terça-feira, 19 de novembro de 2024

Matilde de Hackeborn Religiosa, Mística, Santa 1241-1299

Virgem, religiosa no mosteiro de Helfta. 
Beneficiou de dons celestes 
de contemplação mística.
Hoje gostaria de vos falar de Santa Matilde de Hackeborn, uma das grandes figuras do mosteiro de Helfta, que viveu no século XIII. A sua irmã de hábito, Santa Gertrudes a Grande, no livro VI da obra Liber specialis gratiae (O livro da graça especial), em que são narradas as graças especiais que Deus concedeu a Santa Matilde, afirma assim: «O que escrevemos é muito pouco em comparação com o que omitimos. Publicamos estas coisas só para a glória de Deus e a utilidade do próximo, porque nos pareceria injusto manter o silêncio sobre as numerosas graças que Matilde recebeu de Deus, não tanto para si mesma, na nossa opinião, mas para nós e para aqueles que vierem depois de nós» (Mechthild von Hackeborn, Liber specialis gratiae, VI, 1). Esta obra foi redigida por Santa Gertrudes e por outra irmã de hábito de Helfta, e contém uma história singular. Matilde, com cinquenta anos de idade, atravessava uma grave crise espiritual, unida a sofrimentos físicos. Nesta condição, confiou as duas irmãs de hábito amigas, as graças especiais com que Deus a tinha guiado desde a infância, mas não sabia que elas anotavam tudo. Quando o veio a saber, ficou profundamente angustiada e perturbada. Porém, o Senhor tranquilizou-a, fazendo-lhe compreender que quanto estava a ser escrito era para a glória de Deus e a vantagem do próximo (cf. ibid., II, 25; V, 20). Assim, esta obra é a fonte principal da qual haurir as informações sobre a vida e a espiritualidade da nossa Santa. Com ela, somos introduzidos na família do Barão de Hackeborn, uma das mais nobres, ricas e poderosas da Turíngia, aparentada com o imperador Frederico II, e entramos no mosteiro de Helfta no período mais glorioso da sua história.

Santos Roque González, Afonso Rodriguez e João del Castillo

Estes três sacerdotes Jesuítas, martirizados na região do Rio da Prata,
 foram canonizados pelo Papa João Paulo II em 1998. 
“Matastes a quem tanto vos amava.
Matastes meu corpo, mas minha alma está no céu.” 
Contam os escritos que estas palavras foram ouvidas pelos índios que assassinaram o missionário jesuíta Roque Gonzalez e seus companheiros, padres Afonso Rodrigues e João de Castillo, em 1628. As palavras foram prodigiosamente proferidas pelo coração de padre Roque, ao ser transpassado por uma flecha, porque o fogo não tinha conseguido consumir. Os três padres eram jesuítas missionários na América do Sul, no tempo da colonização espanhola. Organizavam as missões e reduções implantadas pela Companhia de Jesus entre os índios guaranis do hoje chamado Cone Sul. O objetivo era catequizar os indígenas, ensinando-lhes os princípios cristãos, além de formar núcleos de resistência indígena contra a brutalidade que lhes era praticada pelos colonizadores europeus. Elas impediam que eles fossem escravizados, ao mesmo tempo que permitiam manter as suas culturas. Eram alfabetizados através da religião e aprendiam novas técnicas de sobrevivência e os conceitos morais e sociais da vida ocidental. Era um modo comunitário de vida em que todos trabalhavam e tudo era dividido entre todos. O grande sucesso fez que os colonizadores se unissem aos índios rebeldes, que invadiam e destruíam todas as missões e reduções, matando os ocupantes e pondo fim à rica e histórica experiência. Roque foi um sacerdote e missionário exemplar.

Rafael de São José, Carmelita, Santo 1835-1907

Carmelita, antigo ministro da guerra 
no seu país, a Lituânia. 
Preso pelos russos, foi deportada para a Sibéria, levando consigo apenas a Bíblia e a “Imitação de Jesus Cristo”.
 Foi o grande restaurador da Ordem do Carmo no seu país, agora parte integrante da Polónia.
São Rafael de São José, Kalinowski, nasceu em Vilna, na Polónia, no dia 1o de Setembro de 1835 e foi baptizado com o nome de José, na igreja paroquial de São João, fundada pelos Padres Jesuítas, hoje transformada em museu da Universidade. Filho do casal André Kalinowski e Josefina Polonska, ambos nascidos em famílias nobres. Fez em casa seus primeiros estudos. Aos oito anos começou a estudar no Instituto para os Nobres, em Vilna, onde seu pai era professor e director. O jovem Kalinowski pensava em cursar estudos superiores. Nesta época a Polónia estava dividida entre três potências militares: Áustria católica, Prússia protestante e Rússia Ortodoxa. A cidade de Vilna e arredores estavam sob o domínio russo. As universidades polacas e lituanas tinham sido fechadas. Os jovens polacos e lituanos só podiam estudar nas universidades russas de Petersburgo, Moscou e Kiev. O pai propõe a José e a um irmão que frequentassem a Academia de Agronomia de Hory-Horki, uma cidade situada próxima a Orsza, na região de Mohylev, na Bielorússia. José não se sentia nem um pouco atraído para a agricultura.

