sexta-feira, 5 de setembro de 2025

EVANGELHO DO DIA 5 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 5,33-39. 
Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João Batista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações. Mas os teus discípulos comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão». Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um vestido novo para o deitar num vestido velho, porque não só rasga o vestido novo, como também o remendo não se ajustará ao velho. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. Quem beber do vinho velho não quer do novo, pois diz: "O velho é que é bom"». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II 
(1920-2005) 
Papa 
Carta apostólica 
«Mulieris Dignitatem» §23 
(trad. © Libreria Editrice Vaticana) 
Convidados às núpcias 
«Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua mulher, e serão dois numa só carne. É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5,25-32). Este texto da Carta aos Efésios compara o carácter esponsal do amor entre o homem e a mulher com o mistério de Cristo e da Igreja. Cristo é o Esposo da Igreja, a Igreja é a Esposa de Cristo. Esta analogia não deixa de ter precedentes: ela transfere para o Novo Testamento o que já estava presente no Antigo Testamento, particularmente nos profetas Oseias, Jeremias, Ezequiel e Isaías (cf Os 1,2; 2,16-18; Jr 2,2; Ez 16,8; Is 50,1; 54,5-8). Essa mulher-esposa é Israel, enquanto povo escolhido por Deus, e esta eleição tem a sua origem exclusiva no amor gratuito de Deus. É justamente por este amor que se explica a Aliança, apresentada frequentemente como uma aliança matrimonial, que Deus renova sempre com o seu povo escolhido. Esta aliança é, da parte de Deus, um compromisso duradouro: Ele permanece fiel ao seu amor esponsal, embora a esposa se tenha mostrado muitas vezes infiel. Esta imagem do amor esponsal ligada à figura do Esposo divino – uma imagem que é muito clara nos textos proféticos – encontra a sua confirmação e coroação na Carta aos Efésios, onde nos é oferecida a expressão mais plena da verdade sobre o amor de Cristo redentor, segundo a analogia do amor esponsal no matrimónio: «Cristo amou a Igreja e entregou-Se por ela» (5,25); e nisto se confirma plenamente o facto de a Igreja ser a esposa de Cristo: «O teu redentor será o Santo de Israel» (Is 54,5). No texto paulino, a analogia da relação esponsal toma ao mesmo tempo duas direções, que formam o conjunto do «grande mistério» («sacramentum magnum»). A aliança própria dos esposos «explica» o carácter esponsal da união de Cristo com a Igreja, e esta união, por sua vez, como «grande sacramento», decide da sacramentalidade do matrimónio como aliança santa dos esposos, homem e mulher.

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