quinta-feira, 31 de março de 2016

UM DIA COM MEU AMIGO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
  • O dia mais AGRADAVEL: Foi quando te conheci
  • O dia mais ESTÚPIDO: Foi quando brigamos
  • O dia mais EMOCIONANTE: Foi quando me contaste a tua dor
  • O dia mais TRISTE: Foi quando te vi chorar.
  • O dia mais ALENTADOR: Foi quando me abraçaste
  • O dia mais COMPRIDO: Foi quando não te vi
  • O dia mais DIVERTIDO: Foi quando me descontraíste
  • O dia mais CONFORTANTE: Foi quando sorriste para mim.
  • O dia mais PREOCUPANTE: Foi quando adoeceste.
  • O dia mais ALEGRE: Foi quando te recuperaste.
  • O dia mais DESESPERADOR: Foi quando não te vi desesperado.
  • O dia mais RELAXANTE: Foi quando trabalhamos juntos
  • O dia mais ESPIRITUAL: Foi quando rezamos juntos
  • O dia mais DESENCONTRADO foi quando não sabia onde estavas
  • O dia mais CANSATIVO foi quando trabalhei sem ti
  • O dia mais ANGUSTIANTE foi quando te ocultei algo
  • O dia mais FELIZ: foi quando me chamaste "meu amigo".
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31 DE MARÇO - PROFETA AMÓS ,PASTOR DE OVELHAS

Amós é um dos profetas do Antigo Testamento. Nasceu em Técua, perto de Belém, numa região desértica, mas propicia para a criação de ovelhas. Era pastor e cultivador de sicômoros, até ser chamado para profetizar. Ama a simplicidade, odeia o luxo, é independente. Seu linguajar reflete a sobriedade em que vivia. O livro que escreveu está cheio de imagens da vida campestre que levava: a carroça que atola sob o peso dos feixes de trigo; a caça aos pássaros com a arapuca; o pastor que tira a presa da boca do leão; a serpente escondida nas gretas do assoalho; a torrente que jorra, etc. Denuncia as injustiças e ameaça os injustos com os castigos divinos: Escutai, vós que esmagais o pobre e quereis exterminar os humildes do país... Mas convoca para a conversão: Procurai o bem, e não o mal, para que possais viver... e apela para a misericórdia divina. - Vale a pena ler o pequeno livro das profecias de Amós. Serve para nós também. 
- Vai profetizar, é o apelo que todos recebemos!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Temos crédito junto de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
596. Deus acredita em nós.
            Deus acredita em nós? Como? Temos crédito junto de Deus, pois, ao nos criar, deu todos os créditos possíveis. Ele nos criou e sabe muito bem do que somos capazes. Tem “confiança” de que somos capazes de construir a vida por nós mesmos, que somos capazes de viver em união aos outros, que somos capazes de viver também a vida espiritual como caminho normal e acessível. Vivemos intensamente seguros, pois temos crédito junto de Deus. A liberdade que nos deu capacita-nos organizar a vida, mesmo em desarmonia com Ele, sem perder o crédito. Deus sempre confiou na criatura humana e acredita, se pudermos dizer assim, que tudo irá bem. Deus corre o risco conosco. Ele está sempre feliz com seus filhos, pois filhos são sempre uma esperança. A desilusão do pecado, do erro recai sobre nós, não sobre Ele. Sempre está dar um passo em nossa direção e estende sua mão. Contemplando as pessoas e a natureza, nós observamos como se desenvolvem. De pequenas sementes, de pequenas células surgem maravilhas. Não queiramos pensar que Deus fica monitorando e controlando tudo, a nós e as coisas. O crédito que temos supera nossas potencialidades. Este crédito podemos vê-lo na beleza de uma criança, numa flor, em um jovem, num pássaro etc... e não acreditar neste Deus, é incompreensível. Só a liberdade de não crer pode explicar. A realidade humana é cheia de riquezas que se multiplicam. Temos tantas potencialidades. Quem vê um garoto indo para a escola em seu primeiro dia, e vê-lo depois com grandes empreendimentos, é muito bonito. Que crédito de vida! É muito humano e por isso, muito divino.
597. Crédito humano
            Tanto maiores serão as pessoas, quanto mais confiança depositarmos nelas. Há muitos princípios e práticas de educação que formaram os homens e mulheres que criaram e fizeram crescer o mundo. Conhecemos a atitude fundamental de Jesus para com seus discípulos: teve confiança neles. Acreditou neles. Deixou que crescessem. Pensemos em Deus que se encarnou e realizou uma obra de redenção que iria mudar o universo. Era uma obra de Deus. Colocou tudo nas mãos de poucos homens que além de frágeis estavam entre os últimos. Foram capazes de construir as bases do Reino neste mundo. Jesus simplesmente disse: “Ide pelo mundo afora e fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28,19). Porque acreditou neles, puderam realizar uma obra que supera os séculos. Seu crédito de confiança permitiu o êxito. Jesus acreditou profundamente no potencial espiritual e humano das pessoas. Mesmo depois do erro, continua acreditando. Ele diz a Pedro: “Tu, quando te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22,32). Nós confiamos, e bem o fazemos, nas pessoas. Entregamos nosso corpo ao cirurgião; entramos em um avião, em um carro, comemos o que nos oferecem. Acreditamos nas pessoas. O crédito que damos aos outros faz o mundo.
598. Formar acreditando

            No processo de formação há uma grande necessidade de creditar em favor das pessoas. Falamos de conflitos de gerações. Existem. Não será o caso de examinarmos esta questão do ponto de vista da confiança que damos aos jovens de construir o mundo à altura deles, e não repetir o nosso que foi tão bom? Os filhos não são mais nossos bebezinhos. Tanto confiamos que acolhemos quando erram, restituindo a confiança em si mesmos? Esquecemos que fomos jovens e quisemos construir nossa vida. Mesmo as Igrejas não tem confiança nos seus fieis, não os formando para a liberdade. Só esta nos faz adultos. A formação leva-nos a acreditar em nós mesmos. Temos um crédito junto de Deus. Isso vale.

