quinta-feira, 13 de novembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - Onde está Jesus?

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Estarei sempre convosco
 
Para termos vida espiritual consistente não bastam as Escrituras, não bastam os sacramentos, não bastam as obras de caridade, não bastam os exercícios de piedade. Tudo é necessário, mas o que mais conta na vida cristã é a presença de Jesus em nosso meio. Ele é a fonte da vida cristã. Disse: “Eu sou a videira, vós os ramos; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Buscamos Jesus longe, quando está muito perto de nós, em nós. A certeza dessa presença alimenta nosso dia a dia. Depois da Ascensão, não vemos no grupo dos discípulos um vazio saudoso deixado pela ausência Jesus. O texto da festa, que narra esse momento, diz que “Jesus foi elevado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanharam” (Mc 16,19-20). Sabiam de sua presença. Ele dissera: “Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Paulo diz: “O Senhor esteve sempre a meu lado” (2Tm 4,17). A certeza de sua presença é sempre a garantia de sua ação e também da nossa. O mesmo Senhor que animou os apóstolos anima todo o povo de Deus. Impossível viver a fé sem sua presença constante. Às vezes queremos segurança em Deus, mas não acreditamos que já está ao nosso lado. Buscamos longe, quando está tão perto. Ele se deixa tocar pela nossa fé. Não queiramos visões. É preciso ter a visão que nos leva a vê-Lo nos muitos modos em que se manifesta. Há uma visão de espiritualidade que quer tocar, ver e sentir. Inútil, desnecessário e prejudicial. Jesus insiste com Tomé para crer (Jo 20,24-28). 
Virei a vós 
Celebrando a Ascensão temos a ideia de uma ida definitiva que não tem retorno, e que encerrou um capítulo da história de nossa fé. Agora toca a nós levar adiante a vida, com nossas forças, na presença do Espírito, como nos garantiu Jesus, que poderíamos fazer coisas maiores que Ele. Sabemos que os que têm fé, agem com muita força e sem medo. “Mas aqueles que esperam no Senhor renovam suas forças. Voam alto como águias; correm e não se fatigam, caminham e não se cansam” (Is 40,31). Ele está continuamente vindo ao nosso encontro. Quanto mais temos consciência de sua presença querida junto a nós, mais aprofunda nosso relacionamento com Ele. É muito bom ter familiaridade com Ele. Com Ele nos entendemos bem. Deus é fácil de ser entendido em suas contínuas intervenções em nossa vida. Vale a pena perceber sua presença que não incomoda, mas nos cerca de cuidado e de carinho como rezamos nos salmos. Quanto mais correspondemos, mais se torna claro. 
Onde dois ou três estão reunidos 
Jesus se encarnou tomando nossa carne. Por ela tivemos o contato com o Deus que Ele é. Em uma única pessoa, o Divino e o Humano. É a forma sacramental. Pelo visível, chegamos ao invisível. Em tudo na fé passamos por esse caminho. É a realidade simbólica sacramental. Cristo é o Sacramento do Pai. João disse: “O que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e nossas mãos apalparam da Palavra da Vida” (1Jo 1,1). A comunidade tem a dupla dimensão da presença visível das pessoas e a presença invisível de Cristo que a une e a constitui como corpo do Senhor. É o que rezamos na prece eucarística: “pelo Espírito sejamos reunidos em um só corpo”, Corpo de Cristo. A comunidade torna visível o Corpo de Cristo, pois Ele está entre nós e em nós. Não há Igreja sem a presença de Cristo. Onde dois ou três estão reunidos, aí está Cristo.
ARTIGO PUBLICADO EM MAIO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 13 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 17,20-25
Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus quando viria o Reino de Deus e Ele respondeu-lhes, dizendo: «O Reino de Deus não vem de maneira visível, nem se dirá: "Está aqui" ou "ali"; porque o Reino de Deus está no meio de vós». Depois, disse aos seus discípulos: «Dias virão em que desejareis ver um dia do Filho do homem e não o vereis. Hão de dizer-vos: "Está ali" ou "Está aqui". Não queirais ir, nem os sigais. Pois assim como o relâmpago, que faísca dum lado do horizonte e brilha até ao lado oposto, assim será o Filho do homem no seu dia. Mas primeiro tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Isaac o Sírio 
(século VII) 
Monge perto de Mossul 
Discursos ascéticos, 1.ª série 
«O Reino de Deus está no meio de vós» 
Os demónios temem-no, mas Deus e os anjos desejam o homem que procura a Deus no seu coração com fervor dia e noite, afastando para longe de si as ofensas do inimigo. O lugar espiritual de um homem com esta pureza de alma está no interior de si mesmo: o sol que brilha nele é a luz da Santíssima Trindade; o ar que respiram os pensamentos que o habitam é o Espírito Santo consolador; e os santos anjos estão com ele: a sua vida, a sua alegria, o seu júbilo são Cristo, luz da luz do Pai. Este homem rejubila a todas as horas na contemplação da sua alma, maravilhando-se com a beleza que nela vê, cem vezes mais luminosa que o esplendor do Sol. Esta é Jerusalém, este é o Reino de Deus que está no meio de nós, segundo a palavra do Senhor. Esse lugar é a nuvem da glória de Deus, onde só entrarão os corações puros, para contemplar a face de seu Senhor (cf Mt 5,8), e o entendimento que têm dele será iluminado pelos raios da sua luz.

