quarta-feira, 20 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Convertei-vos, pois o tempo é breve”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O Reino de Deus está próximo
 
Iniciamos o Tempo Comum. Neste ano proclamamos o evangelho de Marcos que nos mostra o Messias distante das expectativas do Messias glorioso dos judeus. Seu evangelho é uma catequese à comunidade sobre Jesus Cristo, Filho de Deus. Jesus, terminado o tempo da pregação de João com sua prisão, inicia sua missão com uma forte chamada: “O tempo já se completou”. Se por um lado há uma pressão sobre o fim, o que justifica o convite ao arrependimento e conversão, por outro lado, inicia-se um tempo novo: “O Reino de Deus está próximo”. Agora termina a preparação e já se estabelece um modo novo de vida. Tudo que veio antes foi anúncio e preparação. Para exemplificar que a conversão surte efeito, a liturgia apresenta a figura do profeta Jonas. Ele prega que dentro de 40 dias a cidade seria destruída. O povo, juntamente com seu rei, fez penitência e se converteu. A conversão é urgente, pois o tempo é breve. Paulo ensina que se deve viver de tal modo como se o único interesse fosse o de Deus, pois o tempo é breve. E Jesus diz que o tempo está realizado. Os primeiros cristãos esperavam a vinda de Cristo para breve. Por isso Paulo aconselha que se viva de tal modo como se não houvesse outras preocupações. Não as elimina, mas convida a colocar a espera da vinda de Cristo como a ocupação fundamenta e penetra todas as atividades. Como o tempo breve se prolonga, deixamos de lado a atenção sobre a Vinda de Cristo. Perdemos a dimensão fundamental. Não devemos jogar sua vinda para o futuro, pois Ele vem a todo o momento. Por isso é necessário viver na certeza que a figura desse mundo passa. 
Convertei-vos 
Jonas vai a Nínive e prega a penitência para a conversão. É ouvido e Deus poupa a cidade da destruição. Jesus prega a conversão, a mudança de vida para viver o Evangelho. Quem vive a conversão permanente vive a nova realidade do Reino. Assim se descortina para nós o novo que Jesus apresenta e que é sempre novo: viver a novidade do Evangelho como se fosse o último dia para que Deus esteja sempre presente. A conversão nos faz novas criaturas para um mundo novo. Jesus apresenta um novo modo de vida diferenciado do mundo pagão e do mundo judaico. A conversão exisge deixar tudo para seguir Jesus. Não elimina o que é bom, mas eleva a uma condição nova que penetra todas nossas realidades. Não podemos viver o reino pela metade. 
Segui-me 
Jesus não só anuncia, mas agrega a si outros que continuarão sua missão: “Chamou a si os que quis, e eles foram até Ele. E constituiu Doze, para que ficassem com ele, para enviá-los a pregar” (Mc 3,13-14). Ser cristão é necessariamente ser anunciador. O ponto de partida é “estar com Ele” e só assim partir para anunciar. Ser cristão é ser comunidade com Jesus e os seus e, a seguir, anunciar. Assim entendemos que “deixaram imediatamente as redes e o seguiram”. Em cada celebração manifestamos esta unidade, acolhemos suas palavras e partimos para o anúncio. O convite que nos é feito nesta celebração é para que Deus dirija nossa vida segundo seu amor para que possamos frutificar em boas obras, em nome de Jesus, isto é, unidos a Ele. Somente deste modo poderemos ser seus colaboradores. Deus quer colaboradores. Todos somos convocados. Converter-se é já se alistar entre os anunciadores do Reino. Nós nos reunimos em Eucaristia para celebrar a união a Cristo e confirmar nosso compromisso com a missão.
Leituras: Jonas 3,1-5.10; Salmo 24; 
1Coríntios 7,29-31; Marcos 1,14-20 
1. Jesus, após a prisão de João, inicia sua pregação: o tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho. Há uma pressão sobre o fim e inicia um tempo novo: O Reino de Deus está próximo. Jesus estabelece um novo modo de vida. Para esta mudança dá como exemplo a pregação de Jonas em Nínive. A conversão é urgente. Paulo aconselha a viver o fundamental. A figura deste tempo passa. 
2. Jonas vai a Nínive e prega a conversão. É ouvido e Deus poupa a cidade. Jesus prega a conversão. Quem a vive, vive a novidade do Evangelho. Deixar tudo não elimina o que é bom , mas o eleva à nova condição. Não podemos viver o Reino pela metade. 
3. Jesus associa outros que continuarão sua missão. Constituiu doze para estarem com Ele e irem pregar. O ponto de partida é estar com Ele. Só assim podem anunciar. Em cada celebração manifestamos unidade, acolhemos as palavras e vamos ao anúncio. 
Pescando no seco 
Jesus inicia sua missão. João está preso. Encerra sua missão e começa a de Jesus. Sua primeira pregação explica sua missão: convite à conversão: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho” (Mc 1,15). É um tempo novo. Ele não quis fazer sozinho sua obra, mas quis contar com outros. Vai buscá-los no cotidiano da vida. Simbolizando a pregação, buscou pescadores. De peixes passam a pescar homens. Jesus chama como foi chamado Samuel. A decisão é imediata, pois deixaram tudo e O seguiram. Viver o seguimento de Jesus deve ser como Paulo explica: viver as realidades como se não as vivesse, pois a figura deste mundo passa. A nós compete sempre pedir que Deus nos mostre seus caminhos: Mostrai-me, Senhor, vossos caminhos. Vossa verdade me oriente e me conduza! 
Homilia do 3º Domingo Comum (25.01.2015)

