segunda-feira, 23 de junho de 2025

EVANGELHO DO DIA 23 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 7,1-5. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não julgueis e não sereis julgados. Segundo o julgamento que fizerdes sereis julgados, segundo a medida com que medirdes vos será medido. Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como poderás dizer a teu irmão: "Deixa-me tirar o argueiro que tens na vista" enquanto a trave está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Cassiano 
(360-435) 
Fundador de mosteiro em Marselha 
Sobre a perfeição, Capítulo X; SC 54 
Não julgar, para poder imitar a Deus 
Aquele que alcança este amor do bem e esta imitação de Deus fica revestido dos sentimentos de longanimidade que foram os do Senhor e também rezará, tal como Ele fez, pelos seus perseguidores: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). Pelo contrário, é um sinal evidente de uma alma ainda não purificada do lastro dos seus vícios que, em vez de sentir misericórdia e compaixão pelas faltas do próximo, só tenha em si a rígida censura de um juiz. Como chegaremos à perfeição do coração se não tivermos aquilo que, nas palavras do apóstolo, constitui a plenitude da lei: «Carregai as cargas uns dos outros e assim cumprireis plenamente a lei de Cristo» (Gal 6,2); se não possuirmos aquela virtude da caridade que «não se irrita, não guarda ressentimento; [...] tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta» (1Cor 13,4-7)? Porque «o justo cuida das necessidades do seu gado, mas as entranhas dos ímpios são cruéis» (Pr 12,10). O monge está, evidentemente, sujeito aos mesmos vícios que condena nos outros com severidade rigorosa e desumana. De facto, «um mensageiro malvado cai na desgraça» (Pr 13,17); e «quem fecha os ouvidos ao clamor do pobre também clamará, mas sem que lhe respondam» (Pr 21,13).

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