Evangelho segundo São João 21,15-19.
Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres».
Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».
Tradução litúrgica da Bíblia
São Narsés Snorhali
(1102-1173)
Patriarca arménio
Segunda parte, §§ 785-788 ; SC 203
Sara as minhas negações com o teu amor!
Três vezes seguidas pela palavra do amor,
pela interrogação após a refeição,
a tripla negação
de Pedro Tu curaste.
Em mim, mesmo quando interrogado mil vezes,
não aparecem sequer parcelas de bem;
cura Tu a chaga da ferida
e aplica-lhe um unguento profundo,
a fim de que eu seja trespassado pelo teu amor
E para que o meu coração te abrace,
tal como cantava o Sábio
no amor da noiva pelo Esposo.
E dirige-me, tal como ele fez
para que eu possa seguir-Te até ao Céu,
embora tal coisa seja impossível para mim,
mas para Ti nada há que seja impossível.
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