sábado, 11 de outubro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O mal não é tudo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Não existe só o mal
 
Temos refletido sobre a maravilha que é o Reino de Deus. Ele cresce misteriosamente, está aberto a todos e tem uma energia irreversível. Na linguagem de Paulo, conduz todas as coisas a Cristo: “Deus deu-nos a conhecer o mistério de sua vontade... a de em Cristo recapitular todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra” (Ef 1,9-10). O crescimento do Universo é inexorável e culmina em Cristo. O Reino de Deus age no mundo. O mundo não é domínio do Mal. No evangelho de Marcos vemos como o mal reconhece Jesus que cala sua boca. Vemos tantas coisas más no mundo. Coisas inacreditáveis que saem do coração que opta pelo mal. Mas existe também o bem, o bom, o justo, o amável e o feliz. Por mais que haja trevas, uma réstia de luz é maior. Temos a tendência de ver somente o lado negativo e triste das coisas. Não sabemos apreciar o que há de bom e de bonito. O que os noticiários apresentam? As desgraças estão em alta. Não se apresentam as coisas boas e bonitas porque as pessoas querem desgraças. O mal é notícia. O bem é maior. É uma doença que temos de ver só o negativo. Uma terapia para um mundo melhor é salientar o bem e promovê-lo. As coisas boas não são notícia. Paulo ensina: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12,21). Temos o hábito de só ver os erros, os pecados, os males e não nos fixamos no que é bom e dá bons frutos. Nossos males e maldades não podem ser o critério do mundo. 
O mal não é o fim 
Quando estamos doentes ou passamos alguma dificuldade, enfrentamos problemas, sempre estamos pensando que é o fim, que não vamos aguentar, e só falamos daquilo. Quando nós (de certa idade) conversamos, sempre doença e remédios são temas comuns. Claro que precisamos de vida. Mas... As pessoas têm solução. As situações não são o fim. O mal não pode ser a filosofia de nossa vida. “Se teu olho estiver são, todo seu corpo será iluminado” (Mt 6,22). Não somos capazes de ver o lado bom e a força de viver, sabendo que podemos vencer os males pessoais e do mundo. “Não maldiga o mal, acenda uma luz”. Esses provérbios são sínteses de uma vida bem vivida. Percebemos também em nós a tendência à maledicência onde vemos os defeitos dos outros e nos esquecemos que eles estão em nós, por isso os encontramos nas outras pessoas. O mal não é o fim. Todas as pessoas e situações podem ter seu bom encaminhamento. O que não tem solução, já está solucionado e tem que ser assumido. A serenidade diante dos acontecimentos pode ser muito boa para nossa saúde mental e espiritual. 
Tirar o bem do que é mau 
Há um provérbio que resume essa verdade: “Se Deus te dá um limão, faça dele uma limonada”. É um princípio filosófico: “Do bem só se tira o bem, do mal se pode tirar o mal e o bem”. É um convite a uma maior serenidade nas vivências difíceis e complicadas e que temos como mal. É preciso o conhecimento de si mesmo para não projetar sobre os outros as nossas doenças espirituais. É muito triste quando vemos os outros somente pelo lado mau. Todos têm coisas boas e podem contribuir. O mundo passa por situações difíceis que podemos solucionar. Deus deu à humanidade um Reino que pode restabelecer todas suas dificuldades e doenças. Jesus nos dá o mandamento do amor que pode facilitar os relacionamentos e nossa posição clara no mundo. Estamos para servir e dar a vida, sobretudo aos mais abandonados da sociedade. Vendo o mundo por seu lado bom, podemos viver melhor e dar mais vida ao mundo e ao homem.
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 11 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,27-28. 
Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». Mas Jesus respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Beda o Venerável 
(673-735)
Monge beneditino, doutor da Igreja 
Homilia sobre S. Lucas, liv. IV, 49 
«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus 
e a põem em prática» 
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre 
e Te amamentou ao seu peito». 
Grande é a devoção e grande a fé que se exprimem nestas palavras da mulher do Evangelho. Enquanto os escribas e os fariseus põem o Senhor à prova e blasfemam, esta mulher reconhece diante de todos a sua encarnação com tal lealdade, confessa-a com tal certeza, que desmonta a calúnia dos seus contemporâneos e a falsa lei dos heréticos dos tempos futuros. Ofendendo as obras do Espírito Santo, os contemporâneos de Jesus negavam que Ele fosse verdadeiramente Filho de Deus, consubstancial ao Pai. Mais tarde, houve homens que negaram também que, pela ação do Espírito Santo, Maria sempre virgem tenha fornecido a substância da sua carne ao Filho de Deus que havia de nascer com um corpo verdadeiramente humano: negaram que Ele fosse verdadeiramente Filho do homem, da mesma natureza que sua Mãe. Mas o apóstolo Paulo desmente essa opinião quando diz de Jesus que Ele é «nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei» (Gal 4,4). Porque, concebido no seio da Virgem, Ele não foi buscar a sua carne ao nada, nem a outra parte qualquer, mas ao corpo de sua Mãe. De outro modo, não seria exato chamar-Lhe verdadeiramente Filho do homem. Feliz Mãe, na verdade, esta que, nas palavras do poeta, «deu à luz o Rei que rege o Céu e a Terra por todos os séculos, Ela que viveu as alegrias da maternidade e detém as honras da virgindade. Antes dela, não se viu outra assim, e nunca mais se verá depois dela» (Sedúlio). E contudo, o Senhor acrescenta: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática», confirmando de forma magnífica o testemunho desta mulher. Pois não somente declara bem-aventurada aquela a quem foi dado conceber corporalmente o Verbo de Deus, como igualmente bem-aventurados todos aqueles que se apliquem a conceber espiritualmente o mesmo Verbo pela escuta da fé, e a alimentá-lo no seu coração e no coração dos outros, tendo-O presente pela prática do bem.

São Filipe Diácono Dia da Festa: 11 de outubro

Entre os "sete homens de boa reputação", escolhidos como diáconos, Felipe foi o primeiro missionário da história. Ao deixar Jerusalém, anunciou o Evangelho na Samaria; depois, o Espírito Santo o levou para Gaza. Acabou seus dias como chefe da comunidade de Cesareia, que hospedou o apóstolo Paulo. 
Palestina, primeiro século d.C. 
Segundo os Atos dos Apóstolos, ele é um dos sete "homens de boa reputação" escolhidos como diáconos. O primeiro, Estêvão, é o protomártir; Filipe é o primeiro missionário na história cristã. Em sua jornada missionária, ele é forçado pela perseguição que eclodiu após a morte de Estêvão, que forçou os cristãos judeus helenizados a fugir de Jerusalém. Ele, então, viaja para Samaria, que se torna a primeira parada para a proclamação do Evangelho fora da Judeia. Os cristãos de Samaria permanecem em comunhão com os fiéis da capital. Pedro e João visitam os novos crentes e invocam o Espírito Santo sobre eles com a imposição de mãos. A missão, no entanto, não conhece limites. Após proclamar o Evangelho em Samaria, Filipe recebe a ordem do Espírito para viajar até a estrada para Gaza. Ali, um oficial africano, retornando para casa após uma peregrinação a Jerusalém, passa em uma carruagem. Filipe se aproxima dele e o ouve ler uma passagem do profeta Isaías que fala de um servo misterioso levado à morte. Inspirado pelo Espírito Santo, ele lhe explica que o texto, na verdade, se refere a Jesus.

