quinta-feira, 31 de outubro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Olfato das ovelhas”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Uma linguagem nova
 
Vivemos um momento fascinante na vida da Igreja com a eleição do Papa Francisco. Ele mesmo se intitulou, quando eleito, um Papa que veio do fim do mundo. Até agora o pensamento europeu dominou a cabeça da Igreja. Com Francisco mudou o modo de ver. Acho importante tomarmos conhecimento da contribuição que o Hemisfério Sul pode dar à Igreja. Não se está mudando a doutrina, os costumes etc... São novos ares como foi o Vaticano II. Há quem não goste. Contudo, ele é o Papa. Papa Bento XVI, durante os dias do Sínodo, deu uma resposta muito clara sobre a pessoa de Francisco quando quiseram envolvê-lo contra Papa Francisco: “O Pontífice é ele”. Francisco traz uma experiência da base. Sabe muito bem traduzir as verdades em palavras simples. Há outro que também era especial nisso: Jesus de Nazaré. Numa linguagem simples explica uma verdade muito grande da fé: o sensus fidelium, isto é, o povo de Deus, no seu conjunto, não erra na fé. Quando se trata de definir um dogma, o Papa consulta o povo de Deus. Orientando diz que os bispos às vezes estão à frente do povo para indicar a estrada e sustentar a esperança; outras vezes estão no meio com sua presença; em outras, estão atrás para ajudar os que se atrasam, “porque o próprio rebanho possui o olfato para encontrar novas estradas”(EG 31). Normalmente párocos e bispos, devido aos muitos empenhos, são administradores de qualidade, mas longe do povo. Quem conhece o bispo? Quem o vê? Francisco, quando cardeal de Buenos Aires, andava de metrô. Vejamos quanta dificuldade temos de nos misturar no meio do povo. Não se trata de abaixar o nível, mas de abaixar-se como fez o bom samaritano, isto é, Jesus. No meio do povo vamos saber a direção que o Espírito coloca no coração das comunidades 
Direção do vento 
Em Angola, Africa, aprendi o seguinte provérbio: “a palanca pasta, pasta... e de quando em quando levanta os chifres”. Quer dizer que ela está atenta à direção do vento e aos perigos que corre. Os ventos sopram. O Espírito sopra os corações com seu hálito como Deus soprou no rosto do homem e ele se tornou alma vivente (Gn 2,7). Podemos dizer que está soprando para todo lado. Assim é o Espírito, como diz Jesus a Nicodemos: “O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito” (Jo 3,8). A movimentação do momento presente são sinais muito bons para a renovação de todo universo da Igreja. “O Reino de Deus sofre a violência dos violentos que querem entrar e violentos se apoderam dele” (Mt 11,12). A violência não quer dizer um mal, mas uma força de assumir uma direção. É coragem de despir-se da aparência e assumir uma postura de fé e de coerência evangélica. Isso exige conversão e força de despojar-se do secundário para assumir o fundamental. 
O cheiro e o faro 
Impregnados de cheiro de ovelhas por estar com elas percebe-se a ação do Espírito que age no povo. Há erros que podem ser colhidos e reformados se estamos juntos. A Igreja propõe muitos organismos canônicos para que isso aconteça, como os conselhos de pastoral e de economia, como o espírito colegial nas diversas instâncias. É preciso ouvir todos e não grupos selecionados. O próprio exercício papado está em reforma para abrir-se ao movimento das ovelhas que, pelo Espírito sabem escolher caminhos. S. Agostinho dizia: para vós sou bispo, convosco sou cristão. Dizer que sempre deu certo do jeito que fazemos, é uma defesa de situações pessoais cômodas.
ARTIGO PUBLICADO EM NOVEMBRO DE 2014

EVANGELHO DO DIA 31 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,31-35. 
Naquele dia, aproximaram-se alguns fariseus, que disseram a Jesus: «Vai-te daqui, porque Herodes quer matar-Te». Jesus respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demónios e realizo curas hoje e amanhã; ao terceiro dia, chego ao meu fim. Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo seguir o meu caminho, porque não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes. Pois bem, a vossa casa vai ficar abandonada. E Eu vos digo: não voltareis a ver-Me, até chegar o dia em que direis: "Bendito o que vem em nome do Senhor!"». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Cassiano 
(360-435) 
Fundador de mosteiro em Marselha 
«Sobre a proteção de Deus», cap. VII; SC 54 
«Deus deseja que todos os homens se salvem» (1Tm 2,4)
Deus não criou o homem para que ele perecesse, mas para que vivesse eternamente, e este desígnio permanece inalterado. Assim que vê brotar em nós a mais pequena centelha de boa vontade, ou que Ele próprio a faz brotar da pedra dura do nosso coração, a sua bondade cuida dela com atenção: estimula-a, fortalece-a com a sua inspiração, pois Ele «deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1Tm 2,4) «Não é da vontade do vosso Pai que está nos céus que se perca nem um destes pequeninos», diz o Senhor (Mt 18,14). Deus é verdadeiro, e não mente quando jura: «Pela minha vida, oráculo de Deus, o Senhor, Eu não desejo a morte do malfeitor, mas, pelo contrário, que o malfeitor se converta do seu caminho e viva» (Ez 33,11). Se não é da sua vontade que um só destes pequeninos se perca, poderemos pensar, sem cometer um enorme sacrilégio, que Ele não quer a salvação de todos em geral, mas apenas de alguns? Quem se perde, perde-se contra a sua vontade, pois Ele grita-lhes todos os dias: «Convertei-vos dos vossos maus caminhos! Porque haveríeis vós de morrer, ó casa de Israel?» (Ez 33,11); e ainda: «Quantas vezes quis reunir os teus filhos, como uma galinha reúne os seus pintainhos debaixo das asas, e vós não quisestes!» (Mt 23,37); ou também: «Por que se revolta, então, este povo e Jerusalém persiste na revolta? Obstinam-se na falsidade e recusam voltar atrás» (Jer 8,5). A graça de Cristo está sempre à nossa disposição. Uma vez que Ele «deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade», também os chama a todos, sem exceção: «Vinde a Mim, todos os que andais fatigados e oprimidos, e Eu vos darei descanso» (Mt 11,28).

Santo Antonino de Milão, Bispo - Festa: 31 de outubro (29 de outubro)

(+)671
 
Martirológio Romano: Em Milão, Santo Antonino, bispo, que trabalhou arduamente para extinguir a heresia ariana entre os lombardos. 
No dia 29 de outubro, a Igreja Ambrosiana recorda Santo Antônio, às vezes chamado de «Antônio I», sepultado em São Simpliciano, bispo de Milão por volta de 669 a 671. O Martirológio Romano e o mais antigo Catálogo dos bispos de Milão dizem que ele morreu em 31 de outubro. , mas, provavelmente por ser véspera de Todos os Santos, o evento litúrgico foi antecipado. É um sinal do quanto os nossos antigos irmãos valorizavam a memória dos seus pastores, acreditando que não era importante o que tinham feito ou há quanto tempo governaram, mas que era muito mais importante ter sido pastores, guias, servos durante o amor de Jesus e dos irmãos.

