Evangelho segundo São Marcos 13,24-32.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade;
as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas.
Então, hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória.
Ele mandará os anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da Terra à extremidade do céu.
Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o verão está próximo.
Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.
Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão.
Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai».
Tradução litúrgica da Bíblia
(759-826)
Monge de Constantinopla
Catequese 30
Quando vier o Filho de Deus...
Meus filhos e irmãos, vinde, adoremos a Cristo, nosso Rei, prostremo-nos diante dele (cf Sl 94,6), ofereçamos de novo as nossas primícias e voltemos a dar fruto! Temos como único Rei o Rei de todos os reis, que é nosso Senhor e nosso Deus; a Ele servimos, esperamos impacientemente acolhê-lo em todos os momentos fazendo o bem e desejamos ardentemente a sua vinda (cf 1Cor 15,23; Mt 24,3).
Rezamos para ser protegidos, e não só para isso, mas também para estar bem preparados e prevenidos para o tempo das provações, que o Senhor não deixará de nos enviar, porque somos soldados de Cristo, devendo por isso morrer com alegria por Nosso Senhor e, nas palavras do Evangelho, não temer os que matam o corpo, mas os que podem roubar-nos a alma (cf Mt 10,28).
Meus filhos, como diz o divino apóstolo, «o tempo é breve» (1Cor 7, 29); e, se o era então, é-o ainda mais agora, porque está a chegar ao fim. Por isso, «hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens», como está escrito, toda a vida, desde a fundação do mundo, ressuscitará, e os justos e os santos serão tornados perfeitos, seja pelo martírio, seja por uma vida reta, e irão ao seu encontro com uma alegria inexprimível, para serem coroados e dançarem sem fim no Céu.
Que sejais julgados dignos de acolher com boa esperança o fim último (cf Mt 13,39.40.43), quer individual, quer universal, em Cristo Jesus, nosso Senhor, a quem seja dada glória e poder com o Pai e o Espírito Santo, agora e para sempre, e pelos séculos dos séculos. Amém.
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