Alexandre Sauli Bispo, Santo 1530-1592

Barnabita milanês, bispo na Córsega.
luminar da Igreja, modelo de Pastor 
No século XVI surgiram grandes santos, como Santo Alexandre Sauli, Superior Geral dos Barnabitas, Bispo de Aléria, na Córsega, e de Pavia, na Itália, que levaram avante a Contra-Reforma. Eles não só combateram os erros de Lutero e seus sequazes, mas empreenderam uma autêntica reforma na vida da Igreja. Alexandre nasceu em 1530, em Milão, oriundo de uma das mais ilustres famílias genovesas que enriqueceram a Igreja com Cardeais e Bispos notáveis por seus talentos e piedade. O brasão de sua família existia até há pouco em facha-das de hospitas e igrejas que a ela deviam sua existência. Para cultivar sua inteligência e piedade precoces, seus pais deram-lhe hábeis preceptores e depois o enviaram a Pavia, para os estudos humanísticos (línguas e outros). Voltando a Milão aos 17 anos, Alexandre foi nomeado pajem do Imperador Carlos V, o que lhe abria as portas de um futuro brilhante na Corte Imperial. Mas as cogitações de Alexandre eram outras, e pediu para ser admitido na Congregação dos Barnabitas, fundada pouco antes na igreja de São Barnabé, em Milão.

Maria Soledade Torres Acosta Religiosa, Fundadora, Santa 1826-1887

Religiosa e fundadora da 
Congregação das Servas de Maria.
A 5 de Fevereiro de 1950 foi beatificada a venerável Madre Soledade Torres Acosta, fundadora das Religiosas guardas de doentes, Servas de Maria. Refere-se o nome Soledade a Maria Santíssima na Paixão do seu Divino Filho. Nasceu em Madri, a 2 de Dezembro de 1826, e morreu também em Madrid, a 11 de Outubro de 1887. Viveu numa Espanha perturbada pelos conflitos entre absolutistas e liberais, que produziram às vezes para a Igreja anos custosos. Os pais, Francisco Torres e Antónia Acosta, eram pequenos comerciantes. A criança foi batizada como Bibiana-Antónia-Manuela. Quando, chegando aos 25 anos, pensava na vida dominicana, Dom Miguel Martínez, sacerdote do bairro populoso de Chamberi, conquistou-a para a sociedade de religiosas, guardas de doentes, que projetava organizar. A 15 de Agosto de 1851, a jovem, que teria como religiosa o nome de Maria da Soledade, entrou no grupo das sete primeiras servas de Maria. Embora chegando tarde, depressa foi promovida a superiora. Mas Dom Miguel partiu para as missões no estrangeiro. O novo diretor espiritual julgou acertado mudar a superiora: Soledade foi despachada para Getafe, no Sudoeste de Madrid, para um hospitalzinho.

Angelo José Roncalli Papa João XXIII, Santo 1881-1963 papa de 1958 à 1963

Cardeal e Papa. 
Eleito a 28 de Outubro de 1958, 
faleceu, depois de ter convocado
 o Concílio do Vaticano II, 
no dia 3 de Junho de 1963.
Nasceu no dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo (Itália), e nesse mesmo dia foi baptizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de camponeses e de tipo patriarcal. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuirá a sua primeira e fundamental formação religiosa. O clima religioso da família e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida cristã, que marcou a sua fisionomia espiritual. Ingressou no Seminário de Bérgamo, onde estudou até ao segundo ano de teologia. Ali começou a redigir os seus escritos espirituais, que depois foram recolhidos no "Diário da alma". No dia 1 de Março de 1896, o seu director espiritual admitiu-o na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897. De 1901 a 1905 foi aluno do Pontifício Seminário Romano, graças a uma bolsa de estudos da diocese de Bérgamo. Neste tempo prestou, além disso, um ano de serviço militar.

Nossa Senhora de Vandoma

A origem da invocação do culto de Nossa Senhora de Vandoma na cidade do Porto anda estreitamente ligada a França. A seu respeito há uma tradição que diz o seguinte: aí pelos finais do século X aportou à foz do rio Douro uma armada de gascões (oriundos da Gasconha, em França) que eram conduzidos por D. Moninho Viegas. Com eles viajou Ónego ou Nónego que era bispo de Vendôme, em França e que veio a ser o XIV bispo do Porto. Trazia consigo a imagem de Nossa Senhora de Vandoma que mandou colocar num oratório por cima da porta principal de entrada na cidade e que por isso se passou a chamar Porta de Vandoma. A imagem está agora recolhida na Sé Catedral e continua a figurar no brasão da cidade de que Nossa Senhora de Vandoma é padroeira.
Nossa Senhora da Vandoma, Nossa Senhora do Porto ou Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação são invocações sinónimas à Virgem Maria na Igreja Católica. A devoção tem sua origem em um episódio conhecido como Armada dos Gascões, ocorrido em Portugal no período da Reconquista Cristã da Península Ibérica. Terá surgido por volta do ano 990, na altura em que o nobre português dom Munio Viegas liderou uma armada de cavaleiros originários da Gasconha que, ao desembarcarem na foz do rio Douro, combateram os mouros que dominavam a região do Porto. Junto com os gascões, estava Dom Nónego, bispo da localidade francesa de Vendôme e que depois o foi do Porto, que, segundo se crê, trouxera consigo uma cópia da imagem de Nossa Senhora que havia na Catedral de Vandoma (Vendôme).

ORAÇÕES - 11 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
11 – Sábado– Santos: Alexandre Saulo, Zenaide, Jaime
Evangelho (Lc 11,27-28) “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”.
A maior felicidade que podemos ter,a maior grandeza que podemos conseguir é ouvir e acolher a palavra de Deus, a vida de salvação que nos oferece.É o que procuramos fazer em nossa caminhada. É o que fez Maria, a mãe de Jesus. Mais do que todos nós ela se deixou levar por Deus. Por isso a amamos e nos alegramos. Ela é importante para Jesus e é importante para nós. Por isso lhe fazemos festa.
Oração
Senhor Jesus, nós nos alegramos convosco, com a alegria que vos deu vossa mãe Maria. Foi a que mais vos compreendeu e mais vos amou, porque foi a que mais amastes.E por isso é a que mais nos pode amar e ajudar com suas orações e seu exemplo de vida.Amo vossa mãe, Jesus. Que ela me ajude a vos amar. Amém.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Ensinamento com autoridade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Ser profeta em tempos maus
 
