cristãos. Foi batizada com o nome de Ana Maria Catarina. Aos sete anos ficou órfã de pai, indo viver com os tios maternos, dos quais um era seu padrinho. Por desejo de sua mãe, aos dezesseis anos entrou no Hospital Regional de Lucerna para completar sua preparação doméstica. O início ali foi muito difícil para a jovem cheia de espontaneidade, contudo, mais tarde ela escreveu sobre aquela época: “a graça venceu”. Aos 17 anos foi admitida na Ordem Terceira Secular de São Francisco, em seu tempo um prodígio para alguém daquela idade, e na Associação das Filhas de Maria. Durante uma peregrinação à Einsiedeln se sentiu chamada para a vida religiosa. Em 1 de março de 1845, a jovem alegre e determinada ingressou no Instituto das Religiosas do Ensino de Menzingen, fundada pouco tempo antes pelo Capuchinho Frei Teodósio Florentini. A comunidade que recebeu a jovem Catarina era formada pelas Irmãs Bernarda, a Superiora, Irmã Cornélia, a responsável pelas candidatas, e Irmã Feliciana.

Virgem Santíssima Limbania, beata - Festa: 16 de junho

Limbania nasceu, segundo a tradição, na ilha de Chipre, que era um domínio dos genoveses, e ainda jovem, a fim de preservar sua virgindade para Deus, abandonou a família e veio para Gênova, onde foi acolhida entre as freiras do mosteiro de São Tomás, que ficava às margens da cidade, e lá viveu por muito tempo praticando muitas penitências. Seu culto era difundido na diocese de Gênova desde o século XIII. Segundo indicações confiáveis, por volta de 1294, a cabeça de uma santa ou beata chamada L. era venerada na igreja de São Tomás, em Gênova. Mas não há dados históricos sobre a identidade de Limbania, ou a época em que ela viveu. As lições do Ofício Próprio, aprovadas em 1609, afirmam que a santa, que viveu no século XII, era originária de Chipre e havia deixado sua terra natal para preservar sua virgindade. Ela viveu reclusa no mosteiro beneditino de São Tomás, escolhendo uma cavidade sob o piso da cozinha, onde levou uma vida de penitência extraordinária, flagelando-se com barras de ferro. Em 1509, a igreja de São Tomás passou para as freiras agostinianas, que, erroneamente, ligaram Limbania à sua Ordem. O culto à santa se espalhou. Em 1344, houve um processo canônico sobre seus milagres; em 1432, um altar foi consagrado ao seu nome e, em 1562, um sino foi fundido com sua efígie.

Julita e Ciro Leigos, Mártires, Santos Século IV

Julita vivia na cidade de Icónio, na Licaónia, actualmente Turquia. Ela era uma senhora riquíssima, da alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva logo após ter dado à luz um menino. Ele foi baptizado com o nome de Ciro, mas também atendia pelo diminutivo Ciríaco ou Quiríaco. Tinha três anos de idade quando o sanguinário imperador Diocleciano começou a perseguir, prender e matar cristãos. Julita, levando o filhinho Ciro e algumas servidoras, fugiu para a Selêucia e, em seguida, para Tarso, mas ali acabou presa. O governador local, um cruel romano chamado Alexandre, tirou-lhe o filho dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais para sua tortura. Colocou-o sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo. Como ela não obedeceu, os castigos aumentaram. Foi então que o pequenino Ciro saltou dos joelhos do governador, começou a chorar e a gritar junto com a mãe: "Também sou cristão! Também sou cristão!" Foi tamanha a ira do governador que ele, com um pontapé, empurrou Ciro violentamente, fazendo-o rolar pelos degraus do tribunal, esmigalhando-lhe, assim, o crânio.