Beata Irene Stefani

Mercede Stefani nasceu em Anfo (Brescia) no dia 22 agosto 1891, filha de Giovanni e Annunziata Massari. Quinta de doze filhos, dos quais sobreviveram só cinco filhas, foi batizada com o nome Aurelia Giacomina Mercede. Em família, todos a chamavam Mercede. Frequentando a escola local, se distinguiu pela viva inteligência, em Paróquia seguia a catequese com entusiasmo, e já aos treze anos revelou aos pais o desejo de fazer-se irmã. Naturalmente a resposta foi de esperar, porque ainda era muito nova, e porque a mãe começava a ter sinais de uma doença; durante um tempo, até parou o estudo para ajudar a família: em 1907 mãe Annunziata faleceu por uma grave broncopneumonia, deixando 6 filhos, dos quais Ugo, de 4 anos e Antonietta de 5. Mercede começou a ocupar-se da casa e da educação das crianças, enquanto a irmã mais velha Emma ajudava o em uma atividade comercial. Em 1908 faleceu também Ugo, provocando muita dor no pai, que no ano seguinte se casou com Teresa Savoldi, mas deste casamento não nasceram filhos. Na paróquia, Mercede era catequista e visitava muitos pobres. Sob a direção espiritual do Pároco, ela foi concretizando o desejo de fazer-se missionária e pediu para entrar nas Missionárias da Consolata. Em junho 1911 deixa Anfo, onde não voltará jamais, e, acompanhada pelo pai, vai para Turim, onde foi recebida pelo Fundador do Instituto, o Bem Aventurado José Allamano, que em 1901 já tinha fundado o Instituto dos Padres e Irmãos da Consolata. Vigésima-sétima jovem da família religiosa, Mercede vive com grande radicalidade, suma obediência e profunda humildade, os seus anos de formação em Turim.

Beata María de la Purísima Salvat Romero

Nascimento
20 de fevereiro de 1926 Madrid 
Morte 31 de outubro de 1998 (72 anos) Sevilha 
Nome de nascimento María Isabel Salvat Romero 
Nome religioso María de la Purísima Salvat Romero
Progenitores Mãe: Margarita Romero Ferrer Pai: Ricardo Salvat Albert 
Veneração por Igreja Católica 
Beatificação 18 de setembro de 2010 Sevilha por Dom Angelo Amato 
Canonização 18 de outubro de 2015 Praça de São Pedro por Papa Francisco 
Festa litúrgica 18 de setembro 
Atribuições Hábito religioso Rosário Livro de horas
Padroeiro Irmãs da Companhia da Cruz (co-padroeiras) Sevilha 
Portal dos Santos 
Santa María de la Purísima Salvat Romero (20 de fevereiro de 1926 - 31 de outubro de 1998), nascida María Isabel Salvat Romero, era uma freira católica romana espanhola e membro das Irmãs da Companhia da Cruz. Ela assumiu o nome de " María de la Purísima da Cruz " depois de entrar nessa ordem. Romero foi a sucessora de Santa Ângela da Cruz da congregação desta última e era conhecida por sua firmeza no progresso da ordem e em seu papel como servos de Deus e de Seu povo.

Beata Mª Lorenza Llong Requesens

Lérida, Espanha, 1463 - Nápoles, 21 de dezembro de 1539

María Llonc (italiana Longo), nobre espanhola, mudou-se para Nápoles em 1506 para seguir seu marido João, regente do Vice-Reino de Nápoles. Curado de uma forma de paralisia, mudou seu nome para Maria Lorenza. Depois de ficar viúvo, passou a se dedicar à caridade aos napolitanos, para os quais foi construído o hospital de Santa Maria del Popolo, disse o incurável. Mais tarde fundou o mosteiro de Santa Maria de Jerusalém (chamado "Trentatré"), onde se retirou gravemente doente. Sua morte é definida pelos estudiosos entre 1539 e 1542, mas a primeira data é mais provável. Sua fama de santidade sempre esteve viva na Ordem das Clarissas Capuchinhas, fundou o Convento dos Trinta e Três Anos e a cidade de Nápoles. No entanto, o processo de verdadeira beatificação só começou no século XIX. No dia 9 de outubro de 2017, Francisco autorizou a promulgação do decreto pelo qual Madre Maria Lorenza Longo foi declarada Venerável. Único resto mortal do fundador das Clarissas, seu crânio está preservado na igreja do Protomosteiro de Santa Maria, em Jerusalém.

Santa Lucila de Roma Virgem e Mártir - Festa: 31 de outubro

Lucila é uma santa pouco conhecida e com um nome antigo e familiar. Foi atribuído pelos antigos romanos às meninas nascidas às primeiras luzes do novo dia. Lucila, diminutivo de Lúcia, significa “nascida de madrugada”, assim como Crepusca significa “nascida ao pôr do sol”, ou ainda “pouca luz”. Não sabemos nada com certeza sobre Lucila, a mártir, a não ser a lendária história que gozou de tanta popularidade nos primeiros anos do Cristianismo. A pequena mártir cega, várias vezes trazida à luz por vários Papas, apresenta-se como um símbolo da força da fé, uma tocha de caridade, acesa no mundo pagão, iluminando as ruas de Roma com um novo amanhecer. 
Etimologia: Lucila = luminosa, brilhante, do latim 
Emblema: Palma

São Volfango Bispo de Regensburg - Festa: 31 de outubro

(*)Suábia, Alemanha, ca. 924
(+)Pupping, Áustria, 994 
Na tradição popular cristã, as histórias sobre o diabo são muitas vezes uma forma de lembrar que o Evangelho superou as superstições e o paganismo enraizados na cultura europeia durante séculos. Acontece também na história de São Wolfgang de Regensburg, que, dizem, no final da vida conseguiu derrotar o diabo obtendo ajuda do próprio maligno para construir uma igreja. O sentido desta narrativa parece claro se for lido à luz da história verídica deste bispo nascido em 924 na Suábia e que mais tarde se tornou apóstolo do Evangelho no coração de uma Europa perturbada pelo medo do fim do mundo. Ele soube captar os sinais positivos, organizando a vida eclesiástica e civil, construindo novas igrejas, de fato. Bispo em 972, morreu na região de Salzburgo em 994. 
Patrono: Lenhador 
Etimologia: Volfango = que anda como um lobo 
Emblema: Equipe pastoral 
Martirológio Romano: Em Regensburg, na Baviera, Alemanha, São Volfango, bispo, que, depois de ter cumprido o cargo de mestre-escola e de ter feito a profissão de vida monástica, elevou-se à sé episcopal, restabeleceu a disciplina do clero e morreu humildemente enquanto ele estava visitando o território de Pupping.

