discípula de Santa Juliana Falconieri,
terceira das Servitas de Maria,
cujas mortificações eram extraordinárias.
Veio ela ao mundo no ano 1301, numa das primeiras famílias de Florença. Nem bem sua razão começou a desabrochar, e já o seu maior prazer consistia em ouvir a narrativa dos mistérios da fé cristã, e em conversar sobre eles. Uma terna piedade lhe abrasava o coração.
A Santa Virgem merecia-lhe particular devoção; honrou-a desde os mais ternos anos; todos os dias entoava-lhe louvores e dirigia-lhe fervorosas preces. Tendo Joana chegado ao conhecimento, de maneira sobrenatural, de que a sua governanta, chamada Felícia Tónia, morreria dentro de pouco tempo, preveniu a moça, e esta, submetendo-se resignadamente à vontade de Deus, se ocupou em procurar uma pessoa prudente capaz de substituí-la junto à aluna. Nessa intenção indicou a ilustre Santa Juliana Falconieri. Muito repugnava aos pais de Joana a ideia de fazê-la ingressar num estabelecimento religioso, pois era a única filha do casal, e já cogitavam dá-la em casamento a um jovem florentino de classe igualmente elevada. Porém, quando a menina lhes contou que já escolhera Jesus Cristo para esposo, não ousaram opor-se ao desejo por ela manifestado.