Beatos Eliseo Garcia Garcia e Salesianos Alessandro Planas Sauri, mártires - Festa: 19 de novembro

Martirizados em Garraf, perto de Barcelona, aquando da guerra civil espanhola (1936).† Garraf, Espanha, 19 de novembro de 1936 Martirológio Romano: Na aldeia de Garraf, no território de Valência, na Espanha, os beatos mártires Eliseo García, religioso da Sociedade Salesiana, e Alessandro Planas Saurí, que, durante a perseguição contra a fé, foram considerados dignos de serem associados à salvação sacrifício de Cristo. 
Eliseo Garcia Garcia
 
El Manzano, Espanha, 25 de agosto de 1907 - Garraf, Espanha, 19 de novembro de 1936 Nasceu em El Manzano (Salamanca) em 25 de agosto de 1907. Mudou-se para Campello (Alicante), onde durante as perseguições do período da República ele teve que suportar poucos inconvenientes em seu relacionamento com os religiosos. Apesar disso, fez a profissão de salesiano coadjutor em Gerona, em 1932, e ali permaneceu por um certo tempo antes de se mudar para Sant Vicent dels Horts (Barcelona). Quando a guerra estourou, ele não quis abandonar os meninos que moravam lá até que fossem expulsos. Poucos dias depois voltou a Sant Vicent para visitar o Sr. Planas; os milicianos, que o seguiam, detiveram os dois. Seu passado religioso foi motivo suficiente para serem fuzilados em 19 de novembro. 
Alejandro Planas Sauri
Matarò, Espanha, 31 de outubro de 1878 – Garraf, Espanha, 19 de novembro de 1936 Nascido em Mataro (Barcelona) em 1875, não pôde tornar-se salesiano devido a um grave impedimento: era surdo (e o "Sord", em catalão, tornou-se um apelido carinhoso pelo qual era conhecido). Os Salesianos eram sua família. Passou quarenta anos na casa de Sant Vicent dels Horts (Barcelona), onde foi muito apreciado e respeitado. Escultor habilidoso, possuía uma cultura e uma vida religiosa muito profundas. Pensava que permanecendo no colégio, depois da expulsão dos meninos e dos Salesianos, nada lhe poderia acontecer, mas a visita que Dom Eliseo Garda lhe fez foi o pretexto para eliminá-lo.
Fonte: www.sdb.org

