domingo, 30 de março de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Novo céu e nova terra”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Um mandamento novo
 
Os textos da liturgia desses domingos dão uma tríplice visão do mesmo ensinamento: Apresentam um texto de Jesus, sua realização no caminho da formação da Igreja e a realização definitiva. No 5º domingo da Páscoa, temos o ensinamento no qual Jesus nos dá um novo mandamento. Esse novo caminho é levado aos povos com a criação das comunidades e o sentido futuro. O mandamento do amor se realiza entre nós e abre a visão do novo céu e da nova terra. Passamos para a nova vida através dos sacramentos: “Fazei passar da Antiga à nova Vida aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios” (Oração pós-comunhão). No evangelho lemos que Jesus, no momento de sua glorificação tanto na morte como na ressurreição, dá-nos um novo mandamento, o mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos amei, deveis amar uns aos outros”. Este é o testemunho maior: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns ao outros” (Jo 13,34-35). O mandamento do amor não se reduz a um bem querer, um sentimento ou uma vaga dedicação. Jesus dá o mandamento que resume todos os demais (Mt 22,40). Não se trata em primeiro lugar de uma lei mas de uma vida, a vida que tem com o Pai. “O Pai e Eu somos um” (Jo 10,30). A unidade do amor que faz das três Pessoas da Trindade um único Deus, nos é dado como participação. A novidade não é que haja um mandamento diferente. Ele é vida que sempre se renova. João diz: o amor jamais acabará (1Cor 10,30). Não é um mandamento a ser obedecido, mas uma vida que se estabelece.
Amai-vos uns aos outros como vos amei 
O amor é profundamente divino e totalmente humano. Ele se expande em ações de salvação, isto é, levar outros a viverem o mesmo amor na vida de comunidade como vemos na evangelização de Paulo e Barnabé. Por isso Jesus diz que o mandamento é amar como Ele amou: “Como vos amei, assim também vós deveis amar uns aos outros. Temos visto na Igreja e nas Igrejas que o importante são os detalhes que não comprometem a vida de entrega amorosa como Jesus realizou. Nem se fala de pecado contra o amor. Não há um comprometimento vital com o amor. Por isso perdemos a capacidade de expandir a fé, porque o amor não se expande. O novo céu e a nova terra são o paraíso total do bem maior que é o Amor. Imaginamos um paraíso baseado em nossas experiências humanas. É nossa vida terrena que deve se espelhar no Paraíso de Deus que é feito de misericórdia e piedade, amor, paciência e compaixão. “O Senhor é muito bom para com todos. Sua ternura abraça toda a criatura” (Sl 144). Jesus ensina que seu mandamento é amar como Ele amou. Como Jesus amou? Esvaziou-se, assumiu a condição de escravo, fez-se obediente até a morte e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou (Fl 2.6-11). 
Esse é o modo de amar. 
Nisto conhecerão que sois meus discípulos Tendo amor uns pelos outros, poderemos dar um testemunho consistente de Jesus Cristo. Examinando nossa vida percebemos que falta muito para que o amor nos domine e seja a razão de nossa vida cristã. Não interessa uma Igreja política e economicamente poderosa. Interessa que ela cuide do ser humano, seja ele quem for. Nele está estampando o rosto de Cristo. Jesus nasceu para todos e a todos salvou. Compete a nós continuar sua missão sendo tudo para todos, como foi Paulo (1Cor 9,19). Aqui corremos o risco de viver um cristianismo diferente da fé que Jesus nos transmitiu e ensinou. A oração pós-comunhão convida a passar da antiga à nova vida. A Ressurreição atua em nós.
Leituras: Atos 14,21b-27; Salmo 144; 
Apocalipse 21,1-5;João 13,1-33ª,34-35 
1. Jesus ensina um novo mandamento que não é só um amor de querer bem, mas viver o amor que é a vida da Trindade Santa. É a vida que Jesus tem com o Pai e o Espírito. É novo porque sempre se renova. 
2. O amor que é humano e Divino expande-se em ações de salvação como vemos em Paulo e Barnabé. É o novo céu e a nova terra, não moldados por nosso ver humano, mas é o paraíso do Amor. Amar como Ele amou, isto é, se entregou. 
3. Tendo amor uns pelos outros damos um testemunho consistente. Como Jesus, seremos tudo para todos. 
O amor em diversas formas 
O Tempo Pascal nos traz uma visão sobre a comunidade do Ressuscitado. A fé em Jesus Ressuscitado reúne os fiéis como fruto da Ressurreição. Os apóstolos anunciam e os que crêem formam o Corpo de Cristo vivo que é a Igreja. Jesus a apresenta como seu rebanho que vive o mandamento do amor. Essa comunidade está unida à Igreja dos redimidos na Jerusalém Celeste. Essa nova Jerusalém é o novo céu e a nova terra que nos são apresentados por João Evangelista. Lá todas as coisas serão renovadas: “Eis que faço novas todas as coisas”. Isso não é só para um futuro, mas começa na comunidade dos fiéis onde o amor é a lei fundamental. O amor vivido na comunidade tem um modelo e uma regra básica: “Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34)\. Como Jesus nos deu a vida, assim devemos dar a vida pelos nossos irmãos. Esse amor evangeliza. Não adiantam palavras. É preciso testemunho: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Id 35). Foi assim que fizeram os apóstolos, de modo particular Paulo e Barnabé, que anunciaram e instituíram comunidades com dirigentes. Voltaram a Antioquia relataram o que o Senhor fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé aos pagãos (At 14,21-27). O anúncio do Evangelho requer um amor que anuncia e é modo de vida. 
Homilia do 5º Domingo da Páscoa (24.04.2016)

