quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Walsingham, a Loreto Inglesa

Na. Sra. de Walsingham
Walsingham é o principal título com que Nossa Senhora há cerca de mil anos vem aspergindo suas graças no Reino Unido, a partir do priorado agostiniano situado na região de mesmo nome, fundado em 1016. 
     Localiza-se ele a poucos quilômetros do Mar do Norte, numa das renomadas campinas verdejantes e ajardinadas da Inglaterra, no território de Norfolk, cujos Duques constituíram uma grande estirpe que manteve a fidelidade a Roma, em meio à generalizada apostasia anglicana. Em 1016 já vivia Santo Eduardo o Confessor, e poucos anos antes havia reinado seu tio, Santo Eduardo o Mártir.
     Desde o início, os insignes favores concedidos por Nossa Senhora naquele santuário tornaram-no objeto de frequentes peregrinações, que partiam de toda a Inglaterra e até do Continente europeu. Ainda no século atual é conhecido como Palmers’Way (Via dos Peregrinos) o principal caminho que conduz a Walsingham, através de Newmarket, Brandon e Fakenham.
     Muitas foram as dádivas de terras, prebendas e igrejas obsequiadas aos cônegos agostinianos de Walsingham em virtude da grande devoção mariana arraigada na população britânica, e dos muitos milagres alcançados através das súplicas dirijas a Nossa Senhora de Walsingham. O Rei Henrique III para lá peregrinou em 1241; Eduardo I, em 1280 e 1296; Eduardo II, em 1315; e Henrique VI, em 1455.

Tiago das Marcas Franciscano, Santo 1394-1476

Conhecido pela sua pregação 
sobre a austeridade de vida.
Também conhecido como Giacomo della Marca Nasceu em Monteblandone, Marca, em 1 de setembro de 1394 como Domingos. Tomou o hábito dos franciscanos com 22 anos em 1416. Ele tomou o nome de James e da província de onde veio, assim passou a se chamar Giacomo della Marca. Nos países latinos seu nome é Tiago della Marca. Antes de ser missionário por 50 anos ele foi educado com Sã Bernardino de Sena em Fiezole, perto de Florença, Itália e foi ordenado em 1423 com 29 anos. Ele tornou-se um notável pregador. Ele pregou por todos dias durante 40 anos e era sua vocação andar por toda a Europa e pregar o Cristianismo, sempre onde ele sentisse necessário. Ele tinha a paciência de um Beneditino para reconstruir todas as suas jornadas inclusive aquelas que fez com São João Capristano através da Itália ,Alemanha, Boémia, Polónia e Hungria. Esse franciscano cheio de incrível energia andava por todos os lados. Ele apareceu na Bósnia em 1432 onde o Rei Tuerko o recebeu de braços abertos Ali ele pregou contra a heresia dos Bogomils. Em 1436 Tiago estava na Boémia, Hungria e Áustria, fundando um mosteiro por mês.

Catarina Labouré Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

Virgem, religiosa Lazarista a quem
 Nossa Senhora das Graças apareceu em Paris, Rue du Bac.
Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa.
Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus 
a revelação dessa Medalha. 
***** 
A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA 
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores. Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida. Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da al-deia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações.

Nossa Senhora das Dores de Kibeho

 Nossa Senhora das Dores apareceu a três jovens, Afonsina Mumureke, Natália Mukamazimpaka e Maria Clara Mukangango entre 1981 e 1982, em Kibeho, Ruanda, centro da África. Foi a primeira aparição da Virgem Maria no continente africano reconhecida por autoridades da Igreja Católica.No final de 1981, Kibeho era apenas uma das pequenas aldeias pertencentes à diocese de Gikongoro. Nela havia um colégio fundado e dirigido por três Irmãs católicas, onde jovens ruandesas estudavam para serem secretárias ou professoras primárias. Como não se tratava de colégio para formação de religiosas, alí não se vivia um clima particular de devoção, pois sequer possuía uma capela. Podemos entender aí o fundamento das aparições de Maria. No almoço do dia 28 de novembro deste ano, Afonsina, de dezesseis anos, estava servindo suas colegas no refeitório quando ouviu nitidamente uma voz que a chamava: “Minha filha, venha até aqui”. A voz procedia do corredor, no fundo da sala de refeições. Afonsina foi até lá e viu, pela primeira vez, a Senhora. Assustada, Afonsina, pediu à desconhecida que fosse embora. A Santíssima Virgem então se apresentou no dialeto ruandês: “Ndi Nyina Wa Jambo”, isto é “Eu sou a Mãe do Verbo”. A estudante contou todo o ocorrido às religiosas e às colegas, mas ninguém lhe deu crédito. Como as aparições continuaram, Afonsina acabou passando por histérica. Sofrendo com essa situação, numa das visões ela pediu à Mãe que aparecesse ao menos às suas amigas, Natália e Maria Clara.

