sábado, 5 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Amor partido”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Divórcio – uma situação
 
Já há tempo refletimos sobre a Exortação do Santo Padre, Papa Francisco sobre o matrimônio – Amoris Laetitia – A Alegria do Amor. No capítulo sexto, nº 241-152, trata do divórcio. É interessante e comovente o carinho e o respeito que o Papa devota aos divorciados e separados. Sempre procura o lado positivo. Não condena, mas estimula a viver bem e chama a comunidade apoiar em todas as circunstâncias. Não nega a indissolubilidade do matrimônio, mas sabe entender a situação de cada um, sempre com misericórdia e numa atitude curativa. Os separados e divorciados recebiam um tratamento de pecador público. Há um sentimento comum, e há os que assim dizem, que os separados não podem comungar. Podem sim. Outra é a situação do recasados. Estamos diante de uma das grandes polêmicas do momento. Grupos conservadores têm maltratado o Papa. Seria bom ler o texto na íntegra, pois é muito rico. Resumindo diz que há casos em que é inevitável separação. Por exemplo: injustiça, violência, defesa dos filhos, exploração, indiferença... Diz: “Mas deve ser considerado um remédio extremo, depois que se tenham demonstradas vãs todas as tentativas razoáveis!” (AL 141). Diz também: “As pessoas divorciadas que não voltaram a casar devem ser encorajadas a encontrar na Eucaristia alimento que a sustente nesse seu estado” (AL 243). A comunidade deve dar apoio, sobretudo se há pobreza. Mais ainda, diz que os divorciados “devem sentir que fazem parte da Igreja e não estão excomungados”(AL 243). Isso não destrói a doutrina sobre o casamento. 
Soluções 
Além de ser sensível ao sofrimento das pessoas separadas, é sensível também à solução da situação através da declaração da nulidade. Não anula o casamento. Declara que foi nulo. Os fiéis têm direito à justiça. A pastoral familiar deve entrar na questão dos divorciados, pois seu número cresce dia a dia. Por ai vemos a necessidade de preparar o casamento. Para muitos que se casam na Igreja, o que vale é só o espetáculo. Nas separações o Papa lembra que os filhos não podem ficar reféns da situação. Não sejam usados. “É irresponsável arruinar a imagem do pai ou da mãe para monopolizar o afeto do filho, se vingar ou defender... isso provocará feridas difíceis de curar” (AL 145). Os pais divorciados devem ser integrados na comunidade para continuarem a educação religiosa dos filhos. A assistência religiosa pode curar as feridas (AL 246).
Situações complexas 
Lembra ainda o documento papal a questão dos casamentos mistos: católico com evangélicos ou com não batizados. São os casamentos mistos. O Papa diz que “se convém valorizar quer pelo seu valor intrínseco, quer pela ajuda que podem dar ao movimento ecumênico” (AL 247). A respeito da comunhão dos cônjuges, sigam-se as normas já dadas pelo Conselho da Unidade dos Cristãos em 25 de março de 1993. Quanto aos casamentos com não batizados, “eles representam um lugar privilegiado de diálogo inter religioso” (AL 247-248). Quanto a esses, pedem que a liberdade religiosa seja respeitada. Com respeito às situações pessoais de outras tendências, a Igreja pede respeito e é contra toda discriminação. Não se pode fazer a equiparação com desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família (AL 251). Cada um, em sua condição e situação pessoal, é chamado a fazer um caminho de santidade que não é de repressão, mas libertação. Refere-se por fim aos filhos onde falta o pai ou a mãe. A comunidade deve ser a família ampliada que dá suporte e afeto. Lembra as famílias pobres que sofrem com uma morte ou separação sejam apoiadas.
ARTIGO PUBLICADO EM FEVEREIRO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 5 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 9,14-17. 
Naquele tempo, os discípulos de João Batista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado e nessa altura hão de jejuar». Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, os odres rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Catecismo da Igreja Católica 
§772,773,796 
O Esposo está com eles 
É na Igreja que Cristo realiza e revela o seu próprio mistério, como meta do desígnio de Deus: «instaurar todas as coisas em Cristo» (Ef 1,10). São Paulo chama grande mistério (cf Ef 5,32) à união esponsal entre Cristo e a Igreja. Porque está unida a Cristo como a seu esposo, a própria Igreja, por seu turno, se torna mistério; e é contemplando este mistério que São Paulo exclama: «Cristo no meio de vós, esperança da glória» (Col 1,27). Maria precede-nos todos como a esposa «sem mancha nem ruga» (Ef 5,27); é por isso que «a dimensão mariana da Igreja precede a sua dimensão petrina» (João Paulo II). A unidade de Cristo e da Igreja, cabeça e membros do corpo, implica também a distinção entre ambos, numa relação pessoal; este aspeto é muitas vezes expresso pela imagem do esposo e da esposa. O tema de Cristo como esposo da Igreja foi preparado pelos profetas e anunciado por João Batista (cf Jo 3,29); o próprio Senhor Se designou como o esposo (cf Mc 2,19); e o apóstolo apresenta a Igreja e cada fiel, membro do seu corpo, como uma esposa desposada com Cristo Senhor, para formar com Ele um só Espírito. Ela é a esposa imaculada do Cordeiro imaculado (cf Ap 22,17) que Cristo amou, pela qual Se entregou para a santificar (cf Ef 5,26), que associou a Si por uma aliança eterna, e à qual não cessa de prestar cuidados como ao seu próprio corpo. «Eis o Cristo total, cabeça e corpo, um só, formado por muitos. O próprio Senhor diz no Evangelho: "Já não são dois, mas uma só carne" (Mt 19,6). Como vedes, temos, de algum modo, duas pessoas diferentes; no entanto, tornam-se uma só na união esponsal» (Santo Agostinho).

