quinta-feira, 9 de novembro de 2017

REFLETINDO A PALAVRA - “Aprendei da figueira”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
Aprendendo a viver
               No final do Ano Litúrgico e início do novo, ouvimos as palavras de Jesus sobre a vigilância. Ele não quer dar espetáculo com o fim do mundo. Jesus usa um gênero literário chamado apocalíptico. O povo compreendia. As pessoas agora leem tais ameaças como um perigo. Mas é o belo tempo da colheita porque os frutos do Reino estão maduros. As primeiras gerações dos cristãos esperavam a vinda de Cristo que se daria ainda em sua vida, como lemos também em S. Paulo quando fala da ressurreição: “Os que estiverem vivos serão elevados nos ares ...” (1Ts 4,17). Ver os sinais dos tempos é ver que o Reino se estabelece e dá frutos. Conhecemos a vida do Reino pelos bons frutos que já produziu no meio de nós. Sua força está presente e é como uma semente, como lemos na parábola do grão de mostarda pequenina que cresce. Seu crescimento é silencioso.  Ele não se identifica com nosso modo de pensar. Ele é uma força transformadora e não uma sociedade igual às outras como as religiões. É certo e temos que crer, que mesmo que os cristãos se reduzam a um insignificante grupinho, se eles estiverem a serviço do mundo, o Reino de Deus já é completo e realiza totalmente sua missão. Paulo VI já dizia estas palavras. Não medimos a força pelo número, mas pela densidade de sua vida. Mais que uma vinda num dia futuro, é sua vinda permanente no meio de nós. S. Agostinho dizia: “Tenho medo do Jesus que passa” e eu não dar atenção. Pela liturgia estamos sempre mostrando esta presença como Jesus mandou: “Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice anunciais a morte do Senhor até que Ele venha” (1Cr 11,26)
Colocar os inimigos a seus pés
               A carta aos Hebreus explica-nos que Jesus, “depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam colocados debaixo de seus pés” (Hb 10,12-13). A grandiosa vitória de Cristo é seu sacrifício de entrega total ao Pai que O ressuscita após a morte de cruz. Colocar aos pés não significa a dominação tipo opressora, mas de presença transformadora. Esta é a vigilância que Jesus nos ensina a viver. Estar atento à vinda gloriosa de Jesus não é temer por sua presença. Estar vigilantes é viver como nos ensinou, cultivando a caridade frutuosa. Pouco adianta ficar esperando. Quando Ele vier que nos encontre ocupados com seu Reino. Ele se torna presente quando implantamos Seu Reino no mundo. De um Deus que condena, passemos a um Deus amor que vem ao encontro dos filhos para levá-los a viver sua alegria: “Entra para a alegria de seu Senhor (Mt 25,31).
Graça de Vos servir
               Participar da vitória de Cristo e sujeitar o inimigo a seus pés é assumir com o mesmo amor com que Ele assumiu Sua vida. A vitória sobre o mundo é mudar o egoísmo em doação e a ganância em partilha de vida e de dons infundindo esperança nos corações. nfundindo esperança nos coraç enw. sumiu sua vida. a virtudes, brilhars: Vem, Senhor Jesus! É crescer na caridade como rezamos na Pós-Comunhão. Em cada Eucaristia Ele se torna presente como “Aquele que Vem”, pois dizemos: “Vem, Senhor Jesus!” O mundo não terminará como uma condenação do Universo, mas a restauração da criação e do ser humana como nos escreve Daniel: “Os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como estrelas por toda eternidade” (Dn 12,3).

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