EVANGELHO DO DIA 20 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 19,11-28.
 
Naquele tempo, disse Jesus uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia manifestar-se imediatamente. Então, Jesus disse: «Um homem nobre foi para uma região distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. Antes, porém, chamou dez dos seus servos e entregou-lhes dez minas, dizendo: "Fazei-as render até que eu volte". Ora os seus concidadãos detestavam-no e mandaram uma delegação atrás dele para dizer: "Não queremos que ele reine sobre nós". Quando voltou, investido do poder real, mandou chamar à sua presença os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que cada um tinha lucrado. Apresentou-se o primeiro e disse: "Senhor, a tua mina rendeu dez minas". Ele respondeu-lhe: "Muito bem, servo bom! Porque foste fiel no pouco, receberás o governo de dez cidades". Veio o segundo e disse-lhe: "Senhor, a tua mina rendeu cinco minas". A este respondeu igualmente: "Tu também ficarás à frente de cinco cidades". Depois veio o outro e disse-lhe: "Senhor, aqui está a tua mina, que eu guardei num lenço, pois tive medo de ti, que és homem severo: levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste". Disse-lhe o rei: "Servo mau, pela tua boca te julgo. Sabias que sou homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei. Então, porque não entregaste ao banco o meu dinheiro? No meu regresso tê-lo-ia recuperado com juros". Depois disse aos presentes: "Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez". Eles responderam-lhe: "Senhor, ele já tem dez minas!". O rei respondeu: "Eu vos digo: a todo aquele que tem se dará mais, mas àquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a esses meus inimigos, que não me quiseram como rei, trazei-os aqui e degolai-os na minha presença"». Dito isto, Jesus seguiu à frente do povo para Jerusalém. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II 
Papa(1920-2005)  
Encíclica «Laborem Exercens», 26 
«Fazei-as render» 
O «evangelho do trabalho» encontra-se na vida de Cristo, nas suas parábolas e em tudo quanto Jesus foi fazendo e ensinando (cf At 1,1). Com base nestas luzes, que emanam da própria fonte, a Igreja proclamou sempre o que segue e cuja expressão contemporânea encontramos nos ensinamentos do II Concílio do Vaticano: «A atividade humana, do mesmo modo que procede do homem, assim também a ele se ordena. De facto, quando trabalha, o homem não transforma apenas as coisas materiais e a sociedade, mas realiza-se a si mesmo; aprende muitas coisas, desenvolve as próprias faculdades, sai de si e supera-se a si mesmo. Este desenvolvimento, se for bem compreendido, vale mais do que os bens exteriores que se possam acumular. É a seguinte, pois, a norma para a atividade humana: segundo o plano e a vontade de Deus, ser conforme com o verdadeiro bem da humanidade e tornar possível ao homem, individualmente considerado ou como membro da sociedade, cultivar e realizar a sua vocação integral» (Gaudium et Spes, 35). No contexto de tal visão dos valores do trabalho humano, ou seja, de uma tal espiritualidade do trabalho, explica-se perfeitamente aquilo que no mesmo ponto da constituição pastoral do Concílio se lê sobre o justo significado do progresso: «O homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem. Do mesmo modo, tudo o que o homem faz para conseguir mais justiça, uma fraternidade mais difundida e uma ordem mais humana nas relações sociais excede em valor os progressos técnicos. Com efeito, tais progressos podem proporcionar a base material para a promoção humana mas, por si sós, de modo nenhum são capazes de a realizar». Esta doutrina sobre o problema do progresso e do desenvolvimento — tema tão dominante na mentalidade contemporânea — só poderá ser entendida como fruto de uma espiritualidade do trabalho já provada, e apenas na base de uma tal espiritualidade pode ser realizada e posta em prática.