ORAÇÕES - 28 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Quinta-feiraSantos: Tiago das Marcas, José Pignatelli, Estêvão, o Moço
Evangelho (Lc 21,20-28)“Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.”
Lucas relata, a seu modo, as palavras de Jesus que anunciavam a destruição de Jerusalém como uma figura do final dos tempos. A linguagem reproduz o modo de falar dos profetas antigos, e os pormenores não devem ser interpretados literalmente. O final dos tempos mais do que pavor deve inspirar-nos esperança: “Quando isso começar a acontecer ... vossa libertação está próxima”.
Oração
Senhor meu Deus, nas guerras e males não vejo castigos divinos, mas apenas resultados da fraqueza e da maldade humana. São circunstâncias e situações que sabeis aproveitar para nos conservar ou repor no caminho da sabedoria. Ajudai-nos a aprender com os sofrimentos do passado e do presente, e iremos viver na paz e na tolerância. Assim o caminho será mais fácil para todos. Amém.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Quarta-Feira de Cinzas”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Fortaleza no combate
 
Iniciamos a Quaresma com a cerimônia da imposição das cinzas. É uma tradição antiga que significa entrar em penitência e conversão. Por esse rito iniciamos a caminhada para a Páscoa com a renovação de nosso batismo pelo qual participamos da Morte e Ressurreição do Senhor. É um momento importante para aprofundar a vivência do Mistério Pascal de Cristo. Na oração de bênção das cinzas imploramos: “Derramai a graça da vossa benção sobre os fiéis que vão receber estas cinzas para que, prosseguindo na observância da Quaresma, possam celebrar de coração purificado o Mistério Pascal do vosso Filho”. É tempo de reconciliação com Deus aprofundando as exigências da aliança que fizemos em nosso Batismo e confirmamos em cada Eucaristia. Paulo insiste na carta aos Coríntios: “Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus... Exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus” (2Cor 6,1). E lembra que estamos em um tempo favorável: “É agora o tempo favorável, é agora o dia da salvação” (2). A aclamação ao evangelho exclama: “Oxalá ouvísseis hoje sua voz: não fecheis os corações como em Meriba” (Sl 94,8). O combate é contra o mal que criamos e consome nossas forças. A tentação Jesus é a nossa também. Vamos vencer com Ele, porque estamos unidos a Ele em seu mistério de Paixão, Morte e Ressurreição. A graça é maior que nossas fraquezas. 
Dimensões da luta 
Vivemos um processo de conversão. Para esse tempo, temos como meio o que Jesus ensina: oração, jejum e esmola. O jejum é muito aconselhável. Não se trata de passar fome, mas de predispor à caridade e à oração, sem os quais o jejum perde o sentido. Isso já proclamou o profeta Isaías (Is 58,1-8). É interessante notar que a prática quaresmal de jejum, abstinência e oração são explicitações das três dimensões fundamentais do ser humano: sua relação com o Divino, com o outro e o mundo. Não se trata de um rito de passar fome, rezar e dar uma esmolinha, mas restaurar a harmonia do ser humano. O desequilíbrio da pessoa está na má gestão destes relacionamentos. O homem restaurado será o homem ressuscitado em Cristo, com novas atitudes. De Deus somos filhos, do outro somos irmãos e do mundo somos protetores. Se mudarmos este quadro e passamos a ser guiados pelas realidades do mundo, nós as tornamos deuses; Deus se torna outro qualquer sem significado para nossa vida. O irmão será escravo de um mundo explorado. Chegamos ao desequilíbrio e desarmonia. A oração nos faz voltar a Deus, A esmola nos torna fraternos e o jejum nos põe em equilíbrio no mundo. Fazer fechados no quarto significa o quarto do coração. Nesse, Deus habita e conhece. 
Tempo de penitência 