ORAÇÕES - 19 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
19 – Terça-feiraSantos: Roque Gonzales, Afonso Rodriguez, João Castilho
Evangelho(Lc 19,1-10) Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo.”
Zaqueu somos nós. Queremos conhecer Jesus, mas somos atrapalhados pela multidão de tarefas e interesses. Bem que ele nos chama e atrai. Para o conhecer, é preciso correr, deixar de lado títulos e poses, talvez enfrentar zombaria. O Senhor pode ajudar-nos, se lhe pedimos. Está pronto a parar, olhar para nós e convidar-nos a descer, a tomar consciência de nossapobreza, que não vemos.
Oração
Senhor Jesus, estais sempre a passar por minha vida, a chegar a minha casa e entrar, se vos convido.Para que me apresse e corra para vos ver e conhecer, por favor perturbai minha tranquilidade. Preciso de felicidade e paz, e só vós me podeis ajudar. Não espereis que vos convide, vinde, entrai, ponde ordem em minha casa, trazei a bênção de Deus para mim e para todos os meus. Amém.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “ESCUTEMOS O SENHOR!”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Discernir a voz do Senhor 
O segundo domingo do Tempo Comum é especial. É como uma ponte entre o Tempo do Natal e o Tempo Comum, pois está na perspectiva da Manifestação do Senhor e na Manifestação de Jesus em sua Missão. É o momento de chamar para o Reino e reunir discípulos. Samuel recebeu o chamado de Deus para a missão profética. Sua resposta “Fala, Senhor, que vosso servo escuta”, discernida na simplicidade de um adolescente, ensina-nos a estar atentos aos chamados de Deus. Jesus chama os primeiros discípulos, convidando-os a estar com Ele, onde mora. Disseram: “Mestre, onde moras?”. “Vinde e vede”, disse Jesus. Eles foram e permaneceram com Ele. Estar com Jesus é o caminho para o discernimento da vontade de Deus e para darmos a resposta positiva. Vocação, seja para o que for, se não partir do encontro com Jesus, não tem autenticidade. A resposta, nós a vivemos em um corpo que é santuário de Deus como nos escreve Paulo. Deus não dispensa nossa condição humana. É nela que nos encontramos com Ele, realizamos sua vontade e seu projeto e comunicamos aos outros o que ouvimos do Senhor. A Eucaristia que celebramos é um momento de chamada e de resposta às propostas de Deus para nossa vida. Ele nos chama pelo nome. O discernimento se faz dentro de uma comunidade, pois é nela que entramos pelo batismo. Por isso, nesse corpo eclesial é que podemos dar as respostas, pois os dons que Deus nos dá são em vista de todo o Corpo de Cristo, a comunidade. Vocação não é satisfazer um desejo, mas dispor-se a uma entrega. 
Responder prontamente 
O modelo de resposta é Jesus, como rezamos no salmo: “Com prazer faço a vossa vontade” (Sl 39,9). Samuel e os discípulos ouviram o chamado e seguiram. Este é o sacrifício pelo qual agradamos a Deus. Fazer nossa vontade é muito bom, desde que esteja unida à vontade de Deus. Responder prontamente é sinal claro de estar em sintonia com a vontade de Deus e tê-Lo como a razão de nossa vida. A vontade de Deus não é uma imposição que cria em nós uma marca. Ela, respeitando nossas condições pessoais, nos encaminha à experiência com Jesus, pois só Nele podemos conhecer o Pai. Estando unidos a Jesus realizamos esse projeto mesmo com riscos. Desse modo poderemos discernir e responder prontamente. Não impomos condições a Deus, mas aceitamos as condições que Jesus aceitou. Dela decorre ir até o extremo da doação. Assim entendemos a força dos mártires, a ousadia dos missionários e a força dedicação dos misericordiosos. 
Partilhar a descoberta 
“Samuel não deixava cair por terra nenhuma das palavras do Senhor” (1Sm 3,9). Os discípulos seguiram Jesus e logo foram comunicar a Simão Pedro: “Encontramos o Messias. Então André conduziu Simão a Jesus” (Jo 1,41-42). O sinal de que encontramos e seguimos a Palavra de Deus é comunicá-la. “Toda a vez que celebramos o esta sacrifício da Eucaristia, torna-se presente a nossa redenção” (Oferendas). A celebração não é só uma memória do passado. Por isso ela é uma chamada constante ao seguimento de Jesus em sua missão. A liturgia da Palavra espera de nós a atitude de Samuel: “Fala, Senhor, que teu servo escuta” (1 Sm 3,10). Iniciando o Tempo Comum, recebemos a missão de conhecer o Senhor e fazê-Lo conhecido. Não é só no silêncio que ouvimos o Senhor. É também no mundo em chamas que o Senhor fala. 
Leituras: 1Samuel 3,3b-10.19; Salmo l39; 
1Coríntios 6,13c-15a.17-20; João 1,35-42 
1. O 2° Domingo Comum é uma ponte entre Natal e Tempo Comum. É a manifestação do Senhor em sua missão. É o momento de convocar para o Reino. Samuel nos ensina a responder. Somos chamados a estar com Ele. Assim poderemos discernir a vontade de Deus. Deus não dispensa a condição humana. Respondemos dentro na comunidade. Vocação é entrega. 
2. Jesus dá o modelo da resposta: Com prazer faço a vossa vontade. Este é o sacrifício. Só em Jesus podemos conhecer o Pai. Não impomos condições a Deus, mas aceitamos as condições que Jesus aceitou. 
3. Samuel e os discípulos anunciaram. O sinal de que encontramos e seguimos a Palavra de Deus é comunicá-la. A celebração é uma constante chamada ao seguimento de Jesus em sua missão. Ouvimos Deus no silêncio e no mundo em chamas. 
Curiosidade tem preço 
Continuamos a acolher a manifestação de Deus em Jesus. Agora no momento em que começa a chamar os primeiros discípulos. No Antigo Testamento escolheu Samuel. Agora escolhe aqueles que o seguirão e continuação sua missão. Jesus estava passando e João O apresentou a dois de seus discípulos: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. Os dois o seguiram. Jesus lhes pergunta: “O que estais procurando?” Responderam: “Mestre, onde moras?” Eles foram e passaram o dia com Ele. A primeira exigência para ser discípulo de Jesus e ser anunciador, é ter a experiência de ter vivido com Ele. Ao querer saber onde Jesus morava, mostraram interesse de estar com Ele. Valeu a curiosidade. Ganharam mais que procuraram. A descoberta foi tão boa que logo levaram a Pedro e o levaram a Jesus. Quando não levamos Jesus aos outros foi porque não O encontramos. Seguindo-O faremos a vontade do Pai. 
Homilia do 2º Domingo Comum (18.01.2015)