EVANGELHO DO DIA 30 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 15,1-3.11-32. 
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: "Pai, dá-me a parte da herança que me toca". O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gastado tudo, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: "Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores". Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: "Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho". Mas o pai disse aos servos: "Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado". E começou a festa. Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: "O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo". Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: "Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo". Disse-lhe o pai: "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado"». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Narsés Snorhali (1102-1173) 
Patriarca arménio 
Primeira parte, §§ 19-25 ; SC 203 
A oração do filho pródigo 

Peço-Te agora, e peço-Te com ele: 
«Pai, pequei contra o Céu e contra ti. 
Já não mereço ser chamado teu filho, 
 mas trata-me como um dos teus trabalhadores».

Torna-me digno do beijo puro 
e santo de Pai tão bom.
Sob o teto da sala das núpcias
recebe-me de novo.
e volta a revestir-me
com o primeiro manto
aquele que os ladrões me levaram,
qual ornamento para a Noiva adornada.

Deixa-me usar na mão direita
o anel real, sinal de autoridade,
para que não mais me vire para a esquerda.
E como proteção contra a Serpente
dá sapatos a meus pés
para que não se firam a escuridão,
mas lhe esmaguem a cabeça.

Faz-me comungar de novo
da imolação do vitelo gordo,
que é o sacrifício na cruz,
e do sangue do lado da lança,
do qual flui a corrente da vida,
segundo a parábola do filho pródigo,
para comer o pão que dá vida,
para beber o teu cálice celestial.

São Régulo de Senlis, Bispo 30 de março

Martirológio Romano
: Em Senlis, na Gália de Lugdune, hoje França, São Régulo (ou Rieul), bispo. São Régulo é o santo padroeiro da cidade diocese de Senlis -no norte da França-, onde se diz que ele era o Primeiro Bispo. 
Ele provavelmente viveu no século III, como é chamado de contemporâneo de outros santos que são conhecidos por terem florescido naquela época. A catedral de Senlis foi queimado e com ele desapareceram todos os seus arquivos, incluindo os registros antigos dos primeiros bispos. De acordo com alguns relatos apócrifos, Régulo foi convertido por João Ele era um evangelista e acompanhou São Dionísio, o Areopagita, à França, onde, como bispo de Arles, ele governou os fiéis da colônia cristã fundada por São Trófimo. Ele então foi a Paris em busca das relíquias dos mártires São Dionísio, São Bento e São Luís. Rústico e Santo Eleutério; então ele empreendeu a conversão da cidade de Senlis. Possivelmente havia dois bispos com o nome de Régulo, um de Arles e outro de Senlis; e suas histórias foram confusas; mas, em qualquer caso, o A relação com São João Evangelista é certamente uma ficção. 

