segunda-feira, 19 de maio de 2025

EVANGELHO DO DIA 19 DE MAIO

Evangelho segundo São João 14,21-26. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama, será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele». Disse-Lhe Judas, não o Iscariotes: «Senhor, como é que Te vais manifestar a nós e não ao mundo?». Respondeu-lhe Jesus: «Quem Me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama, não guarda a minha palavra. Ora, a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas enquanto estava convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório de Nissa 
Monge, bispo(335-395)  
As fendas dos rochedos 
«Quem Me ama, guardará a minha palavra» 
O Verbo diz: «Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem, minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos, ao abrigo das encostas escarpadas» (Ct 2,13-14). O que é esta subida à perfeição de que fala o nosso texto? Trata-se de não procurar o esforço, como as pessoas a quem se puxa, mas de nos deixarmos atrair para a perfeição. «Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem», diz o Verbo; não com pena ou por necessidade, mas com um desejo de bem reforçado pelas tuas próprias intenções, e não sob o constrangimento da necessidade. Porque a virtude não admite tiranos, mas opera voluntariamente, livre de qualquer necessidade. Era esta a atitude de David, que pedia a Deus que só aceitasse as ofertas que ele tivesse feito de livre vontade, e prometia oferecer sacrifícios voluntários (cf Sl 53, 8). E era também a atitude de todos os santos: oferecerem-se a Deus sem serem obrigados a fazê-lo. Mostra, pois, também tu, a tua perfeição, assumindo o desejo de subir mais alto. Uma vez chegada, diz o Verbo, ficarás «escondida nas fendas dos rochedos, ao abrigo das encostas escarpadas». Eis o sentido destas palavras, pois é preciso traduzir os enigmas em palavras mais claras: a única cavidade da rocha que a alma do homem tem à sua disposição é a altitude do Evangelho; se a alcançarmos, já não precisaremos do ensino obscuro das figuras escondidas nos preceitos.

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