A pregação de Jesus provocava grande admiração no povo. Ele via Nele um profeta e um mestre diferente do modelo ao qual já estavam habituados a ver nas sinagogas. O poder que Jesus demonstrava não estar apenas em seus milagres e no choque com os demônios, como nos diz Marcos. O que impressionava era o modo como ensinava. Jesus continua a vida da sinagoga num ritmo novo, buscando na Palavra de Deus sustento para a vida do povo. Não ficava repetindo fraEses feitas e tradições inúteis, aquelas que muito O irritavam. Ele é profeta. Havia um ensinamento que vinha do Deuteronômio (18,15), sobre um profeta como Moisés. Esse seria o Profeta e não simplesmente um profeta a mais. Vimos nos textos sobre João Batista que lhe perguntaram se ele não seria o Profeta. “Ele disse: Não!” (Jo 1,20). Ensinar com autoridade não era uma questão de poder, mas de densidade de pregação que nascia de seu interior no contato com a Palavra e com o Autor dessa Palavra. Jesus, homem que buscava o Pai, tinha na sua oração a capacidade de acolher as palavras do coração do Pai. Os tempos são maus em todos os tempos, pois o mal faz seus discípulos e impõe ao mundo suas maldades. A força profética de Jesus é descartar esse poder, que diziam ser possessão do demônio. Marcos mostra a vitória de Jesus contra o mal. O demônio o chama de Santo de Deus. Diante do Bem, o mal confessa sua inutilidade. Iniciando o novo tempo litúrgico somos convocados a seguir o Profeta Jesus. 
Não fecheis o vosso coração 
Pela abertura do coração à Palavra de Deus podemos tirar o mal, o demônio, do caminho da fé. A tentação está presente na vida do homem e da mulher desde o início da humanidade. Deus não nos fez bonecos que Ele molda sem nossa participação. Deus quer que O escolhamos, que abramos nosso coração a sua presença e a sua graça salvadora. O mal nos faz escravos; a graça nos torna livres. Deus não se impõe, propõe. Diante do anúncio dado pelo profeta Jesus, somos convidados a abrir o coração: “Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: ‘Não fecheis os corações como em Meriba’” (Sl 94). Jesus não vai tirar nossos “demônios” com gritos, mas com nossa colaboração de fé. Não busquemos milagres em nossa vida cristã. O grande milagre é ouvir a Palavra e converter nosso coração mudando nossas vidas a partir da Palavra de Jesus. Seu ensinamento movia os corações. Quem procura ser profeta de Jesus, anunciador de sua Palavra e Vida, tem que ser coerente. É triste ver os cristãos com vida dupla. Uma coisa na Igreja e outra na rua. 
Equilíbrio, fé e vida 
A vida de fé exige sempre uma vida coerente. Paulo, na carta aos Coríntios (2Cor 7,32-35) coloca uma questão difícil. Os cristãos esperavam a volta de Cristo ainda naquela geração. Jesus deixara algumas questões que levavam a esse pensamento. Então, por que se casar e não aproveitar para preparar a vinda do Senhor? O casamento exige muita preocupação e ocupação para viver bem casado. Nem por isso é contra o casamento e a vida afetiva. Queria que fossem como ele dedicados ao Senhor. Podemos entender o ensinamento de Paulo na sua totalidade: em qualquer circunstância da vida que escolhamos, vivamos para o Senhor na caridade como nos vai indicar em outros textos. A caridade será sempre a raiz de todos os bens. Podemos também lembrar que toda vocação pode realizar plenamente o Evangelho em nossa vida. 
Leituras: Deuteronômio 18,15-20; 
Salmo 94; 
1Coríntios 7,32-35; Marcos 1,21-28.
1. Jesus é um profeta a ser ouvido não pelos seus milagres, mas por sua palavra. 
2. É preciso ter um coração aberto para acolher. 
3. A vida humana, vivida cristamente, é um caminho completo para a salvação. 
Xô Satanás. 
Jesus aprontava umas boas e bonitas. Havia na sinagoga um homem com um espírito mau que começa a provocar Jesus. Com duas palavras Ele manda o espírito embora. Isso tem que ser entendido como um homem mau que provocava Jesus. A pregação de Jesus foi suficiente para transformar o homem. O povo se deliciava com as palavras de Jesus, pois tinham conteúdo humano e Divino. Isso faz dele o Profeta prometido. Jesus não está concorrendo com o mal. Ele é o Senhor da vida e dos corações. Paulo, que era solteiro, acha que sua atitude é o melhor modo de esperar a vinda de Cristo que estava próxima. Mas ele mesmo reconhece que, vivendo bem em qualquer estado de vida, estamos na espera do Senhor. 
Homilia do 4º Domingo Comum (28.01.2018)

EVANGELHO DO DIA 10 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,15-26. 
Naquele tempo, Jesus expulsou um demónio, mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios». Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do Céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo acaba em ruínas e cairá casa sobre casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o Reino de Deus chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança. Mas, se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo, está contra Mim, e quem não junta comigo, dispersa. Quando o espírito impuro sai do homem, anda a vaguear por lugares desertos à procura de repouso. Como não o encontra, diz consigo: "Voltarei para a casa de onde saí". Quando lá chega, encontra-a varrida e arrumada. Então, vai e toma consigo sete espíritos piores do que ele, que entram e se instalam nela. E o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena
(1347-1380) 
Terceira dominicana, 
doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
 Carta 66 a Pierre, marquês de Mont, n.º 210 
«Um homem forte e bem armado» 
Meu querido filho, vemos que Deus armou o homem com uma arma tão sólida que nem o demónio nem as criaturas podem feri-lo: a vontade livre; é por causa dessa liberdade que Ele diz: criei-vos sem vós, mas não vos salvarei sem vós. Deus quer, pois, que usemos as armas que Ele nos deu para resistirmos aos golpes que recebemos dos nossos inimigos. Temos três inimigos principais: o mundo, a carne e o demónio. Mas não temamos; a divina Providência armou-nos tão bem que nada temos a temer. A armadura é boa, e Aquele que nos socorre é ainda melhor: é Deus, a quem nada pode resistir; e, se olhar para esse auxílio doce e poderoso, a nossa alma não cairá em fraqueza. Parece ser esse o pensamento do ardoroso São Paulo, quando dizia: «Tudo posso naquele que me conforta» (Fil 4,13). Quando Paulo sentia os ataques e os espinhos da carne, não se fortalecia em si mesmo, pois via-se fraco, mas em Cristo Jesus e na armadura que Deus lhe havia dado ao conceder-lhe liberdade, pois dizia: tudo posso, e nem o demónio nem nenhuma criatura pode forçar-me a cometer um pecado mortal se eu não quiser. Enquanto o homem não se despojar dessas armas e as entregar nas mãos do demónio pelo consentimento da vontade não será derrotado, mesmo que o demónio, a carne e o mundo o ataquem e lhe lancem setas envenenadas. Portanto, meu querido filho em Cristo Jesus, não temas por nada do que estás a passar.

São Gereão e Companheiros Mártires Festa: 10 de outubro

(✝︎)Colônia (Alemanha), início do século IV
 
Ele é um dos santos que sempre foram chamados de "pais" na fé para a cidade de Colônia do Reno. O Martirológio Romano relata-o como mártir juntamente com um número indeterminado de companheiros "que com sincera piedade corajosamente ofereceram seus pescoços à espada". Estas poucas palavras reflectem os fragmentos da história relativos a este santo e que a Igreja reconhece como credíveis. O resto, infelizmente, permanece em uma névoa espessa agravada pela distância no tempo. O dado central, portanto, seria o do martírio por decapitação, perto da famosa cidade alemã, de um grupo de cristãos liderados por um certo Gereon. Os hagiógrafos, no entanto, se entregaram a identificar o número desses mártires, que, na versão mais credenciada, teriam sido 319, todos alistados na lendária "Legião Tebana". A iconografia relativa aos santos Gereão e companheiros costuma apresentar-lhe todos os atributos típicos dos soldados tebanos: a palma do martírio, a espada, o estandarte com uma cruz vermelha sobre fundo branco e a Cruz Maurícia, ou seja, trilobada, no peito. (Avvenire)
Mecenato: Colônia (Alemanha) 
Emblema: Palmeira, Espada, Bandeira, Cruz Maurícia
Martirológio Romano: Em Colônia, na Alemanha, Santos Gereão e companheiros, mártires, que pela verdadeira fé corajosamente colocaram seus pescoços à espada.