Santo Otávio Mártir Festa: 20 de novembro

† Turim, final do século III
 
«Em Turim celebramos os santos mártires Otávio, Solutor e Avventor, soldados da legião tebana, que, sob o imperador Maximiano, lutando bravamente, foram coroados com o martírio». Assim, o Martirológio Romano conta a história destes três mártires do final do século II. A referência à “luta valente” refere-se evidentemente à sua determinação em declarar-se cristãos apesar da perseguição instituída por Maximiano. Dos três santos, uma "Paixão" do século V narra que eles fugiram do massacre geral de Agaunum. Perseguidos, foram capturados perto de Turim: Avventore e Ottavio, ao alcançá-los, foram assassinados no local. Solutore, porém, conseguiu continuar sua fuga até as margens do Dora Riparia, onde, descoberto, foi decapitado. Uma basílica foi construída no local do sepultamento dos três no século V. Em 1575 foi construída a “Igreja dos Mártires”, que ainda hoje abriga suas relíquias. (Futuro) 
Etimologia: Ottavio = oitavo filho, do latim 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Turim, santos Otávio, Solutor e Adventor, mártires.

20 de novembro - Beato Ambrósio Traversari

Abade camaldulense, Ambrósio Traversari foi um monge humanista, Legado Pontifício e padre conciliar. Como abade, procurou reformar sua ordem; foi amigo e sustentou a atividade do famoso Cósimo de Médici. Nasceu em Pórtico, perto de Florença, em 16 de setembro de 1386, numa família da Toscana e tornou-se monge camaldulense com apenas 14 anos de idade. Era uma época extremamente fértil: os artistas renascentistas começavam suas atividades e aos poucos iam imprimindo uma nova identidade para a Itália medieval. Ambrósio teve como companheiro de vocação o dominicano Giovanni da Fiesole, mais conhecido como o Beato Fra Angélico, um dos grandes pintores da época. Ambrósio respirava o ar da nova cultura que se formava e começou a estudar com afinco os idiomas antigos (grego, latim e hebraico). Dava aulas para os mais jovens, tanto religiosos como leigos, chegando a ensinar para o famoso humanista Poggio Bracciolini. Sua cela era ponto de encontro de vários estudiosos famosos de seu tempo. Era tido por todos como religioso sério, possuidor de um caráter afável e bondoso.

São Gelásio I Papa Festa: 20/21 de novembro

Gelásio foi um Papa intrépido, que subiu ao trono em 496. Em quatro anos, extinguiu as correntes pagãs, as heresias, o maniqueísmo, o monofisismo e o pelagianismo, sobre o qual escreveu vários tratados. Alguns de seus princípios progressistas foram adotados pelo Concílio Vaticano II.
Século V (Papa de 01/03/492 a 21/496) 
Africano, presidiu o sínodo de 494 em que foi redigido o decreto que leva seu nome e que distingue os livros revelados aceitos pela Igreja Católica daqueles considerados apócrifos.
Martirológio Romano: Em Roma, perto de São Pedro, São Gelásio I, Papa, que, distinguido pela doutrina e pela santidade, para evitar que a autoridade imperial prejudicasse a unidade da Igreja, ilustrou com verdadeira profundidade de análise as prerrogativas dos dois poderes , temporal e espiritual, apoiando a necessidade de liberdade mútua; movido pela sua grande caridade e pelas necessidades dos pobres, ele próprio morreu muito pobre para ajudar os pobres.