EVANGELHO DO DIA 31 DE MARÇO

Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48.
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como  tinham reconhecido Jesus ao partir do pão.Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?». Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermões sobre os temas do dia 
«A paz esteja convosco»
O coração de cada cristão deve representar a Igreja Católica, dado que o próprio Espírito faz de toda a Igreja, e de cada um dos seus membros, Templo de Deus (1Cor 3,16). Assim como opera a unidade na Igreja que, entregue a si própria, se dividiria em numerosas parcelas, assim também o Espírito torna una a alma, apesar dos seus diversos gostos e das suas faculdades, das suas tendências contraditórias. Assim como dá a paz à multiplicidade das nações, que estão, por natureza, em discórdia umas com as outras, assim também submete a alma a uma gestão ordenada, estabelecendo a razão e a consciência como soberanas sobre os aspectos inferiores da nossa natureza. […] E tenhamos a certeza de que estas duas operações do nosso divino Consolador dependem uma da outra. Enquanto os cristãos não procurarem a unidade e a paz interiores no seu próprio coração, nunca a Igreja viverá em paz e unidade no seio deste mundo que a rodeia. E, de forma bastante semelhante, enquanto a Igreja se encontrar, por todo o mundo, no lamentável estado de desordem que constatamos, não haverá nenhum país específico – parte simples desta Igreja – que não se encontre necessariamente num estado de grande confusão religiosa. 
É algo em que faremos bem em meditar na hora presente, porque nos equilibrará as esperanças e nos dissipará as ilusões; não podemos esperar ter paz em nós se estivermos em guerra fora de nós.

S. Benjamim, diácono, mártir, +420

Evocamos hoje São Benjamim, diácono e mártir, vítima da perseguição aos cristãos, no início do século V. Apesar de tudo fazerem para que desistisse da fé, Benjamim permaneceu firme. Foi aprisionado duas vezes na cadeia, onde lhe aplicaram toda a espécie de torturas. Morreu firme na doutrina de Cristo. Isso foi no ano de 420.

S. Guido, Leigo, Peregrino, séc. X e XI

Guido viveu entre os séculos X e XI, e terá nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, ele já demonstrava o seu desapego dos bens terrenos, tanto que na juventude distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência. Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas, seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. Convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados. Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e da assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade. Depois da longa peregrinação incluindo a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado nesta cidade e a sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim com o passar do tempo foi erguida uma igreja a elededicada, para guardar suas relíquias. Com o passar dos séculos, a devoção a São Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal. A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.

Santa Balbina, virgem, mártir (+132)

Balbina era filha de Quirino (militar e tribuno). Converteu- se à fé cristã e foi batizada pelo papa Alexandre, jurando voto de virgindade. Por causa de sua riqueza e nobreza espirituais, muitos jovens a pediram em matrimônio, mas ela manteve seu voto incorruptível e livre de qualquer mácula. Estando gravemente enferma, o pai a levou ao Papa, que estava encarcerado, e ela foi curada. Em 132, mais provavelmente no dia 31 de Março, foi arrastada com o pai por ordem do imperador Adriano e, com barbaridade, cortaram- lhe a cabeça. Devido a sua bravura diante da morte e por ter morrido em nome da fé, foi elevada, pelos hagiógrafos, à categoria de mártir e santa, sendo- lhe dedicada uma Basílica Menor em Roma. Está sepultada, ao lado de seu pai, num antigo cemitério entre as vias Ápia e Ardeatina, o qual recebeu o seu nome.

Santo Amós, profeta

Amós (nome que em hebraico significa "levar" e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que significa Deus levou) foi um Profeta do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós. O terceiro dos chamados profetas menores era um vaqueiro e cultivador de sicómoros (7:14), um fruto comestível que se parece com o figo, cujas frutas devem ser arranhadas com a unha ou com um objeto de metal antes de amadurecerem para que fiquem doces. Vivia em Técua (Teqoa), nos limites do deserto de Judá (1:1), perto de Bet-Lehem, povoado situado a menos de 20 Km ao sul de Jerusalém. Aproximadamente em 760 AC, deixou sua vida tranquila e foi anunciar e denunciar no Reino de Israel Setentrional, durante o reinado de Jeroboão II (1:1). Nesse contexto, o luxo dos ricos insultava a miséria dos oprimidos e o esplendor do culto disfarçava a ausência de uma religião verdadeira. Amós denunciava essa situação com a rudeza simples e altiva e com a riqueza de imagens típica de um homem do campo. A palavra de Amós incomodava porque ele anunciava que o julgamento de Deus iria atingir não só as nações pagãs, mas também, e principalmente, o povo escolhido; este já se considerava salvo, mas na prática era pior do que os pagãos (1:3-2:16). Amós não se contentava em denunciar genericamente a injustiça social, ele denunciava especificamente: os ricos que acumulavam cada vez mais, para viverem em mansões e palácios (3:13-15; 6:1-7), criando um regime de opressão (3:10); as mulheres ricas que, para viverem no luxo, estimulavam seus maridos a explorar os fracos (4:1-3); os que roubavam e exploravam e depois iam ao santuário rezar, pagar dízimo, dar esmolas para aplacar a própria consciência (4:4-12; 5:21-27); os juízes que julgavam de acordo com o dinheiro que recebiam dos subornos (2:6-7; 4:1; 5:7.10-13); os comerciantes ladrões sem escrúpulo que deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e vender as mercadorias por preço justo (8:4-8)[3].