São Tomás de Vilanova bispo, +1555

Nascido em Fuenllana em 1486 é uma das pessoas mais expressivas do seu século. Ainda muito novo foi levado à cidade de Vilanova de los Infantes, em Espanha, onde adquiriu uma formação cultural fortíssima e demonstrou a sua bondade e caridade para com os pobres. Em 1516 ingressou na vida religiosa adoptando a ordem dos agostinhos, sendo ordenado sacerdote dois anos depois. Proposto pelo imperador Carlos V tornou-se Bispo de Valência em 10 de Janeiro de 1545, seguindo os princípios e ensinamento de S. Paulo e dos bispos antigos como Agostinho, Gregório Magno e Ambrósio. Adoptou também a visita pastoral às comunidades, nas quais procurava amparar principalmente recém-nascidos e crianças. Fundou no palácio episcopal um orfanato para abrigar meninas e meninos desamparados. São Tomás realizou um belo milagre: curou um coxo, como são Pedro, e essa cena está retratada num quadro do famoso pintor Murillo. Este milagroso santo morreu em 8 de setembro de 1555. Alexandre VII incluiu-o no álbum dos santos em 10 de novembro de 1658 e em sua memória foi-lhe concedida a paróquia de Castel Gandolfo, próxima da casa de descanso dos papas.

10 de outubro - Beata Maria Catalina Irigoyen Echegaray

Como o profeta Isaías, também Beata Maria Catalina, poderia dizer com razão: "O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque ele me ungiu. Enviou-me para levar uma boa-nova aos pobres, medicar os corações despedaçados, proclamar aos cativos a libertação e aos prisioneiros a abertura do cárcere, para proclamar o ano da graça do Senhor.” Fiel ao carisma do Instituto das Sevas de Maria, nossa Bem-aventurada se tornou, como Jesus, um bom samaritano para todos os carentes afetados pela doença, pobreza e solidão. Vendo neles o O rosto sofredor do Redentor, era para eles a mãe da misericórdia e consolação, com uma atitude de serviço humilde e sacrificial. De tal forma, era presença afetuosa e cordial de acolhida e assistência, com um caráter perene e sorriso brilhante em seus lábios, rapidamente se tornando "popular" entre os doentes, com aquela autêntica popularidade, que nunca tem pôr do sol, porque é enraizada no amor feito serviço e entrega. Desde criança foi conquistada pela Eucaristia.

São Paulino de York Bispo Festa: 10 de outubro

O monge Paulino foi enviado pelo Papa São Gregório Magno a re-evangelizar a Grã-Bretanha, onde predominavam os povos pagãos, como os Anglos e Saxões. Ao ser consagrado Bispo de Iorque, Paulino conseguiu até converter o rei, graças à sua "gradual cristianização". São Paulino faleceu no ano 664.
(*)Roma - (✝︎)Rochester (Inglaterra), 644 
Martirológio Romano: Em Rochester, na Inglaterra, o trânsito de São Paulino, bispo de York, que, monge e discípulo do Papa São Gregório Magno, foi enviado por ele junto com outros para pregar o Evangelho aos anglos, depois de se converter à fé de Cristo Eduin, rei da Nortúmbria, lavou seu povo no rio com a lavagem da regeneração. 
Saindo do mosteiro, ele entra na história. Pode-se dizer de Paulino, nascido no seio de uma família romana e depois acolhido numa ilustre comunidade monástica da cidade: Sant'Andrea al Celio, que é um lugar de oração e também um ponto de partida. Daqui de facto, como de outros mosteiros, partiram os evangelizadores da Europa nos primeiros séculos cristãos.

Beata Maria Ângela Truszkowska – 10 de outubro

Sofia Camila Truszkowska nasceu no dia 16 de maio de 1825 em uma família abastada de Kalisz (Polônia). Veio ao mundo prematuramente e com a saúde muito frágil, foi batizada só em 1° de janeiro de 1826.
    Recebeu em casa a primeira instrução, dada por uma senhora dotada de excelentes qualidades intelectuais e morais. A menina logo se tornou vivaz e de bom coração; desde pequena tinha um olhar especial para os pobres. A mãe, atenta e zelosa, dedicava a ela, que era a primogênita, e aos irmãos todo o seu dia.
    Quando Sofia Camila Truszkowska tinha doze anos de idade, sua família mudou-se para Varsóvia, onde seu pai assumiu o cargo de Secretário de Obras. Em Varsóvia, Sofia frequentou a prestigiosa Academia de Madame Guerin; seu professor foi o poeta Estanislau Jachowicz que infundiu nela sentimentos bons e altruístas.
    Ela foi obrigada a interromper os estudos quando, aos 16 anos, contraiu a tuberculose. Para curar-se, permaneceu um ano na Suíça. Nesse período, Sofia amadureceu a inclinação pela solidão e, contemplando o majestoso cenário dos Alpes, sentiu o desejo de consagrar-se ao Senhor. No futuro afirmaria que ali aprendeu a rezar. De volta para Varsóvia, iniciou uma atividade caridosa em favor dos pobres, enquanto enriquecia sua cultura graças à vasta biblioteca paterna, e frequentava assiduamente os Sacramentos. Pensou entrar no Mosteiro das Visitandinas, mas, seguindo a sugestão do confessor, dedicou-se no cuidado do pai doente.

Santa Tanca Virgem e mártir Festa: 10 de outubro

Martirológio Romano:
Perto de Rameru, no território de Troyes, na França, Santa Tanca, virgem e mártir, que, como é transmitido, enfrentou uma morte gloriosa para defender sua virgindade. 
Santa Tanca era filha de pais que vieram para a Gália para escapar da perseguição. Eles se estabeleceram em St-Ouen, agora no departamento francês de Marne), não muito longe de Arcis-sur-Aube. Enquanto Tanca estava a caminho de uma festa organizada pelo padrinho, ela teria sido alvo de propostas ofensivas por parte do criado que a acompanhava. Este último, depois de tentar estuprá-la, a matou. Imitando o gesto que é atribuído a outros mártires, Tanca teria retornado com as próprias pernas para a aldeia de Lhuitre, onde mais tarde foi enterrada. Esta vila sempre foi o centro de uma peregrinação popular. Por um jogo de palavras baseado em seu nome (Tanche-étanche, ou seja, enlatado), a santa foi invocada contra hemorragias e também contra a incontinência urinária em crianças, uma doença benigna muito difundida e irritante. A cabeça do santo foi mantida no mosteiro de Nostre-Dame-de-Nonnains em Troyes e algumas relíquias foram mantidas na catedral de Angers e na igreja de Dampierre. O Martirológio Romano comemora Santa Tanca em 10 de outubro. Esta não é a única menina que morreu em defesa de sua pureza: no último dia 2 de novembro, o Papa Francisco reconheceu o martírio de Benigna Cardoso da Silva, uma adolescente brasileira.

