segunda-feira, 30 de novembro de 2020

55. O ARROZ EMPRESTADO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Joca veio pedir ao seu Raimundo um saco de arroz em casca, emprestado, para plantar. 
Depois devolveria. 
Raimundo, com um sorriso malicioso, respondeu: 
-Com muito gosto e prazer. Trouxe o saco para encher? Muito bem. Vá naquele canto do depósito, onde você pegou um ano atrás, e encha o saco que trouxe. 
O camponês foi, mas poucos instantes depois, voltou meio frustrado, dizendo:
-Procurei por todos os cantos e não achei nada.
-Nem aquele saco de arroz em casca que lhe emprestei no ano passado?
-Nada, nada!
-Aí está. O que você levou no outro ano, não foi devolvido. Se tivesse devolvido, teria o que levar hoje. 
Joca saiu envergonhado do papel que aprontou. 
Mas prometeu cobrir os prejuízos. 
Palavra de vida: Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (Mt 22,21) 
- Não se esqueça de devolver coisas emprestadas. 
Não devolver o que pegou emprestado, também é roubo.

REFLETINDO A PALAVRA - “Meditando a Palavra à luz do tempo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Uma bela tarde, lá no sertão de Goiás
, em S. Joaquim do Cavalo Queimado, hoje Araguapaz, num belíssimo sol poente, Nina, uma amiga de Tietê, lia o profeta Jeremias. Era justamente aquele texto tão bonito: “Senhor, vós me seduzistes e eu me deixei seduzir...Ele era com um fogo que me consumia os ossos. Não resisti!” (Jr.20,7-9). Nós estudantes redentoristas de S. Paulo, os estudantes de medicina de Goiânia e mais alguns jovens, fazíamos um trabalho de conscientização social e religiosa. Aquela ambientação da Palavra de Deus e os belos poentes de Goiás, trouxeram a este texto como que uma nova compreensão. Aquele texto fixou-se em nós como uma marca que permanece. Igualmente a presença do mistério de Deus fascinante permanece indelével. Isso foi no ano de 1969. 
É preciso meditar a Palavra à luz do tempo cósmico. Quem não pensa em Deus diante do mar, das montanhas, dos passarinhos, das flores e dos olhos vivos de animal? O tempo e natureza nos ajudam a compreender a Palavra. Jesus se servia da natureza e do tempo para transmitir suas parábolas e ensinamento. “Olhai os lírios do campo...olhai os pássaros do céu” (Lc 12,27). Os olhos de Jesus que contemplam, escrevem em seu coração as palavras que ele anuncia. 
Se a natureza é um caminho para Deus, que se dirá da pessoa humana? Vendo e contemplando as pessoas na sua beleza, sobretudo a beleza não ‘produzida’, ou vendo uma criança, ou a dor de um doente, as rugas de uma velhinha empobrecida, lemos o evangelho vivo. Tenho para mim que, quem não é capaz de abrir este livro, jamais entenderá as Palavras escritas no Livro Santo porque, quando elas falam de Deus e de seu Cristo, estão falando da pessoa humana que Jesus assumiu como irmã. “Ele não se envergonha de chamá-los irmãos” (Hb 2,11). Jesus anuncia seu evangelho através de gestos que envolvem a pessoa humana: é o toque num leproso, um abraço às crianças, é o deixar-se tocar por uma prostituta. É o entrar na casa de um publicano e comer com eles. É o choro pela morte de Lázaro. É a convivência com os doze, que em suas pessoas são futuros fundamentos da Igreja. A partir das pessoas, dos milagres, dos contatos é que Ele anuncia sua Palavra. Nós somos chamados a conhecer e estar em contato com as pessoas para poder entender a Palavra, senão ela será sempre estéril. 
Tempo, pessoas e acontecimentos! Eis a fonte de uma sadia leitura! A gente tem que ter consciência de que a Palavra não é o texto escrito, mas o conteúdo do texto. O texto é o sacrário da Palavra. A chave de leitura dos acontecimentos é fundamental. Cada acontecimento tem uma semente da Palavra eterna. Ele nos interpela a uma resposta em conformidade com Deus. Este acontecimento leva-nos a compreender as palavras que lemos. Por exemplo: quando vemos a morte de um ente querido, recebemos esta palavra e ao lermos a Palavra, passamos a entendê-la melhor. A leitura torna-se assim, realmente fecunda. Do contrário ficamos na simples leitura piedosa, boa, mas insuficiente. Ler os sinais dos tempos! Eis o nossa leitura da Palavra!
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM OUTUBRO DE 2002

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 4,18-22. 
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os, e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-no. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cláudio de la Colombière 
Jesuíta (1641-1682) 
Diário espiritual 
André seguiu Jesus até à cruz 
No dia de Santo André, impressionou-me ver este santo prostrar-se subitamente à vista da cruz, sem conseguir conter a sua alegria e comunicando-a com palavras apaixonadas. «Cruz boa», chama-lhe: cruz útil, honrosa, agradável; a cruz é todo o seu bem, o único bem pelo qual se deixa tocar. «Tanto tempo desejada», pois desejava-a com um ardor que fazia com que o tempo se lhe prolongasse. «Cruz ardentemente amada»: não há amor que não seja acompanhado de preocupação, e este santo procurava a cruz com a pressa e o temor de um homem que percebe não estar a encontrar, que não consegue encontrar imediatamente; e, quando a encontra, dir-se-ia que encontrou um tesouro, pois a felicidade que demonstra é a de um homem possuído por um amor extremo. «Buscada sem descanso»: eis a nossa regra, e foi por isso que ele mereceu encontrá-la. «Enfim preparada para o meu desejo ardente», palavras que assinalam um enorme desejo. Ele tinha de amar muito a Jesus Cristo para encontrar tanto prazer na cruz. Em geral, os homens são amados pelos bens que possuem; amar as suas misérias por amor a eles, porém, é coisa inaudita, pois o que espanta é que não sejam odiados pelas suas misérias. Não há amor maior que o de dar a vida pelos irmãos (cf Jo 15,13); mas este sacrifício tem graus, porque morrer com esta alegria, com esta pressa, é prova de um amor incomparável. Que fé!