ACÁCIO AGATANGELO Bispo de Antioquia, Santo † 250

Santo Acácio, cognominado Agatângelo, isto é, bom Anjo, viveu como bispo de Antioquia quando Décio era imperador romano. Em Antioquia existiam muitos Marcionitas, que abandonaram a religião, quando oscatólicos guiados pelo bispo, ficaram firmes na fé. O próprio bispo, por motivos de religião, foi citado perante o tribunal de Marciano. Este lhe disse: "Tens a felicidade de viver sob a protecção das leis romanas. Convém, pois, que honres e veneres nossos príncipes, nossos defensores". Acácio respondeu-lhe: "Quem poderá ter nisso mais interesse que os cristãos, e por quem o imperador é mais amado, senão por eles? É a nossa oração constante, que tenha longa vida aqui no mundo, governe com justiça os povos e lhe seja conservada a paz; nós rezamos pela salvação dos soldados e de todas as classes do império".
Marciano: "Tudo isto é muito louvável, mas para dar ao imperador uma prova de submissão, vem comigo e oferece o sacrifício aos deuses". Acácio: "Já te disse que faço oração ao supremo Deus pelo imperador; este, porém, como criatura nenhuma, não poderá exigir de nós que lhe sacrifiquemos". Marciano: "Diz-me, pois, a que Deus adoras, para que possamos acompanhar-te em tuas orações". Acácio: "Oxalá o conheças!" Marciano: "Que nome tem ele?" Acácio: "É o Deus de Abraão, Isaac e Jacob" Marciano: "São deuses também?" Acácio: "Não são deuses, mas homens a quem Deus se comunicou. Há um só Deus a quem é devida toda a oração". Marciano: "Afinal, quem é esse Deus?" Acácio: "É o Altíssimo, que tem seu trono sobre Querubins e Serafins" Marciano: "Que coisa é Serafim?" Acácio: "Um mensageiro do altíssimo e príncipe dos mais distintos da corte  celestial". Marciano: "Deixa de contar-nos as tuas fantasias. Abandona aqueles seres invisíveis e adora aos deuses visíveis". Acácio: "Diz-me que deuses são" Marciano: "É Apolo, o salvador dos homens, que nos defende contra a peste e a fome, que ilumina e governa o mundo" Acácio: "Eu adorar a Apolo, que não pode salvar-se a si mesmo; a Apolo, cujas paixões inconfessáveis são conhecidas por Dafne e Narciso; a Apolo que, como um companheiro de Neptuno, trabalhou como pedreiro, para ganhar pão; eu adorar a Apolo? Pelo mesmo motivo podia queimar incenso a Esculápio, vítima do assassino Júpiter, à lúbrica Vénus e a outros aventureiros do vosso culto. Isto eu nunca farei, embora custe a minha vida. Como poderia adorar divindades, cuja imitação é uma vergonha e cujos imitadores são punidos pela lei?" Marciano: "Sei que vós cristãos, injuriais os nossos deuses. Por isso eu te ordeno que me acompanhes ao banquete, que será dado em homenagem a Júpiter e Juno" Acácio: "Poderia eu adorar um homem, cujo túmulo ainda existe na ilha de Creta? Por acaso ressuscitou?" Marciano: "Basta de palavras: escolhe entre o sacrifício ou a morte" Acácio: "Esta é a linguagem dos salteadores na Dalmácia: a bolsa ou a vida! Nada. Nada receio; se fosse eu um adúltero, salteador ou ladrão, eu mesmo me julgaria; se, porém, me condenam por ter adorado a Deus vivo e verdadeira, a injustiça está ao lado do juiz". Marciano: "Tenho ordem de obrigar-te ao sacrifício ou punir tua desobediência" Acácio: "Ordem minha é não negar a Deus; devo obedecer Deus poderoso e eterno que disse que negará perante seu Pai àquele que negar diante dos homens" Marciano: "Estás confessando o erro da tua seita, em dizer que Deus tem um filho". Acácio: "Sem dúvida, que tem". Marciano: "Quem é este Filho de Deus?" Acácio: "A palavra da verdade e da graça". Marciano: "Este é seu nome?" Acácio: "Não me perguntes pelo seu nome, mas quem era" Marciano: "Qual é pois seu nome?" Acácio: "Jesus Cristo". Marciano: "De que esposa Deus teve este filho?" Acácio: "Deus tem seu filho, não de maneira humana, gerado de mulher; pois o primeiro homem foi criado por suas mãos. De limo da terra formou o corpo humano e deu-lhe um espírito. O Filho de Deus, o Verbo da Verdade, saiu do coração de Deus, como está escrito: meu coração produziu boa palavra". (S. 44,1).
Marciano insistiu que sacrificasse aos deuses e imitasse os exemplos dos Montanitas, dando assim um bom exemplo de obediência. Acácio, porém, respondeu: "O povo obedece a Deus e não a mim" Marciano: "Diz-me os nomes daqueles que compõem o teu povo" Acácio: "Estão escritos no livro da vida" Marciano: "Onde estão os feiticeiros teus companheiros e pregadores de nova doutrina?" Acácio: "Ninguém condena a feitiçaria mais do que nós a condenamos" Marciano: "Esta nova religião, que introduzis, é feitiçaria" Acácio: "É feitiçaria atirar ao chão ídolos feitos por mão humana? Nós temos medo só daquele, que é Senhor do Universo, que nos ama como um Pai, que como Pastor misericordioso, nos salvou da morte e do inferno". Marciano: "Diz-me os nomes que te pedi, se quiseres poupar-te dos tormentos". Acácio: "Aqui estou diante do tribunal. Desejas saber o meu nome e dos meus companheiros. Como vencerás os outros, se eu sozinho te envergonho? Pois seja feita a tua vontade. Eu me chamo Acácio, ou Agatangelo, e com este nome sou mais conhecido. Meus companheiros são Piso, bispo de Tróia e o sacerdote Menandro. Agora faz o que entenderes" Marciano: "Hás de ficar preso, até que o imperador tenha tomado conhecimento do teu processo".
Décio ficou comovido pela leitura das actas e concedeu a Acácio plena liberdade no exercício da religião. Ignora-se a data da morte do Santo. Os gregos, egípcios e todas as Igrejas do Oriente celebram-lhe a festa no dia 31 de março.
http://alexandrina.balasar.free.fr/acacio_agatangelo.htm

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
31 – Quinta-feira – Santos Balbina, Benjamim, Cornélia 
Evangelho (Lc 24,35-48) Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho.” 
Lucas passa-nos uma certeza: Jesus está vivo entre nós. Não é uma ideia, um espírito, um fantasma, um morto. Num modo novo de ser, ele é o mesmo Jesus de antes, tão real, ou mais real que nós, vivo, atuante e poderoso. Não nos deixou, não foi para algum lugar. Está sempre ao lado de cada um, ou melhor está unido a cada um de nós, para nos reunir em fraternidade e guiar para a vida. 
Oração
Senhor Jesus, é nisso que acredito, essa é minha certeza e minha esperança. Isso colocastes em meu coração, essa a fé que sustenta minha vida, e me faz vencer todas as dificuldades. Como vossos primeiros discípulos, posso viver na alegria, fazendo de toda a minha vida um sacrifício de louvor e de agradecimento à Trindade. Jesus, porque estais comigo, quero ser salvação para todos. Amém.

quarta-feira, 30 de março de 2016

CRER SEM VER

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Um professor estava dando uma aula sobre Ciências e Ética aos seus jovens alunos. Lá pelas tantas afirmou que, tudo aquilo que não pode ser visto, não existe. E provou com exemplos:
- "Vocês sabem por que não se pode ver um disco voador no céu?"É porque não existe! Outro exemplo: Vocês sabem por que Deus não existe? 
Ninguém respondeu. Ele mesmo respondeu: 
- Eu nunca vi. Portanto Deus não existe. 
Silêncio na sala. Um rapaz corajoso levantou a mão e disse em tom jocoso: 
- Professor, desculpe o que vou dizer: Eu nunca vi sua inteligência. Portanto ela não existe!" 
Não vamos comentar o que aconteceu naquela sala. Resumindo, o professor era muito humilde para que tudo terminasse em paz, tanto da parte dele como dos alunos. 
Reflexão: "Para quem crê não há perguntas. Para quem não crê, não há respostas." Para quem tem fé, não é preciso provar. Para quem não tem fé, não adianta querer provar.
http://www.boletimpadrepelagio.org/