Santo Agatão Mártir Festa: 5 de julho

Agatão e Trifina, mártires na Sicília (século IV). Nada se sabe ao certo sobre eles. O primeiro pode ser Agatão I, bispo de Lipari. Ou pode até ser um erro de transcrição do nome de Santa Ágata de Catânia. 
Etimologia: Agathon = bom, do grego 
Emblema: Palma 
O Martirológio de Jerônimo comemora os mártires Agatão e Trifina na Sicília em 5 de julho, sem acrescentar mais nada. A notícia passou de lá para os martirológios históricos, para vários manuscritos sicilianos e para o Martirológio Romano. Destes mártires, tudo se desconhece, exceto as escassas informações que nos são fornecidas pelos martirológios. Lanzoni supôs que sob o nome de Agatão deveríamos reconhecer "o famoso mártir de Catânia Agathenis..., transformado em Agathonis por um copista inexperiente", hipótese também aceita por Delehaye no comentário ao Martirológio de Jerônimo. Também se cogitou que o mártir Agatão pudesse ser identificado com Agatão I, bispo de Lipari, mencionado nos Atos dos Santos. Alfio, Filadelfio e Cirino, que, fugindo para se salvar da perseguição, foram para Lentini, onde viveram escondidos em uma caverna perto da cidade, juntamente com Alessandro, um velho perseguidor convertido; esta suposição parece improvável, no entanto, visto que os autores dos martirológios desconheciam os atos dos três mártires que vieram da Sicília para o Ocidente, através do Oriente.

05 de julho - Beato José Boissel

Quem disse que os padres são estrangeiros? 
Quem disse que os padres não são bons? 
Quem disse que somos traidores porque confessamos a religião dos padres?
Padre Boissel está aqui, agora, morto diante de nós. Sua vida é a resposta para nossas perguntas e nossa fé. Se ele não é bom, porque o céu não o atingiu com um raio, a praga não o matou? Por que ele se movia com impaciência e solicitude para ajudar seus filhos na aldeia de Hat-I-Et? Era apenas o cuidado para com seus filhos, aqueles que ele amava, que o levava até eles, sem pensar em seu sangue, sua carne, sua vida. Vocês, pessoas notáveis, os professores que conheceram e acompanharam o Padre Boissel, sabem e lembram que ele era um homem bom, generoso com as pessoas, com os necessitados. Mesmo que ele fosse um homem direto com palavras e que "espirrasse forte", lembram-se de sua bondade, que ele construiu em todos os lugares que passou. "A terra que cobre o rosto por quinhentos anos não pode nos fazer esquecer o amor", diz o poeta, porque o padre Boissel era um exemplo, uma fonte do amor de Cristo por nós. Nem a chuva que cai nem as águas ruidosas podem apagar a cor vermelha brilhante do sangue do padre Boissel, que marcou esta terra do Laos. 
Homilia do Padre Pierre Douangdi para os funerais do Padre José Boissel, 8 de julho de 1969 