Pedimos perdão, pois somos pecadores. O jejum é a luta do dia a dia para vencer o mal. E a caridade sustenta essa luta e nos põe a serviço dos irmãos. Rezamos no prefácio da Eucaristia deste dia: “Pela penitência da Quaresma corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa”. Jesus pede sinceridade de coração. Que ela seja encontro com Deus. A esmola seja oculta, pois só é boa quando é feita por Deus. O jejum não é passar fome, mas tirar o superfluo em nossa vida. O mal pode nos dominar. Se cortarmos suas raízes ele morre. Para vencer é preciso buscar na Palavra de Deus e ter criatividade para superar. A campanha da Fraternidade convida à solidariedade. A morte de Jesus é solidariedade com todos que sofrem sob o peso do pecado. Ele assume nossos males e os prega na cruz com Ele.
ARTIGO PUBLICADO EM FEVEREIRO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 27 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,12-19. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena 
(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Carta 54 a Nicolas Soderini, n.° 218 
Revestirmo-nos da paciência de Jesus crucificado 
Meu querido Pai em Cristo, doce Jesus, eu, Catarina, serva e escrava dos servos de Jesus Cristo, escrevo-vos no seu precioso sangue, com o desejo de vos ver fortalecido em verdadeira e santa paciência; porque sem paciência não podemos ser agradáveis a Deus nem estar em estado de graça. A paciência é a medula da caridade. Sendo ela tão necessária, temos de a encontrar; e sabeis, meu doce e querido Pai, onde a encontraremos? No mesmo lugar e da mesma maneira que encontramos o amor. E onde adquirimos o amor? Encontramo-lo no sangue que Jesus crucificado derramou por amor sob o lenho da Santa Cruz. O amor inefável que vemos nele inspira-nos a amar, porque aquele que se vê amado não pode deixar de amar; e, quando ama, reveste-se da paciência de Jesus crucificado; e, com esta doce e gloriosa virtude, mantém-se calmo no meio de tempestades e provações sem conta. Revistamo-nos da doutrina de Jesus crucificado e abracemo-la; alegremo-nos nas tribulações, em vez de fugir delas, para nos assemelharmos Àquele que tanto sofreu por nós. Deste modo, mostraremos a nossa paciência, pois como podemos mostrá-la senão no tempo das tribulações? Mais tarde, no Céu, receberemos a recompensa de todas as nossas dores, mas não sem paciência. Foi por isso que vos disse que desejava ver-vos fortalecidos em verdadeira e santa paciência, para que, quando entrardes na nossa cidade de Jerusalém, na visão da paz, possais receber o que conquistastes durante a vossa peregrinação.

Santa Bililde, Duquesa e monja - 27 de novembro

     Pouco se sabe da vida de Santa Bililde (ou Bilhildis) de Altmünster. Seu culto é atestado pela primeira vez em um calendário de Mainz no ano 1000. Sua Vita embelezada foi escrita depois de 1060/62.
     Segundo a legenda, ela nasceu na Baviera, em Veitshoechheim, perto de Würzburg e era filha do Conde Iberin, da nobre família de Haganonen, e de sua esposa Matilde. No ano 672, Bililde desposou o Duque da Turíngia. Ela esperava uma criança quando seu marido partiu para uma guerra; ela então se refugiou junto ao seu tio, Bispo de Mogúncia, Sigiberto (ou Rigiberto). Seu filho morreu ali.
     Após a morte de seu marido, o Bispo Sigiberto adquiriu terras nas proximidades de Mainz. Lá ela fundou, com seu apoio, um mosteiro feminino, o primeiro de Hagenmüster, ou alta Münster, e chamado desde a Idade Média de Mosteiro Beneditino de Altmünster. Bililde o dotou de seus bens e o governou até a sua morte.
     Bililde faleceu provavelmente em 734 e foi enterrada no coro da igreja do mosteiro. Em 1289, foi construído um altar para ela em um mosteiro e um santuário com a sua própria cabeça. As relíquias chegaram pela primeira vez no Mainz e após o bombardeio e destruição, em 1945, e foram colocadas na sacristia da Catedral de Mainz. A relíquia da cabeça foi estudada cientificamente em 1991, e declarada genuína.