30 DE MARÇO - APRENDEU NA SOLIDÃO A TRATAR COM O POVO

Certa tarde silenciosa alguém bateu à porta do vetusto mosteiro do Monte Sinai. Era um rapaz de nome João Clímaco (+649) que vinha pedir um cantinho para se aprofundar em Deus na solidão. Permaneceu uns três anos nesse mosteiro.Queria, porém, mergulhar mais no silêncio. Por isso instalou-se numa gruta como eremita, onde passou quarenta anos. A fama de santidade correu mundo e ele se viu cercado de multidões que vinham buscar conselho e orientação. Pregava e testemunhava. Quando morreu o abade do mosteiro de Monte Sinai, os monges foram buscá-lo no deserto para ser o seu abade. Teve que aceitar, embora a contragosto. Lá escreveu o famoso livro “Escada do paraíso”, que tornou-se leitura obrigatória em todos os mosteiros do Oriente e do Ocidente. Consta de 30 capítulos ou degraus que o fiel tem de escalar para chegar à perfeição. Foi mestre da oração da tranqüilidade, a Hesiquia, tão viva na espiritualidade oriental.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Igreja de Deus na terra”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Sacramento de pedra
            No dia 9 de novembro temos uma celebração diferente. É festa da Dedicação da Basílica de S. João de Latrão. Trata-se da primeira igreja construída em Roma, dizemos a primeira de toda a Igreja, pois é chamada “Mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo”. É a catedral do Papa. Qual é o sentido de celebrar uma igreja? Não celebramos a igreja, mas a Igreja que aí se reúne, a comunidade. É a inauguração da vida da comunidade. Sendo de Roma, tem um sentido mais amplo, todo o povo de Deus. Como celebrar festa de um “templo”, quando Jesus diz que devemos prestar culto em espírito e verdade? (Jo 4,23). Cristo é o novo templo no qual adoramos o Pai. Ele é o altar de onde sai o rio de Água Viva como narra João (Ap 22 1-2). De Ezequiel (Ez 47,1-12) tomamos a imagem do rio que nascia da parte subterrânea do templo cujas águas se avolumam sempre mais e, quando entram no Mar Morto (onde não há vida), purifica suas águas dando possibilidade de animais e peixes em abundância. É fecundo, pois em suas margens crescem árvores frutíferas que são alimento e remédio. A simbologia do templo de pedra lembra que de Cristo, na comunidade reunida, recebemos vida, cura dos males espirituais e corporais. Indica igualmente a missão da comunidade: dar vida ao mundo. Jesus anunciou que destruiria o templo e em três dias o reergueria (Jo 2,19). “Ele falava do templo de seu corpo”  (Jo 2,21). Cristo abre o novo templo e cada cristão é “templo do Espírito Santo” (1Cor 6,19).
Povo, templo de Deus
            Por que celebrar esta festa? Na realidade celebramos toda a comunidade da Igreja que tem nesta Basílica um símbolo importante. Não celebramos pedras, mas povo de Deus. A pedra e o tijolo são sinais da comunidade reunida, como nos escreve S. Pedro: “Como pedras vivas, constituí-vos em um edifício espiritual” (1Pd 2,5). A oração da coleta reza: “Ó Deus que chamastes a Igreja vosso povo, concedei aos que se reúnem em vosso nome temer-vos, amar-vos e seguir-vos...” (oração da missa). Deus é quem constrói este povo. S. Paulo escreve: “Sois construção de Deus... cada uma veja como está construindo. Ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que está aí já colocado: Jesus Cristo... O santuário de Deus é santo e vós sois esse santuário” (1Cor 3,9-11.17). A diferença de todos os outros templos é o fato de cada um fundar-se em Cristo. Somos edificados em Cristo.
Purificando o templo
            Jesus entrou no templo e fez uma purificação significativa. Era lugar de comércio, exploração e roubo. Vamos nos voltar para o momento atual e pensar o que Jesus faria em nossas igrejas, no templo que é o povo de Deus e no templo do Espírito que é cada um de nós. Não precisamos ir longe, basta ver o que criticava no templo do qual zelava tão bem. Criticava a exterioridade, a exploração do sentimento do povo, a religião sem justiça e amor, o uso do templo para fins estranhos como a vaidade, o orgulho e o comércio explorador.  Não aceitava na religião o comércio da fé. Não aceitava também a humilhação dos pobres, templos de Deus, considerando feito a Ele, o que se fizesse ao um pequenino (Mt 25,40). O mandamento do amor é a chave de todo o respeito ao templo de pedra, do povo e de cada um. Esta festa convida-nos a nos voltarmos ao Cristo, novo templo.

EVANGELHO DO DIA 30 DE MARÇO

Evangelho segundo S. Lucas 24,13-35.
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?» Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?» Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa 
Para 6 de Janeiro de 1941 
Pôs-Se com eles a caminho
O próprio Salvador, que a Palavra da Escritura coloca diante dos nossos olhos na sua humanidade, mostrando-no-Lo em todos os caminhos que percorreu nesta terra, habita entre nós escondido sob as aparências do pão eucarístico, vem todos os dias até nós como Pão da Vida. Nestes dois aspectos, torna-Se próximo de nós e sob estes dois aspectos deseja que O procuremos e O encontremos. Um chama o outro. Quando vemos o Salvador diante de nós com os olhos da fé, tal como a Escritura no-Lo retrata, aumenta o nosso desejo de O acolher em nós no Pão da Vida. Por sua vez, o pão eucarístico aviva o nosso desejo de conhecer o Senhor sempre com maior profundidade, a partir da Palavra da Escritura, e dá forças ao nosso espírito, com vista a uma melhor compreensão. 

