terça-feira, 1 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Amor cultivado”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Casamos... e agora?
 
Casados. Maravilha! Como dizemos: “Quem casa quer casa”, isto é, constituir uma vida nova. Toda a beleza dessa etapa da vida é a realização de um sonho tão bem cultivado e alimentado por tantas esperanças. Quando se realiza um matrimônio se ouve um sim para a eternidade. Acreditamos no casal e acreditamos que possam levar avante essa nova vida como uma missão vinda do alto. Tantos passaram pelo altar e levaram o casamento para a vida toda, mesmo não tendo as ditas preparações que são propostas. E foram felizes. Continuando a reflexão do Papa Francisco, lemos na Exortação Apostólica Amoris Laetitia - Alegria do Amor - orientações muito concretas para a vida em família, de modo particular, como refletimos agora, para a vida de noivado e dos recém-casados. Acentua que a preparação do noivado continua na vida de casal. Aliás, estamos sempre aprendendo. É sabedoria ter abertura para aprender sempre mais. Ninguém está pronto. Por isso insiste que no primeiro tempo da vida de casal há questões que merecem reflexão. Ninguém é perfeito e nem sabe tudo. A sabedoria não é saber, mas querer aprender sempre mais. O Papa Francisco insiste no acompanhamento dos noivos depois do casamento. Nas primeiras dificuldades há necessidade de acompanhamento (AL 217). Os primeiros passos precisam de outros olhos para olhar e outras mãos para orientar caminhar. É claro que sem interferência. O matrimônio, mesmo bem assumido, ainda cresce. É uma construção do dia a dia (AL 218). Ninguém trabalha sozinho. Mas... não é isso que as pessoas pensam. Para todos os problemas temos especialistas, a família é um desses. 
Força do ser diálogo 
O Papa Francisco continua mostrando sua experiência. Explica que quando um começa a ver os defeitos do outro com um olhar crítico, torna-se incapaz de se apoiarem para o amadurecimento. “O sim que deram um ao outro é o início de um itinerário cujo objetivo é superar as circunstâncias que surgirem e os obstáculos que se interpuserem”. A graça recebida e o SIM proferido não é apenas para o momento, mas se torna um impulso para esse caminho sempre aberto e seerá a força para os contornos necessários do dia a dia. É o momento do diálogo para elaborar o seu projeto concreto com os seus objetivos e detalhes (AL 218). Como o casamento é uma construção a dois, num diálogo completo de corpo, alma e potências intelectuais, o amor será sempre o controlador desse diálogo. É preciso lançar longe nossa esperança para onde ela nos atrai. O amadurecimento do amor implica em saber negociar e saber ceder para ganhar. Em cada nova etapa do casamento, urge dialogar e analisar as situações. A maior imaturidade matrimonial é não ter capacidade para conversar, colocar os problemas em comum, saber discutir e levar adiante uma reflexão que seja orientadora. Ter problemas não é um problema. Não discuti-los sim. 
Um amor que encanta 
O casamento sonhado nem sempre corresponde ao casamento vivido. Esse vai além. Cada casamento é uma história de salvação. Supõe partir de uma fragilidade que, graças ao dom de Deus e uma resposta criativa e generosa, pouco a pouco vai dando lugar a uma realidade cada vez mais sólida e preciosa. Salienta o Santo Padre que “a missão maior de um homem e de uma mulher no amor seja esta: a de se tornarem, um ao outro, mais homem e mais mulher” (AL 21). Lembramos a surpresa de Adão diante de Eva, saída das mãos de Deus: “Então o homem exclamou: Esta sim, esta sim” (Gn 2,23). Meta: ser uma eterna surpresa. A beleza continua na criação dos filhos na paternidade responsável e no respeito à vida.
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 1 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 8,23-27. 
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-no. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-no, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Carta a Diogneto 
(c.200) §7, 1-4 
«Quem é este homem, que até o vento 
e o mar Lhe obedecem?» 
O que foi transmitido aos cristão não tem origem terrena (cf Gal 1,12) e o que eles se esforçam por conservar com tanto cuidado não é invenção dum mortal, mas foi o próprio Deus invisível, verdadeiro Senhor e Criador de tudo, que do alto dos Céus colocou no meio dos homens a Verdade (cf Jo 14,6), o seu Verbo santo e insondável, e O estabeleceu firmemente em seus corações. Não realizou tudo isto, como alguém poderia supor, enviando aos homens um subordinado, um anjo ou um espírito dos que governam as coisas terrenas ou têm a seu cargo o cuidado das coisas celestes (cf Ef 1,21), mas o próprio Autor e Criador do Universo (cf Heb 11,10), por intermédio do qual criou os céus e encerrou o mar nos seus limites (cf Sl 104,9; Pr 8,29). Todos os elementos obedecem com fidelidade às suas leis misteriosas: o Sol, ao seguir a medida do curso dos dias; a Lua, brilhando durante a noite; os astros, acompanhando o percurso da Lua. Por Ele todas as coisas foram feitas, definidas e hierarquizadas: os céus e o que neles existe, a Terra e o que ela contém, o mar e o que nele se encontra, o fogo, o ar, o abismo, os seres que existem nas alturas, nas profundezas e no espaço intermédio. Foi Ele que Deus enviou aos homens. E não foi para exercer tirania ou incutir terror e assombro, como alguém poderia pensar, que Deus O enviou, mas com bondade e mansidão. Como um Rei que enviasse o seu filho (cf Mt 21,37), assim Deus O enviou como Deus que é. Enviou-O como Homem ao meio dos homens, para os salvar pela persuasão e não pela força, porque em Deus não há violência.