Quentino de Roma Missionário, Mártir, Santo + 303

Romano, evangelizador da região de Amiens, na Gália (França). 
Uma importante cidade francesa 
(onde foi decapitado) perpetua a sua memória.
Quentino, segundo parece, nasceu em Roma. Seu pai, Zenão, era ateu e Senador do Império romano. Convertido ao cristianismo, Quentino teria sida baptizado pelo Papa Marcelino que o teria enviado para a Gália pregar ao mesmo tempo que Lúcio, Crispim, Crespiniano, Rufino, Valério, Marcelo, Eugénio, Vitórico Fusciano, Rieul e Pio. Chegados a Amiens, os doze missionários ter-se-ão espalhado pela região, me-diante um sorteio das regiões que cada um devia evangelizar. A Quentino tocou-lhe a Samarobriva (actual região de Amiens) e Lúcio recebeu a região de Beauvais. Levando uma vida de penitência, a missão de Quen-tino foi assinalada por numerosos milagres, apenas pela imposição do sinal da Cruz. O seu renome che-gou aos ouvidos de Rectiovare, representante na Gaule de Máximo Hércules que Diocleciano tinha associado ao Império, quando este ainda se encon-trava bem longe de lá, visto encontrar-se em Basileia, na actual Suíça. Rectiovare era um sanguinário e já tinha sacrificado muitos cristãos, por estes se recusarem a sacrificar aos Deuses romanos, sobretudo na região de Travas (na Alemanha actual), onde tinha a sua residência habitual.

Afonso RodrigueS Jesuíta, Santo 1531-1617

Conselheiro de Santos.
O SANTO PORTEIRO JESUÍTA
Esse predilecto da Santíssima Virgem, cuja festa comemoramos neste mês, tornou-se grande santo e místico na humilde função de irmão leigo 
Afonso Rodríguez nasceu a 25 de julho de 1531, numa família de sete filhos e quatro filhas, sendo o segundo da numerosa prole. Como não era raro na época, seus pais, bastante virtuosos, criaram os filhos no amor e no temor de Deus e na devoção Àquela que é a Medianeira de todas as graças, Nossa Senhora. Desde pequeno Afonso aprendeu a invocá-La e, em sua inocência, confiava-Lhe todos seus desejos e apreensões. Certo dia ― estaria ele já entrando na adolescência ― num transporte de amor, disse à soberana Senhora: “Ó Senhora, se Vós soubésseis quanto Vos amo! Eu Vos amo tanto, que Vós não podeis amar-me mais do que eu a Vós”. Ao que, aparecendo-lhe, disse-lhe a Rainha dos Céus: “Você se engana, meu filho, porque eu o amo muito mais do que você pode me amar”.

Joana Delanoue virgem e fundadora, Santa 1666-1736

Religiosa e fundadora francesa, 
chamada a “mãe dos pobres”.
Foi Joana Delanoue o último rebento de uma cadeia de doze filhos numa família modesta mas incansável no ofício de negociar, vendendo quinquilharias. Nasce em Samur, França, a 18 de Junho de 1666. Aos seis anos falece-lhe o pai. Sendo a mais nova de todos os irmãos, permanece demasiado agarrada à mãe e logo se inicia na venda de artigos religiosos, no seu comerciozito, junto ao santuário de Nossa Senhora dos Ardilliers. Já mocinha, faz o comércio prosperar, com a simpatia, gentileza e rapidez com que serve toda a clientela. Quando ia nos seus vinte e cinco anos, morre-lhe a mãe, ficando ela com a pequena loja. Se até aí, o seu dia a dia era azáfama e corrupio, actividade e lufa-lufa, desde então multiplicaram-se as tarefas, com um público cada vez mais desejoso dos seus serviços. No inverno de 1693, era um dia extraordinariamente frio, passa junto dela uma piedosa mulher, que, mui devota de peregrinações, passava o tempo a correr de igreja em capela, de santuário em basílica. Depois de uma longa conversa, onde ventilou o sentido da vida, fá-la interrogar-se acerca da sua contínua e tão grande labuta, sobre a partilha dos bens, no meio da sua relativa prosperidade, e convida-a a rever a sua relação com os pobres, deixando-lhe, no final, um surpreendente recado: “Joana, - diz-lhe ela – entrega-te à caridade. Em São Florêncio, esperam-nos seis crianças pobres num curral”.

ORAÇÕES - 31 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quinta-feira – Santos: Afonso de Palma, Antônio de Milão
Evangelho (Lc 13,31-35) “Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: – Tu devesir embora daqui, porque Herodesquer te matar.”
Prefiro pensar que esses fariseus eram sinceros e estavam preocupados com a segurança de Jesus.Ele, porém, mesmo sabendo quanto Herodes era traiçoeiro, tem uma missão a cumprir, e irá até o fim, ainda que seja a morte. Possivelmente não corro perigo de morte, mas talvez tenha de enfrentar incompreensão, desprezo e ódio. Preciso pedir que Deus me ajude a ser coerente com minha fé.
Oração
Senhor Jesus, os evangelhos mostram que fostes coerente até o fim, semprequerendo o que o Pai queria. Nada vos afastou da verdade, da justiça e do amor.Sabeis como sou medroso e fujo de sofrimentos e dificuldades; como sou fácil na procura de compromissos. Preciso de vossa ajuda e que me estendais a mão, para me levantar e continuar fiel apesar de tudo. Confio em vós, Senhor. Amém.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Feliz é quem teme o Senhor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Ele nos entregou seus bens
 