EVANGELHO DO DIA 18 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 18,35-43. 
Naquele tempo, quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho. Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim». Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja». Disse-lhe Jesus: «Vê. A tua fé te salvou». No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo(345-407) 
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, n.º 66, 1
«Jesus, filho de David, tem piedade de mim» 
Olhemos bem para estes cegos de Jericó do Evangelho de São Mateus, pois valem mais do que muitos que veem claramente. Não tinham ninguém que os guiasse nem podiam ver Jesus aproximar-Se. No entanto, esforçaram-se por chegar junto dele: puseram-se a gritar em altos brados; e, quando tentaram calá-los, gritaram com mais força ainda. Assim é uma alma enérgica: os que querem pará-la redobram-lhe o ímpeto. Cristo permite que tentem calá-los para que o seu fervor melhor se revele e para te demonstrar que esses cegos eram verdadeiramente dignos de ser curados. É por isso que não lhes pergunta se têm fé, como tantas vezes fazia: os seus gritos e esforços para dele se aproximarem bastaram para mostrar a fé que tinham. Aprende com isto, meu querido amigo: se, apesar da nossa baixeza e miséria, nos dirigirmos a Deus com todo o coração, poderemos obter aquilo que pedimos. Em todo o caso, olha bem para estes dois cegos: tinham apenas um discípulo para os proteger, muitos lhes impunham silêncio e, no entanto, conseguiram triunfar sobre todos os impedimentos e chegar junto de Jesus. O evangelista não lhes assinala uma qualidade de vida excecional; mas o seu fervor tudo suplantou. Imitemo-los; e, mesmo que Deus não nos conceda logo aquilo que Lhe pedimos, mesmo que muitos procurem afastar-nos da oração, não cessemos de Lho implorar. Porque é assim que atrairemos os favores de Deus.

São Pedro e São Paulo na dedicação das suas basílicas

A liturgia de hoje chama-nos a Roma, ao túmulo dos dois Apóstolos, às Basílicas de S. Pedro e S. Paulo. Estão distantes entre si, mas une-as um mesmo espírito, uma mesma fé se respira nelas, um mesmo Cristo fala nas duas. «Eu posso-te mostrar os sepulcros dos Apóstolos. Se vieres ao Vaticano, se chegares à Via Ostiense, verás os gloriosos troféus dos que fundaram esta Igreja». Assim escrevia no século II um presbítero de Roma, Caio, e assim nos fala hoje a liturgia católica. Como o confirmaram as escavações recentes, da época de Pio XII, é certo que S. Pedro foi enterrado na colina do Vaticano, ao pé do lugar da sua crucifixão, que estava junto do circo de Nero. S. Paulo foi decapitado junto da estrada que leva a Óstia, em Tre Fontane (Três Fontes), e enterrado na propriedade duma piedosa senhora chamada Lucina. Sobre o sepulcro de S. Pedro, no Vaticano, levantou o Papa Anacleto uma memória, isto é, um oratório. Logo que brilhou o sol da paz, o Papa S. Silvestre propôs a Constantino se desse aos sepulcros de Pedro e Paulo aquela forma exterior de grandeza arquitectónica e riqueza artística que exigiam os dois maiores santuários da fé católica. Constantino acolheu a ideia e, tanto na Via Cornélia como na Via Ápia, levantou duas magníficas Basílicas. Já no século XII se celebrava na basílica vaticana de S. Pedro e na de S. Paulo na Via Ostiense o aniversário das respectivas dedicações feitas pelos papas Silvestre e Sirício no século IV.

18 de novembro - Beato Domingos Jorge

O Beato Domingos Jorge nasceu em Vermoim da Maia, perto do Porto (Portugal). Muito jovem, partiu como soldado para a Índia. Aventureiro por natureza, empreendeu viagem para o Japão, onde nesse tempo reinava furiosa perseguição aos cristãos. O catolicismo era proibido. Todos os missionários que fossem identificados, eram mortos, e acontecia o mesmo também todos aqueles que os acolhessem em suas casas. Apesar de todos os riscos, os missionários não quiseram abandonar os cristãos para os instruir, animar e lhes administrar os sacramentos. Estes martírios deram-se entre 1603 e 1639, sob o “shogunato” (governo militar) dos Tokugawa, que consideravam o Cristianismo um “elemento de influência ocidental e um perigo para a ordem social e religiosa”. Domingos Jorge casou-se com uma jovem japonesa, à qual o missionário português, Padre Pedro Gomes, oito dias após o nascimento, dera o nome de Isabel Fernandes. O casal vivia como modelo do amor de Deus, na paz e na felicidade, em Funai, perto da cidade de Nagasaki. Eram membros fervorosos da Fraternidade do Rosário, ligada aos jesuítas. Por bondade e piedade, esconderam em sua casa dois missionários jesuítas, o padre Carlos Spínola, italiano, e o Irmão Ambrósio Fernandes, português, além do catequista japonês João Kingoku.

