Evangelho segundo São João 17,11b-19.
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós.
Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura.
Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria.
Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo.
Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade.
Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo.
Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade».
Tradução litúrgica da Bíblia
Presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Sobre Jonas, II, 2, 9; SC 43
«Eu consagro-Me por eles, para que também
eles sejam consagrados na verdade»
«Os que se entregam a ídolos vãos abandonam a sua fidelidade» (Jn 2,9). Deus é misericordioso por natureza e está disposto a salvar por clemência aqueles que não pode salvar por justiça; e nós, com os nossos vícios, perdemos a misericórdia que estava preparada e se nos oferecia. Ainda que tenha sido ofendida, a Misericórdia – ou seja, o próprio Deus, pois «O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade» (Sl 145,8) – não abandona aqueles que se agarram a vaidades, nem os amaldiçoa, mas espera que regressem; ao passo que eles abandonam deliberadamente a misericórdia que têm diante de si.
«Eu, porém, oferecer-Te-ei sacrifícios, com cânticos de louvor e cumprirei os votos que tiver feito, pois do Senhor vem a salvação» (Jn 2,10). Devorado pela ânsia de salvar a multidão, oferecer-Te-ei um sacrifício de louvor e de ação de graças, oferecendo-me a mim próprio. Pois «Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado» (1Cor 5,7). Pontífice verdadeiro e cordeiro, Ele ofereceu-Se por nós, e eu dou-Te graças como Ele Te deu graças, dizendo: «Bendigo-Te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra» (Mt 11,25), e cumprindo os votos que fiz pela salvação de todos, a fim de que «Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu» (Jo 6,39).
Vemos o que Jesus prometeu pela nossa salvação na sua Paixão. Não façamos de Jesus um mentiroso e permaneçamos puros e afastados de todo o pecado, para que Ele nos ofereça a Deus, a quem nos consagrou.

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