Estamos terminando o ano litúrgico. Nesse período somos chamados à vigilância para ir ao encontro do Senhor, Juiz do Universo. Com a próxima festa de Cristo Rei sabemos a direção a tomar e o caminho a percorrer. O caminho da vigilância é o bom uso dos bens que recebemos de Deus para produzir. No evangelho de hoje ouvimos a parábola dos talentos. As riquezas de Deus nos foram confiadas para que as fizéssemos produzir. Deus não pede que tenhamos tudo, mas que façamos produzir frutos os dons que recebemos. Ninguém é mais que ninguém. Menor é o que não aproveita os dons que tem. Não é matemática nem economia, mas correspondência aos dons que nos foram confiados. Preguiça espiritual é sinônimo de corpo morto, inútil e prejudicial. Quais são os talentos que recebemos? (Talento equivalia a 26 kg de ouro ou prata – 6.000 dias de trabalho – 5 talentos eram um valor altíssimo). Um talento não era uma moedinha. Nós chamamos talentos os dons que recebemos. Valem mais que dinheiro. Além dos dons pessoais recebemos as preciosas riquezas dadas por Deus em Cristo: Sua Igreja, os Sacramentos, a Palavra de Deus, a vida da comunidade, os ministérios, a evangelização, o mundo criado que nos foi dado a cuidar e o amor ao próximo, sobretudo o necessitado. Não produzir significa morrer. Não bastam oraçõezinhas para a salvação. É preciso produzir frutos. Esta é a vigilância que Jesus pede: responsabilidade sobre o que nos foi confiado. Não se trata de ficar apavorado com um mundo que pode acabar de uma hora para a outra. Isso fica por conta de quem não tem o que fazer com os dons confiados a ele. O maior dom é o cuidado dos necessitados. Nossa missão é resgatar o tempo presente de todas as iniqüidades, pois os dias são maus. A educação cristã fixou-se quase só na prática de orações e rito e não tomou conta da vida no seu todo. 
ABC da mulher de valor 
O texto da primeira leitura é um poema alfabético. Cada frase começa por uma letra do alfabeto. No texto atual está reduzido. Cada frase é uma virtude da mulher que sabe usar o talento de sua feminilidade como esposa e mãe na administração da casa e a criação dos filhos. Não havia lojas. Ela mesma produzia o fio para fazer as roupas. A vigilância é ser operoso no cumprimento de nosso dever e no uso de nossos talentos. Vamos prestar contas a Deus do tempo perdido. A pobreza espiritual e humana faz perder tempo com tantas coisas desnecessárias e inúteis como a vaidade, a distração vazia e as atitudes inúteis. Deus quer alegria, entusiasmo, participação e empenho na vida social. Mas é preciso vigiar para produzirmos obras no uso dos talentos. O salmo nos convida: “Felizes os que temem o Senhor”. A família é o santuário de viver no temor do Senhor. 
Filhos da luz 
Paulo, respondendo às questões que lhe puseram os tessalonicenses, explica como vai ser o dia da vinda do Senhor. Não importa quando, mas que a vida seja operosa vivendo como filhos da luz. É preciso tirar os sinais de morte e implantar os sinais de vida, despertar do sono das obras das trevas, e vestir-se das armas da luz. É caminhar como em pleno dia, sem orgias. Quais são as trevas que estão em nós? Ou somos luz? Não podemos esperar um Senhor que virá só no fim dos tempos, mas ir ao encontro Daquele que vem na pessoa dos necessitados e nos questionamentos dos sinais dos tempos. 
Leituras: Provérbios 31,10-13.19-20.30-31; 
Salmo 127;
Tessalonicenses 5,1-6; Mateus 25,14-30 
1. O final do ano litúrgico nos chama à vigilância. Jesus nos conta a parábola dos talentos. Recebemos os dons de Deus para produzir frutos. A preguiça é prejudicial. Vigilância pede responsabilidade sobre o que nos foi confiado. Não é restrito à vida espiritual, mas ao todo da vida. 
2. A mulher virtuosa é a que sabe usar sua feminilidade como esposa e mãe e senhora da casa. Vamos prestar contas do tempo perdido. Temer a Deus é assumir a vida de produzir frutos. 
3. Paulo explica como vai ser a vida do Senhor. Não importa quando, mas que a vida seja operosa, vivendo como filho da luz. É preciso vestir-se das armas da luz. Não esperar o Senhor para o fim dos tempos, mas ir a seu encontro na pessoa do necessitado e nos questionamentos dos sinais dos tempos. 
Preguiça dá prejuízo 
A parábola dos talentos é sempre uma chamada de atenção. Talento é o nome de uma moeda que valia bastante. Nós aplicamos o termo aos talentos e qualidades que Deus nos confia. Estamos num tempo litúrgico no qual refletimos sobre a vigilância Cada um recebeu um tanto. Um recebeu pouco. Os outros fizeram render. Este um, enterrou e devolveu com cara lavada. O senhor recompensou a responsabilidade e o empenho dos dois que receberam mais e recriminou o que simplesmente encostara o compromisso. Até o pouco que tinha lhe foi tirado. Deus nos deu dons para produzir e aumentar com nosso esforço o que foi dado por pura bondade. Vagabundagem, preguiça não levam a nada. Reclamamos que Deus não nos ajuda. Ele ajuda e dá benefícios. Se não respondermos com generosidade, perdemos até o que temos. A primeira leitura nos fala da bela figura da mulher forte que administra sua vida, sua casa, sua fé, com força e entusiasmo. Isso é estar vigilante esperando a vinda do Reino de Deus.
Homilia do 33º Domingo Comum (16.11.2014)

EVANGELHO DO DIA 30 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,22-30. 
Naquele tempo, Jesus dirigia-Se para Jerusalém e ensinava nas cidades e aldeias por onde passava. Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?». Ele respondeu: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir. Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, vós ficareis fora e batereis à porta, dizendo: "Abre-nos, senhor"; mas ele responder-vos-á: "Não sei de onde sois". Então começareis a dizer: "Comemos e bebemos contigo, e tu ensinaste nas nossas praças". Mas ele responderá: "Repito que não sei de onde sois. Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade". Aí haverá choro e ranger de dentes, quando virdes no reino de Deus Abraão, Isaac e Jacob e todos os Profetas, e vós a serdes postos fora. Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus. Há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Teodoro Estudita 
(759-826) 
Monge de Constantinopla 
Catequese 82 
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita» 
Atravessando dia após dia o tempo desta vida, salvai a vossa vida (cf Lc 21,19) através das virtudes, tomai penhores do Reino dos Céus e acumulai os bens inconcebíveis que as promessas nos reservam. O caminho de Deus é estreito e apertado (cf Mt 7,14), mas o lugar de repouso que vos será oferecido é largo e espaçoso (cf Mt 7,13): as tentações do demónio sucedem-se e inflamam de algum modo a vossa morada espiritual, mas o orvalho do Espírito apaga estes fogos e prepara para vós a água que jorra para a vida eterna (cf Jo 4,14). Vinde, meus filhos, suportemos corajosamente estes poucos dias, ou, melhor dizendo, estes dias que nos são dados para lutarmos, e cinjamo-nos com a coroa da justiça (cf 2Tm 4,8). Peço-vos que vivais com coração leve as aflições do tempo presente (cf 2Cor 4,17), que nada são e que, como sonho ou sombra, depressa passam! Que nada vos faça tremer ou vacilar, mas, com renovado zelo, ponhamos em prática os mandamentos do Senhor. Não vos deixeis entristecer por um insulto, desviar por uma injúria, desencaminhar por uma censura, abater por uma irritação, torturar por uma atitude de desprezo! Baixemos os olhos, elevemos a alma, e sejamos bondosos, indulgentes, perseverantes e pacientes uns com os outros. Vós, que sois ensinados por Deus, aprendestes tudo isto. Fazei o que Lhe agrada (cf Jo 8,29), meus filhos, e suportai com coragem estes dias!

