segunda-feira, 16 de junho de 2025

EVANGELHO DO DIA 16 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 5,38-42. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: "Olho por olho e dente por dente". Eu, porém, digo-vos: não resistais ao homem mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda. Se alguém quiser levar-te ao tribunal para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto. Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas. Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena 
(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
O dom da discrição ou 
discernimento espiritual, cap. VII, n.º 8 
Paciência e caridade! 
Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe:"É através do seu próximo que o homem experiencia que possui em si a virtude da paciência, por ocasião das injúrias que dele recebe. São os orgulhosos que lhe permitem tomar consciência da sua própria humildade, os incrédulos, da sua fé, os desesperados, da sua esperança, os injustos, da sua justiça, os cruéis, da sua misericórdia, os irascíveis, da sua mansidão e benignidade. Todas as virtudes são testadas e exercitadas por via do próximo, assim como é através dele que os perversos mostram toda a sua malícia. Quando vê o infiel, aquele que não tem esperança em Mim – pois quem não Me ama não pode ter fé nem confiança em Mim, mas crê e espera apenas na sua própria sensualidade, que lhe absorve todo o amor –, o meu servo fiel não deixa, no entanto, de o amar fielmente, na esperança de procurar em Mim a sua salvação. Assim, pois, a infidelidade de alguns e a sua falta de esperança servem para expressar a fé do crente. E não é só que a virtude se fortalece naqueles que devolvem o mal com bem, mas, digo-vos, a provação faz deles brasas ardentes, incendiadas pelo fogo da caridade, cuja chama consome o ódio e o rancor no coração e na mente do mais furioso ímpio, transformando a inimizade em benevolência. Tal é a eficácia da caridade e da paciência perfeita no homem que enfrenta a cólera dos maus e sofre os seus assaltos sem queixas. Por sua vez, a virtude da fortaleza e da perseverança é provada pela longa resistência às afrontas e calúnias dos homens, que muitas vezes, ora pela violência, ora pela lisonja, procuram desviar [a alma] do caminho e da doutrina da verdade. Quando a virtude da fortaleza foi de facto concebida interiormente, permanece inabalável e resiste a todas as adversidades, pondo-se à prova nas suas relações com o próximo."

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