São Jonas de Hubaham e São Barachisius

SÃO JONAS
No 18º ano de seu reinado o Rei Sarraceno Shapur II começou uma violenta perseguição aos cristãos na Pérsia. Ele colocou na prisão dois monges irmãos da cidade de Beth-Asa e decidiu visitá-lo se confortá-los nas ultimas horas de seus terríveis tormentos e morte. Os dois monges foram levados a julgamento e o juiz disse a eles que eles deviam venerar o Rei da Pérsia e também o sol , a lua, o fogo e a água. Eles responderam que somente um tolo veneraria um mortal em vez de um imortal Rei dos Céus. Barachisius foi colocado em um calabouço muito pequeno. E Jonas ficou preso. Quando ele continuou recusando a oferecer sacrifícios aos deuses,as torturas começaram. Ele apanhou com bastões e enfiaram um bastão pontudo em seu umbigo e ele ainda cantava hinos de louvor a Jesus. Foi colocado em um lago gelado e deixado para morrer. Algum tempo depois Shapur mandou trazer Barachisius e disse a ele como seu irmão havia sido morto. O mártir disse que isto era impossível e que Jonas estava vivo, e falou tanto sobre o poder da Santíssima Trindade que todos ficaram perplexos. 
Barachisius foi torturado com ferros em fogo e martelos foram colocados debaixo de seus braços foi dito: se você deixar qualquer um deles cair, você estará renegando a Cristo. Bateram muito nele, mas os seus braços, milagrosamente, não deixaram os martelos caírem. Eles inventaram novas torturas: Chumbo derretido foi derramado em suas narinas e olhos e foi jogado em uma cela pendurado por um dos pés. Na manhã seguinte eles encontraram, (como havia previsto Barachisius), Jonas ainda vivo e tentaram minar a sua fé dizendo que seu irmão tinha renegado a Cristo. O mártir interrompendo disse: “Eu sei que há muito tempo ele renegou o demônio. Se vocês são inteligentes sabem que é melhor semear o milho que guardá-lo para perder. Minha vida é como uma semente e reviverá novamente após a morte, por Jesus Cristo”. Em seguida os dois santos forma barbaramente torturados, cortaram suas línguas, dedos, retiraram seus escalpos e queimaram com óleo fervendo e o corpo de Jonas foi colocado em uma prensa de uvas e prensado até a morte. Mesmo após sua morte eles continuaram. Serraram seu corpo em vários pedaços e jogaram dentro de uma cisterna seca e colocaram guardas para evitar que outros cristãos levassem suas relíquias. Barachisius foi tratado com igual brutalidade. Centenas de farpas foram colocadas em sua pele e ele foi rolado no chão de modo que todas penetrassem em sua carne. Lá pelas tantas o juiz perguntou se ele ainda estava vivo. Barachisius respondeu “Deus, o criador deste corpo, o restaurará e será seu juiz e seu rei”. Em seguida eles o mataram derramando uma espécie de piche quente (usado para selar as madeiras dos navios da época) em sua garganta. Algum tempo após morte deles, Abtusciatus, um velho amigo, comprou seus corpos por 500 drachmas e três vestidos de seda. Ele os enterrou em um local que somente alguns cristãos conheciam e veneravam suas relíquias. Os atos de seu martírio são autênticos e foram escritos em originalmente escritos em Chaldaic. Sua festa é celebrada no dia 29 de março. Nos anos bisextos a festa de São Barachisius é comemorada no dia 29 de fevereiro.

S. Leonardo Murialdo, confessor, +1900

Nasceu em 1828 em Turim - Itália, numa família burguesa. Conheceu cedo a riqueza que a vida de oração, de sacrifício e de caridade pode proporcionar para o amadurecimento humano, e também o discernimento em todas as coisas. Foi uma pessoa muita atenta aos sinais dos tempos e sensível à opressão dos mais pobres. E foi assim que ele discerniu e quis ser um padre para os pobres. Leonardo voltou-se para as classes mais desprezadas, a que realiza os trabalhos simples. Até criou um jornal chamado 'A voz dos operários'. De fato, tinha uma fé solidária. Ele foi sinal de esperança para Igreja e para a sociedade. O santo de hoje foi ponte para que muitos se encontrassem com Cristo no mistério da cruz e do sofrimento. Ele se consumiu na evangelização, na caridade, na promoção humana, falecendo no ano de 1900. Peçamos sua intercessão para que sejamos sinais de esperança na Igreja e no Mundo.

S. João Clímaco, religioso, +649

A história do santo de hoje está intimamente ligada com o Monte Sinai, citado na Bíblia, isso porque São João Clímaco foi um dos inúmeros homens que buscaram nos mosteiros do Monte Sinai, o ideal da Santidade. Nasceu na Palestina em 579, e recebeu dos pais exemplar formação literária e cristã. João Clímaco, para começar a rica experiência, renunciou livremente aos bens familiares e a uma próspera vida religiosa, para entrar na linda família monástica. Inicialmente, colocou-se na direção espiritual de martírio, depois, perto da cela de um outro eremita, prosseguiu seu caminho de oração, jejum, estudos, trabalhos e principalmente silêncio. Por meio dos jejuns e mortificações, este santo conseguia, em Cristo, vencer o demônio e viver com os outros irmãos, com os quais se encontrava aos sábados e domingos. Do conjunto de mosteiros e celas que povoavam o Sinai, São João, que era muito respeitado pela santidade e conhecimento da doutrina, foi eleito abade geral, até entrar na Vida Eterna no ano de 649.www.cancaonova.com

Santa Irene, virgem (séc. IX)

Santa Iria ou Irene é uma mártir lendária da cidade de Nabância (próxima da moderna Tomar). Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio. Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria. Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus. Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no corpo sinais de prenhez. Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos. Lançado ao rio, o corpo da mártir ficou depositado entre as areias do Teja, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
30 – Quarta-feira – Santos Régulo, Donino, João Clímaco 
Evangelho (Lc 24,13-35) ”... voltaram a Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E eles diziam: − o Senhor ressuscitou verdadeiramente  e apareceu a Simão!” 
Os dois discípulos, desanimados e desiludidos, foram alcançados por Jesus, ouviram o que lhes dizia, e tiveram certeza que ele estava vivo. Não tinha sido vencido, mas era o Salvador prometido. Não queriam essa certeza só para si, e correram a partilhá-la com os irmãos. Juntos, na maior alegria, anunciavam a certeza que ia mudar o mundo: verdadeiramente o Senhor venceu a morte!
Oração
Senhor Jesus, o testemunho dos Onze e daqueles homens e mulheres continuou através do tempo e chegou até mim: o Senhor ressuscitou verdadeiramente! Viestes ao meu encontro, abristes meus olhos pela fé, e eu acreditei. E apostei toda a minha vida em vós, em vossas palavras e promessas. Creio que estais vivo, e essa é a certeza que me anima a deixar tudo e a enfrentar tudo por vós. Amém.