Santa Irene(Iria) virgem (séc. IX)

Santa Iria ou Irene é uma mártir lendária 
da cidade 
de Nabância (próxima da moderna Tomar). 
Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio. Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria. Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus. Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no corpo sinais de prenhez. Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos. Lançado ao rio, o corpo da mártir ficou depositado entre as areias do Teja, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

30 de março - São Pedro Regalado de Valladolid

Pedro Regalado nasceu em Valladolid, na Espanha em 1390, em uma nobre família judia. Aos nove anos seu pai morreu. A mãe o educou piedosamente. Muito jovem ingressou na Ordem dos Frades Menores e logo se distinguiu por sua piedade, mortificação e pobreza, bem como pelo amor de silêncio e solidão. Começava na Espanha a Reforma franciscana buscando o florescimento da primitiva austeridade de vida religiosa. Ele não tinha outra ambição senão a de levar uma vida de oração e penitência e considerava as visitas de sua mãe apenas uma distração desnecessária. Regalado foi conquistada pelos ideais de Pedro de Villacreces, que se empenhou na restauração da observância original do Regra franciscana, na Península Ibérica. A partir de 1404 seguiu com Pedro de Villacreces para a ermida de Auguille, onde encontrou a tão desejada solidão, pobreza e clima de oração. A eles juntou-se também o jovem Lope de Salinas y Salazar, que, juntamente com Pedro empenhou-se na fundação de novas ermidas de modo a não exceder o limite de vinte e cinco monges em cada local, como recomendado pelo seu próprio mestre. Os dois eremitérios de Abrojo e de Aguilera logo adquiriram grande fama pelo zelo de seus fundadores e pelos estatutos contendo prescrições extremamente severas. Isso só fez aumentar as vocações na Espanha, florescendo a vida franciscana e de santidade.

30 de março - São Júlio Álvarez Mendoza

A Igreja no México regozija-se ao contar com estes intercessores no céu, modelos de caridade suprema, no seguimento das pegadas de Jesus Cristo. Todos eles entregaram a própria vida a Deus e aos irmãos, através do martírio ou pelo caminho da oferenda generosa ao serviço dos necessitados. A firmeza da sua fé e esperança sustentou-os nas várias provações a que foram submetidos. É uma herança preciosa, fruto da fé arraigada em terras mexicanas que, nos alvores do terceiro milénio do Cristianismo, deve ser conservada e revitalizada para continuardes a ser fiéis a Cristo e à sua Igreja, como fostes no passado. 
Papa João Paulo II – Homilia de Canonização - 21 de maio de 2000 
São Júlio Álvarez Mendoza, nasceu em Guadalajara – México - em 20 de dezembro de 1866. Empreendedor e caridoso, era capaz de entregar a camisa que usava para aqueles que precisavam disso. Sua família, encabeçada por Atanasio Álvarez e Dolores Mendoza, carecia de recursos econômicos, no entanto, a generosidade de alguns benfeitores e a aplicação de Julio nos estudos, permitiu-lhe estudar em uma faculdade de estudos superiores, antes de entrar, em 1880, ao Seminário Conciliar de Guadalajara, ajudado pelos mesmos benfeitores, tendo sido ordenado sacerdote em 1894. Depois de ordenado serviu como capelão de Mechoacanejo e se distinguiu por seu zelo pastoral, atenção à catequese e ao fervor com o qual participava e celebrava o culto divino. Ele era um homem amável, amável com todos, muito comunicativo e simples.

Beato Amadeu(Amedeu) IX de Savóia

Por razões de Estado, Amadeus já sabia, desde criança, com quem se casaria. No entanto, o casamento de Amadeus IX de Savóia com Iolanda de Valois foi muito especial. Eram animados por uma grande fé, seja nas suas funções de governo, assumidas com sabedoria, seja com os pobres. Faleceu em 1472.
Por razões de Estado, Amadeus já sabia, desde criança, com quem se casaria. No entanto, o casamento de Amadeus IX de Savóia com Iolanda de Valois foi muito especial. Eram animados por uma grande fé, seja nas suas funções de governo, assumidas com sabedoria, seja com os pobres. Faleceu em 1472.
(*)Thonon, Sabóia, 1 de fevereiro de 1435 
(+)Vercelli, 30 de março de 1472 
Amedeo nasceu, filho de Ana de Lusignano e Ludovico, duque de Sabóia, em 1 de fevereiro de 1435. Seu casamento foi arranjado por necessidade política; na verdade, ele se casou com Yolande de Valois, filha de Carlos VII da França. No entanto, os dois se encontraram; Acima de tudo, tinham em comum uma fé profunda e sabiam partilhar tudo, desde a oração até ao governo do Estado. Amedeo sofria de epilepsia e isso lhe causou muitas dificuldades. Embora fosse um proponente de uma cruzada para libertar Constantinopla dos turcos, era fundamentalmente um pacifista, era também muito generoso com os pobres que eram frequentemente seus convidados. Ele construiu igrejas e mosteiros. Com o agravamento da sua doença, em 1469 abdicou em favor de Iolanda, mas os seus irmãos e os nobres sitiaram-no a tal ponto que Luís XI teve de intervir para libertá-lo. Ele morreu em 30 de março de 1472 em Vercelli. 
Patrono: Valle Chisone 
Etimologia: Amedeo = quem ama a Deus, do latim
Emblema: Colar da Ordem Suprema da Santíssima Annunziata
Martirológio Romano: Em Vercelli, o Beato Amedeo IX, Duque de Sabóia, que, durante o seu governo, promoveu a paz de todas as maneiras e apoiou incessantemente as causas dos pobres, das viúvas e dos órfãos com meios materiais e empenho pessoal.