São Teodorico de St. Evroult Abade Festa: 1º de julho século XI

Ainda criança, foi confiado ao seu tio e padrinho, Teodorico, abade de Jumièges. Já adulto, tornou-se prior e reitor da escola monástica daquela abadia; mais tarde, enquanto o Abade Roberto estava lá, foi enviado à frente de alguns monges para restaurar a abadia de St. Evroult em Onche, na Normandia. Teodorico tornou-se abade em 1050 e, com seu zelo religioso e observância da regra, o mosteiro floresceu. Ele introduziu os costumes e tradições monásticas de grandes abades como Ricardo de Verdun, Guilherme de Dijon e Teodorico de Jumièges. Ele solicitou e garantiu que seus monges se dedicassem ao estudo e à meditação; particularmente dotado de inteligência e memória, dedicou-se ao cuidado da escola e do "Scriptorium", que logo se tornou de ampla e reconhecida fama. Ele enfrentou oposição dentro da própria comunidade, quanto à sua suposta negligência na administração material do mosteiro, mas o bispo e o Duque Guilherme da Normandia, tendo ouvido seus argumentos, rejeitaram sua renúncia e tudo foi esclarecido, mesmo com os poucos manifestantes. Em 1057, partiu em peregrinação à Terra Santa, chegou a Chipre e foi à igreja de São Nicolau, aos pés de cujo altar foi encontrado morto, após ter rezado por muito tempo, e ali foi sepultado.
Etimologia: Teodorico = aquele que está à frente do povo, do anglo-saxão 
Emblema: Cajado de pastor

São Teodorico de Mont-d'Or Abade Festa: 1º de julho † 533

Nascido na região de Mrna, filho de um bandido, Teodorico, após um casamento fracassado, decidiu abraçar a vida monástica a conselho do bispo São Remígio. Estabeleceu-se em Mont Or, onde sua fama de santidade cresceu, atraindo discípulos e até mesmo o rei da Austrásia, Teodorico I, que foi curado de uma doença grave. Atribuído a milagres, Teodorico morreu em 533 e foi sepultado em Mont Or. A abadia que ele fundou passou por muitas vicissitudes ao longo dos séculos, mas suas relíquias foram salvas e transferidas para a igreja paroquial em 1776. 
Etimologia: Teodorico = aquele que está à frente do povo, do anglo-saxão 
Emblema: Cajado de pastor 
Martirológio Romano: Em Reims, no território da Nêustria, na França, São Teodorico, sacerdote, discípulo do bispo São Remígio. 

01 de julho - Santo Atilano Cruz Alvarado

Atilano Cruz Alvarado nasceu em Teocaltiche em 5 de outubro de 1901. Ele tinha ascendência indígena, e sua família professava a fé católica. Quando criança, cuidou do gado até que seus pais o levaram a Teocaltiche para aprender a ler e escrever. Em 1918, ingressou no Seminário do Conselho da mesma cidade e, dois anos depois, foi transferido para Guadalajara. Foi ordenado sacerdote em 24 de julho de 1927, quando ser sacerdote era considerado o maior crime que um mexicano poderia cometer. Com uma alegria transbordante, estendeu as mãos para que fossem consagradas sob o céu azul de uma ravina de Jalisco, onde o arcebispo e o seminarista estavam escondidos. Ele exerceu seu ministério nas piores circunstâncias sem falhar; ao contrário, recebeu o crédito por seu pedido, obediência e piedade. Foram onze meses de vida aos trancos e barrancos. No dia 29 de junho de 1928 foi chamado por seu pároco, Padre Justino Orona, para uma visita pastoral. Obediente, ele foi ao rancho de " Las Cruces ", um lugar que seria sua provação. Pouco antes de partir escreveu: “Nosso Senhor Jesus Cristo nos convida a acompanhá-lo na paixão”.