05 de julho - São Guilherme de Hirsau

Guilherme nasceu na Baviera, possivelmente por volta de 1030 e nada mais se sabe sobre suas origens. Como oblato, aos cuidados dos beneditinos, foi educado como monge na Abadia de Santo Emerão, uma igreja privada do bispo de Ratisbona, onde foi aluno do famoso Otlo de Santo Emerão. Acredita-se geralmente que foi lá que Guilherme ficou amigo de Ulrico de Zell, outro grande reformador dos mosteiros e santo, uma amizade que duraria até o fim de sua vida. Também na abadia, por volta de meados século XI, Guilherme escreveu tratados sobre astronomia e música, e seu conhecimento era considerado insuperável em sua época. No campo da astronomia, construiu diversos instrumentos, incluindo o relógio de sol que mostrava as variações dos corpos celestes, solstícios, equinócios e outros fenômenos siderais. Seu famoso astrolábio de pedra ainda está em Ratisbona: com mais de 2,5 metros de altura, traz gravado na frente uma esfera astrolábica e no verso a figura de um homem observando o céu, que se presume ser o astrônomo e poeta grego Arato de Solos (século III a.C.). Na música, além de ser considerado um músico habilidoso, fez várias melhorias no desenho da flauta. Em 1069 foi chamado a Hirsau para suceder ao deposto abade Frederico, e uma vez que assumiu o mosteiro não aceitou receber a bênção abacial até a morte do seu predecessor que aconteceu em 1071.

05 de julho - Santo Atanásio Atonita

Santo Atanásio foi o organizador dos monastérios no Monte Athos, ele nasceu em Trebizonda, por volta do ano 920, filho de um Antioquino e recebeu no batismo o nome de Abraão. Fez seus estudos em Constantinopla, onde se tornou professor. Enquanto exercia nesta cidade o ofício de professor, conheceu São Miguel Maleinos e seu sobrinho Nicéforo Focas. Este último tornou-se, mais tarde, seu protetor, ao ocupar o trono imperial. Abraão tomou o hábito no Mosteiro que São Miguel dirigia, em Kimina de Bitínia, recebendo o nome de Atanásio. Ali viveu até o ano 958, mais ou menos. O Mosteiro de Kimina era uma «Lavra», isto é, uma série de celas isoladas, construídas em torno de uma igreja. Quando morreu Miguel Maleinos, Atanásio, prevendo que seria eleito abade, fugiu para o Monte Athos. Ali Deus reservava para ele uma responsabilidade ainda mais pesada que o ofício de abade do qual tinha fugido. Vestido como um rude camponês e com o nome de Doroteo, Santo Atanásio se retirou para uma cela na proximidade de Karyes. Mas seu amigo Nicéforo Focas não demorou a descobri-lo. O Imperador Nicéforo, que estava prestes a empreender uma expedição contra os sarracenos, pediu a Atanásio para acompanhá-lo nesta viagem e que o apoiasse nesta empreitada com a sua benção e orações. Atanásio, vencendo sua resistência em regressar ao mundo, acompanhou o seu amigo nesta viagem.

Santas Teresa Chen Jinxie y Rosa Chen Aixie, virgens e mártires chinesas – 5 de julho

 Perto de Huangeryin, localidade na região de Ningjinxian, na província chinesa de Hebei, as santas irmãs Teresa Chen Jinxie e Rosa Chen Aixie, virgens e mártires, que durante a perseguição movida pelos «Yihetuan», para salvaguardarem a honra da virgindade e a sua fé cristã, resistiram corajosamente às bárbaras depravações e à feroz crueldade dos perseguidores e foram trespassadas pelos golpes das lanças dos seus verdugos. († 1900)  

         Ambas pertenciam à comunidade cristã da aldeia de Tong-Kia-Tchoang. Quando a notícia chegou sobre algumas formas das atrocidades cometidas pelos Boxers, um grupo de fiéis da comunidade, incluindo as duas irmãs, foram colocados em um carro e partiram em direção a Tan Kyu, a povoação que os missionários haviam fortificado numa tentativa de defender os cristãos.
      Durante a viagem um grupo de Boxers cercaram o carro e exigiu que as jovens saíssem do mesmo. Um dos que estavam no carro protestou e foi morto na hora. Em seguida, as duas jovens saíram e ajoelharam-se, rezando em voz alta. Um boxer matou Rosa com um golpe de lança e deu um outro golpe em Teresa, que caiu sangrando no chão. Rosa morreu no momento, Teresa expirou pouco depois. Ela tinha 25 anos.
     Em seguida os boxers se foram. Os cadáveres foram recolhidos e o carro continuou seu caminho. Teresa, que estava ferida, expirou pouco depois. Tinha 25 anos.
     Em 17 de abril de 1955, ambas foram beatificadas por Pio XII. Junto com 118 mártires chineses, elas foram canonizadas por João Paulo II em 1 de outubro de 2000.
 