Santa Osburga de Coventry, Abadessa - 30 de março

O primeiro núcleo do que é hoje a cidade de Coventry, Inglaterra, foi o mosteiro governado pela abadessa Santa Osburga. O mosteiro foi destruído pelos vikings e reconstruído em 1043 como um mosteiro masculino pelo Conde Leofrico e sua esposa Godiva. Desenvolveu-se em um grande mosteiro e na Catedral de Coventry - a única catedral destruída pelo rei Henrique VIII durante a sua separação da Igreja Católica. O local à esquerda da Igreja da Santíssima Trindade, em Broadgate, foi cuidadosamente preservado pela cidade. Há alguns restos dos outros mosteiros destruídos na Reforma de Henrique VIII, conhecida como a dissolução: o mosteiro carmelita (fundado em 1342); o Priorado da Cartuxa de Santa Ana, fundado em 1381; e o Mosteiro Franciscano, do qual apenas a torre ainda existe na Rua New Union. Não se tem detalhes da vida desta Santa, embora sua existência não é posta em dúvida pelos estudiosos. O tempo exato em que viveu é controverso: de acordo com alguns a data de sua morte seria em torno de 1018, enquanto outros estudiosos dizem que ela teria vivido no século VII. Estudos recentes têm argumentado que o rei dinamarquês Canuto teria fundado o convento de Coventry, colocando Osburga como a primeira abadessa. Esta versão, no entanto, é estranha, porque foram os dinamarqueses que em 1016 destruíram o mosteiro. Mas, o certo é que em 1043 um mosteiro masculino foi construído no mesmo local e dedicado a Santa Osburga, o que nos sugere que o culto a esta Santa era já algo bem estabelecido.

Beata Restituta Kafka, Virgem e mártir - 30 de março

Sua terra natal, Moravia, estava sujeita ao imperador austríaco Francisco José quando Helena nasceu, no dia 1º de maio de 1894; era a sexta dos sete filhos de Anton e Maria Kafka. A família mudou-se em 1896 da região nativa para Viena, a capital do império. Sua família era de um humilde sapateiro; Helena é pobre e além disso gaga. Era também um pouco teimosa, pelo menos a julgar pelo caráter forte e por sua maneira de fazer, rápida e decidida, que a acompanhou por toda a vida. Aos 15 anos, Helena desejaria continuar a estudar, mas mandaram-na trabalhar como empregada; aos 18 anos manifestou sua vocação de se tornar freira, mas os seus familiares se opõem fortemente. Então, ela resignou-se a esperar os 20 anos, e quando atingiu aquela idade fugiu de casa para ir para o convento. As Irmãs Franciscanas da Caridade Cristã de Viena lhe deram o nome de Irmã Restituta e designaram-na para a enfermaria, ocupação que sempre fora o seu maior desejo, porque ela gostava de servir Jesus nos doentes.

João Clímaco Abade, Padre do deserto (525-605)