Beatas Ângela de São José e 14 companheiras, Virgens e mártires - 20 de novembro

Francisca Honorata Lloret Martì nasceu em 16 de janeiro de 1875 em Villajoyosa (Valência), filha de Francisco e Carmem. Tendo conseguido o diploma de professora, começou a lecionar. Em 1903 entrou na Congregação da Doutrina Cristã, adotando o nome de Ângela de São José, e exerceu as funções de superiora local, secretária geral e superiora geral. Exercia esse último cargo quando sofreu o martírio com as coirmãs, na noite de 20 de novembro de 1936, na administração de Paterna. Eis as outras vítimas: (Orts Baldo) Maria do Sufrágio: nasceu em 9 de fevereiro de 1888 em Altea (Alicante), filha de Gaspar e Rosária. Estudou privadamente, entrando na congregação em 1922. Foi superiora local, mestra de noviças e vigária geral; (Llimona Planas) Maria de Montserrat: nasceu em 2 de novembro de 1860 em Molina de Rey (Barcelona), filha de João e Maria. Entrou na congregação em 1882, pouco depois da fundação desta. Exerceu o cargo de superiora geral por 33 anos; (Duart Roig) Teresa de São José: nasceu em 20 de maio de 1876 em Benifayo de Espioca (Valência), filha de José e Rosa. Entrou na congregação em 1889. Exerceu os cargos de mestra de noviças e superiora local; (Ferrer Sabria) Isabel: nasceu em 15 de novembro de 1852 em Villanueva y Geltrù (Barcelona), filha de José e Mariana.

Beata Maria Fortunata Viti, Religiosa beneditina - 20 de setembro

Além de uma longevidade extraordinária, quase 96 anos, nesta vida não há nada de excepcional: uma vida tão humilde, escondida, alguns diriam, insignificante, que quase é difícil falar sobre ela. Ela veio ao mundo no seio de uma família mais que remediada, aos 10 de fevereiro de 1827, em Veroli (Itália). Com a mãe e uma piedosa senhora, aprendeu as primeiras letras. Acompanhava a mãe à igreja todos os dias para assistir à Santa Missa e visitar o Santíssimo Sacramento. Seu pai é um rico proprietário de terras de Veroli que vai arruinar a saúde e a carteira graças à sua paixão pelo jogo e sua tendência a se consolar com muitos copos de vinho. Sua mãe não resistiu a esta desgraça e faleceu aos 36 anos, depois de ter dado à luz nove filhos. Ela, aos 14 anos, se torna a mãezinha de seus irmãos menores. Tem tanta coisa para fazer – cuidar da casa, do pai e dos irmãos – que não pode pensar em si mesma e no seu futuro. Sua ocupação principal é fazer com que todos na casa respeitem o pai colérico, alcoólatra e empobrecido, como ela é capaz de fazer: todas as noites beija sua mão e pede a bênção, engolindo lágrimas e humilhação. E pensar que a haviam batizado com o nome de Ana Felix e a irmã a chamava de Fortunata!

Edmundo da Inglaterra Rei, Mártir, Santo + 870

Foi rei da Inglaterra. 
Morreu traspassado pelas flechas 
dos bárbaros pagãos 
no dia 20 de novembro de 870.
Santo Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas Santo Edmundo, rei da Inglaterrasão as informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da Inglaterra oriental, a Estanglia. Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida, constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos: Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados, exigiam um resgate para não destruírem as vilas. No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo.

Félix de Valois Co-fundador dos Trinitários, Santo 1127-1212

Nativo de Amiens (França) foi co-fundador 
da Ordem da Santíssima Trindade (os Trinitários) 
para o Resgate de Escravos.
Nascido em Paris em 1127, Félix era um príncipe da casa real de Valois da França. Tinha à sua disposição todas as regalias da Corte, mas possuía alma caridosa e despojada de vaidades. Desde a infância demonstrou sua vocação para o sacerdócio, pela precoce preocupação e cuidado que dispensava aos pobres e necessitados. Possuidor de grande fortuna pessoal, dava aos pobres tudo o que podia e com freqüência se privava, também, do próprio alimento para socorrê-los. Na juventude, tomou a decisão de seguir o chamado de Cristo. Completou os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e renunciou a todos os direitos dos títulos de nobreza e às riquezas terrenas. Escolheu ser um monge eremita, pois ansiava a vida solitária e humilde, dedicado somente à religião. Contudo, não conseguiu ficar sozinho por muito tempo. Deus tinha outros planos para ele. Foi procurado pelo amigo João da Mata, doutor e sacerdote, que queria seguir o seu modo de viver a espiritualidade. Félix, que lhe conhecia a cultura e inteligência, aceitou-o como companheiro e não como discípulo. Foram três anos de aprendizado recíproco, onde se uniram a santidade de Félix e a inteligência e praticidade de João da Mata.