Santa Zoe Noiva e Mártir Festa: 5 de julho

† Roma, ca. 286
 
Nascida em Roma, Zoé era esposa do Beato Nicóstrato, um alto oficial romano, também mártir. Ela foi aprisionada pelo Imperador Diocleciano enquanto rezava no túmulo do Apóstolo Pedro, amarrada e lançada na prisão. Em seguida, sofreu o martírio suspensa pelo pescoço e pelos cabelos em uma árvore e sufocada pela fumaça que se formava a seus pés. Ela entregou seu espírito na confissão do Senhor, provavelmente no ano 286. Santa Zoé apareceu em edições anteriores do Martirológio Romano em 5 de julho, mas não na última promulgada por São João Paulo II. Segundo a lenda hagiográfica, ela é esposa de Nicóstrato, chefe da chancelaria imperial. Tendo ficado muda, não pôde curar-se por seis anos. Um dia, enquanto acompanhava o marido à prisão onde os cristãos Marco e Marcelino estão encarcerados, ela vê o tribuno Sebastião exortando os dois prisioneiros a permanecerem firmes na fé cristã. De repente, um raio de luz envolve a cabeça de Sebastião: Zoé ajoelha-se diante dele, que, após fazer o sinal da cruz nos lábios e invocar a ajuda do Senhor, imediatamente lhe restaura a fala. Zoé, o marido e todos os presentes ao milagre convertem-se ao cristianismo. Durante as perseguições ordenadas por Diocleciano, descoberta pelos guardas pretorianos enquanto rezava diante do túmulo de São Pedro, ela é presa.

Santa Trifina Mártir Festa: 5 de julho

O Martirológio de Jerônimo comemora os mártires Agatão e Trifina na Sicília em 5 de julho, sem acrescentar mais nada. A notícia passou de lá para os martirológios históricos, para vários manuscritos sicilianos e para o Martirológio Romano. Destes mártires, tudo se desconhece, exceto as escassas informações que nos são fornecidas pelos martirológios. Lanzoni supôs que sob o nome de Agatão deveríamos reconhecer "o famoso mártir de Catânia Agathenis..., transformado em Agathonis por um copista inexperiente", hipótese também aceita por Delehaye no comentário ao Martirológio de Jerônimo. Também se cogitou que o mártir Agatão pudesse ser identificado com Agatão I, bispo de Lipari, mencionado nos Atos dos Santos. Alfio, Filadelfio e Cirino, que, fugindo para se salvar da perseguição, foram para Lentini, onde viveram escondidos em uma caverna perto da cidade, juntamente com Alessandro, um velho perseguidor convertido; esta suposição parece, no entanto, improvável, uma vez que os autores dos martirológios não conheciam os atos dos três mártires que vieram da Sicília para o Ocidente, através do Oriente. Assim, as conclusões que podem ser apresentadas aos críticos hoje não estão longe do que Caetani disse no século XVII, isto é, apesar de todos os esforços para identificar este mártir. Quanto a Trifina, Delehaye e Lanzoni pensam que é uma forma corrupta, derivada de um Trifão, Trofimo ou Trofima. 
Emblema: Palma 

Santa Marta de Antioquia, leiga - 5 de julho

Martirológio Romano:
No Monte Admirável, na Síria, Santa Marta, mãe de São Simeão Estilita o Jovem. 
Marta nasceu na Antioquia no início do século VI. Embora tivesse feito voto de virgindade, casou-se com João, originário de Edessa, para obedecer aos pais e após ter tido uma revelação de São João Batista, que anunciou inclusive o nome do filho que ela daria à luz. Depois de alguns anos, após o falecimento do esposo, ela se dedicou com zelo à formação católica do filho, Simeão, que nascera em 520. Simeão se tornaria célebre por sua vida e sua atividade no Monte dos Milagres (ou Admirável), próximo de Antioquia. Um século mais tarde um autor, provavelmente um monge do convento de São Simeão, escreveu uma “Vida de Marta” que, ao narrar as suas maravilhas, supera a própria “Vida” do filho, que apareceu um pouco mais tarde. A obra é rica sobretudo de lugares comuns sobre sua virtude, contínuas aparições de São João Batista e de anjos, além de numerosos milagres.