terça-feira, 29 de março de 2016

QUEM É QUE GOSTA DE MIM?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Certa vez um pescador pescou um salmão. Quando viu seu extraordinário tamanho, exclamou: 
-"Que peixe maravilhoso! Vou levá-lo ao Barão! Ele adora salmão fresco." 
O pobre peixe consolou-se, pensando: 
-"Posso ter alguma esperança. Alguém ainda gosta de mim". 
O pescador levou o peixe para a mansão do barão, e o guarda na entrada perguntou: 
-"O que tem aí?"
-"Um salmão", respondeu o pescador, orgulhoso. 
-"Ótimo", disse o guarda. "O Barão gosta de salmão fresco." 
O peixe deduziu que havia motivos para ter esperança. O pescador entrou no palácio. Embora o peixe mal pudesse respirar, ainda estava otimista. Afinal, o Barão gosta de salmão, pensou ele. O peixe foi levado para a cozinha, e todos os cozinheiros comentaram o quanto o Barão gostava de salmão. O peixe foi colocado sobre a mesa e quando o Barão entrou, ordenou: 
-"Cortem fora a cauda, a cabeça, e abram o salmão." 
Com seu último sopro de vida, o peixe gritou desesperado: 
- "Por que você mente assim? Se realmente gosta de mim, cuide de mim, deixe-me viver. Você não gosta de salmão, gosta de você mesmo!"
http://www.boletimpadrepelagio.org/

29 DE MARÇO – ENCANTAVA-SE COM O CANTO DOS SALMOS

Santo Eustásio de Luxeuil viveu no século III. Quando jovem, gostava de freqüentar um mosteiro, dirigido por São Columbano, e se extasiava com o canto melodioso dos salmos. Columbano observou o jeito daquele rapaz piedoso e perguntou-lhe um dia: 
- Como te chamas? 
- Eustásio, senhor abade. 
- Eu acho que Deus está te chamando para seguir seus caminhos. 
- Como posso sabê-lo? 
- Vem comigo. Vou ensinar-te aquilo que sei. 
Eustásio deixou sua casa e tornou-se discípulo de São Columbano. Ao morrer, Columbano pediu-lhe que continuasse o seu trabalho entre os monges. Fundou vários mosteiros, restaurou a disciplina em alguns e desmanchou intrigas em outros. Chegou a congregar cerca de seis mil monges nos diversos mosteiros construídos ao redor. Instituiu o "louvor perene": Os monges se revezavam dia e noite diante do Ssmo. Sacramento. Eustásio se preocupou não só com seus monges, mas também com o povo abandonado. Saiu pelo mundo como missionário ardente e impetuoso, evangelizando muitas regiões.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “A força que habita em nós”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
793. Deus é nossa força
As virtudes humanas que temos, e nos fazem viver com intensidade, são reflexos da força espiritual de Deus. Não pensemos em religião como uma teoria espiritual, um partido político com “cheiro” de Deus. Quando se diz que todas as religiões são boas, se está querendo dizer que tudo o que é de Deus é bom e que o humano é o campo fértil para se desenvolverem os dons de Deus. O necessário é purificar a religião de interesses mesquinhos e ideologias interesseiras ou supersticiosas. Deste modo se chegará à unidade que está em Deus. Refletimos hoje a virtude da fortaleza. Ela nos dá a capacidade de viver o amor pela fé e sustenta nas lutas pelo bem. É a capacidade de estar preparado para responder a situações novas. Ela mobiliza energias para o bem. Deus é nossa força (Ex 15,2), por isso temos Nele nossa fortaleza.  Esta é a força que cada um tem e sua fortaleza no embate de todas as dificuldades. Todo homem e mulher têm uma resistência que supera a compreensão humana. Esta fortaleza vem de Deus e encontra na pessoa a correspondente vontade de vencer. Toda fortaleza vem da força de Deus. Contemplamos a história: quanta luta e força de ânimo as pessoas tiveram para conduzir sua vida, seu povo, no meio das maiores dificuldades e nas mínimas condições! Imaginemos o que foi a vida de nossos antepassados próximos e aqueles de milênios atrás. A história do mundo não pode ser feita a partir dos grandes, mas dos pequenos fortes. O salmo reza: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei? (Sl 27,1). O Senhor é a força do seu povo; ele é a fortaleza salvadora para o seu ungido” (Sl 28,8). O próprio Jesus dá este testemunho da presença de Deus que age Nele e o faz forte até o último instante. Esta força Ele a transmite aos seus como nome de graça.
795. Além das próprias forças.
            A fortaleza vem de Deus, mas acontece em pessoas concretas e frágeis. Contemplamos as pessoas humildes: Como são capazes de passar por maiores dificuldades e vencer! Vemos nossos pais! Que fortaleza! Podemos dizer que rolaram o mundo na unha! A fortaleza com que resistiram os mártires da fé, da justiça e da verdade é um testemunho claro desta fortaleza de Deus que invade os homens. Foram além das condições humanas. Deus não deixa os fracos à mercê da maldade humana. A pessoa humana é bonita demais. Estas condições existem porque foram capazes de pensar divino. No momento atual, os heróis são fabricados, tanto no físico, como na força, como na beleza. Essa beleza passa. O que permanece é a rica face de Deus estampada no rosto carcomido pelo tempo, roído pela doença, murcho pela dor suportada com serenidade. Isso sim é que é herói! O mundo seria diferente se fossem eles a dar as leis. A fortaleza no trabalho pesado, na vida cotidiana de levar adiante uma família arrebentada, no meio da violência e dos vícios é maior beleza. Com os olhos de Deus, podemos ver estes esplendores.
796. Treinar a perseverar

            As virtudes exigem o exercício. São dons a serem desenvolvidos. Deus dá a graça, mas a natureza tem que corresponder. Esta correspondência exige treinamento permanente de perseverança. Ninguém se faz atleta só por um exercício. Requer tempo e perseverança nos mesmos exercícios. Deus dá a graça, mas a perseverança tem que ser pedida e treinada. Torna-se difícil vencer nas dificuldades se não nos esforçamos pelo exercício das virtudes para conseguir uma prática estável. Não podemos desanimar no primeiro insucesso, na primeira dificuldade. Fortalecer-se é necessário para ter sempre a força.

