quarta-feira, 24 de junho de 2020

Santa Maria Guadalupe Zavala, Fundadora -24 de junho

     No Evangelho lemos a tríplice pergunta que Jesus fizera a Pedro:  "Tu amas-Me?". Cristo faz esta mesma pergunta aos homens e mulheres de todas as épocas. Aconteceu assim na vida de Santa Maria Guadalupe Garcia Zavala, mexicana, que ao renunciar ao matrimônio, se dedicou ao serviço dos mais pobres, dos necessitados e dos enfermos, e por isso fundou a Congregação das Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres.
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     Com fé profunda, uma esperança sem limites e um grande amor a Cristo, a Madre Lupita procurou a própria santificação partindo do amor ao Coração de Jesus e da fidelidade da Igreja. Desta forma viveu o lema que deixou às suas filhas:  "Caridade até ao sacrifício e constância até à morte".
      Maria Guadalupe Garcia Zavala nasceu em 27 de abril de 1878 em Zapopan, Jalisco, México. Foram seus pais Fortino Garcia Zavala e Refugio de Garcia.
     Quando criança, ela era conhecida pela sua piedade e fazia visitas frequentes à Basílica de Nossa Senhora de Zapopan, que se encontrava ao lado da loja de artigos religiosos dirigida por seu pai. Com transparência e simplicidade fora do comum, Maria tratava a todos com igual amor e respeito.
     Ainda jovem planejou casar-se com Gustavo Arreola, mas de repente, aos 23 anos, rompeu seu noivado. O motivo: Maria sentiu-se chamada a amar Nosso Senhor de maneira exclusiva na vida religiosa, e entregar-se plenamente à assistência aos pobres e doentes.
Fundadora das “Servas”
     Quando Maria confidenciou a seu diretor espiritual, Pe. Cipriano Iñiguez, sua “súbita mudança de coração”, ele revelou que durante algum tempo tivera a intenção de fundar uma congregação religiosa que prestasse assistência aos hospitalizados, e convidou Maria para o acompanhar nessa fundação.
     A nova Congregação, que começou oficialmente em 13 de outubro de 1901, era conhecida como “Servas de Santa Margarida Maria (Alacoque) para os Pobres”.
“Pobre com os pobres”
     Maria trabalhava como enfermeira, dando assistência aos primeiros pacientes que foram recebidos no seu hospital. Independentemente da pobreza e da falta de bens materiais dos pacientes, a compaixão e o cuidado com o bem-estar físico e espiritual dos doentes foram suas principais preocupações. Maria entregou-se plenamente nesta tarefa de amor.
     Irmã Maria foi nomeada Superiora Geral da Congregação que crescia rapidamente. Ensinou às Irmãs que lhe foram confiadas, principalmente por meio de seu exemplo, a importância de viver uma verdadeira pobreza interior a exterior com alegria. Ela estava convencida que era apenas amando e vivendo a pobreza que se pode ser verdadeiramente “pobres com os pobres”. As Irmãs trabalhavam igualmente nas paróquias, onde elas ajudavam os sacerdotes ensinando o Catecismo.
      Madre Lupita era conhecida pela sua humildade, simplicidade e vontade de aceitar tudo o que vem das mãos de Deus. Embora fosse de família relativamente rica, como Superiora-Geral da nascente Congregação (cargo que desempenharia até o termo da sua vida) adaptou-se com alegria a uma vida extremamente sóbria e, nos momentos de grande dificuldade financeira para a Congregação, acompanhada das suas Irmãs, chegou a sair pelas ruas para pedir esmolas com a finalidade de ajudar os doentes confiados aos seus cuidados.
Arriscando a vida
     De 1911 até 1936, a situação político-religiosa no México tornou-se inquietante e a Igreja Católica sofreu perseguição. Madre Maria colocou a sua própria vida em risco, e a das Irmãs, para ajudar os sacerdotes e o Arcebispo de Guadalajara, D. Francisco Orozco y Jiménez, escondendo-os no hospital.
     Ela não se limitou simplesmente à sua caridade para ajudar os justos, mas também deu alimento e cuidados aos enfermos entre os perseguidores que viviam perto do hospital, e não demorou muito para que estes também começassem a defender as Irmãs e os doentes do hospital dirigido por elas.
     Em 1960, a Congregação comemorou as bodas de diamante da Fundadora, que aos 83 anos ainda vivia, mas com os sinais da doença que a levaria a morte dois anos depois.
     Os dois últimos anos de vida da Madre Lupita foram vividos em extremo sofrimento por causa de doença grave e, em 24 de junho de 1963, em Guadalajara, Jalisco, México, ela faleceu aos 85 anos de idade. Quando faleceu já gozava de uma sólida fama de santidade.
     Durante a vida da Fundadora 11 fundações foram criadas no México. Hoje a Congregação conta com 22 casas e está presente em cinco países: México, Peru, Islândia, Grécia e Itália. Madre Lupita foi amada por ricos e pobres e durante a sua vida inteira deu um exemplo de fidelidade à Igreja.
     Beatificada no dia 25 de abril de 2003, com aprovação da Congregação para as Causas dos Santos, a qual reconheceu no final de dezembro de 2003 um milagre atribuído a Madre Lupita. Foi canonizada no dia 12 de maio de 2013 em Roma pelo Papa Francisco.
Fontes:

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