18 de novembro - Beato Grimoaldo da Purificação

"... ainda hoje proclamamos seus prodígios".
 
Conheçam o testemunho diante do mundo do Beato Grimoaldo da Purificação, batizado como Fernando de Santa Maria. Jovem Passionista, que durante sua breve existência foi inspirado para algumas linhas que permanecem um programa significativo também para nós: Vou ousar colocar Deus em primeiro lugar; Vou expressar gratidão constante a Jesus Crucificado por meio de obras concretas de penitência e humildade; Vou perseverar no bem, mesmo à custa de grandes sacrifícios; Eu viverei com austeridade e me contentarei com tudo; Estarei sempre disponível para os outros. De acordo com o carisma da Família Passionista, ele sentia que devia completar em si o sofrimento de Cristo em benefício de todo o seu Corpo místico (cf. Col 1, 24). Ele adorava repetir: "Eu sempre penso em Jesus quando ele estava no Calvário, e na sua santa Mãe, que estava com ele, e eu quero seguir seus sofrimentos." Os biógrafos se lembram dele alegremente até nas humilhações, nas contrariedades e nas dificuldades dos estudos. Seus companheiros notaram que, não fazendo coisas diferentes deles, Grimoaldo os fazia com extraordinária e crescente intensidade de amor. Nele, os jovens de hoje e de amanhã podem ver um modelo de espiritualidade simples e generosa, fortemente ancorado no mistério pascal de Cristo. 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 29 de janeiro de 1995 

São Roman de Antioquia

Romano era diácono da Igreja de Cesareia. Durante as perseguições de Diocleciano contra os cristãos, em 303, viu muitos fiéis se render e oferecer sacrifícios aos ídolos, por obediência às disposições imperiais. Advertindo-os, em voz alta, a permanecer firmes na fé, foi preso e martirizado. https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html
Diácono de Cesaréia que, ao ver os cristãos de Antioquia se preparando para fazer sacrifícios aos ídolos, os advertiu severamente a permanecerem fiéis ao seu Credo. Ele foi capturado e, após cruel tortura, estrangulado na prisão. 
Martirológio Romano: Em Antioquia da Síria, São Romano, mártir, que, diácono da Igreja de Cesaréia, tendo visto durante a perseguição do imperador Diocleciano os cristãos obedecendo às disposições de seus decretos e apressando-se em direção aos santuários dos ídolos, incitou-os em voz alta para permanecer firme na fé e, depois de sofrer torturas cruéis e ter a língua cortada, estrangulado na prisão com um laço, foi coroado com um glorioso martírio.

Beata Carolina Közka Virgem e mártir - 18 de novembro

Carolina nasceu na aldeia de Wal-Ruda, próximo de Tárnow, Polônia, no dia 2 de agosto de 1898. Era uma dos onze filhos de Jan e Maria Borzecka Közka. De 1904 a 1912 Carolina frequentou a escola local, tendo feito apenas o curso elementar, pois seus pais eram muito pobres. A piedade e a devoção ela recebeu em casa, onde o Rosário era rezado diariamente e a Missa dominical era a forma da família agradecer a Deus os dons que dEle recebia. Com frequência Carolina reunia vizinhos e parentes, especialmente as crianças, e liam as Sagradas Escrituras sob uma pereira próximo de sua casa. Ela gostava de rezar o Rosário usando o terço que sua mãe lhe dera. Devido às suas orações, ela geralmente dormia menos do que precisava. “Durante o dia ela sempre sussurrava as palavras ‘Ave Maria’, pois, como ela mesma dizia, estas palavras faziam-na ‘sentir uma grande alegria no coração’”. Ela rezava o Rosário constantemente e mesmo no seu trajeto para ir a igreja assistir à Missa; além da Missa dominical, ela a assistia também durante a semana. O tio de Carolina, Franciszek Borzecki, era uma inspiração para sua fé. Ela o auxiliava na biblioteca e na organização de outras coisas na paróquia; também ensinava catecismo para seus irmãozinhos e para as crianças da vizinhança. Desde a adolescência ela era dirigida pelo Padre Ladislao Mendrala, que a acompanhava na sua ativa vida no núcleo paroquial da aldeia. Com o início da 1ª. Guerra Mundial (1914-1918) a Polônia foi invadida pelo exército soviético.