Lutgarda de Tongres Religiosa, Mística, Santa 1182-1246

Religiosa de cister em Aswieres, Bélgica. 
Uma das maiores místicas da Igreja.
Nasceu em Tongres - Holanda no ano de 1182. Morreu aos 64 anos de idade, no dia 16 de junho de 1246, no convento de Aswieres. Lutgarda de Tongres, místicaUma das místicas mais notáveis dos séculos doze e treze. Aos doze anos foi recomendada às monjas beneditinas do convento de Santa Catarina. Teve a graça de compartilhar, misticamente, o sofrimento de Nosso Salvador, quando meditava sobre Sua Paixão; nessas ocasiões, apareciam sobre sua fronte pequenas gotas de sangue. Sentia como próprias as dores dos seres humanos. Fazia doze anos que Lutgarda vivia na convento de Santa Catarina, quando sentiu chamada a prosseguir as regras mais estritas dos cistercienses. Decidiu entrar à casa do Cister em Aywieres. Deus lhe concedeu poderes para curar enfermidades, para profetizar e conhecer, o significado das Sagradas Escrituras. Onze anos antes de morrer perdeu a visão, assumiu esta dor com alegria, entendendo-a como uma graça de Deus para desprendê-la mais do mundo visível. A Beata Maria de Oignies assegurava que nada havia tão eficaz para conseguir a conversão dos pecadores e a libertação das almas do purgatório, como as orações de Santa Lutgarda. Faleceu a noite anterior à festa da Santíssima Trindade, precisamente quando começava o ofício noturno para o domingo.

João Francisco Régis presbítero, santo + 1640

Sacerdote Jesuíta e 
pregador de missões na França.
Francisco Régis nasceu, em 31 de Janeiro de 1597, numa pequena aldeia de Narbona, na França. Filho de um rico comerciante, foi educado num colégio dirigido por sacerdotes jesuítas desde pequeno. Nada mais S. João Francisco Régis, Jesuítanatural que entrasse para a Companhia de Jesus quando, em 1616, decidiu-se pela vida religiosa. Desejava, ardentemente, seguir o exemplo dos jesuítas missionários que evangelizavam em terras pagãs estrangeiras. Tornou-se rapidamente respeitado e admirado pela dedicação na catequização que fazia directamente ao povo, auxiliando os sacerdotes, assim como nas escolas que a Companhia de Jesus dirigia. Aos trinta e três anos, ordenou-se sacerdote, tomando o nome de João Francisco. Só então o seu contagiante trabalho disseminou-se pela cidade, por meio das obras dedicadas aos marginalizados, necessitados e doentes. Essa era a missão importantíssima que o aguardava lá mesmo, na sua terra natal: atender aos pobres e doentes e converter os pecadores. Entre os anos 1630 e 1640, duas epidemias de pestes assolaram a comunidade. Francisco Régis era incansável no atendimento aos doentes pobres e suas famílias.

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus - 16 de junho

 SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta-feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi. O coração é mostrado na Escritura como símbolo do amor de Deus.

“Vosso Coração, Jesus, foi ferido, para que, na ferida visível, contemplássemos a ferida invisível de vosso grande amor.”  (Santo Agostinho)

Festa do Sagrado Coração

Uma festa propriamente dita do Coração de Jesus foi celebrada, pela primeira vez, em 20 de outubro de 1672, pelo padre São João Eudes.

Depois, aparecendo muitas vezes a Santa Margarida Maria Alacoque, de 1673 até 1675, foi que Jesus revelou sobre a devoção ao Sagrado Coração, “a grande devoção”, e sobre o desejo da instituição desta Festa, mostrando-lhe o Coração que tanto amou os homens e é por parte de muitos desprezado.

A característica própria dessa solenidade é a ação de graças pela riqueza insondável de Cristo e a contemplação reparadora do Coração Transpassado. O Papa Pio IX, em 1856, estendeu a festa a toda a Igreja Latina. Em 1899, Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus.

Paulo VI disse, certa vez, que a devoção é garantia de crescimento na vida cristã e garantia da salvação eterna.