Santos Eulampio e Eulampia, mártires – 10 de outubro

Martirológio Romano:
Na Nicomédia, de Bitinia, Santo Eulampio e sua irmã Santa Eulampia, mártires durante a perseguição desencadeada por Diocleciano. 
Santos Eulampio e Eulampia são dois irmãos oriundos de Nicomédia que foram martirizados por volta de 310 d.C., durante o reinado de Maximiliano Dava. Santo Eulampio era um jovem cristão que fugiu da cidade durante a perseguição e se refugiou numa caverna nos arredores da cidade de Nicomédia. Vários cristãos também estavam escondidos ali e seus companheiros o enviaram a Nicomédia em busca de alimentos. Eulampio se deteve numa rua a ler o edito de perseguição contra os cristãos; quando um soldado o viu e chamou a atenção dos demais para a sua presença, ele começou a correr. Naturalmente, sua atitude despertou suspeita e Eulampio foi perseguido, capturado e levado à presença do juiz. O magistrado repreendeu aos guardas por haver apreendido o jovem e, ordenando que desatassem suas mãos, começou a interrogá-lo. Depois que tomou conhecimento do nome e profissão de Eulampio, mandou que oferecesse sacrifícios a algum dos deuses.

Santa Telquide (ou Teodequilda), Abadessa de Jouarre - 10 de outubro

Martirológio Romano:
No mosteiro de Jouarre, no território de Meaux, cerca do ano 670, na Nêustria, na hodierna França, Santa Telquide, abadessa, que sendo nobre de nascimento, ilustre pelos seus méritos e austera em seus costumes, ensinou as virgens consagradas a ir ao encontro de Cristo com as lâmpadas acesas. Santa Telquide foi a primeira abadessa do Mosteiro de Jouarre, na Champagne francesa. Ela repousa na magnifica cripta merovíngia daquele mosteiro que canta ainda hoje como ela a Glória de Deus. As primeiras monjas vieram, no ano de 630, da vizinha Abadia de Faremoutiers e se colocaram sob a Regra de São Columbano. A inscrição no túmulo nos diz: “De nobre origem, radiante de méritos, forte na sua conduta, ela brilhou por sua fé santa. Ela exulta na glória do Paraiso”. 
Abadia de Nossa Senhora de Jouarre 
A fundação merovíngia da abadessa Teodequilda ou Telquide teve lugar, segundo a tradição, no ano 630, inspirada pela visita de São Columbano, o monge viajante irlandês que inspirou a construção de mosteiros no princípio do século VII. Como parte de sua herança celta, Jouarre foi estabelecido como um mosteiro duplo, isto é, uma comunidade de monges e monjas, sob o governo da abadessa, que em 1225 obteve imunidade de interferência pelo Bispo de Meaux, respondendo somente ao Papa.

Mártires de Ceuta Daniel e seus companheiros Frades menores(+ 1227)

Foram beatificados pelo Papa Leão X em 1516, 
sendo depois nomeados padroeiros da cidade de Ceuta.
Em 1227, um ano após a morte de São Francisco de Assis, seis religiosos franciscanos da região da Toscana, na Itália, Ângelo, Samuel, Dónulo, Leão, Hugolino, e Nicolau, pediram ao Irmão Elias de Cortona, então Vigário Geral da Ordem, autorização para irem pregar o Evangelho aos pagãos que viviam no Norte da África. Os seis franciscanos partiram primeiramente para Espanha onde se foram encontrar com o Irmão Daniel, Ministro Provincial de Calábria, superior destes que os esperava para partirem para Ceuta. Daniel e seus companheiros embarcaram em Tarragona numa nau que os levou até Ceuta onde desembarcaram na quinta-feira 30 de Setembro de 1227, sem terem tido qualquer incidente notável. Eram portanto agora sete franciscanos, seis sacerdotes e um Irmão leigo, que em Ceuta (Marrocos), desejavam dar testemunho de Cristo perante os Sarracenos e ali receberem — se tal fosse à vontade de Deus — a palma do martírio. Na quinta-feira à noite foram alojar-se num bairro onde residiam os negociantes cristãos.

MIGUEL PINI Eremita, beato (1450-1522)

Sacerdote e eremita, 
confessor
 de São Paulo Giustiniani.
No principio de 1510 espalhou-se nos mosteiros camaldulenses (cf. 19 de Junho) a notícia de três ricos venezianos terem o desejo de se fazer solidários na Ordem. Os superiores procuraram apressar-lhes a entrada, mas os três postulantes tinham menor pressa. A 3 de Julho de 1510, Tomás Giustiniani, que devias tomar na religião o nome de Paulo,chegou a Camáldoli; passou a noite no convento de Fontebuono e subiu no dia seguinte ao eremitério situado em cima, a perto de 2000 metros de altitude. Aí ficou até 6 de Agosto e, para responder às perguntas dos amigos, compôs uma longa memória que não ocupa menos de 60 páginas de escrita apertada; descreveu a topografia de Camáldoli, os edifícios, o emprego do tempo, a observância que era excelente, os jejuns, as disciplinas e as outras práticas de penitência que eram austeríssimas. Esboçou também o retrato dos sete monges e dos cinco conversos que habitavam no eremitério; faziam boa impressão, excepto talvez um dom Romualdino, que não agradava e de quem Giustiniani escreve: «Julgo-o pouco ajuizado». Conta a visita que fez a dom Miguel Pini: «Há um recluso, precedentemente padre secular, recluso há cinco anos, depois de ter habitado cerca de quatro anos no eremitério, de maneira que já há muito que ele está aqui. Visitei-o no dia da minha chegada, com o reverendíssimo Padre Geral. Segundo me parece, tem uns 60 anos.

Daniel Comboni Bispo, Santo (1831-1881)

Missionário, bispo e fundador do 
“Instituto para as Missões em África”.
Daniel Comboni: um filho de camponeses-jardineiros pobres que se tornou o primeiro Bispo católico da África Central e um dos maiores missionários na história da Igreja. É mesmo verdade: quando o Senhor decide intervir e encontra uma pessoa generosa e disponível, acontecem coisas novas e grandiosas. 
Filho único - pais santos 
Daniel Comboni nasceu em Limone sul Garda (Brescia - Itália) a 15 de Março de 1831, duma família de camponeses ao serviço de um rico senhor local. O pai e a mãe, Luis e Domenica, eram afeiçoadíssimos a Daniel, o quarto de oito filhos falecidos quase todos em tenra idade. Eles formavam uma família unida, rica de fé e de valores humanos, mas pobre de meios económicos.E é exactamente a pobreza da família Comboni que obriga Daniel a deixar a aldeia natal para ir frequentar a escola em Verona, no Instituto fundado pelo sacerdote Don Nicola Mazza. Nestes anos passados em Verona, Daniel descobre a sua vocação ao sacerdócio, completa os estudos de filosofia e teologia e, sobretudo, abre-se à missão da África Central, fascinado pelo testemunho dos primeiros missionários mazzianos que regressavam do continente africano. Em 1854 Daniel Comboni é ordenado sacerdote e três anos depois parte para a África juntamente com outros cinco missionários do Istituto Mazza, com a benção da mãe Domenica que lhe diz: «Vai, Daniel, e que o Senhor te abençoe».