13 de novembro - Beata Maria Teresa de Jesus (Maria Scrilli)

Maria Scrilli nasceu no dia 15 de maio de 1825 em Montevarchi, na Toscana. Era a segunda menina que nascia no lar dos Scrilli-Checcucci; esperava-se que fosse um varão e a desilusão foi grande. “Naquela mesma manhã de domingo e muito cedo… a poucas horas de nascida, fui levada à pia batismal de forma privada, com grande desgosto de meus pais por terem tido uma segunda filha”, conta ela mesma. Era menosprezada até pela própria mãe... O que poderia ter sido um verdadeiro trauma para a criança serviu para ir modelando seu caráter sem nenhuma animosidade; ela soube compreender a tempo que a inveja corrói o coração e não o vazio pela ausência de amor. Maria Scrilli vai dedicar toda a sua vida sem amargura, sem um mínimo de ressentimento para com sua própria mãe. Ela encontrará a solução para seu problema de afetividade junto da Virgem Maria, que será sua Mãe verdadeira; uma terníssima devoção mariana modelará seu coração feito para entregar-se aos que são vítimas do desamor. Aos 21 anos ingressou no mosteiro de Santa Maria dos Anjos, em Florença, mas não prospera em seu propósito. Da experiência carmelitana adquire base para toda sua espiritualidade futura. Do Carmelo de Florença sai com uma decisão: será contemplativa, porém “contemplativa em ação”.

Beato Josaphat Chichkov

O Padre Josafhat Chichkov afirmava: 
"Procuremos fazer da melhor maneira que nos for possível, tudo aquilo que as pessoas esperam de nós, para podermos santificar-nos a nós mesmos". 
Depois, acrescentava: 
"A coisa principal é chegar a Deus, vivendo para Ele; o resto é acessório". 
Rober Matej Chichkov nasceu 09 de fevereiro de 1884 em Plovdiv, em uma família católica e muito zelosa. Com a idade de nove anos, em setembro de 1893, Rober Matej entra na escola em Kara-Agach, não muito longe de Odrin. No dia 29 de abril de1900, com apenas 16 anos, tornar-se aspirante na Congregação dos Assuncionistas de Fanarachi na Turquia, recebe o nome de Josaphat, com o qual será conhecido a partir de então. Em 1904, ele fica na cidade de Luven a fim de continuar seus estudos em filosofia e teologia e ali, em 11 de Julho 1909, é ordenado sacerdote de rito latino.