Padre do deserto, autor místico.
São João Clímaco é o autor da “Escada Celestial”. Ele foi para o Monte Sinai quando era um jovem de dezesseis anos e permaneceu lá, primeiro como um postulante em obediência, depois como recluso, e finalmente como abade do Sinai até os oitenta anos. Ele faleceu por volta do ano 605. Seu biógrafo, o monge Daniel, diz a respeito dele: “Seu corpo ascendeu às alturas do Sinai, enquanto sua alma ascendeu às alturas celestiais.” João permaneceu em obediência a seu pai espiritual, Martírio, por dezenove anos. Observando o jovem João, Anastácio do Sinai profetizou que ele se tornaria o abade do Sinai. Após a morte de seu pai espiritual, João se afastou para uma caverna, onde viveu uma difícil vida de ascetismo por vinte anos. Certo dia, seu discípulo, Moisés, adormeceu debaixo de uma enorme pedra. João, orando em sua cela, viu que seu discípulo estava em perigo e orou a Deus por ele. Quando Moisés retornou mais tarde, se ajoelhou e agradeceu a seu pai espiritual por ter lhe salvado da morte certa. Ele lhe contou como, em sonho, ouviu João lhe chamando e rapidamente se levantou. Naquele momento a pedra caiu. Se ele não tivesse se levantado, a pedra teria lhe esmagado. Por insistência da irmandade, João concordou se tornar o abade, e ele encaminhava a salvação das almas dos homens com zelo e amor. João ouviu de alguém uma repreensão de que falava demais. Ele não ficou com raiva por causa disso, mas no entanto permaneceu em silêncio por um ano inteiro até que os irmãos lhe imploraram que voltasse a falar e lhes ensinasse sua sabedoria dada por Deus.

Leonardo Murialdo Sacerdote salesiano, Fundador, Santo (1828-1900)

Leonardo Murialdo nasce em Turim no ano de 1828, oitavo filho de uma família rica. Órfão de pai com apenas quatro anos, recebe, contudo uma ótima educação cristã no colégio dos Escolápios de Savona. Na juventude, atravessa uma profunda crise espiritual que o levará à conversão e à descoberta da vocação sacerdotal. Inicia em Turim os estudos filosóficos e teológicos. Começa a trabalhar, nesses anos, no oratório do Anjo da Guarda, dirigido pelo primo, o teólogo Roberto Murialdo. Graças a essa colaboração toca com as mãos as problemáticas da juventude de Turim: meninos de rua, encarcerados, limpadores de chaminés, serventes de bar. Em 1851 é ordenado sacerdote. Começa a trabalhar em estreito contato também com o Padre Cafasso e com Dom Bosco, e deste último aceita a direção do Oratório São Luís. Leonardo respira o sistema preventivo, encarna-o e aplica-o em todas as suas futuras obras educativas. Em 1866 aceita a direção do Colégio Pequenos Artesãos de Turim, dedicado à acolhida, à formação humana, cristã e profissional de jovens pobres e abandonados. Faz inúmeras viagens pela Itália, França e Inglaterra para visitar instituições educativas e assistenciais, para aprender, confrontar e melhorar o próprio sistema educativo. Figura entre os promotores das primeiras bibliotecas populares católicas e da União dos Operários Católicos, de que será por longos anos assistente eclesiástico.

LUDOVICO DE CASORIA Franciscano, Fundador, Santo (1814-1885)

Sacerdote italiano, fundador da 
Congregação dos Irmãos da Caridade e da 
Congregação de Religiosas Franciscanas de Santa Isabel.
Ludovico de Casoria (no século: Arcangelo Palmentieri) nasceu em Casoria (Nápoles, Itália) em 11 de março de 1814. Com o nome de Luís, vestiu o hábito franciscano em 1832. Foi ordenado sacerdote em 1837, e consagrado para estudar e ensinar. Em 1847, após uma profunda experiência mística, que definiu como "banho", dedicou-se totalmente ao serviço dos últimos. As suas atenções centraram-se inicialmente nos religiosos enfermos, para os quais instituiu a enfermaria de "La Palma". Em 1854 lançou a “Obra dos Moritos” para o resgate e formação cristã das crianças africanas vendidas como escravas, com o desejo de despertar vocações missionárias para aquele continente, segundo o lema “A África converterá a África”. Projecto semelhante que concebeu para as negras, confiado aos cuidados das irmãs estigmatinas. Seu zelo pela evangelização da África o levou a solicitar a missão de Scellal [África], onde chegou com seus religiosos em 6 de Janeiro de 1866. Ao retornar à sua terra natal, deu vida a várias obras de caridade: a Obra dos Accattoncelli, para a recuperação dos "scugnizzi" napolitanos (crianças de rua), vários lares de idosos, internatos, escolas, colônias agrícolas, hospícios infantis, montanhas de devoção, impressoras, bandas musicais, etc. Em 1871 ele abriu em Assis uma casa para cegos e surdos, e em Florença, em 1877, ele construiu uma igreja em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus.