Santa Filomena Virgem Festa: 5 de julho

Em 1527 (1526)durante escavações sob o altar-mor de S. Lorenzo in Doliolo em Sanseverino Marche (a antiga Settempeda), foi encontrado o corpo de uma mulher com uma schedula (de difícil leitura) que afirmava ser o corpo de Santa Filomena da linhagem de Chiavelli, transferido pelo bispo de São Severino para aquela igreja na época dos reis godos (Totila). No mesmo ano, o Cardeal Ciocchi del Monte colocou o corpo sob o altar dedicado à santa. A festa, inicialmente celebrada em 5 de julho, data em que Filomena aparece no Martirológio Romano, foi posteriormente adiada para o primeiro domingo do mesmo mês. O corpo encontrado é verdadeiramente o de uma santa mártir? De um ponto de vista estritamente histórico, a resposta é negativa, visto que antes do século XVI não há menção ao nome, nem ao culto, nem ao corpo de uma santa Filomena em Sanseverino. O mesmo conteúdo da schedula, atribuindo o depositio a São Severino, não apresenta elementos que possam ser sustentados por uma crítica histórica sólida. Portanto, é muito provável que se trate de um "corpo santo" semelhante ao mais famoso da Filomena romana. Acima do altar onde repousa o corpo, havia uma tela de Pomarâncio com o santo representando o todo com São Lourenço. 
Patrona: San Severino Marche (MC) 
Etimologia: Filomena = amante do canto, do grego

Santa Febrônia venerada em Patti Festa: 5 de julho Século IV

Patti , uma cidade siciliana, orgulha-se de ter entre seus cidadãos mais ilustres Santa Febrônia, uma virgem e mártir que viveu no início do século IV d.C. Sua história, transmitida por uma antiga tradição oral, conta a história de uma jovem nascida em uma nobre família pagã que, tendo se convertido ao cristianismo, consagrou-se a Cristo com o voto de virgindade. Para escapar das imposições de seu pai e da perseguição imperial, Febrônia refugiou-se nas cavernas de Mons Iovis, onde, no entanto, seu pai a alcançou e a matou. Seu corpo, milagrosamente transportado pelo mar, chegou à costa de Minori, onde foi encontrado por uma lavadeira. A partir daí, a devoção à santa se espalhou rapidamente, embora, devido aos eventos históricos em Minori, ela fosse venerada como Santa Trofimena. As relíquias de Febrônia foram doadas a Patti, que a elegeu sua padroeira. 
Vida 
Patti é um dos poucos municípios da nossa diocese que tem a honra de contar entre os seus cidadãos uma jovem de grande santidade, a quem deu à luz e que se orgulha de ter como padroeira: a Virgem e Mártir Santa Febrônia.

Santa Ciprila (Cirila) de Cirene, Mártir - 5 de julho

Ciprila (ou Cirila) era uma cristã viúva de Cirene, cidade de Pentápolis, na Líbia. Na época de Diocleciano, ela teria recorrido ao Bispo Teodoro para ser curada de uma violenta e crônica dor de cabeça. O Bispo Teodoro estava então em liberdade vigiada e a curou, mantendo-a ao seu serviço junto com outras piedosas mulheres, Aroa e Lúcia. Após o martírio do bispo, a santa viúva foi convidada a sacrificar aos ídolos pagãos. Como tivesse recusado, colocaram-lhe nas mãos carvões ardentes e incenso, supondo que para escapar da dor ela os deixaria cair diante dos ídolos, simulando haver consumado o sacrifício pagão. Mas Ciprila foi mais forte e preferiu perder as mãos e por isso foi torturada e esvaiu em sangue até o martírio se consumar.

Santa Godoleva, mártir da fidelidade conjugal

Mandada assassinar pelo marido, (+ 1070).
 