Santo Homobono de Cremona

No ano de 1140, nasceu em Cremona, na Itália, Homobono que significa “homem bom”, filho de um modesto alfaiate e comerciante de tecidos. Seus pais deram-lhe uma educação esmerada e ensinaram-lhe princípios rígidos de honestidade e moralidade. Quando chegou a idade de 18 anos, Homobono foi ajudar seus pais no pequeno comércio e iluminado pela graça divina, procurou sempre meditar o versículo do livro do Eclesiástico que diz: “Duas coisas me parecem difíceis e perigosas – dificilmente evitara erros o que negocia.” (Ecl 2,2 8) Antes do expediente, logo pela manhã fazia suas orações matinais; participava da Santa Missa e aí sim abria o comércio com grande alegria. Homobono sempre repetia que: “Sem a benção de Deus nada se faz”, para ele era essa a maior expressão de verdade. Durante todo o dia zelava para que os tecidos fossem cortados com muito cuidado, evitando assim desperdícios ou prejuízo a quem comprava. Suas balanças eram cuidadosamente controladas para que correspondessem ao verdadeiro peso nem a mais, nem a menos; sempre o que era justo. Corretíssimo era em seus compromissos, suas contas eram pagas até com certa antecedência, não admitia que por sua culpa, alguém fosse prejudicado. Era sempre atencioso e gentil com todos e para com todos tinha um sorriso afetuoso, uma palavra de conforto ou um gesto de carinho. Os domingos e dias-santo eram guardados com o devido respeito, participava da Santa Missa, e por algum tempo permanecia junto ao sacrário em adoração.

Santo Agostinha (Lívia) Pietrantoni Virgem Dia festivo: 13 de novembro

Agostinha Lívia pertencia à Congregação das Irmãs da Caridade de Santa Joana Antida Thouret. Foi enviada a prestar assistência aos enfermos, no Hospital de Roma “Santo Espírito”. Naquele ambiente, hostil à fé, foi apunhalada por um paciente, em 1894. 
(*)Pozzaglia Sabina, 27 de março de 1864 
(✝︎)Roma, 13 de novembro de 1894 
Santa Agostinha Pietrantoni (nascida Lívia) morreu antes de completar 30 anos, esfaqueada por um de seus pacientes no Hospital Santo Spirito, em Roma. Era 13 de novembro de 1894. Giuseppe Romanelli — um dos pacientes mais violentos — a havia ameaçado diversas vezes. Mas ela continuou a ajudá-lo, assim como sua mãe cega. Assim terminou uma vida dedicada aos outros. Lívia nasceu em Pozzaglia Sabina, em 1864. Aos 22 anos, ingressou na Congregação das Irmãs da Caridade de Santa Joana Antide Thouret e foi enviada para o famoso hospital, conhecido como o "ginásio da caridade cristã". Lá, encontrou um ambiente hostil à fé (a Questão Romana estava no auge da pandemia) e à morte. (Avvenire)
Patrocínio: Enfermeiras Italianas 
Etimologia: Agostina = pequena venerável, do latim
Martirológio Romano: Em Roma, Santa Agostina (Lívia) Pietrantoni, virgem da Congregação das Irmãs da Caridade, que se dedicou com misericórdia cristã ao cuidado dos doentes no hospital de Santo Spirito e morreu esfaqueada por um doente num acesso de fúria assassina.

São Nicolau I Papa Dia festivo: 13 de novembro

Nasceu em Roma no final do ano 800. Inseriu-se logo na Corte papal e, em 858, foi o primeiro a ser "coroado" Papa. Esforçou-se para afirmar a autoridade do Sucessor de Pedro em uma era de "ruptura" autonomista de várias Igrejas locais. Faleceu em 867 e foi sepultado na Basílica de São Pedro.
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html 
(*)Roma, 819/822 (✝︎)Roma, 13 de novembro de 867
(Papa de 24/04/858 a 13/11/867) 
Romano, ele reafirmou decisivamente sua autoridade diante das reivindicações autonomistas de várias Igrejas nacionais e provinciais, bem como diante do Imperador e da Igreja Grega.
Martirológio Romano: Em Roma, na Basílica de São Pedro, São Nicolau I, Papa, que se esforçou com vigor apostólico para fortalecer a autoridade do Romano Pontífice em toda a Igreja de Deus. 