Santos Zenóbio e Zenóbia Mártires - 30 de outubro

(+)285-290 aproximadamente
 
Zenóbio e Zenóbia, cuja festa cai em 30 de outubro, são dois irmãos mártires que morreram entre 285 e 290. Zenóbio era médico e foi nomeado bispo em Aega (hoje Alexandreta), na costa da Ásia Menor. Alguns pensam que é idêntico a Zenóbio de Antioquia, cujo aniversário é em 29 de outubro. Os dois irmãos, porém, foram martirizados sob Maximiano, enquanto o outro Zenóbio foi martirizado anteriormente sob Diocleciano. Zenóbia é mencionada apenas como irmã de Zenóbio.
Santos ZENOBIO, bispo de EGEA (Cilícia) e ZENOBIA, sua irmã, mártires. 
Existe em pelo menos duas recensões gregas uma passio destes mártires (BUG, II, p. 320, nn. 1884-85), da qual a segunda é apenas uma metáfrase da primeira. Há também uma versão georgiana do segundo. Isto enquadra-se no género das paixões épicas e, na ausência de outra documentação, seria imprudente aceitar todos os detalhes como verdadeiramente históricos sem discernimento. Nascido em uma família cristã (seus pais se chamavam Zenódoto e Tecla) de Egeia, na Cilícia, Zenóbio tornou-se bispo de sua cidade devido à santidade de sua vida e de sua ciência teológica. Como os médicos, ele curou todas as doenças, mas somente com o nome de Cristo. Na época da perseguição de Diocleciano, ele foi preso e levado perante o governador Lísias. Depois de ser condenado a diversas torturas que o deixaram ileso, foi finalmente decapitado.

Beata Maria Restituta Kafka

Helena nasceu, no dia 1º de maio de 1894; era a sexta dos sete filhos de Anton e Maria Kafka. A família mudou-se em 1896 para Viena, a capital do império. Sua família era de um humilde sapateiro; Helena é pobre e além disso gaga. Era também um pouco teimosa, pelo menos a julgar pelo caráter forte e por sua maneira de fazer, rápida e decidida, que a acompanhou por toda a vida. Aos 15 anos, Helena desejaria continuar a estudar, mas mandaram-na trabalhar como empregada; aos 18 anos manifestou sua vocação de se tornar freira, mas os seus familiares se opõem fortemente. Então, ela resignou-se a esperar os 20 anos, e quando atingiu aquela idade fugiu de casa para ir para o convento. As Irmãs Franciscanas da Caridade Cristã de Viena lhe deram o nome de Irmã Restituta e designaram-na para a enfermaria, ocupação que sempre fora o seu maior desejo, porque ela gostava de servir Jesus nos doentes. No hospital regional de Mödling, perto de Viena, a religiosa tornou-se uma instituição para os médicos, para as outras enfermeiras, mas especialmente para os doentes, aos quais sabia como comunicar com extraordinária eficácia o seu amor pela vida, a sua própria e a dos outros, na alegria e no sofrimento. Ela era uma mulher, diriamos hoje, esplendidamente realizada.

Beato Alessio Zarytsky

Ele nasceu em Lviv (Ucrânia) em 1912, filho de família católica. Tinha apenas um desejo em seu coração: tornar-se padre. Cresceu e estudou, concentrando-se decididamente no seu destino: o altar sagrado. Na catedral de sua cidade natal, em 1936, aos 24 anos, foi ordenado sacerdote. É um momento terrível para todo o povo: Stalin está fazendo para a Rússia e para a Europa Oriental da Sibéria como uma imensa prisão, onde os católicos são os primeiros a serem perseguidos, e os sacerdotes, considerados perigosos para o regime comunista, devem ser os primeiros a desaparecer. 
Não trair a fé! 
Padre Alessio é verdadeiramente apaixonado por Jesus e amá-Lo alimenta seu espírito no apostolado, um incansável zelo pelas almas, uma dedicação sem limites para o seu ministério. Ele está sempre disponível, nunca pensando em si mesmo, uma compreensão única para com as pessoas: o verdadeiro estilo do Bom Pastor. Na paróquia a ele confiada, algumas comunidades muito perseguidas, mas nunca derrubadas, animadas pela fé em Jesus crucificado, e no vivo exemplo de seus pastores e seus mártires. Padre Alessio se preocupa em dar uma catequese essencial, com base no Evangelho e no Magistério da Igreja: Jesus no centro de tudo, a fidelidade a Ele, fugir do pecado e inserir a vida na graça de Deus, o espírito de coragem para dar testemunho de Jesus, mesmo em face da morte, a expectativa do Paraíso.

30 de outubro - Santo Ângelo D'Acri

O caminho vocacional do jovem Luca Antônio foi marcado por muitas incertezas: por duas vezes, pediu para entrar para os frades capuchinhos e, em ambos os casos, saiu confuso, deixando o convento. Ainda com tantas incertezas, regressou pela terceira vez e pediu para vestir o hábito de São Francisco e recomeçar o noviciado. Ele vivia um profundo conflito em seu ânimo: por um lado, nutria um profundo afeto pela mãe, que tinha ficado viúva, e não desejava desiludir as expectativas do tio sacerdote, que o convidava a estudar para poder dar à mãe sustento adequado; por outro, sentia-se fortemente atraído pelo exemplo e pela palavra do pregador capuchinho Antônio de Olivadi. O futuro Frei Ângelo experimentava dentro de si o sentimento de quem sinceramente quer bem à mãe e ao tio, mas, ao mesmo tempo, sente outro chamado. A vocação para se consagrar ao Senhor pede para doar a si mesmo sem reter nada. O Beato Ângelo nasceu em Acre, na Calábria, em Itália, no dia 19 de Outubro de 1669, sendo batizado com o nome de Luca Antônio. Foram seus pais Francisco Falcone e Diana Enrico. Quando tinha 18 anos pensou ser capuchinho. Entrou no noviciado em Acre, na Província de Cosenza. Invadido por dúvidas e incertezas com medo de não conseguir observar o ideal da Ordem, deixou duas vezes o noviciado. Entrou uma terceira vez e conseguiu vencer as suas dúvidas e fez a profissão religiosa em 1691. Concluídos os estudos, foi ordenado sacerdote.

São Germano, bispo de Cápua

Germano, nascido rico, doou todos os seus bens aos pobres e se dedicou à vida ascética. Em 516, como Bispo de Cápua, foi enviado pelo Papa a Constantinopla, onde, finalmente, conseguiu acabar com o cisma de Acácio, que, por anos, havia dividido a Igreja de Roma daquela do Oriente.
Cápua, século V - † 30 de outubro de 541 
Nascido no século V em uma família rica, Germano privou-se de seus bens para dá-los aos pobres. Ele então levou uma vida ascética até 516, quando foi eleito bispo de Cápua. Amado na sua diocese, desempenhou uma missão diplomática particularmente delicada. Por mandato do Papa Hormisda, ele foi a Constantinopla para tentar pôr fim ao cisma iniciado pelo Patriarca Acácio. Na tentativa de alcançar a unidade com aqueles que se recusaram a aceitar o Concílio de Calcedônia, o patriarca compôs uma fórmula de união rejeitada pelo Papa Félix II e pelas igrejas ocidentais. A negociação da qual Germano participou foi bem-sucedida. O Imperador Justino e o Patriarca João assinaram o documento proposto pelo Papa Hormisdas e uma divisão que durou duas gerações foi superada. Retornando à sua diocese, o bispo levou uma vida ascética até sua morte em 541. Em agradecimento, os fiéis o enterraram na Igreja de Santo Stefano e o veneraram como santo. 
Martirológio Romano: Em Cápua, ainda na Campânia, São Germano, bispo, sobre quem escreveu o Papa São Gregório Magno.