Virgílio de Salzburgo Bispo, Santo † 784

Em 755, um ano após a morte de são Bonifácio, 
Virgílio foi consagrado bispo de Salzburgo.
 Continuou evangelizando a Áustria de norte a sul, inclusive uma parte do norte da Hungria.
Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo. Nasceu na primeira década do século VIII e foi baptizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgílio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou. Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgílio para a Abadia de São Pedro de Salzburgo, actual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgílio como bispo daquela diocese. Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, actuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgílio, mas o fato de ter sido feita por Odilon.

António Fasani (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Conhecido também como 
António Fasani (1681-1742), 
sacerdote franciscano italiano. 
Promoveu a devoção a Imaculada Concepção 
a qual tinha grande devoção e especial amor 
muito antes deste dogma ter sido definido.
Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo.

Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa — 27 de novembro

 Bastidores de uma História

Intransigência dos Santos: fidelidade inarredável à sua missão

A firmeza inquebrantável de Santa Catarina Labouré na defesa do verdadeiro simbolismo da Medalha Milagrosa
     O ciclo anual das festas litúrgicas nos traz, neste mês de novembro, no dia 27, a comemoração de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
          Inspirado no exemplo da Igreja, Catolicismo apresenta hoje a seus leitores aspectos pouco conhecidos das admiráveis revelações da Medalha Milagrosa, com que foi favorecida Santa Catarina Labouré.  Decorridos 163 anos dessas aparições e 117 anos após a morte da santa, não há inconveniente em revelar, com o devido respeito, a luta de bastidores que a vidente teve que travar, a fim de que fossem acatadas fielmente as orientações de Nossa Senhora a respeito dessa Medalha. Essa fidelidade e firmeza de Santa Catarina Labouré revelarão a muitos leitores a verdadeira fisionomia da santidade, que só se pode encontrar na Igreja Católica.
     Conforme os tempos e os lugares, formam-se, em meio ao povo fiel, noções correntes sobre o que seja a santidade, que nem sempre correspondem à concepção autêntica da Igreja.     
     Com a vidente da Medalha Milagrosa houve muito disso. Porém, não apenas isso. Os exemplos de sua vida, e o que se seguiu após sua morte, mostram uma e outra coisa. 

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS OU DA MEDALHA MILAGROSA 1830

A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu. Tratava-se de uma “Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ...” A Santíssima Virgem disse: “Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...” Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria ― o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: “Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças”.

A Medalha Milagrosa - 27 de novembro

 

 Pelo sinal † da Santa Cruz, livrai-nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos inimigos.Em nome do Pai † do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Corria o ano de 1264 quando o Papa Urbano IV encomendou, aos principais teólogos da época, a composição da Sequência da Missa de Corpus Christi, festa cuja promulgação era iminente. Após cada um deles elaborar sua obra, todas deveriam ser cotizadas umas com as outras, sendo escolhida a melhor.
Chegado o dia da prova, reunidos todos os teólogos em um grande salão, o Papa determinou que São Tomás de Aquino lesse a sua composição em primeiro lugar. Os concorrentes eram grandes gênios na ciência de Deus, entre eles o famoso São Boaventura. Tal foi o encanto com que todos acompanharam as palavras do Doutor Angélico que, no fim, a uma, todos rasgaram seus trabalhos, votando assim coletivamente no conhecido e belo hino “Lauda Sion”.
Esse fato comovedor, característico dos tempos nos quais “a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente” (Leão XIII, Immortale Dei), veio-me à lembrança ao deparar com os documentos que a seguir transcreverei.