Estanislau Kostka Noviço Jesuíta, Santo 1550-1568

Noviço jesuíta polaco. 
Foi recebido na Companhia de Jesus
por S. Pedro Canísio.
Apelidado de "anjo" na infância, Estanislau Kostka atingiu a juventude guardando todas as virtudes, como um anjo realmente. Mas não faltaram oportunidades para entregar-se aos prazeres mundanos, pois Santo Estanislau Kostka, noviço Jesuíta pertencia a uma família polonesa nobre e poderosa. Nascido em 28 de outubro 1550, até a idade de treze anos Estanislau viveu na casa dos pais. Aos catorze, eles o enviaram para estudar no seminário dos padres jesuítas em Viena, junto com o irmão mais velho e o tutor. Mas o seminário logo foi fechado pelo imperador Maximiliano e toda a comunidade estudantil acabou abrigada no castelo de um príncipe protestante. Aquele ambiente cheio de festas e jogos de prazeres em nada combinava com Estanislau, que buscava uma vida de virtudes e oração, dentro da doutrina cristã. A situação para ele era das mais inadequadas, entretanto agradou o irmão e o tutor, que passaram a requisitar sua participação nesses jogos. Não bastasse isso, o tal príncipe protestante queria impedir os católicos de irem à missa receber a comunhão.

Eugénio Bossilkov Bispo, Mártir, Beato 1900-1952

Bispo de Russe, na Bulgária. 
Acusado pela polícia política 
do regime stalinista búlgaro 
de subversão e espionagem
por conta da Igreja de Roma, 
foi fuzilado no dia 11 de novembro de 1952, 
em Sófia, Bulgária.
Vicente Bossilkov nasceu na cidade de Belém do Danúbio, Bulgária, no dia 16 de novembro de 1900. Filho de camponeses católicos romanos, fez os seus votos na Congregação da Paixão em 1920, e ordenou-se sacerdote em 1926, com o nome de Eugénio. Homem dotado de uma grande inteligência, muito contribuiu para o desenvolvimento da diocese de Nicópolis, orientada por um bispo passionista. Era um padre activo e colaborador, trabalhando para a aproximação entre a Igreja Católica e a Ortodoxa russa. Eugénio acabou sendo eleito para a sucessão em 1947, e tornou-se o bispo de Russe, na Bulgária. A Bulgária vivia, então, sob o domínio do regime comunista do russo Josef Stálin. O bispo Eugênio foi preso no auge da repressão desse regime, iniciada, em 1944, contra os cultos religiosos, principalmente contra a Igreja Católica. Na ocasião, foram proibidos: feriados religiosos, manifestações fora das igrejas e obras sociais dos católicos romanos. Também fecharam escolas, hospitais e orfanatos. O objectivo era promover a adesão da pequena, mas compacta, comunidade católica búlgara ao culto ortodoxo através de uma lei especial que induzia a total desobediência ao sumo sacerdote da Igreja.

MARIA CROCIFIXA CÚRCIO Religiosa, Fundadora, Beata 1877-1957

Italiana, fundadora da Congregação das
 Irmãs Carmelitas Missionárias de 
Santa Teresa do Menino Jesus.
Maria Crucifixa Cúrcio, fundadora da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus, nasceu em Íspica (Ragusa), diocese de Noto Sicília ― Itália, em 30 de janeiro de 1877. Seus pais eram: Salvatore Cúrcio e Concetta Franzò. Sétima de dez filhos transcorre a infância em um ambiente familiar culturalmente e socialmente elevado, manifestando logo uma inteligência vivaz, um caráter alegre, decidido e determinado, amadurecendo, nos primeiros anos da adolescência, uma elevada e notável tendência à piedade, atenção e solidariedade para com os mais fracos e marginalizados. Em casa recebe uma severa educação, de rígidos princípios morais, em virtude dos quais o pai não só a limita em seu anseio de uma intensa vida de fé, mas, seguindo o costume da época, não lhe consente nem mesmo prosseguir os estudos, concluindo apenas a sexta série. Esta privação lhe custou muito, mas, ávida de conhecimentos, busca conforto nos livros da biblioteca da família, onde encontra a Vida de Santa Teresa de Jesus. O confronto com esta Santa a faz conhecer e amar o Carmelo, conduzindo-a aos estudos das “coisas celestes”.

ORAÇÕES - 13 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
13 – Quinta-feira – Santos: Diogo de Alcalá, Estanislau Kostka
Evangelho (Lc 17,20-25)Os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus.”
Muitos esperavam a manifestação do poder de Deus pela derrota dos inimigos. Para Jesus, o reinado de Deus, a manifestação do podersalvadoracontece no coração das pessoas e no conjunto da sociedade.Mansamente, de modo quase imperceptívelo Senhor em cada um e na humanidade toda. Semesperar manifestação espetacular, abramos ocoração, e sejamos luz e fermento de paz.
Oração
Senhor Jesus, creio que sois o salvador, que nos fazeis participar de vossa vida divina. Creio que vosso poder nos liberta do mal e nos leva a viver no bem, naverdade e na justiça.Mesmo quando pareceis ausente e esquecido, transformais a humanidade e cada um de nós. Confio em vosso poder e em vossapresença entre nós, na igreja e no mundo.Somente vós sois nossa esperança. Amém. 