01 de julho - Beatos Tullio Maruzzo e Luis Obdulio Arroyo Navarro

Padre Tullio Maruzzo nasceu em Lapio, município de Arcugnano (Vicenza), em 23 de julho de 1929, foi batizado com o nome de Marcelo. Educado em uma família profundamente cristã, em 1939, ingressou na escola dos Frades Menores de Veneto, em Chiampo. Fez sua profissão solene em 1951. Foi ordenado sacerdote em 21 de junho de 1953. Padre Maruzzo chegou à Guatemala em janeiro de 1960, procedente da Itália. Serviu em diferentes paróquias até que foi enviado à San José, que contava com 50 aldeias. O sacerdote as visitava pelo menos três vezes por ano. Era simpático, não rechaçava ninguém e passava muitas horas ouvindo os camponeses e os conhecia pelo seu nome. Sem radicalismo, sem alarde, mas de forma pacifica, humilde e serviçal, soube realizar na sua vida e sobretudo na sua morte a figura do bom Pastor.

01 de julho - Beato Inácio Falzon

O Servo de Deus Inácio Falzon também nutria uma enorme paixão pela pregação do Evangelho e pelo ensinamento da fé católica. Também ele colocou os seus inúmeros talentos e a sua formação intelectual ao serviço do trabalho catequético. O Apóstolo Paulo escreveu: "Dê cada um segundo o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria" (2 Cor 9, 7). O Beato Inácio foi um daqueles que deu em abundância e com alegria; e as pessoas encontravam nele não apenas uma energia ilimitada, mas também profunda paz e júbilo. Ele renunciou ao sucesso mundano para o qual o seu currículo o preparara, a fim de servir o bem espiritual dos outros, inclusivamente dos inúmeros soldados e marinheiros britânicos que nessa época se encontravam estacionados em Malta. Ao aproximar-se deles, de entre os quais só alguns eram católicos, antecipou o espírito ecumênico do respeito e do diálogo, que hoje nos é familiar, mas que na sua época nem sempre era predominante. Inácio Falzon hauria a sua força e inspiração da Eucaristia, da oração diante do Tabernáculo, da devoção a Maria, do Rosário e da imitação de São José.

Beata Assunta Marchetti

“A bem-aventurada Assunta foi uma mulher muito forte e empreendedora; como jovem, nada lhe faltava para ter uma boa posição na sua comunidade local, na Itália. No entanto, motivada por sua fé em Deus e pelo amor ao próximo, ela abandonou tudo, inclusive sua pátria e as seguranças que tinha, para seguir a vocação religiosa e missionária, dedicando a vida aos migrantes, sobretudo pobres e doentes, aos órfãos e desamparados… Para eles foi “mãe” solícita, que, trabalhou muito para não lhes deixar faltar nada… Sua vida foi inteiramente orientada pela caridade de Cristo, que ardia no seu coração, e que lhe ajudava a ver em cada pessoa um filho de Deus, um irmão e uma irmã, imagem e semelhança do próprio Jesus Cristo. No poema à caridade, da 1ª Carta aos Coríntios (13,1-13), São Paulo convida a buscar o caminho melhor e a virtude mais alta na vida cristã; e esse caminho e virtude consistem em amar como Jesus Cristo amou: amor de caridade, de doação sem medida e sem interesse pessoal, ao ponto de entregar inteiramente a vida pelo próximo. Este ideal alto é proposto a todos os discípulos pelo próprio Jesus, quando ele diz: “como eu vos amei, assim amai-vos também vós uns aos outros… Ninguém tem maior amor do que aquele que entrega a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Todas as ações da nossa vida precisam ser motivadas por esse amor de caridade, à semelhança de Jesus.