ORAÇÕES - 16 DE JUNHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
16 – Segunda-feira – Santos: Julita, Aureliano, Beno
Evangelho (Mt 5,38-42)“Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente!Eu, porém, vos digo...”
Ouvimos sempre o mesmo “olho por olho e dente por denterepetido ao nosso redor. É o princípio que orienta muitos governantes, poderosos e influentes, e tentacorromper também os seguidores de Jesus. Preciso resistir à tentação de opor violência a violência, ódio a ódio. Preciso acreditar com Jesus que só a confiança, o perdão e o amor podem mudar os corações, o meu e os de todos.
Oração
Senhor Jesus, não é fácil aceitar o que dizeis, mas tenho de reconhecer que foi assim que vivestes e morrestes. Mas, também vejo as dores e desgraças trazidas ao mundo pelo ódio e pelas vinganças.Não podemos continuar assim. Ajudai-nos a amar e perdoar sempre,sem condições, sabendo o quanto nós mesmos precisamos de perdão. Somente vós, que sois Deus, o podeis fazer. Amém.

domingo, 15 de junho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Santíssima Trindade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO(+)
REDENTORISTAS NA PAZ DO SENHO
R
Deus que nos convida
 
Celebrando a festa da Santíssima Trindade não estamos diante de um mistério impossível de se conhecer, mas possível de comunhão e maior compreensão. Deus não é complicação. Deus não Se revelou para mostrar sua grandeza, mas sua abertura. Sua simplicidade nos deixa confusos. Como pode Deus ser tão simples a ponto de se manifestar e abrir-se à participação de sua vida? Para levar a pessoa humana à compreensão de sua realidade, não nos deu uma lição, mas sua mão, dando-nos a Palavra Eterna, o Filho Bendito. Com o Espírito Santificador nos revela seu mistério e nos acolhe como participantes de sua vida. A liturgia procura inculcar o respeito, a adoração e o sacro temor que não tira a proximidade. Felizes, podemos acolher o chamado e corresponder a seu projeto de amor. Na Trindade Santa há três Pessoas Divinas, mas um só Deus. A unidade não se faz por soma das Três Pessoas. A unidade vem da intensidade do amor que os une a ponto de serem uma só pessoa. Se no matrimônio podemos dizer: “e os dois serão uma só carne” pela força do Sacramento, mais ainda serão um só pela força de unidade que se expande até nós. Nas obras que chegam a nós, como criação, redenção e santificação age particularmente uma Pessoa Divina, mas age na união das Três Pessoas. Por isso dizemos: Ao Pai, no Filho, pelo Espírito Santo. Na criação do mundo a Palavra Eterna, o Filho, está com o Pai, como uma criança que brinca no globo da terra e se alegrava em estar com os filhos dos homens (Pr 8,30-31). Os sofrimentos são suportados como vitória de nossa segurança no Espírito Santo permanece no amor derramado em nós. 
O Espírito vos conduzirá 
Poderemos tranqüilizar o coração quanto à nossa fragilidade em viver esse sacrossanto mistério, pois o Espírito nos conduza, como disse Jesus: “Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que Ele receberá e vos anunciará é meu” (Jo 16,15). O Espírito não anuncia um Evangelho diferente, mas é a continuação do próprio Jesus, pois há a distinção das Pessoas Divinas e unidade na ação. Não há mistério na ação do Espírito, uma vez que Ele é o mestre e educador. Ele nos conduz à verdade plena (13). Nossa fragilidade não se mede por conhecimento, mas pela participação na vida do Espírito. Não dependerá de nós como autores do bem. É Ele que educa nosso coração para termos a inteligência do amor. Nem sempre sabemos explicar o que cremos com palavras humanas, mas as palavras santificadas pelo amor explicarão ao nosso coração. Somente o amor do Espírito pode ensinar nosso coração: “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). 
Contemplando as estrelas 
O salmo 8 torna-se um evangelho que não foi anunciado por palavras, mas inscrito no universo. Como podemos compreender a grandeza do ser humano diante de tudo que existe? A natureza maravilhosa é caminho para Deus, e nos convence sobre a grandeza do ser humano que mesmo pequenino e insignificante é reconhecido por Deus com grandiosidade: “Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor. Vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes” (Sl 8). Deus confia ao homem o Universo. Pode assim, ser o continuador da missão de criar e conservar o mundo. Na Eucaristia nós realizamos o louvor, mas recebemos a participação na comunhão com Deus. 
Leituras:Provérbios, 8,22-31;Salmo 8;
Romanos 5,1-5; João 16,12-15. 
1. O mistério da Santíssima. Trindade não é incompreensível, mas aberto à comunhão e ao eterno conhecimento. O Espírito Santo revela e nos acolhe como participantes. A Unidade não é por soma, mas pelo amor total. A Palavra eterna brinca no globo da terra 
2. O Espírito nos introduz no conhecimento. Ele é o Mestre e Educador que conduz à verdade plena. Aprendemos em nossa fragilidade. O amor ensina ao coração. 
3. A natureza é caminho para Deus e nos convence que a pequenez do ser humano é reconhecida por Deus com grandiosidade. 
Nadando de braçadas 
Sempre se disse que a Trindade é um mistério incompreensível. Então não é mistério, é confusão. É insondável, quer dizer, sempre podemos aprender mais e viver melhor sua Vida e sua ação em nosso favor. Jesus nos dá o Espírito que nos conduz à verdade plena. O Espírito que Deus derramou em nossos corações garante que nossas esperanças não são vãs e podemos passar por tribulações, pois a esperança não nos decepciona. A Santíssima Trindade vive do Amor e da contínua entrega e acolhimento um do outro na beleza das Três Pessoas Divinas. A humildade é a virtude de Deus. Cada Pessoa Divina Se doa e acolhe a outra no ponto completo da unidade. Nosso Deus é o Deus da alegria: Jesus é chamado também de Sabedoria. Desde sempre esteve em Deus e com Ele criou o Universo. E diz: “Eu era seu encanto, dia após dia, brincando, todo o tempo em sua presença, brincando na superfície da terra, e alegrando-me em estar com os filhos dos homens. É preciso aproveitar a vida para nadar de braçadas no amor de Deus.
Homilia da Santíssima Trindade (22.05.2016)