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Ascensão do Senhor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
No esplendor da Glória 
A Ascensão de Jesus é um mistério Divino bastante desconhecido no conjunto de nossa fé. Nem por isso não é importante. Dizemos na profissão de fé (Creio): “Ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso”. É um momento de nossa salvação que une a Ressurreição e a Glorificação de Cristo. Se não tivesse subido ao Pai, como ficaria a necessária Glorificação para resplandecer em sua humanidade ressuscitada, a Divindade? Não teria aberto o Paraíso para levar consigo a Humanidade que conquistara com sua Encarnação. Jesus “subiu aos Céus, não para se afastar de nossa humanidade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à gloria da imortalidade” (Prefácio). Nós fomos levados com Ele, pois levou consigo toda a Humanidade. Rezamos: “Membros de seu corpo, somos chamados na esperança a participar do esplendor de sua glória. Não só cremos que Jesus está no Céu, mas cremos que estamos garantidos com Ele. Os Anjos que apareceram depois que Jesus sumiu nas nuvens disseram: “Esse Jesus que vos foi levado para o Céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o Céu” (At 1,11). Não podemos ver somente a vinda no fim dos tempos, mas a vinda permanente mostrando que Ele está conosco. Cristo, Filho de Deus, junto do Pai está a interceder por nós. Por isso nossa oração tem conteúdo, pois está unida à oração de Jesus junto do Pai. Rezamos: “Fazei que nossos corações se voltem para o alto, onde está junto de Vós a nossa humanidade” (Pós-Comunhão). Convivemos com as realidades do Céu. 
Uma presença que dura 
A vida cristã está sempre recebendo a presença de Cristo. Dissera: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Essa promessa é fruto de seu permanente retorno ao nosso meio. Há muitos modos de estar presente: no amor, na Palavra, na Eucaristia e no anúncio do Evangelho. Sua presença revela o que somos, como nos revela a carta de Paulo aos Efésios (1,17-32): A esperança a que somos chamados, a riqueza da glória que é nossa herança e o imenso poder que exerce em nosso favor. Tudo está sob seu poder. Sua presença está toda a nosso favor. Por isso nos deixou os sacramentos, de modo particular a Eucaristia, onde O encontramos sempre. A Ascensão é um mistério que está sempre presente porque a celebração torna permanente a união com a liturgia do Céu e a liturgia da terra que são uma só. Assim se torna muito rico para nós, ter a consciência dessa presença de Cristo atuante e glorioso no seu mistério eucarístico. 
Missão que continua 
Quando Jesus se despede dos discípulos diz: “Ide por tudo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura... o Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,15.20). O fato de enviar os discípulos não está criando uma atividade para eles, mas dando a autoridade de continuarem sua missão, como lemos em Mateus: “Toda autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue” (Mt 28,18). Dar autoridade significa que os discípulos evangelizam continuando a missão de Jesus. Passa aos discípulos o que o Pai Lhe deu: “‘Como o Pai me enviou, Eu vos envio”. Soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo’”(Jo 20,21). Dá-lhe o mesmo Espírito que o Pai Lhe deu ao início de sua missão (Jo 3,21-22). Temos a mesma missão que o Pai lhe confiou e a realizamos no mesmo Espírito. Cada Eucaristia nos torna presente a Ascensão de Jesus e realiza também nossa glorificação junto do Pai, em Jesus. 
Leituras: Atos 1,1-11;Salmo 46; 
Efésios 1,17-23;Marcos 16,15-23 
1. Membros de seu corpo, somos chamados a participar do esplendor de sua glória. 
2. A vida cristã está sempre recebendo a presença de Cristo.
3. Temos a mesma missão que o Pai confiou ao Filho Jesus. E a realizamos no mesmo Espírito. 
Esquecendo bagagem 
Não podemos ver a Ascensão de Jesus como uma viagem sem retorno e uma despedida. Parece que esqueceu a bagagem e não sabe onde. Nós escondemos e estamos sempre esperando sua volta. Mas Ele volta sempre, todo dia e toda hora, pois prometeu estar sempre conosco. Bem que o Anjo disse: “Ele virá do mesmo modo como o vistes partir para o Céu”. Subiu de uma maneira tão simples, serena. Assim volta sempre: de modo simples e sereno, como sempre foi. Ele vem sempre através de tantos modos, sobretudo no amor, na Palavra e na Eucaristia. Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles. Entra sem avisar, como nas aparições. 
Homilia da Ascensão do Senhor (13.05.2018)