FREDIANO DE LUCA Bispo, Santo + 588

Teria nascido na Irlanda, 
numa data desconhecida do século IV. 
Cristão e monge, teria saído de sua terra natal 
como peregrino e estudante, com destino à Roma.
Frigianu ou Frigdianus, assim os registros antigos indicam seu nome, teria nascido na Irlanda, numa data desconhecida do século IV. Cristão e monge, teria saído de sua terra natal como peregrino e estudante, com destino à Roma. Mais tarde existe a notícia de sua permanência na Itália, nos arredores da cidade Luca, na Toscana, vivendo como ermitão. A presença do monge foi notada pela população tipicamente rural, sempre castigada pelas enchentes do rio Serchio que ladeava a cidade. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e cultura, logo se fizeram evidentes. Também sobressaia sua energia e liderança. O clero local e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais indicado para seu Bispo. Possuía os dotes naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Foi eleito e consagrado Bispo de Luca, em 560. Certamente um facto inusitado. Utilizou toda a ciência que possuía sobre matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população.

ODILON DE CLUNY Monge, Santo + 1040

Abade que instaurou a observância 
monástica segundo a Regra de São Bento 
e a disciplina de São Bento de Aniano.
Odilon nasceu em 962, na cidade francesa de Auvergne. Seu pai era Beraldo, da nobre família Mercoeur e sua mãe Gerberga. Narra a tradição, que a sua vida espiritual começou na infância, aos quatro anos de Santo Odilon, Monge e Abade de Clunyidade. Era portador de uma deficiência nas pernas que o impedia de andar. Certa vez, sua governanta o deixou sentado na porta da igreja, enquanto foi falar com o padre. Odilo aproveitou para rezar e se arrastou até o altar, onde pediu à Virgem Maria que lhe concedesse a graça de poder caminhar. Neste instante, sentiu uma força invadir as pernas, ficou de pé e andou até onde estava a empregada, que, junto com o vigário, constatou o prodígio. Assim que terminou os estudos ingressou no Mosteiro beneditino de Cluny, em 991. Tão exemplar e humilde foi seu trabalho que, quando o abade e santo Maiolo sentiu que sua hora era chegada, elegeu-o seu sucessor, em 994. Este cargo, Odilo ocupou até a morte. Ele era um homem de estatura pequena e aparência comum, mas possuía uma força de carácter imensa.

Rosa Felipina Duchesne Religiosa, Fundadora, Santa 1769-1852

Virgem, das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, que, nascida em França, durante a Revolução Francesa reuniu a comunidade religiosa e, trasladando-se para a América,
ali abriu numerosas casas.
Rosa Felipina Duchesne nasceu em Grenoble (França) em 29 de agosto de 1769. Batizada na igreja de São Luís, recebeu, como se fosse um presságio, os nomes do apóstolo Felipe e de Rosa de Lima, primeira santa do Santa Rosa Felipina Duchesne, FundadoraNovo Continente. Sua educação iniciou-se no Convento da Visitação de Santa Maria do Alto. Atraída pela vida contemplativa das religiosas, Rosa Felipina entrou, aos 18 anos, para o noviciado no mosteiro. Na época da Revolução Francesa, a comunidade foi dispersada. Felipina voltou para a sua família, e passou a dedicar-se a cuidar dos prisioneiros, dos doentes e dos pobres. Após a *Concordata de 1801, ela tentou, com algumas companheiras, fazer reviver o Mosteiro da Visitação, mas seu esforço foi em vão. Em 1804, Felipina toma conhecimento da fundação de uma nova congregação: a Sociedade do Sacré-Coeur (Sagrado Coração) de Jesus, e oferece seu antigo mosteiro à fundadora, Madeleine-Sophie Barat; Felipina está pronta a entrar para a congregação. Pouco depois, Madre Barat chega a Santa Maria do Alto e acolhe a religiosa e suas companheiras como noviças na Sociedade. Após sua profissão religiosa, ao mesmo tempo em que sentia vontade de ingressar numa vida contemplativa, Felipina sente fortemente o chamado, que lhe era feito desde a adolescência, às missões.

