Evangelho segundo São João 15,9-11.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
Disse-vos estas coisas para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa.
Tradução litúrgica da Bíblia
«Anónimo de Perugia» (século XIII)
§ 97
«Permanecei no meu amor»
Desde o início da sua conversão até ao dia da sua morte, o bem-aventurado Francisco sempre foi muito duro com o seu corpo. Mas a sua principal e maior preocupação era possuir e conservar sempre, interior e exteriormente, a alegria espiritual. Afirmava que, se um servo de Deus se esforçasse por possuir e conservar a alegria espiritual, interior e exterior, que procede da pureza do coração, os demónios não poderiam fazer-lhe mal algum, pois seriam obrigados a reconhecer: «Este servo de Deus mantém a sua alegria tanto na tribulação como na prosperidade, não temos maneira de lhe prejudicar a alma».
Um dia, repreendeu um dos seus companheiros que tinha um ar triste e o rosto amargurado: «Porque exprimes dessa maneira a tristeza e a dor pelos teus pecados? Isso é entre ti e Deus. Pede-Lhe que te dê, pela sua bondade, a alegria da salvação (cf. Sl 50,14). E, à minha frente e à frente dos outros, trata de te mostrares sempre feliz, porque não convém que um servo de Deus apareça diante dos irmãos ou dos outros homens de rosto triste e carrancudo».

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