domingo, 16 de fevereiro de 2025

EVANGELHO DO DIA 16 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Lucas 6,17.20-26. 
Naquele tempo, Jesus desceu do monte, na companhia dos apóstolos e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidónia. Erguendo então os olhos para os discípulos, disse: «Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação. Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome. Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar. Ai de vós quando todos os homens vos elogiarem. Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld 
(1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
«Sobre o Evangelho» 
Vazios, para nos enchermos de Deus! 
«Ai de vós, que agora estais saciados». 
Não queiramos saciar-nos com as coisas deste mundo, nem com os bens materiais, nem com os bens espirituais, nem com nenhuma criatura, com nada que não seja Deus. Quanto mais nos esvaziarmos de tudo o que não é Deus, tanto mais poderemos estar cheios de Deus e ser saciados por Ele. Utilizemos as coisas deste mundo apenas na medida em que são necessárias para cumprir os nossos deveres com Deus, apenas na medida em que Ele nos ordena, apenas com vista a Ele, permanecendo absolutamente vazios de apegos a qualquer delas. Longe de nos saciarmos com elas, esvaziemo-nos delas materialmente, e esvaziemos o coração por completo, de forma radical; que o nosso coração esteja radicalmente vazio, para que Deus o preencha por inteiro. Isto não quer dizer que não devamos amar os homens, longe disso, mas não podemos amá-los por nós nem por eles, e sim tendo em vista apenas Deus: eles estão no nosso coração, mas não foram ali colocados por nós e sim por Deus; não os amamos em nós, amamo-los, de certa forma, no coração de Deus. Só a Deus amamos: a Ele pertence todo o nosso coração. Também amamos os homens, mas porque estão nele, porque os encontramos no seu coração, porque são algo dele.

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