Godoleva, oriunda de nobre família francesa, possuidora de excelentes qualidades físicas e morais, era casada com Bertoldo, nobre fidalgo da Holanda. Fidalgo de nome e de sangue, não o era de coração. O amor e a amizade, que aparentava antes, logo depois do dia do casamento transformaram-se em antipatia e ódio. Neste ódio via-se secundado pela mãe, que tudo fazia para amargurar o coração da jovem nora, a ponto de expulsá-la de casa. tendo todo o apoio do filho, aconselhou-o que desse a Godoleva uma moradia própria, á parte, que a obrigasse a viver inteiramente separada do marido e da família do mesmo. Godoleva, educada na escola de Cristo, embora sofresse profundamente com um tratamento tão injusto e ímpio, levou a cruz com a resignação, oferecendo os sofrimentos pela conversão daqueles que a maltratavam. A malvadez do marido, inspirado diabolicamente pela mãe, chegou a ponto de atentar contra a vida da esposa. Esta conseguiu livrar-se das mãos assassinas de Bertolfo e voltou para a casa paterna. Os pais assustaram-se com a chegada inesperada da filha, mas o pasmo transformou-se-lhes em indignação, quando souberam os motivos que determinaram, a fuga de Godoleva.

António Maria Zacaria Sacerdote, Fundador dos Barnabitas, Santo 1502-1539

É próprio dos grandes corações colocar-se ao serviço dos outros sem recompensa, combater não em vista do pagamento.” São as palavras que António Maria, pertencente à rica família dos Zacaria, de origem genovesa, dirigia aos jovens voluntários, que seguindo o seu exemplo, se dedicavam ao apostolado pela promoção da vida cristã nas famílias. António tinha nascido em Cremona em 1502. Sua mãe ficou viúva com 18 anos de idade, rejeitou segundas núpcias só para dedicar-se totalmente à educação do filho. Os bons frutos não tardaram. Um dia, voltando da escola, António estava sem o manto de lã: havia-o colocado nas costas de um pobre que estava tremendo de frio. Nos anos que passou em Pavia como estudante de filosofia e em Pádua, onde se doutorou em medicina, levou uma vida muito austera, longe dos barulhos universitários. Já há muito tempo havia abandonado as roupas de veludo e os ornamentos, próprios da sua turma, para vestir as roupas da gente humilde. Exerceu a profissão de médico para ficar mais perto do povo, curar-lhe as doenças do corpo, gradativamente, para distribuir-lhes os remédios da alma, o conforto, a esperança, a paz com Deus. Em 1528, abandonando os estudos médicos, António foi ordenado sacerdote. Novamente deixou sua mãe sozinha, como nos anos de universidade, e se estabeleceu em Milão, onde, com a colaboração de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, fundou a Congregação dos Clérigos regulares de são Paulo, mais conhecidos como Barnabitas, do nome da igreja milanesa de são Barnabé, junto à qual surgiu a primeira casa da congregação. O fim da nova congregação era a promoção da reforma do clero e dos leigos.

ORAÇÕES - 5 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
5 – Sábado – Santos: Antônio Maria Zaccaria, Filomena, Agatão
Evangelho (Mt 9,14-17) “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda.”
Jesus falava a partir da experiência. Sabia encontrar a comparação boa para mostrar que não era possível aceitar em parte suas ideias e continuar mantendo velhos conceitos e velhas práticas. De fato, essa é minha tentação contínua: aceitar o evangelho, mas não demais, não a ponto de mudar de todo minha vida. Preciso ter coragem de jogar fora a roupa velha e vestir o novo jeito de ser.
Oração
Senhor, aqui estou diante de vós, arrependido de minha falta de coragem para vos seguir e abandonar meus erros e minhas mediocridades. Renovai-me com vossa graça, libertai-me da inércia que me prende, fazei-me nascer de novo. Vejo que preciso mudar, mas por mim mesmo não consigo. Vinde, então, em meu auxílio, para deixar tudo e revestir-me todo de vosso jeito de viver. Amém.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O Evangelho exige mudança”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO(+)
REDENTORISTAS NA PAZ DO SENHOR
“Um novo modo de viver”
 