Edmundo Rich Arcebispo, Santo 1170-1240

Foi Arcebispo de Cantuária e 
batalhou pela disciplina e justiça. 
É também chamado de 
Edmundo de Abingdon.
Edmundo Rich nasceu em Abington, perto de Oxford. Nesta cidade fez os seus estudos, seguindo depois para Paris onde os completou com sucesso e onde professou durante algum tempo ciências profanas. Voltando para a sua Inglaterra natal, ensinou arte e matemática em Oxford onde se converteu, e ali foi depois ordenado sacerdote, continuado agora a professar, não ciências profanas, mas teologia. Em 1222 foi nomeado tesoureiro da Catedral de Salisbúria, vindo a ser, 12 anos mais tarde — enquanto pregava uma cruzada decidida pelo Papa Gregório IX —, em 1234, nomeado arcebispo de Cantuária onde batalhou com grande ardor pela disciplina e justiça. Edmundo Rich era um pregador eloquente, um teólogo eminente e um conselheiro procurado por muitos dos seus contemporâneos, o que o levou a tornar-se também o conselheiro do Rei Henrique III (1216-1272). Mais tarde presidiu a ratificação por Henrique III da Carta Magna em 1237. Mas quando o Cardeal Olt se tornou o Legado Papal com a protecção de Henrique, Edmundo protestou. Um desgastante e demorado feudo se fez entre o Rei e Edmundo e finalmente em 1240 ele abdicou de seu posto e da sua diocese.

Maria dos Milagres Ortells Gimeno Religiosa, Mártir, Beata 1882-1936

Virgem da Ordem das Clarissas Capuchinhas, 
martirizada no lugar chamado Picadero de Paterna, 
na região de Valência (Espanha), 
durante a guerra civil (1936).
Ela nasceu no seio duma família profundamente cristã, a 28 de novembro de 1882, sendo baptizada na freguesia de Santa Catarina, da cidade de Turia. Milagres sempre se distinguiu pela sua piedade e simplicidade. Era de natureza sensível, animada, alegre e muito querida e valorizada por todos que a conheciam. Não gostava de vaidades, nem foi nunca mulher de fachada. Diz-se dela que, apesar de pertencer a uma classe abastada, porque seus pais eram proprietários de uma grande loja e duma fábrica de leques na rua de Zaragoza, então centro comercial por excelência, nunca consentiu em levar chapéu, mas mantilla, nem se sentar numa cadeira na Igreja, mas no chão, como os mais humildes. Procurava mesmo a companhia das meninas de classe mais humilde. Com a idade de dezenove anos manifestou o seu desejo de entrar num convento e sua mãe aconselhou-a a entrar na Comunidade das Religiosas Reparadoras, mas ela preferiu o Convento das Capuchinhas de Santa Clara, o que concretizou a 9 de Outubro de 1902, professando como irmã do coro.

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Origens 
Em 325, ocorreu o primeiro Concílio Ecumênico na cidade de Niceia, Ásia Menor. Na ocasião, foi definida a divindade de Cristo contra as heresias de Ario: “Cristo é Deus, Luz da luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro”. No ano de 1925, Pio XI proclamou o modo melhor para superar as injustiças: o reconhecimento da realeza de Cristo.
A Data 
A data original da festa de Cristo Rei era o último domingo de outubro, mas, com a nova Reforma de 1969, foi transferida para o último domingo do Ano Litúrgico. Desta forma, fica claro que Jesus Cristo, o Rei, é a meta da nossa peregrinação terrena. Os textos bíblicos mudam em todos os três anos (Ano A, B e C) para que possamos conhecer, plenamente, a figura de Jesus. 
Encíclica Quas Primas do Papa Pio XI 
Um Convite 
Na Encíclica do Papa Pio XI, o Papa instituiu a festividade de Cristo Rei, realizando um convite para que o Cristo reine em nossa mente, e para que possamos agir com uma perfeita submissão, devendo estar firme e constante aos assentimentos, às verdades reveladas e à Doutrina de Cristo.
Cristo Reina 
O Cristo reina, e precisamos estar em Sua Vontade, obedecendo às leis e aos preceitos divinos. Precisamos permitir que Ele reine em nosso coração, amando a Deus mais do que qualquer outra coisa, e estar unido somente a Ele. 
Rei do Universo 
O Cristo reina no corpo e nos membros que, como instrumentos, devem ser oferecidos a Deus e devem servir à santidade interior das almas. Se estas coisas forem colocadas em ações, mais facilmente serão levadas à perfeição. Cristo reina! Um Recomeço A Solenidade nos chama a um recomeço, um novo caminho para os fiéis e aqueles que estão fora de seu reino ansiando e aceitando uma nova vida em Cristo, que nos acolhe pela sua infinita misericórdia. Que possamos trazer e nos aproximar de Cristo, não com relutância, mas com prazer, amor e mais santos. E que nossa vida seja conforme as leis do Reino divino, para que colhamos frutos felizes e abundantes; e, considerados por Cristo como servos bons e fiéis, nos tornamos participantes com Ele no Reino celestial de sua eterna felicidade e glória. 
Minha oração 
“ Senhor Jesus Cristo, lhe damos o trono do nosso coração e da nossa família. Rei em tudo o que somos e fazemos, em tudo o que nos pertence. Sabemos que debaixo do teu reinado seremos felizes e satisfeitos. Amém!” 
Cristo Rei do Universo, rogai por nós!