Maria Gabriela Hinojosa Naveros Religiosa visitandina, Mártir, Beata (1872-1936)

Mártir durante a guerra civil espanhola.
Maria Gabriela Hinojosa Naveros, (1872) e as seis religiosas da Visitação de Santa Maria : Josefa M. Barrera Izaguirre (1881), Teresa M. Cavestany y Anduaga (1888), Maria Ângela Olaizola Garagarza (1893), Maria Engracia Lecuona Aramburu (1897), Maria Inés Zudaire Galdeano (1900), e Maria Cecília Cendoya Araquistain (1910), morreram assassinadas em Madrid, em Novembro de 1936. Todas tiveram como berço um ambiente familiar profundamente cristão, onde receberam uma verdadeira formação religiosa que as preparou para a vida de consagração total a Deus. Eram religiosas do Mosteiro da Visitação em Madrid, e enquanto as Religiosas da comunidade se tinham transferido para Oronoz por causa da revolução espanhola, estas 7 Irmãs permaneceram ali para guardar a igreja do Mosteiro, mas depois, devido à perseguição, transferiram-se para um pequeno apartamento sob a direcção da Irmã Maria Gabriela, uma verdadeira e forte Visitandina capaz de sustentar a moral, a coragem, a esperança e a fé das outras Irmãs. Geralmente eram bem vistas pelos seus vizinhos, mas duas pessoas denunciaram-nas por ódio à religião: começou então um período de angústia e de apreensão.

Beata Salomé da Cracóvia, Rainha e Clarissa - Festa 18 de novembro

     Salomé, filha de Leszek, Príncipe da Cracóvia, nasceu em 1211. Aos 3 anos de idade foi confiada ao Bispo da Cracóvia, o Beato Vicêncio Kadlubek, para que ele a conduzisse à corte do soberano húngaro, André II, pois um acordo com aquele rei tornara-a prometida como esposa de seu filho, Kálmán (nome latinizado para Colomano), de seis anos. Acordos matrimoniais deste gênero eram comuns naquela época e a menina desde pequena passou a viver na corte do futuro sogro.
     No outono de 1214 teve lugar a coroação que, com a autorização do Papa Inocêncio III, foi celebrada pelo Bispo de Strigonia. Eles reinaram em Halicz por cerca de três anos, quando a cidade foi invadida pelo príncipe da Rutênia, Mistislaw, que os aprisionou.
     Naqueles tempos (Salomé tinha somente 9 anos e Colomano 12) eles fizeram, de comum acordo, voto de castidade. Quando André, filho do Rei da Hungria, veio a ser Rei de Halicz, eles retornaram à corte húngara.
     Em 1227, aos 16 anos, Salomé chegou à maioridade, sempre se mantendo ligada ao voto de castidade e, apesar de sua beleza, evitava a companhia de homens, vestia-se modestamente, não tomava parte nas festas e diversões da corte e dedicava o tempo livre à oração.
     Colomano, enquanto ainda vivia o seu pai, governou a Dalmácia e a Eslovênia até 1241, quando morreu em uma batalha contra os Tártaros. Durante aquele período Salomé protegia os conventos dos franciscanos e dos dominicanos.

ORAÇÕES - 18 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
18 – Segunda-feiraSantos: Salomé de Cracóvia, Odo de Cluny
Evangelho (Lc 18,35-43) Jesus aproximava-se de Jericó; um cego sentado à beira do caminho pedia esmolas. Ouviu a multidão passare perguntou que estava acontecendo.”
Há sempre muitos que recebem alguma informação sobre Jesus, sua propostae seus seguidores. Eles querem saber mais, e perguntam a nós quem de fato é Jesus e por que acreditamos nele. Precisamos dar-lhes resposta, com linguagem que possam entender. Temos de aproveitar todos os meios e oportunidade. E principalmente temos de lhes responder com nossa vidaatuante e coerente.
Oração
Senhor Jesus, de algum modo passais por onde passamos nós, vossos seguidores. Há cegos e surdos, outros ansiososou acomodados. Ajudai-nos, para que nossa passagem os leve a perguntar por vós, e tenhamos respostas claras. Não permitais que nossas atitudes desmintam nossa fé.Mudai seu coração, arrastai-os pelos vossos caminhos, ajudai-os a continuar firmes a vos seguir. Amém.

domingo, 17 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “O direito de servir”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Multiplicando as riquezas.
 