Santa Eutrópia de Alexandria, Mártir – 30 de outubro

 Tochas acesas vão diante da noiva Eutrópia, quando ela entra na casa de seu noivo espiritual.

      De acordo com as narrativas do Sinassário Oriental, nem sempre acurado nos detalhes, Eutropia foi julgada e martirizada sob o prefeito de Alexandria, Apeliano. O nome deste magistrado romano é conhecido apenas através da Ata do mártir Santo Epímaco que tendo ido para Alexandria na época da perseguição de Décio (249-51), foi julgado por Apeliano.
     Sobre a validade histórica desta data não temos certeza. No entanto, tomando as Atas de Epímaco como base, pode-se estabelecer que Eutrópia pereceu na perseguição deciana.
     Santa Eutrópia era uma piedosa mulher cristã de Alexandria que viveu durante uma época em que os cristãos eram perseguidos e mortos por sua fé, provavelmente em meados do século III. Ela costumava visitar os santos mártires presos e atender às suas necessidades.
     Um dia, Eutrópia foi acusada de ser uma cristã, foi presa e levada diante de Apeliano. Depois de confessar sem medo sua fé em Cristo, ela foi entregue à tortura.
     Primeiro, eles a penduraram e rasgaram sua carne com garras de ferro, depois queimaram-na com tochas acesas. No entanto, a chama parecia-lhe um orvalho refrescante, como ela confessou, e aqueles que testemunharam isto, entre os quais estavam soldados, afirmaram que viram ao seu lado um homem admirável que a refrescava. Submetida à tortura de arranhões e fogo, ela se voltava para o prefeito exclamando: "Seu fogo é muito frio!"
     Depois de enfrentar ainda mais tormentos, ela foi jogada na prisão. No dia seguinte, ela foi novamente levada perante Apeliano e corajosamente zombou de seus ídolos. Ele então mandou cortar a língua de Eutrópia e ordenou que sua cabeça sagrada fosse cortada. Assim, a bem-aventurada entregou sua alma nas mãos de Deus e recebeu dEle a coroa do martírio.

Beata Benvinda Boiani, Virgem dominicana – 30 de outubro

     
 Diz-se que a vida de Benvinda Boiani foi “um poema de louvor à Santíssima Virgem, um hino de luz, de pureza e de alegria, cantado, mais do que vivido, em honra de Nossa Senhora”.    
Era o mês de maio de 1254, na cidade de Cividale del Friuli, Itália. Um pai esperava ansioso que a sétima criança a nascer fosse um menino, pois já eram seis as filhas que tinha. Mas, diante da chegada de uma sétima menina, bom católico que era, exclamou: “Esta também é benvinda!”. E depois deste ato de fé decidiu que o nome da criança seria Benvinda.
     Este piedoso pai haveria de se alegrar sempre mais com esta filha que foi uma verdadeira bênção, pois parecia mais do céu do que da terra. Nada de transitório a atraia e as irmãs jamais conseguiram induzi-la às vaidades humanas.
     Desde muito pequena se distinguiu pela devoção a Maria; costumava repetir muitas vezes durante o dia a primeira parte da Ave Maria, como era uso então, e acompanhava cada invocação com uma genuflexão profunda, de conformidade com o que tinha visto fazer os dominicanos na igreja.
      Benvinda teve a graça de pertencer a uma família em que todos eram tão piedosos quanto ela e aprovavam suas práticas de devoção. Quando a jovem comunicou a seus pais que queria consagrar a Deus sua virgindade e fazer-se terceira de São Domingos, eles não fizeram nenhuma objeção.

VÉSPERAS DE TODOS OS SANTOS E HALLOWEEN

Reproduzimos a seguir um artigo sobre o Halloween que traz luzes interessantes sobre o assunto 
O guia definitivo do Halloween para católicos (não, não é compatível)
Redação da Aleteia | Out 29, 2018 
Das origens (fascinantes) dessa popular festividade, passando pela sua ruptura prática com a fé cristã até chegar à alternativa católica segura: o "Holywins".
    Todos os anos, no final de outubro, ressurge em diversos ambientes católicos o debate sobre a compatibilidade ou não entre a fé cristã e o “Dia das Bruxas”, cada vez mais conhecido no Brasil pelo nome importado: “Halloween”.
     A resposta para esse falso dilema se torna clara quando se levam em conta os fatos históricos e objetivos ligados ao surgimento, desenvolvimento, situação atual e conexões culturais dessa festividade folclórica (diga-se de passagem, aliás, a desconsideração dos fatos históricos e objetivos impede respostas claras seja qual for o assunto).
     É com base nos fatos, portanto, que podemos concluir de modo equilibrado que o Halloween pode até ter tido alguma relação de compatibilidade com a fé cristã nos seus inícios, mas esta não é mais a realidade dessa festividade há muito tempo.

São Marcelo de Tânger Mártir venerado em Leão Feriado: 30 de outubro

Segundo a "passio" de São Marcelo, a festa dos "augostos imperadores" foi celebrada no dia 21 de julho de 298 e nessa data o santo, um centurião comum estacionado em Tânger, largou as armas na presença das tropas reunidas e proclamou a sua renúncia ao serviço militar para servir na milícia de Cristo. No dia 28 de julho foi interrogado pelo diretor Fortunato, que, dada a gravidade do crime, decidiu devolvê-lo ao seu superior hierárquico, Aurelio Agricolano de Tânger. No dia 30 de outubro, Marcello foi novamente interrogado, desta vez em Tânger, e condenado à morte. A devoção que mais tarde fez de Marcelo o principal patrono da cidade espanhola de Leão desenvolveu-se longe dos seus restos mortais que foram preservados em Tânger, pelo que, imediatamente após a libertação desta cidade pelo rei de Portugal, Leão solicitou os restos mortais do seu mártir. Em 29 de março de 1493, os restos mortais de Marcelo entraram na cidade e foram colocados na igreja a ele dedicada. (Futuro) 
Etimologia: Marcellus, diminutivo de Marco = nascido em março, sagrado para Marte, do latim 
Martirológio Romano: Em Tânger, na Mauritânia, no atual Marrocos, paixão de São Marcelo, centurião, que na festa do imperador, enquanto todos faziam sacrifícios aos deuses, jogou seu cinto militar, suas armas e sua própria vida diante dos estandartes, professando ser cristão e não poder mais obedecer adequadamente ao juramento militar, mas apenas a Jesus Cristo, sofrendo assim o martírio por decapitação.