https://santo.cancaonova.com/ 

ORAÇÕES - 20 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
20 – Quarta-feiraSantos: Edmundo, Ambrósio de Camaldoli, Otávio
Evangelho (Lc 19,11-28) “Jesus acrescentou uma parábola ... – Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar.”
Estavam a caminho de Jerusalém, e os discípulos imaginavam que ali Jesus iria manifestar-se como o rei esperado. Contando uma história criada, o Mestre queria prepará-los para outra realidade. Ele, o rei, ainda não iria manifestar-se. Iria viajar para longe, e eles deveriam fazer render as moedas de prata até sua volta. Então os que se opunham a ele seriam derrotados, e recompensados os servos fiéis.
Oração
Senhor meu Deus, agradeço a vida, a fé, e o me terdes colocado em vossa igreja. Vós me confiais uma tarefa nesta minha vida, a serviço de vosso projeto de salvação. Ajudai-me a bem usar para isso os dons que me destes. Conservai-me fiel e atento, confiando em vossas promessas. Sei que terei de enfrentar dificuldades, mas sei também que estareis sempre comigo para me guardar. Amém.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “O direito de respeitar”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Quando o todo é um só.
 
Deixando o aspecto econômico que requer aprofundamento, o Papa Francisco vai a outro aspecto. Em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium reflete sobre os desafios culturais. Como vimos, a economia é orientada por princípios que não levam em conta o homem em sua realidade, fazendo-o vítima do sistema ganancioso e consumista em proveito de poucos. Assim também encontramos os desafios culturais. A cultura aqui não são os conhecimentos e a sabedoria, mas os princípios que dominam a sociedade. A título de liberdade em todo o sentido, a pessoa se rege pelo individualismo, desconhecendo o outro. Perdeu-se a capacidade de fazer parte de um corpo. Certo que não podemos ficar na ditadura do todo destruindo a personalidade e os direitos do indivíduo. Chegou-se, contudo à ditadura do indivíduo sobre o todo. Em nosso tempo encontramos também grupos que catalisam e se reúnem em torno de ideias. Estamos vendo por todo mundo situações inexplicáveis e desafios. O Papa enumera os resultados a que se chegou: Ataques à liberdade religiosa com perseguição de cristãos (não só católicos) com ódio e violência. Em outros lugares há uma indiferença relativista que recusa o que é de um grupo, no caso, religioso. É a teoria: se não está de acordo comigo ou com meu grupo, não tem direito de existir. Impossibilita trabalhar em comum em vista do bem das pessoas. Religiões e filosofias não podem ser impostas sob o risco de destruir a pessoa. Ouvi que Voltaire disse: “Sou contra sua ideia, mas vou lutar até à morte pelo direito que tem de defendê-la”. 
Respeitando as culturas 
Pelo fato de não procurar o desenvolvimento da pessoa humana, ocupa primeiro pelo que é exterior, imediato, visível, rápido, provisório. “A globalização, como alerta” o Papa, “comportou uma acelerada deteriorização das raízes culturais com a invasão de tendências pertencentes a outras culturas, economicamente desenvolvidas, mas eticamente debilitadas” (EG 62). Os países em desenvolvimento, como reclamam os bispos africanos, são invadidos pelos interesses dos poderosos do mundo e de suas empresas, que com os meios de comunicação que “nem sempre dão a devida conta as prioridades e os problemas nesses países e não respeitam sua fisionomia cultural”. Continua o colonialismo que se aproveita das situações de riqueza natural e o povo fica fora do progresso. O mesmo acontece com países da Ásia que são desfigurados em suas culturas. João Paulo II escreveu no documento Ecclesia in Asia nº 58 “que os aspectos negativos dos meios de comunicação social estão ameaçando os valores tradicionais” (62). Isso não está distante. Tantos valores de nosso povo foram destruídos por essas influências. É um mal. 
Uma fé provada 
“O processo de secularização tende a reduzir a fé e a Igreja ao âmbito privado e íntimo”... “Com a negação da transcendência produziu-se uma crescente deformação ética, um enfraquecimento do sentido do pecado pessoal e social e um aumento do relativismo” (64). Foi atingida a família e debilitada a estabilidade dos vínculos, fruto do individualismo. Apesar de todos esses problemas, a Igreja permanece uma instituição credível por sua atenção às populações carentes e sua contribuição com a sociedade, de modo particular na proposta da paz e na cura das feridas, construir pontes, estreitar laços. A mensagem fundamental do amor continua sua estrada de restauração do mundo. A fé, vivida em meios adversos faz compreender que ela deve ser coerente e assumida como modo de se viver. Temos o direito de respeitar cada pessoa e promovê-la a viver intensamente.
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 19 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 19,1-10. 
Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-lo, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Narsés Snorhali 
(1102-1173) 
Patriarca arménio 
 «Jesus, Filho único do Pai», 
2.ª parte, §§ 668-673; SC 203 
Vem morar na habitação da minha alma!
Não ascendi, como Zaqueu, 
o publicano, desta terra vil
para a alta árvore da sabedoria,
para a tua divina contemplação.