ORAÇÕES - 10 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
10 – Sexta-feira– Santos: Daniel Comboni, Paulino de York, Gereão
Evangelho (Lc 11,15-26) Disse Jesus: “Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa.”
Do evangelho de hoje vamos ficar só com essas duas frases. Elas mostram claramente que Jesus se coloca como indispensável para nós. Para aceitar essa palavra, temos de acreditar que ele é Deus, o Filho de Deus. Diante dele temos de tomar uma decisão que irá influenciar toda a nossa vida. Temos de colocá-lo no centro de tudo, como nosso bem, nossa verdade, nossa única esperança.
Oração
Jesus, creio que sois o Filho de Deus, em tudo igual ao Pai. Aceito alegre a salvação que me ofereceis, e aceito depender totalmente de vós. Vós me amais muito mais do que eu mesmo, por isso confio em vós. Guardai-me sempre em vossa amizade, e não permitais que vos abandone. Ajudai-me a ajudar os outros a vos conhecer e amar, para que descubram a felicidade. Amém.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Um Reino que cresce”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORSITA NA PAZ DO SENHOR
Força silenciosa
 
O Reino de Deus é misterioso. Não que seja impossível ser conhecido, mas que sempre podemos compreendê-lo mais porque, como ação de Deus, é misterioso. Ser misterioso provoca a uma maior compreensão. Jesus diz que o Reino de Deus está entre nós (Lc 17,21). Por fim Jesus se identifica com o Reino. Aceitar Jesus é aceitar o Reino, como está unido ao Pai: “Aquele que receber uma destas crianças por causa do meu nome, a Mim recebe; e aquele que Me recebe, não é a Mim que recebe, mas sim Àquele que Me enviou” (Mc 9,37). O Reino é a força silenciosa de Deus que penetra todas as realidades. Nada de bom existe que não seja fruto do Bem Divino que gera vida. É o princípio filosófico: Do bem só tiramos o bem; do mal podemos tirar o bem ou o mal. Do mal podemos tirar muitas coisas boas. É próprio do bem difundir-se. O amor atrai sempre. Tudo que há de bom no mundo não é fruto somente de pessoas inteligentes e dedicadas, ou do acaso, mas do Reino que age. Deus está em toda parte e penetra todas as coisas, sem ser panteísmo. Todos somos instrumentos de sua bondade. Não há necessidade de um rótulo de uma Igreja, mas do carimbo de Deus que é a marca de sua misericordiosa benevolência que ama todo universo. “Nenhum passarinho cai na terra sem o consentimento do Pai” (Mt 10,29). Mesmo que não creiamos em Deus, o que fazemos de bem é obra de suas mãos. Somos criaturas e Ele é o Criador. Para Deus todos são iguais. O Reino está sempre em ação no mundo. 
Males que precisam de cura 
Um mundo tão bonito, gente tão bonita e boa, oportunidades maravilhosas e resultados magníficos não podem ser oprimidos nem reprimidos. Nossa missão, como amantes do Reino, é curar todos os males que prejudicam sua missão. Só há um caminho para por tudo nos trilhos. E Jesus viu e declarou: “Este é o meu mandamento: ‘Como Eu vos amei, amai-vos uns aos outros’” (Jo 13,34). Somente o amor é capaz de construir o Reino em sua total intensidade. Só que não acreditamos e preferimos outros caminhos. O amor tem uma ressonância universal que atinge pessoas, céus e terras. Não é poesia. É vigor e vitalidade. Quem acreditou no amor construiu para eternidade. Quando o ser humano se volta para si e só pensa em si, destrói a si mesmo. Fechar-se é não florescer nem dar frutos. Vemos o exemplo de S. Francisco: Amou todos e tudo. Por isso está vivo na memória da humanidade. O único mal que tem que ser vencido é o egoísmo. Fora disso, nossos males caem quando nos dedicamos aos outros. Por exemplo: depressão é doença. Um dos remédios é sair de si e ir ao encontro dos outros, do mundo, da natureza. Até com as plantas podemos dialogar e respondem com amor. 
Forças em ação 
Deus, para dar espaço ao crescimento do Reino, criou o homem e o pôs em diálogo com o mundo, com o outro e com Ele, Deus criador. Vendo os primeiros capítulos da bíblia. Não interessa que creia, mas que veja o que diz: pôs o homem no jardim do Paraíso para cultivá-lo. Ele deu o nome aos animais. De sua costela foi feita a mulher – quer dizer – para sua intimidade, complementaridade e diálogo. O homem não existe sozinho. A única coisa que tem que fazer é amar em tudo. É a única coisa que depende só dele. Aqui entra a missão da Igreja cristã que é dar ao mundo o testemunho de um amor atuante. Sem isso não é cristã, nem Igreja. Ser Igreja é ser proclamadora e testemunha desse Reino que se instaura no amor mútuo. Quanto perdemos com nossas inutilidades!
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 09 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,5-13. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: "Amigo, empresta-me três pães, porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar". Ele poderá responder lá de dentro: "Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos já nos deitámos; não posso levantar-me para te dar os pães". Eu vos digo: se ele não se levantar por ser amigo, ao menos por causa da sua insistência levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa. Também vos digo: pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede, recebe; quem procura, encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á. Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente? E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião? Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Hilário 
(315-367) 
Bispo de Poitiers, doutor da Igreja 
A Trindade, I, 37-38 
«Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis» 
Sei bem, Deus, Pai todo-poderoso, que o principal dever da minha vida é oferecer-me a Ti para que tudo em mim fale de Ti. Concedeste-me o dom da palavra e, para mim, nada é mais compensatório do que a honra de Te servir e de mostrar ao mundo que o desconhece, ao herético que o nega, que Tu és o Pai do Filho único de Deus. Sim, esse é na verdade o meu único desejo! Mas tenho uma grande necessidade de implorar o auxílio da tua misericórdia, de forma que, com o sopro do teu Espírito, enchas as velas da minha fé, estendidas para Ti, e me conduzas a pregar o teu santo nome por toda a parte. Pois não foi em vão que fizeste esta promessa: «Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á». Sendo pobres, pedimos o que nos falta. Aplicar-nos-emos com zelo ao estudo dos teus profetas e dos teus apóstolos; bateremos a todas as portas que a nossa inteligência encontrar fechadas. Mas só Tu podes atender a nossa prece; só Tu podes abrir a porta à qual batermos. Encorajar-nos-ás nas dificuldades iniciais; consolidarás os nossos progressos; e chamar-nos-ás a participar do Espírito que guiou os teus profetas e os teus apóstolos. Desse modo, não daremos às suas palavras sentidos diferentes dos que eles tinham em mente. Dá-nos, pois, o verdadeiro significado das palavras, a luz da inteligência, a beleza de expressão, a fé na verdade. Concede-nos professar aquilo em que acreditamos: que há um só Deus, o Pai, e um só Senhor, Jesus Cristo.