AS SETE DORES DE MARIA

Maria Santíssima sofreu a vida toda por causa do seu filho Jesus, vindo ao mundo para nos salvar.Esta devoção é celebrada principalmente no sábado santo: 
1-A PROFECIA DE SIMEÃO 
2- A FUGA PARA O EGITO 
3- A PERDA DE JESUS EM JERUSALÉM 
4- ENCONTRO NO CAMINHO DO CALVÁRIO 
5- MARIA AOS PÉS DA CRUZ 
6- JESUS MORTO EM SEUS BRAÇOS. 
7- NO SEPULTAMENTO DE JESUS.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO(+)
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

ORAÇÕES - 30 DE MARÇO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ─ 4º Domingo da Quaresma ─Santos: Régulo, Donino, João Clímaco
Evangelho (Lc 15,1-3.11-32) “O filho mais velho, ao voltar, ouviu música e barulho de dança. Perguntou a um criado o que estava acontecendo. ‘É teu irmão que voltou’.”
Fariseus e mestres da lei sabiam muita coisa sobre Deus, mas parece que tinham esquecido como Deus á capaz de perdoar. Não imaginavam possível a conversão de pessoas que eles consideravam pecadoras e pouco recomendáveis. Por isso Jesus fala de um pai misericordioso, capaz de perdoar ao filho que o abandonara, saindo pelo mundo a fora numa vida devassa. Fala também da mudança que aos poucos se dá no coração do jovem, a percepção de seu erro, a vontade de voltar e pedir perdão, a confiança no amor do pai, a decisão final. Portanto, é possível a conversão, e o pai está pronto a perdoar. Como os fariseus e escribas, o filho mais velho ainda não aprendeu nada disso. Vive ainda fechado na satisfação consigo mesmo, defensor ferrenho da justiça que ignora o amor.
Oração
Senhor, essa história que contais atinge-me duplamente: como pecador e como convencido. Porque sou pecador, encho-me de confiança ao saber que o Pai está sempre a minha espera, pronto a perdoar ao menor sinal de arrependimento. Por maiores que sejam meus descaminhos, ele joga sobre ele o manto de sua misericórdia. Preciso dessa confiança no perdão, para me animar a voltar ao bom caminho. Mudai, Senhor, meu coração, arrastai-me de volta para vós, aceito vossa misericórdia. Mas, reconheço que apesar de tudo ainda sou convencido, julgando-me melhor que os outros. Quero ser perdoado e amado, mas ainda fico escandalizado quando vejo que acolheis de volta alguns que me parecem muito pecadores. Perdoai-me também esse pecado. Amém.
                      

sábado, 29 de março de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Espiritualidade da Ressurreição”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Acolhendo um vivo
 
Os discípulos, no domingo da ressurreição de Jesus ficaram desesperados porque o corpo desaparecera do túmulo. Madalena clamava ao suposto jardineiro: “Se foste tu que O levaste, dize-me onde O puseste e eu irei buscar” (Jo 20,14-15). Esta mulher simboliza todos os que fazem de Jesus um célebre defunto ao qual se elevam monumentos, narra-se sua história, criam-se ritos e culto. Dizemos que foi o fundador de uma religião e temos até relíquias preciosas de sua passagem pela terra. Jesus está ali junto dela, vivo, e não foi percebido. É Ele mesmo que está ali e continua seu diálogo, agora numa dimensão de ressuscitado, sem deixar de ser o mesmo. É o Vivente. O primeiro momento da vivência da fé em Jesus Salvador é tê-Lo como vivo. Ele mesmo diz no Apocalipse: “Eu sou o Vivente” (Ap 1,18). Aqui se estabelece um modo diferente de relacionamento. Dos mortos temos a lembrança e a saudade. Quanto a Cristo, temos uma presença diferente. “Se morremos com Ele, com Ele viveremos” (2Tm 2,11). Os discípulos tiveram a consciência dessa presença a ponto de dizer: “Nós que comemos e bebemos com Ele depois da Ressurreição” (At 10,41). Essa frase quer dizer que viveram com Ele normalmente. Lemos também em João, na cena da pesca milagrosa: “Nenhum discípulo precisava perguntar: ‘Quem és Tu?’ porque sabia que era o Senhor” (Jo 21,12). A vivência da Ressurreição é ter um relacionamento com um Vivo que se manifesta de modo diferente, mas é Ele. Ele está sempre presente. “Felizes os que não viram e creram” (Jo,20,29). É bom ter como garantido que a visão da fé é mais segura que a aparição que pode ser uma questão humana. 
Gestos que revelam. 
Para podermos compreender a condição de Jesus depois da Ressurreição, temos que nos lembrar da Encarnação: Jesus era totalmente homem, sem transparecer nada de sua divindade, pois “não considerou o ser igual a Deus como algo a se apegar ciosamente” (Fl 2,6). Não fazia de conta que era homem. As pessoas foram reconhecendo sua divindade a partir das obras que realizava em favor dos necessitados: “Se não faço as obras de meu Pai, não credes em mim. Mas se as faço, mesmo que não acrediteis em mim, crede nas obras, a fim de conhecerdes e conhecerdes sempre mais que o Pai está em mim e eu no Pai” (Jo 10,37-38). Crer na Ressurreição é fazer as obras de Jesus. Não basta a fé, mas são necessárias as obras da caridade. Trata-se da fé agindo na caridade” (Gl 5,6). Igualmente os sacramentos são anunciadores do Ressuscitado e sua presença entre nós. Os antigos escritores ensinavam que o que estava visível em Cristo quando vivia entre nós, agora é visível nos sacramentos. Por eles entramos em contato com o Cristo em sua ação redentora. 
Direcionamento da vida 
O que fazemos tem uma direção: nossa condição de ressuscitados com Cristo. Por isso lemos as palavras de Paulo na missa da Páscoa: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra” (Cl 3,1-2). Houve uma ressurreição no sacramento do Batismo. O novo modo de vida tem uma dimensão que atinge a gloriosa presença de Cristo junto ao Pai. É lá nossa habitação natural, pois estamos unidos a Ele. Paulo escreve: “Minha vida presente na carne eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a Si mesmo por mim” (Gl 2,20). O que realizamos tem como conteúdo a vida nova que nos foi dada. Ela é o modelo e o estímulo de tudo o que fizermos. Assim pensamos a espiritualidade da Ressurreição.
ARTIGO PUBLICADO EM ABRIL DE 2016