EVANGELHO DO DIA 29 DE MARÇO

Evangelho segundo S. João 20,11-18.
Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus. Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?». Ela respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!». Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!». Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja 
Sobre a virgindade, 17-21 
«Vistes Aquele que a minha alma ama?» (Ct 3,3)
«Porque choras?» És tu a causa das tuas lágrimas, é por tua causa que choras. [...] Choras porque não acreditas em Cristo; acredita e vê-Lo-ás. Cristo nunca deixa de aparecer a quantos O procuram. «Porque choras?» Não é de lágrimas que precisas, mas de uma fé atenta e digna de Deus. Não penses nas coisas mortais e não chorarás. [...] Porque choras com aquilo que alegra os outros? 
«A quem procuras?» Não vês que Cristo é a força de Deus, que Cristo é a sabedoria de Deus, que Cristo é santidade, que Cristo é castidade, que Cristo é pureza, que Cristo nasceu de uma virgem, que Cristo é do Pai e está junto do Pai e está sempre no Pai; nascido mas não criado, nem caído, sempre amado, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro? «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram.» Enganas-te, mulher; pensas que Cristo foi levado do túmulo por outros e que não ressuscitou pelo seu próprio poder. Mas ninguém retira o poder a Deus, ninguém retira a sabedoria a Deus, ninguém Lhe retira a venerável castidade. Cristo não foi levado do túmulo de justiça e de intimidade da Virgem, nem do segredo da sua alma fiel; e, mesmo que haja quem queira apoderar-se dele, tal não é possível. 
Então Jesus disse-lhe: «Maria, olha para Mim.» Enquanto não acreditou, era «mulher»; quando começou a voltar-se para Ele, recebeu o nome de Maria, o nome daquela que deu Cristo à luz, porque é a alma que dá Cristo espiritualmente à luz. «Olha para Mim», disse Ele. Quem olha para Cristo corrige-se; é quando não vemos a Cristo que nos enganamos. E ela, voltando-se, disse: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!» Quem olha, volta-se; quem se volta, capta de forma mais completa; quem vê, progride. É por isso que ela chama Mestre Àquele que julgava estar morto: porque encontrou Aquele que julgava estar perdido.

S. José de Arimateia, séc. I

José de Arimateia era assim conhecido por ser de Arimateia, cidade da Judeia. Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. De acordo com o Evangelhos, era o dono do sepulcro onde Jesus, seu amigo, foi depositado, num horto a cerca de 30 metros do local da crucifixão e de onde ressuscitou três dias depois da morte. A tradição atribui também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido hoje como o Santo Sudário.

Santo Eustáquio (ou Eustásio), monge, +629

Santo Eustáquio viveu no fim do século VI. Tornou-se monge em Luxeuil, cujo mosteiro fora fundado e dirigido por São Columbano. Mas foi para a Suíça, onde fundou um mosteiro juntamente com Santo Columbano e São Gal. Mais tarde, quando o mosteiro de Luxeuil estava sendo ameaçado, São Eustáquio retornou para defendê-lo dos usurpadores. A partir de então, o abade Eustáquio dedicou-se a restaurar a disciplina monástica e foi defensor da regra de São Columbano. Criou no mosteiro um coro perpétuo que, ininterruptamente, cantava louvores a Deus. Com aproximadamente 60 anos faleceu em Luxeuil.
http://www.evangelhoquotidiano.org/

Beata Joana Maria de Maillé, viúva, +1414

Relutante em casar aos 16 anos, viúva com um pouco mais de 30, expulsa de casa pelos parentes do marido, nos restantes 50 anos de sua vida foi obrigada a viver sem abrigo. Tantos percalços estão concentrados na vida da Beata Joana Maria de Maillé que nasceu rica e mimada no Castelo de La Roche, perto de Saint-Quentin, Touraine, em 14 de abril de 1331. Seus pais eram o Barão de Maillé Hardoin e Joana, filha dos Duques de Montbazon. Sua família se destacava pela devoção. Ela cresceu sob a orientação espiritual de um franciscano, mostrando uma particular devoção a Maria. Dedicava-se a orações prolongadas e fez precocemente o voto de virgindade. Aos onze anos, no dia de Natal, pela primeira vez teve um êxtase: Maria Santíssima lhe apareceu segurando em seus braços o Menino Jesus. Uma doença que quase a levou à morte serviu para desprendê-la mais e mais da terra e torná-la mais próxima de Deus. Na idade de dezesseis anos, aparece no cenário de sua vida um parente da mãe que se tornou seu tutor, o que sugere que os pais morreram prematuramente. O tutor combina, de acordo com o costume da época, o casamento de Joana com o Barão Roberto II de Sillé, um bom jovem, não muito mais velho do que ela, seu companheiro de brincadeiras na infância. E isto apesar de estar ciente da inclinação de Joana para a vida religiosa e do seu voto de castidade. Portanto, é um casamento contra a vontade da jovem. Providencialmente, o tutor morreu repentinamente na manhã do dia do casamento, e a impressão no noivo foi tão grande, que propôs a Joana viverem em perfeita continência, isto é, como irmão e irmã. Seu consentimento é imediato, já que estava preparada para isto pelo seu voto de virgindade. Apesar das premissas, o casamento funcionou e bem: como base da união eles colocaram o Evangelho, e viveram-no plenamente, resultando em muitas boas obras, como: adotar algumas crianças abandonadas, alimentar e cuidar dos pobres, ajudar os empestados... Na verdade, tinham muito que fazer. Nunca se viu tanto movimento no castelo desde que se espalhou a notícia de o casal ser extremamente caridoso. E pensar que não lhes faltaram problemas, como quando Roberto teve que ir para a guerra (estamos na época da Guerra dos Cem Anos), onde foi ferido e preso pelos britânicos. Para libertá-lo Joana pagou um resgate elevado, o que afetou fortemente o patrimônio do casal. No entanto, eles não perderam a fé, e uma vez instalados, marido e mulher, lado a lado, primeiro tratam dos contagiados pela peste negra, depois, dos leprosos. Roberto morreu em 1362 e Joana, viúva aos 30 anos, vê toda a família de seu marido se voltar contra ela. A principal acusação: ter esbanjado a fortuna da família. Assim, ela foi expulsa do Castelo de Silly e ficou sem casa, sem um tostão, forçada a viver da caridade. Mas, mesmo na rua, os parentes ricos continuavam a persegui-la: enviavam seus serviçais para lançar-lhe insultos quando ela passava, porque não queriam rebaixar-se a fazê-lo pessoalmente. Ela renunciou a todos os seus bens e foi morar em um casebre construído junto ao convento dos Frades Menores Franciscanos de Tours, onde levava uma vida de penitência, contemplação e pobreza contínua, a mendigar o pão. Gozou de várias aparições da Virgem Maria, de São Francisco e de Santo Ivo, o qual lhe recomendou que ingressasse na Ordem Terceira de São Francisco. Joana sofria e, com um amor sem limites, não tinha um mínimo de ressentimento. E para sabermos onde ela encontrava tal força e tanta bondade, olhemos para suas longas horas de oração, sua grande penitência, seus sacrifícios. Escolheu para vestir uma túnica grosseira e rude, muito semelhante à roupa de seus amados franciscanos, de cuja intensa espiritualidade viveu. Continuou a fazer caridade com os doentes e os prisioneiros condenados à morte, se não já com dinheiro, mas com a sua presença e seus humildes serviços, consolando-os quando não podia fazer nada melhor, e intercedendo pela sua libertação quando atingiu popularidade e pode usá-la em proveito do próximo. Devido a sua reputação como uma mulher de Deus se ter espalhado pela França, muitos a procuravam pedindo conselhos, e entre aqueles que bateram à sua porta havia também alguns daqueles que a tinham insultado antigamente e que ela recebia com amor e paciência. O rei de França, Carlos VI, que estava em Tours, foi visitar a penitente famosa que lhe pediu para libertar alguns prisioneiros e dar a outros a ajuda de um capelão. Em 1395, Joana mudou-se para Paris onde se encontrou outra vez com o rei da França, Carlos VI e sua esposa, Isabel da Baviera. Ela aproveitou a oportunidade para criticar o luxo da corte e a vida licenciosa dos cortesãos. Em Paris, visitou a Sainte-Chapelle para venerar as relíquias da Paixão de Cristo. Apesar da frágil saúde e das dificuldades da sua vida penitente, Joana atingiu a idade de 82 anos e morreu em 28 de março de 1414 cercada de uma sólida reputação de santidade e foi sepultado na igreja franciscana. Infelizmente o seu túmulo foi profanado pelos calvinistas nas guerras de religião. A sua fama de santidade era tão difundida, que os fiéis a veneravam espontaneamente. Como resultado, em apenas 12 meses foi instaurado o processo diocesano informativo para sua canonização. Mas, mesmo após a morte Joana tem que esperar: a sua beatificação só ocorreu muito mais tarde, em 1871, pelo Papa Pio IX. 
Aparição de Santo Ivo à Beata Joana Maria de Maillé 
A Beata relatou uma visão de São Ivo em uma época difícil de sua vida. A jovem baronesa tinha ficado viúva e fora expulsa do seu castelo pelos parentes, que alegavam que ela tinha encorajado a excessiva caridade de seu esposo, em detrimento do novo herdeiro. Após ser maltratada, inclusive pelo serviçal a quem tinha dado refúgio, ela voltou para a sua família em Tours. A aparição é contada por dois historiadores da Ordem Terceira. São Ivo “aconselhou-a a deixar o mundo e a tomar o hábito que ele estava usando”. Outro biógrafo diz: “Se vós deixardes o mundo, gozareis, mesmo aqui na Terra, as alegrias do Paraíso”. Os mesmos autores especulam se Joana não hesitou diante da perspectiva de renunciar a tudo. “Pobre pequena baronesa! Ela ficou amedrontada diante da prometida liberdade da pobreza e acreditou que poderia desfrutar da paz no último refúgio, seu lar. Mas a vontade de Deus era outra”. Joana deve mesmo ter hesitado, pois somente depois de uma visão de Nossa Senhora, que repetiu o mesmo conselho, é que ela tomou o hábito da Ordem Terceira de São Francisco.