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa – 27 de novembro

Esta invocação está relacionada as aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então noviça das Irmãs da Caridade, em Paris, França, no século XIX. A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite. Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: 

"Irmã Labouré, vem à capela. Santa Maria te aguarda". 
Mas ela replicou: 
"Seremos descobertas!" 
A voz angélica respondeu: 
"Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... Vem, estou à tua espera". 
Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: 
"A santíssima Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse: 
"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá".
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ORAÇÕES - 27 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Quarta-feiraNossa Senhora das Graças, Francisco Antônio
Evangelho (Lc 21,12-19) Épermanecendo firmes que ireis ganhar a vida.”
Jesus usou uma linguagem do seu tempo para falar do futuro de Jerusalém e dos tempos, e de uma realidade sempre presente na história. Lembra-nos que não dura para sempre mesmo o que nos parece mais sólido, e não teremos sempre tempos tranquilos. Por isso insiste que permaneçamos firmes na fé e na esperança. Com  ajuda divina sempre poderemos saber o que pensar e fazer.
Oração
Senhor meu Deus, estamos vivendo tempos que nos parecem nunca ter havido antes. Mas, na verdade, os tempos nunca foram muito tranquilos, nem para a humanidade nem para vossa igreja. Ajudai-nos a não nos apavorar; e dai-nos sabedoria e a coragem necessária para fazer o que esperais de nós. Unidos a Jesus, vosso Filho, podemos ajudar nossos irmãos na sua caminhada. Amém.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Tens poder de curar-me”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
A lepra e o amor de Jesus.
 
Jesus, enviado do Pai para conduzir todos à salvação, tem o poder de curar todos os males, como reconhece o leproso que lhe pede: “Se queres, tens o poder de me curar. Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse ‘Eu quero, fica curado!’” (Mc 1,40-41). Tem o poder e a misericórdia. A narrativa da cura do leproso revela a extensão espiritual da missão de Jesus. Como pode curar o corpo tem também poder de realizar a cura espiritual do homem. O milagre explica sua missão e o modo de realizá-la. A leitura do livro do Levítico 13,1-2.44-46 é uma parte da legislação sobre a lepra e os cuidados para não se disseminar a doença. As conseqüências sociais e religiosas são muito pesadas para a pessoa: deveria sair do convívio da comunidade social e religiosa. Era impuro. Estava excluído da vida religiosa. Era impuro também espiritualmente. Quem o tocasse também tornava-se impuro. “Por isso Jesus, depois de tocá-lo, ficou impuro e não podia entrar publicamente numa cidade. Ficava fora, em lugares desertos” (45). Lembra o texto: Ele assumiu nossas dores, carregou sobre si nossos pecados (1Pd 2,24). Jesus se exclui por assumir a condição do leproso. É a imagem o Servo de Javé que se concretiza Nele. A imagem da lepra é usada para o pecado. Jesus tem o método da aproximação das pessoas para realizar a cura, estando nelas e com elas. Esse milagre mostra que a ressurreição que atinge o homem todo e modifica as estruturas. O texto mostra que as pessoas assumem sua atitude e vão procurá-lo superando a lei discriminatória. Enquanto não assumirmos a vida das pessoas em nossas pastorais, não nos comunicamos e discriminamos. 
A lepra do pecado 
O sacramento da Penitencia é a presença memorial da compaixão que Jesus sente pelo leproso e todos os sofredores. Este sacramento passou por muitas fases em sua história. Há ainda dificuldades para compreendê-lo e administrá-lo. Para restaurar a vitalidade deste sacramento é necessária a consciência do pecado. Para que isso aconteça é preciso a consciência do Deus que ama e foi deixado de lado. Confissão é a análise da própria vida diante de Deus e das pessoas com a disposição imprescindível de modificar os caminhos. Isto é a conversão. Insiste-se na necessidade da confissão, mas não há catequese e evangelização suficientes para perceber seu valor. O pecado não pode ser um aliado de nosso dia a dia. É uma lepra e podemos dizer como o leproso: “Tens poder de curar-me”. É necessário crer num relacionamento sempre novo com Deus e com as pessoas. O salmo 31 descreve a dinâmica do pecado em nós e o caminho para sairmos desta situação. 
Procuro agradar a todos 
Paulo ensina como viver num permanente contato com Deus “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1Cor 10,31). Sair de si é a profilaxia da lepra espiritual. Como ensina Pedro, “a caridade cobre a multidão de pecados” (1Pd 4,8). Insiste na vida de relacionamentos. O apóstolo é claro: “Fazei como eu que procuro agradar a todos em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim, mas o que é vantajoso para todos, a fim de que sejam salvos” (33). A oração da missa pede esse modo de viver: “Dai-nos viver de tal modo, que possais habitar em nós” (Oração). O resultado é a eterna recompensa: “O sacrifício eucarístico nos purifique e renove e seja fonte de eterna recompensa para os que fazem vossa vontade”(oferendas). Uma “missa de cura” é aquela que muda nosso coração para o serviço. Para além disso, é folclore.
Leituras: Levítico 13,1-2.44-46;
Salmo 31;
1Cor 1031-11,1 Marcos 1,40-45
1. A cura do leproso revela o poder de Jesus e sua misericórdia como também a extensão espiritual de sua missão. Cura o corpo e tem o poder da cura espiritual. O livro do Levítico traz a legislação sobre a lepra. As conseqüências era a discriminação social e religiosa. Impuro como pecador. Jesus o toca e cura, assumindo sua condição, por isso estava fora da cidade. A lepra é imagem do pecado. Jesus se aproxima das pessoas. A pastoral exige aproximação dos discriminados. 
2. O sacramento da Penitência é presença memorial da compaixão de Jesus. Para restaurar sua vitalidade é preciso consciência do pecado e do amor de Deus. Confissão é análise da vida diante de Deus e das pessoas, com disposição de mudar. É necessária a evangelização e a catequese. 
3. Paulo ensina como viver em permanente contato com Deus, em tudo. Pedro escreve que a caridade cobre a multidão dos pecados. Por isso ter atitudes de serviço: procurar agradar a todos. A Eucaristia nos purifique e renove.
Fofocando sobre Jesus
Jesus curou um leproso. Era uma doença terrível e discriminava a pessoa, inclusive da religião. Não podia participar da vida religiosa do povo. O leproso não podia aproximar-se de ninguém. Ninguém podia tocá-lo. Jesus o toca, assumindo sua condição de discriminado. Só assim Jesus salva: assumindo nossa condição humana, frágil e pecadora. O leproso curado sai contando para todo mundo o que Jesus fizera, mesmo tendo sido proibido por Ele. Jesus não queria que sua missão se reduzisse em fazer espetáculo, mas mostrar a misericórdia de Deus para que todos chegassem à comunhão com Ele. Paulo insiste na maneira como os fiéis deveriam viver com os outros. Tudo o que se fizer, seja feito pelo Senhor, não escandalizando ninguém, procurando o que é vantajoso para os outros para que sejam salvos. Que O imitassem, pois assim Ele o fazia. Esta é a maneira de fofocar sobre Jesus. 
Homilia do 6º Domingo Comum (15.02.2015)