EVANGELHO DO DIA 29 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 18,9-14. 
Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao Templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: "Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todos os meus rendimentos". O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao céu; mas batia no peito e dizia: "Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador". Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Ludolfo de Saxe(1300-1378)
Dominicano, depois cartuxo de Estrasburgo 
«Vida de Jesus», 2, 30 
«O Senhor é excelso e olha para o humilde, 
ao soberbo conhece-o de longe» (Sl 138,6) 
O fariseu do evangelho vangloriava-se, justificando-se a si próprio com orgulho, acusando os outros e julgando-se melhor do que eles; tudo sinais do orgulho que Deus conhece de longe (cf Sl 138,6), mas não perdoa. Longe de se acusar a si próprio, este homem autoelogia-se. Em vez de rezar a Deus, zomba daquele que O glorifica. E, quando agradece, não pensa nos dons de Deus, mas nos seus próprios méritos. O publicano, pelo contrário, mantinha-se a distância, sentindo humildemente que não era digno de se aproximar, e «nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao céu» por pudor, porque tinha consciência da sua indignidade de pecador, e o seu pecado impedia-o de olhar para o céu. A dor do arrependimento levava-o a bater no peito, onde encontrava a origem de todo o mal, e dizia humildemente: Vós, meu Deus, que tudo podeis, «tende compaixão de mim, que sou pecador». Esta autoacusação, esta confissão sem artifícios, valeu-lhe o perdão dos seus pecados. Deus conhece de longe estes sinais de humildade. Qual foi o fruto desta atitude? Deus perdoou ao publicano os pecados de que ele se acusava e o homem foi-se embora justificado. O fariseu presumia-se justo, mas o publicano era verdadeiramente justo. Aquele estava justificado aos seus próprios olhos pelas suas obras, enquanto este estava justificado diante de Deus pela sua fé. Aquele gloriava-se orgulhosamente dos seus bens, este reconhecia humildemente o seu mal. Mais vale um pecador humilde que um justo orgulhoso, porque, quando se humilha, o pecador deixa de o ser; e, quando o justo se torna orgulhoso, deixa de ser justo. Por isso, não nos devemos gloriar nas nossas obras, mas confiar humildemente na graça.