São Gerardo, Bispo de Potenza Festa: 30 de outubro

(+)1119
 
Gerardo, bispo do século XII, é o padroeiro da cidade e da arquidiocese de Potenza. Nascido em Piacenza no seio de uma família de origem nobre, dirigiu-se para o sul da Itália provavelmente com a intenção de embarcar junto com os cruzados em direção aos Lugares Santos. Porém, ao chegar a Potenza começou a dedicar-se ao apostolado. E o seu empenho atraiu a admiração do povo a tal ponto que, quando o bispo morreu, o clero e o povo o escolheram como sucessor. Ordenado bispo em Acerenza, governou a Igreja de Potenza durante oito anos. Mesmo como bispo “ele estava tão sóbrio – escreve seu biógrafo e sucessor Manfredi – que parecia um monge”. Ele morreu em 1119. Depois de apenas um ano, o Papa Calisto II proclamou-o santo por aclamação popular. (Futuro)
Etimologia: Gerard = valente com a lança, do alemão
Emblema: Equipe pastoral 
Martirológio Romano: Em Potenza, São Geraldo, bispo.
Hoje, o Martirológio Romano comemora São Geraldo, bispo de Potenza na Lucânia. Era natural de Piacenza e, tendo-se mudado para Potenza, foi escolhido bispo pelas suas virtudes e pela sua atividade taumatúrgica. Tendo morrido após apenas oito anos de episcopado, seu sucessor Manfred escreveu uma Vida que talvez fosse abertamente panegírica e, acima de tudo, obteve uma canonização "viva voci" (ou seja, sem documentação escrita) do Papa Calisto II (1119-24).

Santos Cláudio, Luperco e Mártires Vitoriosos de Leão - Festa: 30 de outubro

Leão (Espanha), † início do século IV
 
Etimologia: Claudio = coxo, do latim 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Leão, na Espanha, os Santos Cláudio, Lupércio e Vítor, mártires, que sofreram a paixão como cristãos durante a perseguição do imperador Diocleciano. 
Os 'Atos' que lhes dizem respeito chegaram até nós em duas edições distintas, muito antigas, mas não muito verdadeiras. A mais antiga data do século XI, obtida num santuário da catedral de Toledo, posteriormente perdida, apresenta Cláudio, Luperco e Vitorioso como soldados da Sétima Legião, que sofreram pela fé cristã sob o comando do principal Diogeniano. A mais recente "Passio" considera-os originários de Leão e filhos do centurião mártir São Marcelo (30 de outubro). Neste ponto é necessário recordar que no que diz respeito aos mártires dos primeiros séculos, carentes de certa documentação, o seu martírio foi transmitido detalhadamente, através de tradições orais, até um escritor de 'Atos' ou 'Passio', muitas vezes alguns séculos depois. mais tarde, relatou por escrito os detalhes do martírio, o agrupamento de vários mártires, as relações familiares, referindo-se às tradições e muitas vezes inserindo histórias que eram fruto da sua imaginação.

ORAÇÕES - 30 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quarta-feira – Santos: Lupércio, Geraldo de Potenza, Zenóbia
Evangelho (Lc 13,22-30) “Alguém lhe perguntou: – É verdadeque só poucos  se salvam?Jesus respondeu: – Fazei opossível para entrar pela porta estreita.”
Desde os tempos antigos se faz essa pergunta. Jesus rejeitou e continua rejeitando essa curiosidade inútil. E lembra que o que importa é fazer todo esforço para aceitar a proposta de salvação.E nós o podemos fazer só se tivermos a ajuda divina.Podemos, porém, confiar, pois diz Jesus: “virão homens do oriente e doocidente, do norte e do sul, e tomarãolugar à mesa no Reino de Deus.
Oração
Senhor Jesus, eu agradeço porque, sem nenhum merecimento meu, recebi o favor de vos conhecer, de acreditar em vós e querer seguir-vos como discípulo. Não permitais que, sendo tão favorecido, eu ainda vos seja infiel. Ajudai a mim e a todos que vos queremos servir; dai-nos firmeza para perseverar convosco até o fim. Tende piedade de nossa fraqueza; levantai-nos quando cairmos. Amém.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Conversão da pastoral”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Convertido que se converte
 
O grande desafio de quem se converte é converter-se sempre na busca do melhor caminho para servir a Deus e o melhor modo de fazer Deus conhecido e amado. A conversão não é só pessoal, mas também comunitária. Toda Igreja é convidada a se renovar. Ela deverá ser como, nos ensina Paulo na carta aos Efésios, “gloriosa, sem manchas nem rugas, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5, 27). Papa Francisco, citando Paulo VI, diz que há uma necessidade generosa e quase impaciente de renovação… ao modelo que Cristo nos deixou de Si mesmo” (ES 10-12)”. O Concílio, no documento sobre o ecumenismo – Unitatis Redintegratio 6 –, ensina que a Igreja, enquanto instituição humana e terrena, necessita perpetuamente de reforma”. Quanto mais convertida, mais se converte. Se não quer renovação nega a ação do Espírito que sempre faz novas todas as coisas. A conversão eclesial é a abertura a uma reforma permanente de si mesma por fidelidade a Jesus Cristo (EG 26). Lemos ainda no documento sobre o ecumenismo “Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma” (UR 6). Por que reformar? Para que não se obscureça nem impeça a condição divina de seu pleno exercício. O que é de instituição divina, não muda. O que foi criação humana, deve ser sempre avaliado para ver se está sendo instrumento útil ao Corpo de Cristo. Um dos elementos divinos é sua missão evangelizadora, pois procede dos lábios de Jesus. O poder dado por Jesus a Pedro e aos Apóstolos, toma feição diferente de acordo com as épocas. A renovação tem como finalidade atender melhor as novas situações, guiados pelo mesmo Espírito que conduziu os apóstolos. A renovação vai exigir conversão para se adequar o exercício da missão. 
Não podemos adiar 
Quando se fala em renovação, podemos ouvir a expressão: funcionou tão bem até agora, por que mudar? Em time que está ganhando não se mexe. Se uma bela árvore frutífera não produz frutos, alguma coisa não vai bem. Não basta a beleza. Temos tendência a conservar. O mandato de evangelizar não se refere a conservar a situação, como quiseram os judeus do tempo de Paulo. Podemos ver o que aconteceu no primeiro mundo. Estacionou… e, de um momento ao outro, se paganizou. Não basta estar bem. É preciso sair e se tornar missionária. Uma igreja cheia é uma bela ilusão, pois fora há uma multidão sem conta. Não sair de si é um suicídio espiritual. As paróquias dominadas por alguns poucos perdem a vitalidade. Não se trata de um vinde a nós, mas de uma atitude de vamos a vós. A estrutura e a mentalidade devem corresponder a esta novidade. Tudo que há nas paróquias é bom, por isso é bom oferecer aos outros. Tive uma experiência magnífica com um velho padre espanhol, Mons. Santamaria, em Vera Cruz-SP. Ele me dizia que estava preocupado para encontrar como atrair e lidar com os jovens. Ele estava naquela paróquia já havia mais de 50 anos. Não é uma questão de idade. Sabia buscar o novo. O caminho está no contato com o mundo das pessoas que nos leva a perceber quem são e o que necessitam. Por isso se insiste muito na presença junto às pessoas. 
Deixar a burocracia 
O Papa não diz exatamente essa palavra, mas indica o caminho para vencê-la. Certamente que é necessária a estrutura e a papelada em dia, mas não só isso. A chamada é para sair e ir ao “encontro das populações necessitadas como numa constante saída para as periferias de seu território ou para os novos âmbitos culturais” (EG 30). Dá pena ver o abandono das periferias que são carentes e sofridas, dominadas por diversos tipos de bandidos e aproveitadores. Somente algumas almas benditas vão a esses antros de miséria humana e espiritual. Há também muita gente boa, empobrecida, mas cheia de fé que fica abandonada e sem apoio. Eles têm um potencial evangelizador muito grande que poderia construir comunidades viçosas e corajosas.
ARTIGO PUBLICADO EM NOVEMBRO DE 2014