A baixa estatura espiritual
não cresceu em mim pelas boas obras;
pelo contrário, foi ficando cada vez mais pequena,
fazendo-me voltar ao leite infantil.

De novo, tomando a parábola ao contrário,
subi à árvore do corpo perverso,
em vista do doce sabor do amor terreno,
como Zaqueu na figueira.

Faz-me descer apressadamente, como ele,
pela tua poderosa palavra,
vem morar na habitação da minha alma,
trazendo contigo o Pai e o Espírito Santo.

Que o corpo que fez mal à minha alma
a sirva agora em quadruplicado,
e dê metade dos bens corporais
ao meu livre arbítrio empobrecido,

Para que, segundo a tua palavra de salvação,
eu seja digno de ouvir a tua voz,
já que sou também filho de Abraão,
e adiro à fé do patriarca.

Santa Inês de Assis religiosa, +1253

Inês era irmã de Clara, mais nova do que ela, nascida em Assis em 1198. Em princípios de abril de 1212 foi juntar-se à irmã, que quinze dias antes tinha fugido da casa paterna para abraçar o ideal franciscano e se recolher no mosteiro de Santo Ângelo, nas faldas do Subásio, perto de Assis. Os parentes, exasperados com semelhantes gestos, que consideravam um segundo atentado contra o bom nome da família, serviram-se de todos os recursos para tentarem impedi-la de realizar os seus intentos, sem excluírem mesmo a violência física: Inês chegou a ser brutalmente ferida pelo seu tio Monaldo, que teve o atrevimento de violar a clausura e a tranquilidade do mosteiro. Porém, nem mesmo a força bruta conseguiu fazer vergar a jovem. Foi São Francisco quem sugeriu para a nova consagrada o nome de Inês, porque, pela fortaleza de que dera provas, esta jovem de 15 anos recordava a valentia da mártir romana Santa Inês. Em 1212 São Francisco trouxe as duas irmãs para São Damião. Em 1220 Inês foi enviada para Florença, como abadessa do mosteiro de Monticelli, fundado no ano anterior. Mas muitos outros mosteiros de Clarissas se orgulham de ter hospedado a santa. Mais tarde regressou a São Damião, onde foi agraciada com uma aparição do Menino Jesus, por isso se representa por vezes Santa Inês com o menino Jesus nos braços.

19 de novembro - Quarenta Santas Mártires de Eracléia

Na cidade de Eracléia (na Trácia), sofreram o martírio, devido ao ódio à fé cristã, 40 santas mulheres, virgens e viúvas. Nicéforo Calisto levanta a hipótese de que estas mulheres seriam esposas dos 40 mártires de Sebaste (comemorados em 9 de março), mas não é possível documentar tal fato. O relato do martírio foi feito no primeiro Martirológio Romano e a sua autenticidade é digna de fé. Todas as fontes antigas, como o Menológio de Basílio Porfirogenito, dão validade a esta antiga tradição. A "Paixão" menciona o diácono Amon como o mestre e promotor da conversão ao Cristianismo do numeroso grupo de senhoras. No tempo do Imperador Constantino (280-337), Licínio Valério Liciniano (250-325) estava associado na direção do Império no Oriente. A perseguição contra os cristãos, cessada definitivamente com o Edito de Milão de 313, e firmado por dois imperadores, ainda estava esporadicamente em uso. Licínio mandou Baudo à Berea como funcionário. Apenas instalado, ele recebeu uma denúncia contra Celsina, priora, e as quarenta virgens e viúvas reunidas com ela em uma comunidade monástica. Depois de um interrogatório em que finge se sujeitar às disposições do funcionário pagão, Celsina se retira em oração e é exortada a perseverar pelo diácono Amon, seu diretor espiritual. Durante o segundo interrogatório, estando presente toda a comunidade de monjas, os ídolos se esmigalharam e o sacerdote de Zeus foi elevado por anjos pelos ares e precipitado ao solo, esfacelando-se, enquanto Amon e as 40 senhoras cristãs se retiravam.