01 de julho - São Justino Orona Madrigal

Justino Orona Madrigal nasceu em Atoyac, (México) em 14 de abril de 1877, era de uma família extremamente pobre. Ele completou seus primeiros estudos em Zapotlán, em seguida, entrou no seminário de Guadalajara (1894). Depois de sua ordenação (1904), serviu como pároco em Poncitán, Encarnación, Jalisco e Cuquío. Apesar de viver em uma atmosfera de anticlericalismo e indiferença religiosa, ele era um padre exemplar. Fundador da Congregação Religiosa das Irmãs Clarissas do Sagrado Coração. Sua vida foi marcada pela cruz, mas ele sempre permaneceu gentil e generoso. Em uma ocasião, ele escreveu: "Aqueles que seguem o caminho da dor com fidelidade podem subir com segurança ao céu". Quando a perseguição aumentou, ele permaneceu entre seus paroquianos dizendo: "Vivo ou morro permanecerei entre os meus ". Certa noite, depois de planejar com seu vigário e companheiro de martírio, padre Atilano Cruz, sua atividade pastoral, que era exercida em meio a inúmeros perigos, os dois sacerdotes reuniram-se para descansar em uma casa de fazenda em "Las Cruces", perto de Cuquío.

São Junípero Serra

“Hoje encontramo-nos aqui, podemos estar aqui, porque houve muitos que tiveram a coragem de responder a este chamamento; muitos que acreditaram que «na doação a vida fortalece, e enfraquece no comodismo e no isolamento». 
Somos filhos da ousadia missionária de muitos que preferiram não se fechar «nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta». Somos devedores duma Tradição, duma cadeia de testemunhas que tornaram possível que a Boa Nova do Evangelho continue a ser, de geração em geração, Nova e Boa.” O Padre Junipero Serra “soube deixar a sua terra, os seus costumes, teve a coragem de abrir sendas, soube ir ao encontro de muitos aprendendo a respeitar os seus costumes e as suas características” – referiu o Papa realçando que este novo santo “aprendeu a gerar e acompanhar a vida de Deus nos rostos daqueles que encontrava, tornando-os seus irmãos.

Santos Júlio e Arão, mártires da Bretanha

Parece que Júlio e Arão tenham sido assassinados, por serem cristãos, durante as perseguições de Diocleciano, em 304. Hoje, estes dois mártires são particularmente venerados em Caerleon, uma fortaleza romana, ocupada pela Segunda Legião de Augusto, de 75 a 431, na Bretanha. https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html 
Arão e Júlio São Arão e São Júlio (ou Juliano) eram dois santos cristãos romano-britânicos que foram martirizados por volta do século III. Juntamente com Santo Albano, eles são os únicos mártires cristãos da Grã-Bretanha romana com nomes conhecidos. A maioria dos historiadores coloca o martírio em Caerleon, embora outras sugestões o tenham colocado em Chester ou Leicester. Seu dia de festa era tradicionalmente comemorado em 1º de julho, mas agora é observado junto com Albano em 20 de junho pelas Igrejas Católica Romana e Anglicana. O primeiro relato sobrevivente de Arão e Júlio vem de Gildas, um monge que escreveu no oeste da Grã-Bretanha durante o século VI. A precisão de seu relato de eventos que ocorreram três séculos antes é desconhecida. O relato de Gildas foi repetido mais tarde pelo monge anglo-saxão do século VIII, Beda.

Santa Ester, Rainha da Pérsia – 1º. de julho

Esta heroína, como também Judite, deu o nome a um dos livros das Sagradas Escrituras. Por ocasião da morte de seus pais, foi adotada por seu tio Mardoqueu. Ambos pertenciam à tribo de Benjamim. A família havia sido deportada no ano 597 a.C., no tempo do rei Nabucodonosor, e Mardoqueu nascera no exílio. Mardoqueu cuidou de Ester como se fosse a pupila de seus olhos. Depois, os hebreus foram feitos cativos pelos persas. Xerxes I, conhecido com o nome de Assuero (485-465 a.C), foi o terceiro sucessor de Ciro, rei dos persas. Ele havia repudiado sua mulher, Vasti, porque ela recusara obedecê-lo, e procurava uma nova esposa. Por conselho de Mardoqueu, Ester se candidatou, mantendo em segredo que era judia. E o rei a elegeu sua esposa favorita. Para manter viva a lembrança de seu matrimônio com Ester, concedeu indultos, distribuiu benesses e concedeu paz a todas as províncias de seu reino. Mardoqueu tornou-se agradável ao rei por ter descoberto um atentado contra a sua vida e comunicado o fato à Rainha Ester.