Continuamos a reflexão sobre o ensinamento do Papa Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho). Essa temática toca no coração do ensinamento de Jesus para o momento atual. Não é uma invenção do Papa, mas a iluminação da Palavra de Deus para a redenção de todos. Na legislação do Antigo Testamento compreendemos o grande cuidado e carinho de Deus para que o acúmulo não prejudique a felicidade das pessoas e impeça que todos tenham vida. O modelo não é político, é Divino. Refletimos sobre o grave problema do consumismo que se torna a mola do mundo financeiro. É uma máquina que envolve todos e toda estrutura social. Certamente que isso não muda com um estalar de dedos. O problema não é o consumo, como diz nosso Pastor, é a tirania que exerce. A primeira consequência desta tirania é a formação de uma pequena classe que têm o bem estar e uma maioria que não. Não pensemos em nosso mundinho fechado. O mundo vai além de nossos muros. Vivemos num paraíso em comparação com as imensas porções da humanidade que sofre. Junte-se a isso a corrupção, os juros, a ambição do poder com prejuízo para o meio ambiente, para as populações humildes, para as necessidades básicas do povo. Lembramos aí a propaganda que torna o pobre mais pobre, pois é vítima desta tirania. A justiça social não empobrecerá os que possuem, pois o amor multiplica.
Governar a partir do homem 
Temos visto como tudo gira em torno do deus Mamona (dinheiro). A política está voltada para o interesse pessoal, a estrutura eivada pela corrupção e o abuso do poder. Basta abrir os jornais que vemos essas situações bem expressas. Se não houvesse tanto desvio, o país teria condições de superar suas misérias. Por que os cargos públicos são fonte de enriquecimento nem sempre lícito. Papa escreve: “Exorto-vos a uma solidariedade desinteressada e a um regresso da economia e das finanças a uma ética propícia ao ser humano” (58). A desigualdade gera violência e fomenta as guerras, que são fruto da monstruosa venda de armas e lugar de experiências de novos meios de matar. Quando há uma guerra, quem sofre são as populações pobres, sobretudo as crianças. Sabemos que a corrida armamentista é um fruto deste mal. O mal se avoluma e atinge os sistemas políticos e sociais “cristalizado nas estruturas injustas”. O Papa afirma que “os mecanismos da economia atual promovem uma exacerbação do consumo, mas sabe-se que o consumismo desenfreado, aliado à desigualdade social é danoso para a sociedade”. Alguns reclamam de tocarmos nesses assuntos. Eles próprios são vítimas dessa situação. Esse assunto se refere em primeiro lugar ao primeiro mundo. 
A alegria de servir 
Nesse quadro complicado da economia (mais complicado ainda se soubermos analisar com mais profundidade), não precisamos de muito conhecimento e sabedoria para reverter a situação. É bom lembrar que ninguém quer tirar nada de ninguém. Lembramos que Maria rezou: “Cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias” (Lc 2,52-53). Essa poesia se move pela contraposição. D. Helder Câmara (foi tão perseguido por essa raça de gente) diz que não precisamos reverter o quadro, mas todos sermom irmãos. O dom de servir é muito maior e dá uma alegria que não termina. Jesus não precisou desse esquema. S. Francisco, o pobre, e tantos outros viveram essa verdade e são lembrados até hoje. Onde estão os donos do mundo passado que geraram essa situação? Nem seus nomes existem mais. Colocar-se a serviço do mundo é ser servido por Deus.
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 17 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Marcos 13,24-32. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da Terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Teodoro Estudita 
(759-826) 
Monge de Constantinopla 
Catequese 30 
Quando vier o Filho de Deus... 
Meus filhos e irmãos, vinde, adoremos a Cristo, nosso Rei, prostremo-nos diante dele (cf Sl 94,6), ofereçamos de novo as nossas primícias e voltemos a dar fruto! Temos como único Rei o Rei de todos os reis, que é nosso Senhor e nosso Deus; a Ele servimos, esperamos impacientemente acolhê-lo em todos os momentos fazendo o bem e desejamos ardentemente a sua vinda (cf 1Cor 15,23; Mt 24,3). Rezamos para ser protegidos, e não só para isso, mas também para estar bem preparados e prevenidos para o tempo das provações, que o Senhor não deixará de nos enviar, porque somos soldados de Cristo, devendo por isso morrer com alegria por Nosso Senhor e, nas palavras do Evangelho, não temer os que matam o corpo, mas os que podem roubar-nos a alma (cf Mt 10,28). Meus filhos, como diz o divino apóstolo, «o tempo é breve» (1Cor 7, 29); e, se o era então, é-o ainda mais agora, porque está a chegar ao fim. Por isso, «hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens», como está escrito, toda a vida, desde a fundação do mundo, ressuscitará, e os justos e os santos serão tornados perfeitos, seja pelo martírio, seja por uma vida reta, e irão ao seu encontro com uma alegria inexprimível, para serem coroados e dançarem sem fim no Céu. Que sejais julgados dignos de acolher com boa esperança o fim último (cf Mt 13,39.40.43), quer individual, quer universal, em Cristo Jesus, nosso Senhor, a quem seja dada glória e poder com o Pai e o Espírito Santo, agora e para sempre, e pelos séculos dos séculos. Amém.