EVANGELHO DO DIA 26 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,5-11. 
Naquele tempo, comentavam alguns que o Templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?». Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: "sou eu"; e ainda: "o tempo está próximo". Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno 
(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
«Moral sobre Job», Livro XI, SC 212 
«O justo terá memória eterna» 
«A memória da vossa vida será comparada à cinza» (Jb 13,12 Vg). Aqueles cujo pensamento terreno os modela com base no século procuram deixar neste mundo, em cada um dos seus atos, a memória da sua pessoa; quer se trate de títulos de guerra, dos muros altaneiros dos edifícios ou de tratados eloquentes sobre as ciências do século, todos se esforçam incansavelmente por criar um nome que não seja esquecido. Mas a vida corre muito depressa para o seu fim e não pode garantir qualquer estabilidade, uma vez que também ela, na sua mobilidade, se escoa rapidamente. Com efeito, um sopro leva a cinza, como diz a Escritura: «Não assim, não assim com os ímpios, eles são como o pó que o vento sopra da face da Terra» (Sl 1,4 Vg). Podemos, pois, comparar a memória dos insensatos com a cinza, porque eles estão no ponto onde um sopro a leva. Sim, por mais que tentem completar a glória do seu nome, na realidade, apenas fizeram da sua memória cinzas, que o vento deste mundo mortal cedo faz desaparecer. Pelo contrário, diz a Escritura que «o justo terá memória eterna» (Sl 111,6 Vg): pelo facto de as suas ações estarem impressas no olhar de Deus, ele garante a sua memória na eternidade.