São Dionísio e companheiros Bispo e mártires Festa: 9 de outubro

Dionísio foi o primeiro Bispo de Paris, no século III, onde lhe foi dedicada a Abadia de Saint Denis. Foi enviado a evangelizar a Gália, junto com o diácono Rústico e o presbítero Eleutério, ambos decapitados. O Bispo levou seus restos mortais para Paris, antes de receber também a palma do martírio. 
†Paris, França, cerca de 270 
Segundo a tradição, São Dionísio foi o primeiro bispo de Paris, enviado à Gália pelo Papa Fabiano em 250. Ele sofreu o martírio junto com o padre Rústico e o diácono Eleutério. Suas relíquias são mantidas na Basílica que Santa Genovieve ergueu em 495. Ao lado dele, no século VII, foi construída a famosa abadia que recebeu seu nome. O Martirológio Romano promulgado por São João Paulo II esclareceu a identidade deste São Dionísio, distinguindo-o do Areopagita de mesmo nome, o primeiro bispo de Atenas, com quem havia sido erroneamente identificado em edições anteriores do Martirológio. 
Etimologia: Dionísio = consagrado a Dionísio (ele é o deus Baco) 
Emblema: Cajado pastoral, palmeira 
Martirológio Romano: Santos Dionísio, bispo, e companheiros, mártires: transmite-se que São Dionísio chegou à França enviado pelo Romano Pontífice e, tendo-se tornado o primeiro bispo de Paris, morreu mártir nas proximidades desta cidade junto com o padre Rústico e o diácono Eleutério. 

Santa Públia de Antioquia, Abadessa - 9 de outubro

Martirológio Romano: Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, a comemoração de Santa Públia, que depois da morte do esposo entrou num mosteiro e, à passagem do imperador Juliano o Apóstata, cantando com as suas companheiras virgens as palavras do salmo “Os ídolos dos gentios são ouro e prata” e “Sejam como eles os que os fazem”, por ordem do imperador foi esbofeteada e asperamente repreendida. († c. 362) Públia era uma matrona síria que ingressou em um mosteiro após o falecimento de seu esposo. Ela reuniu em sua casa algumas virgens e viúvas para consagrar-se às práticas de piedade na vida em comum. Logo foi eleita abadessa do mosteiro. Em 362, o imperador Juliano, o Apóstata, (assim chamado porque depois de ser cristão voltou ao paganismo) passou por Antioquia em uma campanha contra a Pérsia. Ao passar diante da casa de Públia, Juliano ouviu estas mulheres cantar o Salmo 115: “Os ídolos dos gentios são de ouro e prata e estão feitos pela mão do homem; não têm boca e não podem falar”. “Que os que constroem os ídolos e todos os que põem confiança neles sejam como seus deuses”. Juliano tomou como uma alusão pessoal e mandou calá-las para que nunca mais fosse possível que cantassem. Públia respondeu por suas companheiras citando o Salmo 67: “Deus se levantará e destruirá seus inimigos”. Juliano mandou-a chamar e ordenou que fosse esbofeteada constantemente, até que as demais deixassem de cantar. Prometeu condená-las a morte quando voltasse da campanha da Pérsia, mas Juliano nunca voltou dessa campanha, e assim Públia e suas companheiras acabaram suas vidas em paz. Públia faleceu em 364. Alguns escritores (Tritenio ou Lezana) em seus escritos sobre a Ordem do Carmo a incluem como santa desta Ordem.

Fonte:

-"La leyenda de oro para cada día del año". Volumen 3. Pedro de Ribadaneira, Barcelona, 1866.

Santo Abraão Patriarca de Israel Festa: 9 de outubro

Ur dos caldeus - Canaã, século XIX aC
 
Na Bíblia, dois títulos definem principalmente Abraão, o patriarca, originário da Mesopotâmia, que se estabeleceu em Harã e de lá emigrou para a terra de Canaã. Amigo de Deus, ele é o pai dos crentes. Como amigo da divindade, ele é um modelo de vida religiosa e moral, que pode interceder por si mesmo e por seus aliados. Como crente, ele vive na tensão entre fé e promessa. Ela deixa seu país guiada pela confiança na palavra de Deus, mas as circunstâncias parecem contradizer a expectativa: o patriarca é idoso, Sara não pode ter filhos. "Abraão, no entanto, creu no Senhor, que lhe creditou isso como justiça." A dialética da fé, no entanto, torna-se ainda mais aguda com o pedido sem precedentes de sacrificar Isaque. A viagem de Abraão ao Monte Moriá em companhia do seu filho torna-se o paradigma da noite escura, do caminho da fé nas trevas de Deus que parece negar a promessa tão esperada e cultivada. O gesto de libertação de Deus responde à obediência do pai. Na esfera cristã, é sobretudo o apóstolo Paulo que reflete sobre a figura de Abraão. Fiel à sua concepção, ele acredita que o patriarca, justificado pela fé, é uma fonte de bênção para a humanidade. Além disso, é precisamente da sua reflexão sobre a sua figura que Paulo tira a conclusão de que a salvação não vem das obras, mas do dom de Deus recebido na fé. Lutero, os teólogos, os homens de cultura e os artistas que aderiram à reforma do século XVI insistiram neste ponto. Um modelo de fé para judeus e cristãos, Abraão também é venerado pelos seguidores do Islã. 
Etimologia: Abraão = grande pai, do hebraico 
Martirológio Romano: Comemoração de São Abraão, patriarca e pai de todos os crentes, que, chamado por Deus, saiu de sua terra, Ur dos Caldeus, e partiu para a terra prometida por Deus a ele e seus descendentes. Ele então manifestou toda a sua fé em Deus, quando, esperando contra toda a esperança, não se recusou a oferecer como sacrifício seu filho unigênito Isaque, que o Senhor lhe dera quando já era velho e por uma esposa estéril.

Dionísio Areopagita Teólogo, Mártir, Santo (século I)

Os cristãos sempre sofreram intensas perseguições, chacinas e saques durante o transcorrer dos séculos, principalmente no início da formação da Igreja. Tanto que muitos dos escritos foram queimados ou destruídos de outra forma. Por isso a memória da Igreja, às vezes, tem dados insuficientes sobre a vida e a obra de santos e mártires do seu passado mais remoto. Para que essas poucas evidências não se perdessem, ela se valeu das fontes mais fiéis da literatura mundial, que nada mais são do que as próprias narrações das antigas tradições orais cristãs preservadas pela humanidade. Interessante é o caso dos dois santos com o nome de Dionísio, venerados pelo cristianismo. A data de hoje é consagrada ao Areopagita, sendo, o outro santo, o primeiro bispo de Paris, festejado no dia 9 deste mês. O Dionísio homenageado foi convertido pelo apóstolo Paulo (At 17,34) durante a sua pregação aos gregos no Areópago, daí ter sido agregado ao seu nome o apelido de Areopagita. O Areópago era o tribunal supremo de Atenas, na Grécia, onde eram decididas as leis e regras gerais de conduta do povo. Só pertenciam a ele cidadãos nascidos na cidade, com posses, cultura e prestígio na comunidade. Dionísio era um desses areopagitas. Nascido na Grécia, no seio de uma nobre família pagã, estudou Filosofia e Astronomia em Atenas. Em seguida, foi para o Egito finalizar os estudos da Matemática.