19 de novembro - Beato Tiago Benfatti de Mântua

Tiago Benfatti nasceu em de Mântua, em uma família nobre. Desde jovem tinha um temperamento de estudioso e alma devota, prosseguindo nos estudos, conquistou um mestrado em teologia na Universidade de Paris. Era amigo e assessor íntimo de Niccolò Boccasino, frade e mestre-geral da Ordem Dominicana que foi eleito cardeal e, pouco depois, papa e adotou o nome de Bento XI. Não por favoritismo, mas por devida homenagem a seus méritos, sobretudo espiritual, Bento XI, em seu breve pontificado, tomou a sábia iniciativa de consagrar seu conselheiro e amigo bispo da cidade de Mântua. Foi uma escolha mais do que feliz, mesmo que o Papa não tenha tido tempo de ver a bondade de seu julgamento confirmado. Com sua alta estatura moral, sua sabedoria, seu conhecimento dos homens, o bispo Benfatti poderia ter uma ascensão diplomática e até política incomum, mas ele não queria tirar vantagem disso. Foi deliberadamente mantido fora das questões mais espinhosas da época e, acima de tudo, das disputas ferozes que então dividiam as principais cidades italianas, e que podiam ser atribuídas, em substância, ao contraste entre a antiga nobreza e a nova burguesia. Entre as várias partes, Giacomo Benfatti preferia a dos pobres, cuja única cor era a pobreza, e a única bandeira era a necessidade.

Santo Obadias(Abdias), o Profeta - Festa: 19 de novembro

Abdias ou Obadias, quarto dos Profetas Menores, foi autor do livro mais curto do Antigo Testamento. Viveu após a conquista de Jerusalém, em 587 a.C.. Sua profecia era dirigida contra os povos Edomitas, predizendo-lhes a ira do Senhor. Os exegetas o consideram o anunciador do Messias.
Um quarto dos profetas menores provavelmente viveu após a conquista de Jerusalém, que ocorreu por volta de 587-586 AC. C. No livro mais curto do Antigo Testamento, do qual é o autor, ele tenta consolar Jerusalém com a esperança de uma rápida restauração. Como os profetas de Israel, ele também confirma a existência de um Deus bom e justo, que castiga os pecadores e vinga as injustiças cometidas ao seu povo. Devido à sua visão muito positiva em relação a Israel, os exegetas consideram-no o arauto do Messias. 
Etimologia: Obadias = servo de Javé, do hebraico
Martirológio Romano: Comemoração de Santo Obadias, profeta, que, após o exílio do povo de Israel, predisse a ira do Senhor contra o povo inimigo.

Papa Ponciano, Santo

Papa de 230 a 235,
 
sucessor de Urbano I. 
Deportado para a Sardenha
pelo imperador Maximiano.
Ponciano foi o 18º papa da história da Igreja Católica. Nascido em Roma no ano 175, Ponciano vivenciou o período inicial do cristianismo marcado pela perseguição religiosa e o não reconhecimento do Império Romano. Naquela época, os cristãos enfrentavam grandes dificuldades para se expressar e, à exceção de Pedro, os papas se revezavam na liderança da Igreja com alta frequência. Não se sabe muito a respeito da vida particular de Ponciano antes de ser papa, somente pode-se inferir sua representatividade para a comunidade cristã. Play Video Com o falecimento do papa Urbano I em 230, um conclave se formou para eleger o novo papa. No dia 21 de julho de 230, Ponciano foi eleito para assumir o posto de liderança da Igreja. O pontificado de Ponciano começou em meio a um cisma existente no catolicismo, o qual o novo papa superou de forma singular. Para interromper a divisão que existia em sua religião, Ponciano e outros líderes da Igreja foram exilados pelo imperador romano Maximino Trácio. Todos eles foram enviados para Sardenha. Ponciano não gostou da medida imposta e, para resolver o cisma, renunciou ao seu posto. Foi, assim, o primeiro papa da história da Igreja Católica a renunciar seu papado. O papa Ponciano enfrentou de frente o antipapa Hipólito que existia na época em que assumiu o papado.