EVANGELHO DO DIA 12 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 17,11-19. 
Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!». Ao vê-los, Jesus disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?». E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld 
(1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
Meditações sobre o Evangelho 
«Pai, glorifica o teu nome» (Jo 12,28) 
«Pai, salva-Me desta hora. Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora. Pai, glorifica o teu nome» (Jo 12,27-28). 
É o apelo direto a Deus, o pedido, feito com toda a simplicidade, daquilo que a natureza deseja, a natureza que sofre e que tem necessidades; logo a seguir, porém, diz: não, meu Deus, tanto Me faz uma coisa ou outra, a única coisa que Me importa é a tua glória. Glorifica o teu nome! Dá-Me aquilo que mais Te glorificará: isso Te peço e nada mais! Não dês atenção ao meu primeiro pedido; fi-lo e tive de o fazer porque Tu és o meu Pai e é meu dever expor-Te as minhas necessidades. Mas, depois de Te ter dito as minhas necessidades com simplicidade, recordo-Te, repito-Te, digo-Te e volto a dizer-Te que tenho outra necessidade mil vezes maior, mil vezes mais ardente, que é a necessidade de Te ver glorificado: essa é a minha verdadeira e única necessidade! É esta que Te imploro com toda a minha alma que satisfaças. Pai, glorifica-Te em Mim! Pai, glorifica o teu nome! Meu Senhor Jesus, permite que a tua indigna e miserável criatura se una a Ti e faça contigo esta oração: Meu Deus, digo-Te com o meu Senhor Jesus, unindo a minha voz à sua voz adorável: «Não se faça como eu quero, mas como Tu queres» (Mt 26,39); o meu único desejo é que sejas o mais glorificado possível, é essa a minha sede. Meu Pai, faz de mim o que mais Te agradar, seja o que for, meu Pai, glorifica o teu nome!

Bispo São Livino (Lebuino) Dia da Festa: 12 de novembro

(†)Houtem (Bélgica), ca. 775
 
Martirológio Romano: Em Deventer, na Frísia, atual Holanda, viveu São Lebuino, sacerdote que, como monge vindo da Inglaterra, trabalhou para anunciar aos habitantes desta região a paz e a salvação de Cristo. 
Apesar da incerteza que envolve sua vida, existem várias representações artísticas dele, principalmente o grande retábulo de Peter Paul Rubens, agora no Musée des Beaux-Arts em Bruxelas, onde São Livino, vestido com trajes episcopais, sofre o martírio ao ter sua língua arrancada e dada como alimento para cães, enquanto uma tempestade ruge no céu, assustando os cruéis assassinos. A primeira menção a São Livino aparece em uma carta do Abade Othelbold de São Bavão de Ghent (o nome flamengo para Ghent), na Bélgica, que em 1025 inventariou as relíquias do tesouro da abadia, nomeando São Livino como Bispo da Escócia, morto perto de Houtem, na Bélgica, e de quem as relíquias foram transferidas para São Bavão de Ghent em 1007. Seu culto foi apoiado pelos monges de São Bavão, mas parece ser uma duplicação do culto a São Lebuino, padroeiro de Deventer, falecido em 775. Em 1050, foi composta uma lenda bastante fantasiosa, segundo a qual Livino ou Lebuin atravessou o mar a pé enxuto da Irlanda (Escócia?) para a Inglaterra e de lá para a Bélgica, falecendo no século VII.