Aarão Sumo Sacerdote judeu, Santo (século XIII a. J. C.)

Sacerdote hebreu, santo (cerca de 1250 a. C.) 
As Sagradas Escrituras exaltam a figura de Aarão 
como um dos homens mais ilustres.
Santo Aarão era filho de Amrão e irmão carnal de Moisés. Foi escolhido por Deus para ser o primeiro Sumo Sacerdote dos hebreus. Moisés consagrou-o e ungiu-o com o óleo santo. Constituiu uma aliança perene com ele e com os seus descendentes e enquanto durar o céu há-de presidir o culto e exercer o sacerdócio e abençoar o povo em nome do Senhor. Segundo o livro das Crónicas, Capítulos 35-38, são filhos de Aarão: Eleazar, Finéias, Abisué, Boci, Ozi, Zaraías, Meraiot, Amarias, Aquitob, Sadoc e Aquimaas. Homem frágil e pecador, como todos, Aarão é, todavia o modelo de colaboração com Deus para a realização de seu desígnio de amor. O seu perfil já foi magistralmente traçado pela Bíblia, que por outra parte é a única fonte para a sua biografia. Além, é claro, do amplo e articulado desenvolvimento dos cinco primeiros livros da Sagrada Escritura (o Pentateuco) há dois trechos na carta aos hebreus e no livro do Eclesiástico. “Ninguém, pois, se atribua esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão” (Hb 5,1-4). No Salmo 104,26 está: “Mas Deus lhes suscitou Moisés, seu servo, e Aarão, seu escolhido”. O livro do Eclesiástico enaltece a figura de Aarão inserindo-o nos primeiros lugares na galeria de Homens Ilustres, aos quais Jesus Ben Sirac dá importância singular. O sacerdócio de Aarão e dos seus sucessores, até ao contemporâneo Simeão, é dos mais qualificados. O Salmo 98-6 nos diz: “Entre seus sacerdotes estavam Moisés e Aarão e Samuel um dos que invocaram o seu nome: clamavam ao Senhor, que os atendia”.

Oliver Plunkett Bispo, Mártir, Santo 1625-1681

Oliver Plunkett, irlandês, nasceu no ano de 1625, em Loughcrew, numa família de nobres. Ele queria ser padre, mas para realizar sua vocação estudou particularmente e na clandestinidade. Devido à perseguição religiosa empreendida contra os católicos, seus pais o enviaram para completar o seminário em Roma, onde recebeu a ordenação em 1654. A ilha irlandesa pertence à Coroa inglesa e possuía maioria católica. Mas como havia rompido com a Igreja de Roma, o exército real inglês, liderado por Cromwel, assumiu o poder para conseguir a unificação política da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Obcecado pelo projecto, mandara até mesmo assassinar o rei Carlos I. E na Irlanda não fez por menos, todos os religiosos, sem excepção, foram mortos, além de leigos, militares e políticos; enfim, todos os que fossem católicos. Por isso o então padre Plunkett ficou em Roma exercendo o ministério como professor de teologia. Em 1669, o bispo da Irlanda, que estava exilado na Itália, morreu. Para sucedê-lo, o papa Clemente IX consagrou o padre Oliver Plunkett, que retornou para a Irlanda viajando como clandestino.

ANTÓNIO ROSMINI Sacerdote, Fundador, Beato 1797-1855

Sacerdote italiano, filósofo, condenado durante algum tempo, fundador do Instituto da Caridade e das Irmãs da Providência; reabilitado pelo Papa João Paulo II e beatificado em 2007.
António Rosmini nasceu em Rovereto no dia 24 de Março de 1797 e faleceu em Stresa a 1 de Julho de 1855. Dedicou a sua vida aos estudos de filosofia, política, ascética e pedagogia. Ao terminar os estudos jurídicos e teológicos na Universidade de Pádua, recebeu a Ordenação sacerdotal em 1821. Imediatamente demonstrou grande interesse e inclinação para os estudos filosóficos, encorajado neste sentido pelo Papa Pio VIII, que lhe pedira para conduzir os homens à religião através da razão, e mais de uma vez colocou-se contra enganadores e falsos movimentos de pensamento como o sensismo e o iluminismo. Fundou o Instituto da Caridade e o das Irmãs da Providência, idealizados e queridos como ambientes propícios à formação humana, cristã e religiosa de quantos tinham partilhado o mesmo espírito, adaptando-se às contingências históricas, civis e culturais do seu tempo. Na audiência de 12 de Janeiro de 1972, Paulo VI definiu-o “profeta”, que em antecipação de um século sentiu e indicou problemas da humanidade e pastorais, debatidos depois no Concílio Vaticano II.

PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS

O mês de julho foi estabelecido pela Igreja como o mês consagrado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus. A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o género humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia. Desde tempos muito remotos, a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente e floresceu cada vez mais em meio ao clero e aos fiéis, através de solenidades, preces públicas e Ladainha própria, com o fim de pedir a Deus perdão dos pecados, afastar os fiéis dos justos cas-tigos, implorar as bênçãos do céu sobre os frutos da terra, e prover nossas ne-cessidades espirituais e temporais. No século passado, foi São Gaspar de Búfalo admirável propagador desta insigne devoção, tendo o merecimento da aprovação da Santa Sé e por isto até hoje é conhecido como o "Apóstolo do Preciosíssimo Sangue". Foi por ordem do Papa Bento XIV que foram com-postos a missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus para finalmente ser estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX. O Papa João XXIII, cuja família desde a sua infância foi fiel devota ao Preciosíssimo Sangue, também perpetuou esta santa devoção, tendo logo no início de seu pontificado escrito a Carta Apostólica Inde a Primis, a fim de promover o seu culto, conforme fez menção o Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Angelus Domini, onde frisa o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele sangue, do qual "uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa". Mais perto de nós, podemos e devemos lembrar a Beata Alexandrina de Balasar a quem Jesus, não só para benefício da alma, mas também do corpo frágil desta, deixava cair-lhe no coração uma gota do seu Preciosíssimo Sangue. Foi a primeira vez, na histórias dos Santos, que Jesus utilizou este “remédio” salutar para reavivar o corpo e a alma de uma das suas almas-vítimas. Sejamos, portanto, também devotos propagadores desta extraordinária e salutar prática da piedade cristã.

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

A festa litúrgica do Coração de Maria passou por muitas vicissitudes. De acordo com a história, houve primeiramente uma devoção privada ininterrupta, que não chegou a formas públicas oficiais. Efectivamente, a primeira festa litúrgica do Coração de Maria foi celebrada a 8 de Fevereiro de 1648, na diocese de Autun (França). Em 1864, alguns bispos pedem ao Papa a consagração do mundo ao Coração de Maria, aduzindo como justificativa e motivo a realeza de Maria. O pedido decisivo partiu de Fátima e do episcopado português, após ter sido pedido por Jesus à Beata Alexandrina, em Balasar desde 1935. Importante notar igualmente que o documento enviado de Fátima para pedir ao Papa esta consagração foi redigido pelo sacerdote Jesuíta Padre Mariano Pinho, então Director espiritual da Alexandrina Maria da Costa, de Balasar. É bom saber, para que a história seja fiel aos acontecimentos, que a Beata Alexandrina de Balasar, tinha ela mesma escrito ao Santo Padre fazendo esse pedido, como consta no documento oficial da beatificação, que diz o seguinte: «No ano de 1936 [Alexandrina] pediu ao Sumo Pontífice a Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, o que fez Pio XII no dia 31 de Outubro de 1942.» Inesperadamente, a 31 de Outubro de 1942, Pio XII, na sua mensagem radiofónica em português, consagrava o mundo ao Coração de Maria.

ORAÇÕES - 01 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
1 – Terça-feira-feira – Santos: Teodorico, Aarão, Domiciano
Evangelho (Mt 8,23-27) Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve uma grande tempestade no mar...”
Jesus entrou na barca de nossa humanidade, fraca, condicionada, sofredora. Estamos na mesma barca, e sabemos como são frequentes e violentas as tempestades. A vontade é de desistir e deixar-se levar pelo inevitável. Jesus convida-nos a crer nele, confiar em seu poder e em sua bondade fiel. Estando ele na barca, podemos ficar tranquilos, mesmo quando parecer que está dormindo.
Oração
Senhor Jesus, agradeço vossa bondade corajosa, que vos pôs nesta minha barca, para participar de minhas esperanças e de meus medos quando sopra o vento forte.  Confio em vós, entrego-me em vossas mãos. Levai-me por onde quiserdes, confio que não me deixareis afundar. Apenas ajudai-me a sempre gritar por vós, como se estivésseis dormindo nesta minha frágil barca. Amém.