São Bellino, Bispo de Pádua, Festa: 26 de novembro

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Etimologia: Bellino = gentil, gracioso, do latim 
Emblema: Equipe pastoral 
Martirológio Romano: Na floresta perto de Fratta, no território de Rovigo, paixão de São Bellino, bispo de Pádua e mártir, que, ilustre defensor da Igreja, cruelmente atacado por assassinos, morreu devido aos muitos ferimentos que sofreu.
Da família Bertaldi de Pádua, aparece pela primeira vez em um documento de 1107 como presbítero canônico. Foram anos tristes para a Igreja de Pádua. Seu bispo Milo, apoiador do imperador Henrique IV, juntou-se ao antipapa Clemente III. Ele foi sucedido em 1107 pelo arquidiácono Pietro, que dez anos depois, deposto e excomungado pelo Papa Pascal II no Concílio de Guastalla (22 de outubro de 1106), retirou-se com a maioria dos cônegos para o feudo do bispo de Piove di Sacco. Em vez disso, Bellino juntou-se ao novo bispo Sinibaldo, eleito e consagrado pelo próprio papa. Quando Henrique V chegou à Itália em 1110 e os partidários do arquidiácono Pietro levantaram novamente a cabeça, ele e seu bispo tiveram que se refugiar em Este sob a proteção do Marquês Folco. Cinco anos depois, seu nome aparece em documento público ao lado do arquidiácono Pedro. Evidentemente, ele se submeteu, ao que parece, graças a Bellino, que ao mesmo tempo liderava a reforma dos cânones e acelerou a reconstrução da catedral, que ruiu no terremoto de 1117.

São João Berchmans, jovem seminarista, +1621

João Berchmans nasceu em Diest (Bélgica), em 1599. De família muito humilde, teve que trabalhar como criado para pagar os seus estudos. Não pôde realizar outra coisa em sua vida para além do que ser estudante. Contudo, viveu toda a vida sob o império da santidade. Cada um dos seus actos era realizado como numa competição consigo mesmo. Foi chamado o mestre do detalhe na santidade, “Maximus in minimus” era seu lema. Assim, em Berchmans o heróico ganhou um novo sentido, ou como ele mesmo escrevia: “Minha penitência, a vida diária”. Entrou para a Companhiade Jesus em 1616 e estudava Teologia e Filosofia em Roma quando adoeceu e morreu em 1621. Amorosamente fiel às regras, humilde, colega sempre alegre e gentil, estudante esforçado, tornou-se padroeiro da juventude e modelo de obediência e amor à Companhia. Canonizado por Leão XIII em 1888.
“Faça bem o que deve fazer e, 
ao máximo, as mínimas coisas”! 
João, primogênito de cinco filhos, nasceu em uma humilde família de curtidores de couro flamengo. Com apenas 10 anos, sua mãe ficou gravemente doente: primeiro, foi confiada aos cuidados dos tios e, depois, internada em um asilo.

Santas Magnanzia e Massima, Virgens - Festa: 26 de novembro

SEPULCRO DE 
SANTA MAGNANZIA
(† )Borgonha, 448 
(†) Auxerre, 451 
Discípulos de São Germano de Auxerre, em 448 trouxeram seu corpo de volta para a Gália. 
Etimologia: Maxima = muito grande, do latim 
O pouco que se sabe sobre as duas virgens Magnanzia e Maxima vem de duas fontes não tão certas, uma 'Vida' anônima, anterior ao século XII. e o “Miracula sancti Germani” de Henrique de Auxerre. Enrico diz que sim. Germano de Auxerre morreu enquanto estava na corte imperial de Ravenna em 448; seu corpo foi trazido de volta à Gália, acompanhado pelos cuidados e orações de cinco virgens, talvez italianas, que se tornaram suas discípulas: Magnanzia, Palladia, Camilla, Portia e Maxima. Os três primeiros morreram durante a longa viagem e algumas igrejas foram construídas sobre seus túmulos; Henrique de Auxerre relata que em sua época (976), multidões de peregrinos iam para lá durante todo o ano. Para confirmar isto, as cidades de Ste-Pallaye (Vermenton) e Ste-Magnance existem na Borgonha. A 'Vida' diz que Magnanzia nasceu em Civitavecchia, mas se detém sobretudo na forma como foi descoberto o local do seu túmulo. A pedra que cobria o sepultamento era geralmente usada pelos pastores das redondezas para sentar e descansar.