PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR |
Foi na França há muitos anos atrás. Um menino de 4 anos fora raptado por ciganos na porta da sua casa. Amestrado por eles, tornou-se um ciganinho também. Mas era grande a saudade da sua casa. Um dia, aproveitando-se da liberdade que lhe davam, fugiu. E agora? Que rumo tomar se nada sabia dos seus familiares, além da mãe, do jardim e do cachorrinho de estimação? Encontrado com fome e desfalecido no caminho, foi levado para o posto policial mais próximo. O delegado interessou-se em descobrir a sua família. Todos as perguntas que lhe fazia para pegar uma pista, davam em nada. Por fim apareceu o fio da meada. Ele se lembrava de uma oração que a mãe lhe ensinara, e sabia de cor. “Então reze esta oração”.Ele juntou as mãos e começou:
- Meu anjo da guarda, meu anjo santo, quero-te muito, amo-te tanto.
Diz ao Pai do céu que quero ser bom e me proteja com seus dons. À Virgem Maria me recomenda para que do mal me defenda.
Estende sobre nós as tuas asas para que reine a paz em nossa casa.
Guia-me sempre pelo bom caminho e que eu tenha aos pais muito carinho.
Esta podia ser a pista que procuravam. No dia seguinte os jornais da França publicavam a historia do menino raptado e uma parte da oração ao Anjo da Guarda. Num pequeno povoado de Moá, uma mãe ficou sabendo e foi se apresentar no posto policial mais próximo. perguntaram para a mãe:
- Como a senhora prova que ele é seu filho?
- Pela oração ao Anjo da Guarda que lhe ensinei quando era pequenino.
Pediram para recitá-la. Ela o recitou até o fim. A prova era irredutível. Poucas horas depois, mãe e filho se abraçavam comovidos.
Nota: Fato acontecido entre 1894/1897. O menino chamava-se Eugenio Lupo. Fora roubado em Faias. Encontrado em Ameias.
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