A diferença que fez Jesus não foi revogar a Lei, mas levá-la à plena realização. Jesus não era contra a Lei de Deus, mas contra as interpretações que dela faziam. Ensina que a nova justiça aprofunda o sentido dos mandamentos. Há um desenvolvimento do conhecimento da Palavra de Deus. Jesus ensina, pois ele é a Sabedoria do Pai. As propostas de Jesus propõem que façamos uma opção. É um caminho novo que exige totalidade em nossa resposta. Não basta seguir os mandamentos na letra, é preciso ir ao espírito e a seu sentido mais profundo dado por Jesus. No que se refere ao quinto mandamento, não matarás, afirma o respeito à vida física, mas também o amor ao próximo. A palavra pode ferir e matar. Pelo próximo, deve-se até interromper o sacrifício iniciado para ir se reconciliar (Mt 5,23-24); deve-se ceder ao inimigo para evitar que aumente o espiral da violência (25). O adultério não é só uma atitude exterior, mas vai ao coração. Está unido à fidelidade de Deus. Quanto ao juramento: Todo aquele que mente, fere a verdade de Deus. Toda mentira é do maligno. A fidelidade à verdade não precisa de documentos. Basta o sim, sim; o não, não. Notamos que Jesus interpreta o mandamento no fundo do coração. O amor ao próximo deve ser total. Vai à coerência do coração. Corremos o risco de dar mais valor às interpretações do que à Lei Nova de Jesus que se funda na misericórdia e na caridade. Batemos o pé em coisas secundárias, quando o importante ensinado por Jesus, é deixado de lado. 
Sabedoria de Deus. 
A lei é a sabedoria. “Falamos, sim, da misteriosa sabedoria de Deus.... Sabedoria escondida que desde a eternidade Deus a destinou para nossa glória” (1Cor 2,6-7). A revelação de Deus para nós não é uma comunicação de verdades, mas participação de sua Sabedoria. Sem ela não entendemos a novidade de Jesus e continuamos repetindo os mesmos erros do passado. Jesus tem a autoridade para levar a lei à perfeição, purificá-la e instaurar a sabedoria de Deus. A nova lei é a sabedoria de Deus em nosso meio. Nossa sabedoria é viver o mandamento no íntimo do coração. O pecado não é solução para nosso coração. O livro do Eclesiástico ensina que Deus não mandou ninguém agir como o ímpio e a ninguém deu licença para pecar (Eclo 15,20). Há pessoas que se fazem donos da verdade e criam costumes que obscurecem a sabedoria de Jesus. Não podemos ficar às margens e nas práticas sem fundamento. Podem ser ótimas suas idéias, mas primeiro vem o mandamento de Deus. O pecado não se justifica em nenhuma hipótese. É sempre prejudicial ao ser humano. É o que vemos pelo mundo. O fruto do pecado destrói nações inteiras. 
Surpresas de Deus. 
“A nós Deus revelou esse mistério através do Espírito. Pois o Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus” (1Cor 2,10). Recebemos a sabedoria de Deus pelo Espírito que nos foi dado. Os que vivem esta sabedoria podem perceber “o que Deus preparou para os que O amam, é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu” (1Cor 2,9). Recebemos o convite para purificar nossa fé de tudo aquilo que fere a beleza do mandamento e a nova lei de Jesus. Por isso, em cada Eucaristia, ouvimos a Palavra que nos instrui na sabedoria. Rezamos: “Feliz o homem sem pecado, que na lei de Deus vai progredindo. Feliz o homem que observa seus preceitos e de todo o coração procura a Deus” (Sl 118).
Leituras: Eclesiástico 15,16-21; 
Salmo 118; 
1Coríntios 2,6-10; Mateus 5,17-37 
1. Jesus aprofunda a lei antiga indo ao coração que é o amor sem limites. 
2. A Sabedoria de Deus ensina a viver o mandamento em sua profundidade. O pecado não foi ensinado por Deus. 
3. Do Espírito nos vem a sabedoria. Recebemos o convite para purificar nossa fé. 
Mudando a Bíblia 
Para muitos a letra da Bíblia tem que ser conservada ao máximo. Mas Jesus deu exemplo ao contrário. A Palavra do Antigo Testamento tem que ser entendida a partir Dele. Ele muda concepções do passado colocando nelas o aperfeiçoamento da nova Lei. Sobretudo quando essa lei foi mal interpretada pelos fariseus. A Palavra nos ensina que, ao aceitar Jesus, temos que reformar nossos conceitos, como Ele reformou conceitos e prática do Antigo Testamento a partir Dele que é a Palavra viva. Ensina ir mais profundo na Palavra. É uma renovação do homem todo no seu relacionamento com os outros, baseados no amor. É a pessoa íntegra na verdade. A lei fundamental deve estar no coração e não somente na prática externa. 
Homilia do 6º Domingo Comum (12.02.2017)