Santa Gladys

Gwladys (ou Sta. Gwladys ferch Brychan) (em latim: Claudia) era a esposa rainha de San Gwynllyw Milwr e um dos famosos filhas sagrados do rei Brychan [3] de Brycheiniog. Ele também era a mãe de um dos santos mais venerados galeses, St. cadog Ddoeth "o sábio". História tradicional As vidas medieval St Cadoc (1100) escrito por Lifris e St. Gwynllyw (cerca de 1120) relatou detalhes deste lendário santo, embora tais detalhes muitas vezes são discrepantes. Ele também está entre os governantes do País de Gales. Meio irlandês, são as crianças -entre de Brychan- aquele em que temos mais informações. Sua beleza lhe valeu a admiração de reis Gwynllyw de Gwynllwg em South Wales. Segunda Vida de São Cadoc (1100), quando seu pai não permitiu que o seu casamento, Gwynllyw acompanhado de 300 homens sequestrou a partir de Talgarth. Ela começou uma batalha feroz que parou apenas para a intervenção do Rei Arthur , Sir Kay e Bedivere que apoiaram a facção Gwynllyw na batalha. Isso aconteceu apenas depois de Kay Arthur foi capaz de convencer a si mesmo para não seqüestrar a adorável Gladys. Esta história de sequestro tem elementos comuns com a lenda conhecida como Culhwch ac Olwen e outras histórias do rei Artur, atestando assim para o universo cultural pertencente bardo. É também a primeira referência a Arthur na biografia tradicional de um santo. Segunda Vida de Gwynllyw esta batalha nunca aconteceu, eo casamento foi celebrado de forma pacífica. Gladys logo teve um filho, o famoso São Cadoc, e, em seguida, outras crianças (que também foram proclamados santos): Cynidr, Bugi, Cyfyw, maches, Glywys II e Egwine. Foi o impulso de Cadoc e Gkadys Gwynllyw que foi induzida a desistir de sua vida de violência e de pedir perdão por seus pecados. Uma visão levou-o a encontrar um retiro onde hoje se encontra Stow Colina em Newport, South Wales. Gladys acompanhado Gwynllyw na vida de um eremita, e por um tempo viveram juntos em Stow Hill, praticando o jejum, a dieta vegetariana, e banhar-se nas águas frias do 'Usk para provar sua devoção. Em seguida, eles se separaram para evitar o pecado carnal. Gwladys fundou sua ermida em Pencarn em Bassaleg, em Newport; presume-se que a localização pode estar perto de Pont Ebbw. [4] Enquanto estiver lá estava se banhando no rio Ebbw, e da Lady Well (Pozzo della Signora) Tredegar [10], pode encontrá-lo foi dedicado. Sugere-se que a Igreja de São Basílio, o Grande, em Bassaleg foi originalmente erguido em sua honra. Mais tarde, por insistência de Cadoc, foi ainda mais longe, Capel Wladus em Gelligaer. Hoje, sua principal igreja é St. Gwladys, Bargoed. ] Não é o seu enterro hipotético Pont Ebbw. Sempre em Bargoed foi estabelecida uma escola que lembra Gladys santo.