EVANGELHO DO DIA 29 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,18-21. 
Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o Reino de Deus, a que hei de compará-lo? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos». Jesus disse ainda: «A que hei de comparar o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Narsés Snorhali 
(1102-1173) 
Patriarca arménio 
 «Jesus, Filho único do Pai», 
2.ª parte, §§ 477-482; SC 203 
A fé do grão e a força da levedura 
Não recebi na alma a fé do pequeno grão de mostarda, imagem do Reino, para que as montanhas da maldade fossem movidas. 
Nem pousei, como as aves do céu, nos ramos do preceito, onde repousam as almas puras, herdeiras do santo tabernáculo do céu. 
Tornei-me fermento velho, perdi a força, não sou o fermento que leveda da parábola, o fermento que a mulher escondeu na massa, como a Igreja, o teu mistério. 
Porque este fermento veio de Ti; graças a ele, os coros do Alto foram avisados; e quando à nossa massa, nascida de Adão, ele foi intimamente unido, tudo levedou. 
Só eu estou privado, em ambos os casos, da luz inefável da Sabedoria; digna-Te permitir que eu volte a participar dela, devolve-me aquilo que perdi.

São Abraão, o Anacoreta - Festa: 29 de outubro

† 366
 
Nascido numa família rica de Edessa, na Síria, tornou-se eremita numa cela estreita. Ordenado sacerdote, evangelizou a região de Beth Kiduna e, assim que pôde, retomou a vida como anacoreta. 
Etimologia: Abraão = grande pai, do hebraico 
Martirológio Romano: Em Edessa, na antiga Síria, São Abraão, anacoreta, cuja vida foi descrita pelo diácono Santo Efrém. 
Ele nasceu em uma família rica em Edessa, na Síria. Ele foi forçado a um casamento arranjado ainda jovem. Durante as celebrações do casamento, Abraão fugiu. Ele se isolou em uma pequena cela próxima, deixando um pequeno buraco através do qual sua família poderia lhe trazer comida e água, e através do qual ele poderia explicar seu desejo de uma vida religiosa. Sua família cedeu, o casamento foi cancelado e Abraão passou os dez anos seguintes trancado em sua cela.

São Feliciano, mártir de Cartago

 
Sabe-se muito pouco sobre a vida deste Santo, que viveu em Cartago, na atual Tunísia, no século III. Provavelmente pagão, Feliciano converteu-se ao cristianismo e, precisamente por causa da sua fé, sofreu o martírio por mãos dos que odiavam a Igreja. 

São Petrônio de Bolonha

Morte
c. 450 
Veneração por Toda cristandade 
Principal templo Basílica de São Petrônio, Bolonha 
Festa litúrgica 4 de outubro 
Atribuições Bispo segurando um modelo de Bolonha
Padroeiro Bolonha, Itália 
Portal dos Santos 
Petrônio (português brasileiro) ou Petrónio de Bolonha (português europeu) (em italiano: San Petronio; m. ca. 450) foi bispo de Bolonha no século V e é hoje o padroeiro da cidade. Nascido numa família nobre romana, converteu-se ao cristianismo e tronou-se padre. Como bispo, construiu a Igreja de São Estêvão. 
Vida e obras 
A única informação histórica certa sobre a vida de Petrônio é oriunda de uma carta escrita pelo bispo Euquério de Lugduno (m. 450-5) a Valeriano (na Patrologia Latina, 711ss), na obra Sobre homens ilustres, de Genádio de Massília (XLI). Euquério conta que Petrônio era muito famoso na Itália na época por suas virtudes. Genádio entra em mais detalhes: era de família nobre cujos membros ocupavam altas posições na corte em Mediolano e na administração provincial no final do século IV e no começo do V. Seu pai, também chamado Petrônio, foi prefeito pretoriano da Gália e ocupou a posição em 402/408. Euquério parece sugerir que o futuro bispo também ocupava uma importante posição secular.

NARCISO DE JERUSALEM Bispo, Santo

Bispo de Jerusalem. 
Quando se deu tal facto, devia 
ter quase cem anos de idade. 
Narciso não era judeu e 
teria nascido no ano 96.
São Narciso, foi bispo de Jerusalém eleito em 189. Quando se deu tal facto, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio (197) onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo. Encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa S. Vítor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os ritos e usos da Igreja romana. Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções.

Ermelinda do Brabante Virgem, Santa + 595

Da família dos Pepinos (o Velho e o Breve) 
e viveu na Gália belga, perto de Malinas.
Ermelinda nasceu em Lovenjoul, próximo de Louvain, no Brabante (actual Bélgica), filha de Ermenoldo e Armesinda, de família ilustre ligada aos duques do Brabante. Recebeu uma educação adequada à sua classe social, mas longe de prender seu coração aos atractivos da vaidade ou ao brilho da grandeza, desde criança ela aspirava pela vida solitária, pela oração e pela Pala-vra de Deus. Recusando qualquer proposta de casamento e tendo feito voto de castidade, para que seus pais não a ligassem a nenhum compromisso, cortou seus cabelos, renunciou às pompas do século e dedicou-se inteiramente a Deus praticando severas austerida-des. Mas, desejando ainda maior entrega, deixou a casa paterna e foi viver em Bevec (Beauvechain). Ali, pés nus, Ermelinda ia à igreja onde passava os dias e as noites em oração. Ela não tinha outra ambição que ser uma humilde serva de Nosso Senhor. Advertida por um anjo que dois jovens senhores do local iam tentar seduzi-la, ela abandonou Bevec e fugiu para Meldrik (chamada depois Meldaert ou Meldert), na atual Diocese de Malinas (Mechelen). Ermelinda passou ali os restantes dias de sua vida, vivendo de ervas e numa ascese semelhante a dos antigos solitários do deserto do Egito, combatendo o demónio e a carne. Ela faleceu no final do século VI, ou no início do século VII, no dia 29 de outubro.