“Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão.”
A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje. A Igreja de Cristo possui muitos santos canonizados e a quantidade de dias do calendário não permite que eles sejam homenageados com exclusividade. Além desses, a Igreja tem, também, muitos outros santos sem nome, que viveram no mundo silenciosamente e na nulidade, carregando com dignidade a sua cruz, sem nunca ter duvidado dos ensinamentos de Jesus.
Enfim, santos são todos os que foram canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na terra perseverando na fé em Cristo.
Portanto, são mesmo multidões e multidões, porque para Deus não existe maior ou menor santidade. Ele ama todos do mesmo modo.
sábado, 1 de novembro de 2025
Maria de Roma Escrava, Mártir, Santa † 300
Maria morreu em 300, e era uma escrava de um romano chamado Tértulus. Foi convertida ao cristianismo e estava sempre a orar e a jejuar o que despertava certa desconfiança da sua "Dona" que era muito supersticiosa.
Durante as perseguições do Imperador Diocleciano, Tértulus que gostava muito dela, usou de todos os meios para que ela renunciasse ao cristianismo, tendo inclusive a açoitado e a prendido em uma cela escura, com apenas pão e água, por 30dias. Mas de nada adiantou. Acabou presa e entregue ao procônsul com a acusação de ser uma cristã, a despeito dos esforços de Tértulus para salva-la.
Os "Actos do Martírio" de Santa Maria, a escrava, escritos por escribas romanos que tinham ordem de enfatizar apenas o martírio, quase nada dizem sobre ela. Assim também não se sabe se Tértulus, a amava e tinha relações com ela (o que era comum, na época, entre a escrava e seu amo) ou se era apenas uma grande admiração pela sua competência como serva e doméstica.
Maria foi duramente martirizada para renunciar a sua fé. Os "Actos" dizem diz que o seu martírio foi tão terrível, que afinal, os espectadores exigiram a sua libertação e ela foi entregue a custódia de um soldado. Santa Maria, a escrava o converteu e ele a ajudou a escapar. Diz a tradição que a paz com que enfrentou seu martírio teria convertido vários espectadores inclusive Tértulus . Diz ainda que ela teria morrido em consequência do seu martírio. Outra versão diz que ela teria conseguido sobreviver e veio a falecer bem mais tarde, feliz e de morte natural. Não obstante, ela é venerada como mártir, devido a intensidade dos seus sofrimentos.
REFLETINDO A PALAVRA - “Todos são santos”
A celebração da festa de Todos os Santos vem nos alertar para um sentido mais importante da vida cristã: a santidade. Deus é santo e sua santidade não tem limites. Mas quis que todos participassem de sua natureza. Por isso nos chama de filhos e nos coloca em comunhão com Ele. Estamos assim em caminhada constante para ir onde está nossa fonte e fim. A Ele nos dirigimos a saudação que fazemos em todas as missas: “Santo, Santo, Santo!”. Na Escritura aprendemos que Deus é inacessível, incompreensível e perfeitíssimo. Justamente por ser o maior e ter em si todo o bem, quis dar-nos participação nessa vida de felicidade total. É o direito que nos dá de sermos felizes. É o que Jesus diz como inauguração de seu ministério e síntese de todo seu ensinamento. A felicidade que o Pai nos oferece gera em nossa vida aquilo que Jesus vivia: Era feliz porque aberto para Deus, isto é, pobre de espírito; Queria ser total para o Pai, preocupado como que é Dele, por isso chora de ver o mundo longe Dele. Mas é bondoso em toda circunstância. É pacífico como Jesus e disso faz sua pátria. Jesus era faminto e sedento da sabedoria que buscava no Pai. Justiça é a santidade do Pai. A misericórdia é o nome do Pai que se dá o nome de ternura e bondade, quando aparece a Moisés (Ex 34,6-7). Jesus é pureza de coração porque vê com os olhos do Pai. Pureza é amar. É com esses olhos que vemos a Deus e construímos a paz. Como vive como o Pai, com Jesus, vamos seguí-lo também na perseguição. Não servirei, disse Satanás a Deus. Jesus se põe a serviço. É o caminho.
Direito de filhos
A felicidade do discípulo brota do conhecimento de sua condição de filho. Querendo chegar ao máximo de nossa entrega em Jesus, recebemos a condição de filhos. Não é só um título, mas uma verdade. Nós o somos de fato. Esse é o fundamento de toda a santidade. E continua são João dizendo que “nem sequer se manifestou o que seremos. Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é” (1Jo 3, 2). O direito de filhos é esta semelhança vai muito além de simples traços de família. É uma participação a partir da comunhão que se estabeleceu entre nós e Jesus que nos associou a si. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus no sentido “do mesmo sangue e da mesma vida”, como de uma família. Na criação nova, que é a redenção, participamos também da vida do Filho que nos uniu a si, como participantes de sua natureza divina. Assim nos ensina Pedro em sua carta (2Pd 1,4). Por isso o veremos tal como Ele é (1Jo 1,2). Crer em Jesus gera em nós um processo de purificação. Ele é nosso eterno Redentor sempre a nos purificar.