São Cuniberto de Colônia Bispo Dia da Festa: 12 de novembro

(*)Mosela, França, 590
(✝︎)Colônia, Alemanha, 663 
Martirológio Romano: Em Colônia, na Austrásia, atual Alemanha, São Cuniberto, bispo, que após as invasões bárbaras renovou a vida eclesiástica e a piedade dos fiéis na cidade e em todo o território. 
Diversos relatos sobre a vida deste santo foram escritos na Idade Média, mas infelizmente nenhum deles é historicamente confiável em seus mínimos detalhes. Cuniberto, um bispo importante e santo, cresceu na corte do governante franco Clotário II. Ordenado sacerdote, foi primeiro arquidiácono de Trier e, por volta de 625, foi nomeado para a sé episcopal de Colônia. Tornou-se tão importante que foi considerado arcebispo, embora essa cidade só tenha se tornado uma sé metropolitana no final do século VIII. Cuniberto também serviu como conselheiro do rei. Em 634, o filho de Clotário, Dagoberto I, proclamou seu filho, São Sigiberto III, Rei da Austrásia, mesmo que o menino tivesse apenas quatro anos de idade. O santo bispo tornou-se um dos tutores do menino. Através de uma carta de São Bonifácio, sabemos que Cuniberto estava profundamente preocupado com a evangelização da Frísia, mas sua principal preocupação era o cuidado pastoral de sua diocese. Portanto, nos últimos anos de sua vida, ele abandonou a vida na corte para se dedicar inteiramente aos seus fiéis. Após sua morte, seus restos mortais foram sepultados na igreja de São Clemente, que ele havia construído em Colônia e que foi imediatamente renomeada em sua homenagem. 
Autor: Fabio Arduino

São Teodoro Estudita Abade Dia da Festa: 11 de novembro

(*)Constantinopla, 758 
(✝︎)Cálcis, Bitínia, 11 de novembro de 826 
São Teodoro Estudita foi um monge cristão que se tornou famoso por sua zelosa oposição à iconoclastia, pela regra monástica que introduziu e pelo grande número de liturgias que compôs, particularmente o "Triódio da Quaresma", que ainda hoje é amplamente utilizado na Igreja Ortodoxa.
Martirológio Romano: Em Constantinopla, São Teodoro Estudita, abade, fez de seu mosteiro uma escola de estudiosos, santos e mártires, vítimas da perseguição iconoclasta. Enviado ao exílio três vezes, ele prezava as tradições dos Padres da Igreja e, para expor a fé católica, escreveu diversas obras célebres sobre temas fundamentais da doutrina cristã. 
O "Sínodo sobre o Adultério" é o nome dado a uma assembleia de bispos do século IX que aprovou a prática do segundo casamento após o divórcio da esposa legítima. São Teodoro Estudita (759-826) foi quem mais vigorosamente se opôs a essa prática, sendo por isso perseguido, preso e exilado três vezes.

12 de novembro - Beato José Medes Ferris

O Beato José Medes Ferris nasceu em Algemesí em 13 de janeiro de 1885, em um lar profundamente piedoso, que o educou em piedade e valores cristãos. Foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Na juventude, ele mostrou suas boas virtudes. Antes de ir ao trabalho de campo todos os dias, participava da Santa Missa. Em 1913, casou-se com Purificação Esteve Martínez, com quem teve uma magnífica união de corações e sentimentos. O casal não teve filhos. José rezava todas as noites com sua esposa, o Santo Rosário, e participava de associações católicas: Ação Católica, Terceira Ordem do Carmo, Adoração Noturna e colaborava com a União Agrícola Católica. No dia 18 de julho de 1936, seus irmãos: dois religiosos carmelitas, e uma religiosa cisterciense, chegaram a sua casa, para esconderem-se da perseguição religiosa que se intensificara. Eles perseveraram em oração, esperando a vontade de Deus. Em 10 de novembro de 1936, seus três irmãos foram presos e ele foi preso no dia seguinte. Ele foi levado ao mosteiro de Fons Salutis, transformado em prisão. Seus irmãos estavam lá, mas José não podia falar com eles. Com as mãos amarradas nas costas, todos foram retirados na noite de 12 de novembro e levados para a estrada de Alcudia. Quando eles viram que iam matá-los, gritaram com voz forte: Viva o Cristo Rei e o Sagrado Coração! Eles foram mortos com tiros no pescoço. José é até agora o único dos irmãos beatificados, em 11 de março de 2001.

