Helena viveu provavelmente no século V. Estevão, o Agricano, biógrafo do bispo São Amador, sustenta que Helena se encontrava entre os fieis reunidos na igreja quando o bispo morreu. Não se pode acreditar nesta afirmação devido ao fato de Helena já ser venerada em Auxerre quando Estevão escreveu aquela biografia por volta de 575.
O Martirológio Jeronimiano a menciona nestes termos: “Na cidade de Auxerre deposição e transladação do corpo de Santa Helena, virgem”.
A data de 22 de maio provavelmente não é a da deposição.
Século V
Provavelmente viveu no século V; Estêvão, o Agricano, biógrafo do bispo Santo Amatore, afirma que Helena estava entre os fiéis reunidos na igreja quando este bispo morreu. Nada pode ser tirado dessa afirmação, exceto o fato de que Helena já era venerada em Auxerre, quando Estêvão escreveu, por volta de 575. O Martirológio Hierônimo menciona isso nestes termos: "Na cidade de Auxerre deposição e trasladação do corpo de Santa Helena, a virgem". A data de 22 de maio provavelmente não é a do depoimento.
A figura de Santa Helena de Auxerre, virgem e mártir, remonta ao século V dC. As informações que recebemos são fragmentárias e muitas vezes contraditórias, deixando amplo espaço para interpretação e pesquisa. No entanto, sua devoção a Auxerre já estava consolidada no século VI, como evidenciado por Estêvão, o Agricano e o Martirológio Hierônimo.
Apesar da falta de uma data certa para seu nascimento e morte, a veneração de Santa Helena em Auxerre já era difundida no século VI. Estêvão, o Agricano, biógrafo de Santo Amatore, bispo de Auxerre, a menciona entre os fiéis presentes na morte do prelado, ocorrida em 1º de maio de 418. Este detalhe atesta a fama de santidade de Helena já naquela época.
O Martirológio Hieronímico, uma antiga coleção de hagiografias, inclui a "deposição e trasladação do corpo de São Paulo. Helena virgem" na cidade de Auxerre, sem, no entanto, especificar a data. A data de 22 de maio, associada à sua memória, é provavelmente o resultado de uma tradição posterior.
A partir das escassas informações disponíveis, podemos supor que Helena viveu em Auxerre durante o século V. Sua fé e devoção inabaláveis fizeram dela um ponto de referência para a comunidade cristã local. Sua morte, que ocorreu em circunstâncias não especificadas, pode ter sido ligada a um ato de martírio, confirmando sua defesa extenuante dos princípios cristãos.
A hagiografia de Santa Helena de Auxerre apresenta várias questões críticas. A falta de fontes documentais detalhadas e a natureza fragmentária dos testemunhos dificultam uma reconstrução histórica completa e certa. No entanto, sua veneração em Auxerre desde o século VI atesta o impacto significativo que sua figura teve na comunidade local.
Algumas hipóteses sugerem que Helena pode ter sido uma virgem consagrada ou freira, dedicada à oração e à caridade. Outros estudiosos levantam a hipótese de uma ligação com a família imperial romana, dada a disseminação do nome Elena entre as figuras nobres da época.
Apesar das incertezas e mistérios que envolvem sua história, Santa Helena de Auxerre continua sendo uma figura emblemática da fé cristã na Gália do século V.
Autor: Franco Dieghi

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