Pastoral da santidade
Temos muitas pastorais que sempre são bem assumidas e dão bons frutos. Temos movimentos e irmandades. O que se sente é que a espiritualidade, a vida em Cristo sob a ação do Espírito Santo, acaba por não penetrar a vida e as atividades da comunidade. Desse modo essas atividades acabam por não ter um ponto de apoio e consistência. Não são feitos no Senhor. Não são ruins nem ineficientes. Poderiam ser santificadores também. A santidade é ponto de partida e não de chegada. A divinização que nos é dada a participar deverá penetrar as atividades de modo que façam crescer em nós e entre nós a comunhão do Corpo de Cristo. Digamos que é o batismo em ação, sustentado pelos outros sacramentos e pela unção permanente do Espírito. Sem isso a pastoral não resulta bem.
Leituras: Apocalipse, 7,2-4.9-14;
Salmo 23;
1 João 3,1-3;Mateus 5,1-12a
1. Santidade é participar da natureza de Deus.
2. A felicidade do discípulo brota do conhecimento de sua condição de filho
3. A pastoral necessita da espiritualidade para chegar a maior ação.
Santo de carteirinha
Maravilha ver a família de Deus reunida em volta de sua mesa de Pai. Sentar-se à sua mesa é um direito de filho. Gente de todo canto e de todo tipo. O semblante de todos tem os mesmos traços do rosto do Pai. Lavaram-se no sangue do Cordeiro que é Jesus. Salvos por Ele. São todos santos.
Santidade se constrói durante a vida. São poucas as exigências para adquirir essa santidade: basta ser feliz. Essa felicidade se constrói na simplicidade, na paz, na humildade, na ternura, na preocupação para com os outros, na misericórdia e na constância quando encontrar gente que pensa diferente.
Quando dizemos que todos são chamados à santidade, dizemos que somos chamados primeiro a viver bem com os outros. Isso é santidade. Tão fácil.
Homilia da Solenidade de Todos os Santos (05.11.2017)
Maria Santíssima, Mãe e Consoladora do Purgatório
Maria pode socorrer as Almas
Um dia, escreve Santa Brígida nas suas Revelações, disse-me a Virgem Santíssima:
- “Eu sou a Rainha do céu, eu sou a Mãe de misericórdia, e o caminho por onde voltam os pecadores a Deus. Não há pena no purgatório que não se alivie e que por mim não se torne menor do que se o fora sem mim” (1)
Outra vez a Santa ouviu Jesus dizer à sua Mãe:
- “Tu és minha Mãe, és a Rainha do céu, és a Mãe de misericórdia, és o consolo dos que estão no purgatório e a esperança dos pecadores na terra” (2)
A providência maternal de Nossa Senhora se estende sobre seus filhos na terra e no purgatório. Ela nos socorre e ajuda até depois da morte nas chamas expiadoras. É uma verdade de fé que as almas do purgatório podem ser não só aliviadas em seus padecimentos, mas até libertadas das chamas expiadoras pelas orações, satisfações e boas obras, e pelo Santo Sacrifício da Missa, enfim, pelos sufrágios dos vivos. Todavia, a Igreja nada definiu sobre o socorro que possam os Santos do céu dar às almas padecentes. Não houve necessidade de uma definição, porque o que os hereges contestaram desde Lutero principalmente, foi o sufrágio dos vivos e até a existência do purgatório. Quem, entretanto, pode negar que a Igreja Triunfante possa auxiliar a Igreja Padecente?
- “Eu sou a Rainha do céu, eu sou a Mãe de misericórdia, e o caminho por onde voltam os pecadores a Deus. Não há pena no purgatório que não se alivie e que por mim não se torne menor do que se o fora sem mim” (1)
Outra vez a Santa ouviu Jesus dizer à sua Mãe:
- “Tu és minha Mãe, és a Rainha do céu, és a Mãe de misericórdia, és o consolo dos que estão no purgatório e a esperança dos pecadores na terra” (2)
A providência maternal de Nossa Senhora se estende sobre seus filhos na terra e no purgatório. Ela nos socorre e ajuda até depois da morte nas chamas expiadoras. É uma verdade de fé que as almas do purgatório podem ser não só aliviadas em seus padecimentos, mas até libertadas das chamas expiadoras pelas orações, satisfações e boas obras, e pelo Santo Sacrifício da Missa, enfim, pelos sufrágios dos vivos. Todavia, a Igreja nada definiu sobre o socorro que possam os Santos do céu dar às almas padecentes. Não houve necessidade de uma definição, porque o que os hereges contestaram desde Lutero principalmente, foi o sufrágio dos vivos e até a existência do purgatório. Quem, entretanto, pode negar que a Igreja Triunfante possa auxiliar a Igreja Padecente?
ORAÇÕES - 01 DE NOVEMBRO
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
1 – Sábado – Todos os Santos
Evangelho(Mt 5,1-12a)“Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa
recompensa nos céus.”
A promessa de Jesus é para
todos que procuram vivem como ele ensinou,à procura de uma felicidade nova. Que
não está na posse de bens, nem exclui aflições, não está na força ou no poder,
mas na bondade e na justiça. Oferece-nos já agora a felicidade que está no amor
misericordioso na vivência da paz dos filhos de Deus, mesmo se perseguidos por
anunciar o reinado do Pai.
Oração
Senhor meu Deus, vós nos criastes para chegar à perfeição de todo o nosso
ser, pela nossa inserção em vosso Filho encarnado. Hoje vos bendigo por todos,
homens e mulheres de todos os tempos, que levastes a essa santidade.Vós os
ajudastes a vencer sua fragilidade, e os ajudastes a amar. Olhai também por nós
que ainda estamos na estrada, a caminhar na esperança da vida nova. Amém.
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