EVANGEÇH DO DIA 15 DE JUNHO

Evangelho segundo São João 16,12-15. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vo-lo anunciará».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Columbano 
(563-615) 
Monge, fundador de mosteiros 
Instrução, 1,2-4 
A Santíssima Trindade deixa-Se conhecer 
pelos corações puros 
Quem é Deus, pois? Pai, Filho e Espírito Santo, Deus é um só. Não perguntes mais nada sobre Deus. Quem quiser conhecer a fundo as coisas relativas a Deus, comece por considerar a ordem natural. De facto, o conhecimento da Trindade é justamente comparado às profundezas do mar, sobre as quais diz a Sabedoria de Deus: «Continua distante o que estava distante, e profundo, o que estava profundo: quem o poderá sondar?» (Ecl 7,24). Pois, assim como o fundo do mar é invisível aos olhos dos homens, assim também a Trindade divina permanece inacessível à compreensão humana. Por isso, quem quiser compreender aquilo em que deve acreditar, não vá pelo raciocínio, mas pela fé, pois de outra maneira a sabedoria divina assim procurada afastar-se-á ainda mais. Assim, pois, não procureis o conhecimento supremo por meio de argumentos, mas levando uma vida perfeita, não pela língua, mas pela fé que brota de um coração simples e não de conjeturas eruditas. Se procurares o inefável através de raciocínios, ele afastar-se-á cada vez mais de ti; se o procurares pela fé, a sabedoria estará onde mora: à tua porta (cf Pv 1,21), e poderá ser vista, mesmo que só parcialmente. Na verdade, a sabedoria é alcançada quando acreditamos no invisível sem o compreender. Sendo Deus o invisível, temos de acreditar nele; e, no entanto, Deus pode ser visto, de certa maneira, pelos puros de coração.