12 de novembro - Santo Emiliano de Cogolla

Emiliano de Cogolla é um santo espanhol, nascido por volta do ano 473 em Berceo (La Rioja). Filho de uma família camponesa de origem hispano-romana, em sua juventude era pastor de ovelhas. Decidiu dedicar-se à vida contemplativa, por isso tornou-se um dos discípulos do monge Félix, retirado nas montanhas de Bilibio, perto de Haro, onde conduziu uma vida solitária e penitente. Submeteu-se à disciplina monástica, mas achando-a muito confortável, e com muitas visitas, retirou-se para a solidão por quarenta e quatro anos nas montanhas do Distercio, suportando as variações do clima e as duras condições lá. Sua fama de santidade foi estendida de tal maneira que todos aqueles que estavam em dificuldades espirituais iam a ele em busca de conselhos. Assim, o bispo de Tarazona, Dídimo, não querendo que tantas virtudes se perdessem na solidão da montanha, o ordenou sacerdote e o encarregou da paróquia de Santa Eulália, em sua cidade natal, Berceo. A passagem pela paróquia foi um estrondoso fracasso, já que as tarefas administrativas não pareciam se encaixar em seu caráter e ele doava todos os donativos da paróquia aos necessitados, sendo depois acusado de apropriação indébita do dinheiro da paróquia por seus irmãos sacerdotes e repreendido pelos padres. O Bispo teve que demiti-lo do cargo. Ele decide então retornar à sua solidão e se retira para o vale de Suso ou mais, perto de sua cidade, onde acontece o último estágio de sua vida.

São Margarito Flores Garcia

Através da profunda união com Cristo, iniciada no batismo e alimentada pela oração, os sacramentos e a prática das virtudes evangélicas, homens e mulheres de todos os tempos, como filhos da Igreja, alcançaram a meta da santidade. São Santos porque colocaram Deus no centro da sua vida, fazendo da busca e difusão do seu Reino a razão da própria existência; são Santos porque as suas obras continuam a falar do seu amor total ao Senhor e aos irmãos, dando frutos copiosos graças à sua fé viva em Jesus Cristo e ao seu compromisso em amar, inclusivamente os inimigos, como Ele nos amou. 
Papa João Paulo II – Homilia de Canonização – 21 de maio de 2000 
Margarito Flores Garcia nasceu nem Taxco, no México, em 1899, sendo de origem extremamente humilde, trabalhava desde pequeno para ajudar financeiramente a sua família, o que por duas vezes chegou a colocar sua saúde em risco. Aos 14 anos manifestou um forte desejo de ingressar no Seminário de Chilapa, no entanto seus pais, Germán Flores e Merced García, se opuseram porque careciam de recursos para custeá-lo.

Santo Atanásio Todoran e companheiros Mártires Festa: 12 de novembro (Igrejas orientais)

(†)12 de novembro de 1763
 
Numa época em que na Europa se tenta minimizar o papel do cristianismo na formação da identidade europeia, na Roménia o sentido místico e a relação com os modelos de vida cristã são ainda muito profundos. A história da Romênia tem sido muito conturbada: por muitos séculos sob o jugo dos vários opressores, a luta pela manutenção da identidade tem sido muito difícil, seja o inimigo turco, húngaro, austríaco, alemão, soviético, etc. Ainda mais difícil, porém, é a luta contra os opressores espirituais. A redenção dos "pobres oprimidos" é a liberdade da alma, a força de sua fé em Deus, e esse tesouro não pode ser facilmente conquistado. A profunda cultura religiosa é uma constante na história do povo romeno, apesar dos otomanos, dos Habsburgos ou dos comunistas terem tentado erradicá-la. A recente canonização do mártir Atanasie Todoran di Bichigiu — exemplo de vida e de fé cristãs professadas até ao sacrifício pessoal — fala precisamente da forte alma ortodoxa dos romenos. Mas que importância pode ter hoje em Salva (Transilvânia) o episódio da canonização de Atanasie Todoran em 11 de maio de 2008 no planalto "Mocirla" ("A Lagoa") onde foi torturado e morto na roda 245 anos antes? A resposta pode vir do slogan europeu "unidade na diversidade", também usado no sábio sermão do Metropolita Bartolomeu para a ocasião.