Luis Beltrão Dominicano, Santo (1526-1581)

Sacerdote, missionário. 
Foi canonizado pelo Papa Clemente X, 
90 anos após a morte.
Luís Beltrão nasceu em Valência (Espanha), a 1 de Janeiro de 1526. Desde muito menino se caracterizou por sua humildade e obediência. Aos 18 anos, contra a vontade paterna, ingressou na Ordem do São Domingos e em 1547, aos 23 anos, foi ordenado sacerdote por Santo Tomás de Villanueva. Cinco anos depois foi nomeado professor dos noviços. Como professor Luís Beltrão era estrito e severo, e tudo fazia para que seus alunos renunciassem sinceramente ao mundo e se unissem perfeitamente a Deus. Mais tarde pediu licença aos superiores e foi pregar aos índios do Novo Mundo. Lá esteve por sete anos evangelizando regiões americanas que hoje pertencem à Colômbia. Converteu e baptizou muitos milhares de indígenas, correndo nesse apostolado grandes riscos: chegou a ser envenenado por duas vezes e em quatro outras ocasiões esteve muito próximo de receber o martírio. Só falava espanhol mas Deus lhe concedeu o dom de línguas, profecia e milagres. Também trabalhou em Tubera, Paluato, Cipacoa e Portavento.

João Leonardo Presbítero, Fundador, Santo 1541-1606

Presbítero e fundador dos 
"Padres Regulares da Mãe de Deus".
Leonardo nasceu na Toscana, em 1541. Levou uma vida normal de leigo, trabalhando no ramo farmacêutico com o pai até os vinte e seis anos de idade, quando este morreu. Tendo participado do trabalho junto aos pobres com os padres colombinos, decidiu entregar sua vida ao seguimento de Cristo. Mesmo sabendo das dificuldades por ser adulto, Leonardo não se intimidou. Enfrentou os estudos desde o começo, do princípio mais elementar. Juntou-se aos meninos para aprender o latim e, em seguida, aplicou-se no estudo de filosofia e de teologia. Quatro anos depois, foi ordenado sacerdote. Dedicando-se à catequese das crianças, implantou, junto com alguns religiosos, uma educação totalmente voltada para os princípios cristãos, nascendo, em 1574, a Congregação da Doutrina Cristã, hoje Clérigos Regulares da Mãe de Deus, também conhecidos como padres leonardinos. Em 1584, resolveu fazer uma peregrinação à França, ao Santuário de Nossa Senhora de Loreto. Leonardo, que tinha conquistado a confiança do papa Clemente VIII, foi enviado por este para realizar diversas missões em seu nome, restaurando a disciplina religiosa em várias ordens, conventos e congregações.

João Henrique Newman Cardeal, Beato (1801-1890)

Galicano convertido ao cristinismo; 
autor, Cardeal, beatificado pelo Papa Bento XVI 
em Birmingham, 19 de Setembro de 2010.
Como foi a infância de Newman? 
John Henry Newman era o primogênito dos seis filhos do casal John Newman e Jemina Fourdrinier. Nasceu em Londres e foi batizado na Igreja anglicana de Saint Bennet Fink. Seu pai, um homem empreendedor, foi subindo de posição social até se converter em banqueiro. Mas depois de vários anos de êxito, veio a derrocada. Foi o próprio John Henry que teve de manter toda a sua família quando frequentou a Universidade de Oxford. “Fui educado durante minha infância para ter o grande prazer de ler a Bíblia, mas não tive sólidas convicções religiosas até os 15 anos”. Assim Newman abriu o segundo parágrafo da obra-prima intitulada Apologia pro vita. História de suas convicções religiosas, que escreveu em 1864 para combater quem, à raiz de sua conversão, havia-o atacado ferozmente. Um dia, na ermida de Littlemore, onde se converteu, encontrou e folheou um velho caderno seu de escola. Na primeira página encontrou maravilhado um emblema que lhe cortou a respiração: tinha desenhado a figura de uma cruz robusta e, atrás, uma figura que representava um rosário com uma pequena cruz unida a este. Naquele momento tinha só dez anos. Estas imagens não teriam por que terem sido desenhadas a lápis por Newman, devido à aversão que os protestantes têm às imagens sagradas. Por que chamavam tanto a atenção dele os Padres da Igreja? Quando ainda era anglicano, em 1826, Newman decidiu estudar com um método sistemático os Padres da Igreja, e nasceu assim um grande amor por eles.

Santa Maria SENHORA DO MONTE

Nossa Senhora do Monte é padroeira principal da cidade do Funchal e padroeira secundária da diocese. Dos primórdios desta devoção fala-nos o Elucidário Madeirense no texto que a seguir se transcreve: A origem desta paróquia vem da fazenda povoada que ali tinha Adão Gonçalves Ferreira, o primeiro homem que nasceu nesta ilha e que era filho de Gonçalo Aires Ferreira (V. pag. 21), o mais distinto companheiro de Zarco na descoberta do arquipélago. Como geralmente acontecia, era uma pequena capela o centro em torno do qual se agrupavam os primeiros povoadores, tendo Adão Ferreira levantado ali pelos anos de 1470 uma modesta ermida, que parece ter tido o nome primitivo de Nossa Senhora da Encarnação, passando depois a chamar-se Nossa Senhora do Monte, devido certamente às condições orograficas do local, que bem justificavam a nova e apropriada denominação. Outros afirmam que a milagrosa aparição da imagem da Santissima Virgem, que logo começaram a chamar Nossa Senhora do Monte, é que deu origem a que a capela tomasse este nome, que se transmitiu ao sítio e mais tarde a toda a paróquia. A lenda dessa aparição miraculosa vem narrada, nos seguintes termos, no verso das gravuras que representam a pequenina e veneranda imagem: «Há mais de 300 anos, no Terreiro da Luta, cerca de 1 quilómetro acima da igreja de N.ª S.ª do Monte, uma Menina, de tarde, brincou com certa pastorinha, e deu-lhe merenda. Esta cheia de júbilo, refere o facto à sua família, que lhe não deu crédito, por lhe parecer impossivel que naquela mata erma e tão arredada da povoação aparecesse uma Menina.

ORAÇÕES - 09 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
9 – Quinta-feira– Santos: Dionísio, João Leonardi, Públia
Evangelho (Lc 11,5-13) “Se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”
Nem sempre desejamos ou pedimos a Deus o que é bom para nós. Mas ele o sabe, e quando o procuramos com a confiança de filhos, ele cuida bem de nós. Mais ainda quando lhe pedimos que aumente em nós a vida divina, e que nos dê o Espírito Santo, o sopro de vida que nos faz viver da vida da Trindade. Essa é a confiança que nos deve animar em nossa oração de pedido e súplica.
Oração
Senhor meu Deus, creio em vosso poder e bondade, confio em vós e entrego-me todo e para tudo em vossas mãos. Mais que eu conheceis o que é bom para mim, pois sabeis meu presente e meu futuro. Olhai por mim com vossa compaixão de pai, e dai-me o necessário para vos servir e ter a felicidade possível nesta vida. Principalmente peço que me ajudeis a estar para sempre convosco. Amém.