EVANGELHO DO DIA 4 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 9,9-13. 
Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?». Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: "Prefiro a misericórdia ao sacrifício". Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Beda o Venerável 
(673-735)
Monge beneditino, doutor da Igreja 
Homilias sobre os Evangelhos, I, 21 ; CCL 122, 149-151 
À mesa com Jesus «Um dia em que Jesus estava à mesa
em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores
vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos». 
Procuremos compreender com maior profundidade o acontecimento relatado: Mateus não se limitou a oferecer ao Senhor uma refeição material na sua morada terrena, mas, com a sua fé e o seu amor, preparou-Lhe um banquete na casa do seu coração, conforme o testemunho daquele que diz: «Eu estou à porta e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo» (Ap 3,20). Sim, o Senhor está à nossa porta e bate quando torna o nosso coração atento à sua vontade, seja através da palavra dos que a ensinam, seja por inspiração interior. Abrimos a porta ao chamamento da sua voz quando livremente aceitamos os seus ensinamentos, interiores ou exteriores, e quando, tendo compreendido o que devemos fazer, o fazemos. E Ele entra para cear, Ele connosco e nós com Ele, porque mora no coração dos seus amigos, pela graça do seu amor, para os alimentar eternamente com a luz da sua presença. Assim, os desejos dos seus amigos tornam-se cada vez mais elevados, e o próprio Senhor Se alimenta do zelo que têm pelo Céu, como do mais delicioso alimento.

04 de julho - Beato Pedro Kasui Kibe

Em 24 de novembro de 2008, em Nagasaki, foi celebrada a primeira beatificação em terras japonesas, na qual, não obstante o clima severo, tomaram parte 30.000 fiéis. Como delegado do Papa estava o cardeal José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos. Apesar do mau tempo, um dia belíssimo para a Igreja no Japão naquele 24 de novembro de 2008, no qual 188 mártires japoneses juntaram-se aos 395 Beatos e 42 Santos com os quais a Igreja local já podia se orgulhar. Mas desta vez a emoção era ainda mais forte porque, pela primeira vez a cerimônia era celebrada no Japão e precisamente em Nagasaki, uma cidade no arquipélago onde vivem dois terços da comunidade católica local. Há muito havia terminada a era dos "kakure kirisitan", os "cristãos escondidos" de um dos países onde os fiéis pagaram um dos mais altos preços em sangue da história recente e não só, como no caso dos 188, todos martirizados entre 1603 e 1639, em diferentes cidades. Entre eles, o padre jesuíta Pedro Kasui Kibe, outros dois sacerdotes da Companhia de Jesus, um agostiniano e muitos, muitos leigos, incluindo nobres, camponeses, mulheres, até crianças muito pequenas, e mesmo famílias inteiras das quais as dioceses do país fazem memória litúrgica em 1º de julho de cada ano. O futuro padre Pedro nasceu em Urube apenas 38 anos após o desembarque de São Francisco Xavier no Japão em 1549: seus pais eram convertidos de primeira geração. Inscrito no Seminário com seu irmão, após seis anos de estudos pediu para entrar na Companhia de Jesus, mas lhe foi negado.

Beato José Kowalski

José Kowalski nasceu em Rzeszów, Polônia, no dia 13 de março de 1911, filho de Wojciech e Sofia Barowiec, o sétimo de nove irmãos. Seus pais, católicos praticantes, eram agricultores, proprietários de um modesto sítio. Depois da escola primária, foi inscrito no colégio salesiano de Oswiecim (Auschwitz). José distinguiu-se logo pelo empenho no estudo e no serviço e pela alegria sincera. Inscreveu-se na Companhia da Imaculada e na Associação Missionária, tornando-se depois seu presidente. Enamorou-se literalmente do carisma salesiano e do seu Fundador, do qual procurou seguir o exemplo em tudo: empenho na animação alegre das festas religiosas e civis, presença apostólica junto aos colegas e, em particular, o primado da vida espiritual. Desde jovem deu início à redação de um diário, que transmite a devoção a Maria Auxiliadora e à Eucaristia: "Ó minha Mãe – escreveu – eu devo ser santo porque é esse o meu destino. Ó Jesus, ofereço-te o meu pobre coração [...] Faz com que eu jamais me afaste de Ti e que permaneça fiel até à morte: antes morrer do que te ofender, nem mesmo com um pequeno pecado. Devo ser um salesiano santo, como o foi o meu pai Dom Bosco". Fez a profissão temporária em 1928, em Czerwinsk, e recebeu a ordenação sacerdotal em Cracóvia, no dia 29 de maio de 1938. Foi nomeado secretário inspetorial. Cuidava na paróquia de um coro juvenil e se ocupava dos jovens mais difíceis. A Polônia foi ocupada pelos nazistas, mas os salesianos continuaram o trabalho educativo.