Santos Jonas e Barachiso

Origens
 
Jonas e Barachiso eram irmãos, cristãos, cheios de fé. Sabe-se que nasceram na Pérsia, atual Iraque, na cidade de Beth-Asa. O que se sabe sobre a vida deles resume-se ao porque foram presos e às terríveis torturas que sofreram. Tais torturas, ocorridas no ano 327, contém um dos momentos mais violentos infringidos aos cristãos de todos os tempos. Tudo foi descrito por um pagão, que era comandante da cavalaria do imperador persa chamado Sapor.
Corajosos e misericordiosos 
O pouco que se sabe dos dois irmãos antes se serem mortos, é que eles visitaram cristãos presos na cidade de Hubahan. Na época, a Igreja Persa sofria uma das mais terríveis perseguições de que se sabe até hoje. O ódio aos cristãos foi decretado pelo cruel imperador Sapor. Os irmãos Jonas e Barachiso decidiram enfrentar o perigo para levar consolo e força aos cristãos presos. Estes seriam martirizados dali a poucos dias. Somente na prisão daquela cidade, nove condenados aguardavam a morte, pelo simples fato de serem cristãos. 

S. José de Arimateia séc. I

José de Arimateia era assim conhecido por ser de Arimateia, cidade da Judeia. Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. De acordo com o Evangelhos, era o dono do sepulcro onde Jesus, seu amigo, foi depositado, num horto a cerca de 30 metros do local da crucifixão e de onde ressuscitou três dias depois da morte. A tradição atribui também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido hoje como o Santo Sudário.
José foi contemporâneo de Jesus no século I, e sua origem é Arimatéia (Armathahim, em Hebreu), um povoado no alto do Monte Efraim, na Judéia (região sul do atual Israel, então Reino de Judá). É mencionado nos quatro Evangelhos, na ocasião do recolhimento e sepultamento do corpo de Jesus (Mt 27,57-60, Mc 15,42-46, Lc 23,50-54, Jo 19,38-42). Destas breves menções, podemos saber que José era rico, membro importante do Sinédrio, o Tribunal Superior dos judeus. Sendo reto e justo, discípulo de Jesus (mas em segredo, por medo dos judeus), esperava o Reino de Deus, e opôs-se à decisão do Sinédrio de condenar o Cristo.

29 de março - São Gwynlliyw

A breve história de São Gwynlliyw, pode ser apenas lendária; seria melhor se não fosse assim; mas, de fato, nada permanece registrado, exceto tais símbolos e símbolos da verdade simples, em honra de alguém cujo nome tenha continuado na Igreja, e para a glória daquele que a escreveu em seu catálogo. São Gwynllyw era um rei ou chefe, cujo território ficava em Glamorganshire no País de Gales, e ele viveu por volta do ano 500. Ele foi o pai do grande São Cadoc, e sua esposa era Gladys, a mais velha das dez filhas do rei Brachan. Destas filhas, uma era Santa Almehda; outra, Santa Keyna; uma terceira, pouco digna de memória honrosa, era a mãe de São Davi. Certa noite, uma voz sobrenatural invadiu os cochilos de São Gwynllyw e Gladys: “O Rei do Céu, o Governante da Terra, enviou-me para cá”; assim falou; “para que você possa voltar-se para o Seu ministério com todo o seu coração. Você Ele chama e convida, como Ele escolheu e redimiu você, quando Ele subiu na cruz. Eu vou lhe mostrar o caminho reto, que você deve manter, até a herança de Deus, levante as suas mentes, e para o que é perecível, não ofusque suas almas. Na margem do rio há um solo em ascensão, e onde um corcel branco está em pé, há o lugar de tua habitação”.

29 de março - Beato Bertoldo

A vida de Bertoldo transcorreu, em grande parte, na obscuridade e não há muito que relatar acerca dele, exceto o haver empreendido a construção e reconstrução de edifícios monásticos e ele os ter dedicado em honra do profeta Elias. Isso foi informado depois por Pedro Emiliano ao rei Eduardo I de Inglaterra, numa carta datada em 1282. Beato Bertoldo, cujo nome era Bartolomeu Avogadro, nasceu na França e estudou teologia em Paris, sendo ordenado sacerdote. Com seu parente Alberto, que depois chegou a ser patriarca latino de Antioquia, acompanhou os cruzados até ao oriente e, encontrava-se em Antioquia no tempo em que esta foi sitiada pelos sarracenos. Durante este tempo encontrou um mendigo pedindo esmolas, e foi o único a lhe oferecer uma ajuda, e assim conseguiu a amizade dos pobres. Teve uma revelação divina, pela que se lhe deu a conhecer que o sitio da povoação era um castigo pelos pecados e especialmente pela vida licenciosa dos soldados cristãos. Bertoldo se ofereceu em sacrifício e fez voto de que se os cristãos fossem salvos desse grande perigo, dedicaria o resto de sua vida ao serviço da Santíssima Virgem.