Apóstolo Santo André, o Primeiro Chamado (séc. I) , 30 de Novembro

Santo André era irmão do Apóstolo Pedro. Eram ambos filhos de Jonas e pescadores no mar de Tiberíades. Naturais deBetesda, uma cidadezinha situada às margens do Lago de Genezaré (Mar de Tiberíades), «André» é um nome grego, e lhe foi dado porque este era um costume entre os hebreus. Ficou conhecido por «Protóklitos», (primeiro chamado) pois foi o primeiro a ser chamado pelo SENHOR para formar o grupo dos 12 apóstolos. Iniciou suas viagens apostólicas logo após o Pentecostes, pregando no Mar Negro, depois na Frigia, na Misia e na Bytinia... Posteriormente voltou ao Mar Negro escapando da morte. Seguiu depois para Esquitia (Sul da Rússia) seguindo para Tracia. Em Argirúpolis, (atualmente, um dos bairros de Constantinopla) fundou uma Igreja e ordenou como primeiro bispo de Bizancio um dos 70 discípulos, chamado Estaquis. Foi em seguida para Tessalia e, por último, para Acaia.

ANDRÉ, APÓSTOLO século I

Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Baptista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galileia. Foi levado por João Baptista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor.

SANTO ANDRÉ, APÓSTOLO

Chamado por primeiro
“Encontramos o Messias!” Eis a expressão de alegria incomensurável e gratificante de quem descobre ter atingido a meta tão desejada! Com estas palavras, narradas no Evangelho de João, André, que vai depressa ao encontro do seu irmão Pedro, lhe transmite a emoção de ter sido chamado “por primeiro” por Jesus. Pescador de Betsaida da Galileia e discípulo de João Batista, André reconheceu logo, no filho de José o carpinteiro, o “Cordeiro de Deus”. O evangelista recorda até a hora daquele encontro, às margens do Rio Jordão, que marcou para sempre a sua existência: “Eram cerca de quatro horas da tarde”. 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE NOVEMBRO

 

Redentorista - flcastro22@gmail.com

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Segunda-feira – Santos: André, apóstolo, Troiano, Justina
Evangelho (Mt 4,18-22) “Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: – Segui-me, e eu farei de vós pesca- dores de homens.”
Fico imaginando o que se passou no coração desses quatro homens. Tiveram de fazer uma escolha. A atração de Jesus, porém, conquistou-os. E eles partiram para a conquista. Também a nós se apresenta a mesma escolha. Seguir ou não o Mestre, comprometer-nos com ele, e levar para todos que pudermos a alegria de o conhecer, a descoberta de uma nova vida. Então, qual foi nossa decisão?
Oração
Senhor Jesus, passastes por minha vida e me chamastes. Seja qual for meu tipo de vida, quereis que vos anuncie a todos. Dai-me a coragem para vos seguir; ajudai-me a perceber como, em minha realidade, posso conquistar outros para vós. Ensinai-me a encontrar oportunidades e a aproveitá-las. Dai-me as palavras certas, e não permitais que, com minha vida, desminta o que digo de vós. Amém.

domingo, 29 de novembro de 2020

54. O COPO DE LEITE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
O padre missionário estava atendendo o povo até altas horas da noite. 
Era interminável a fila dos que desejavam conversar com ele ou fazer a santa confissão. 
A noite ia avançando. 
Não encontrava uma brecha para ir tomar alguma coisa. 
Como que adivinhando a sede e a fome do missionário, alguém lhe trouxe um copo de leite gelado. 
Com a boca seca e o estômago vazio, já estava prelibando o sabor daquela bebida. 
Antes de levar à boca, obedecendo às normas da civilidade, ofereceu a quem estava perto:
-O senhor aceita? 
O romeiro, na sua simplicidade e sede, aceitou. 
Pegou o copo e sorveu até a última gota. 
Sempre existe alguém mais necessitado que a gente – pensou resignadamente o missionário. 
Palavra de vida: Todo aquele que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, eu vos asseguro que não ficará sem recompensa (Mc 9,40).

Homilia do 1º Domingo do Advento (29.11.20)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
“Convertei-nos”
Voltai-vos para nós 
Começamos o tempo do Advento. Nele celebramos a Segunda Vinda de Cristo e sua Vinda no Natal. É um dos mistérios da Redenção. É o fechamento de toda obra de Jesus no que se refere à vida dos homens. Ele veio trazer a salvação. Pensamos nessa Vinda somente como o final dos tempos. Assim perdemos a dimensão de uma Vinda permanente ao nosso encontro. Após a reflexão da gloriosa Vinda, voltamos nosso coração à primeira Vinda como homem. É a criança que nasce em Belém. Temos dois tempos no Advento: Refletimos a Segunda Vinda e contemplamos a primeira em seu nascimento. É o chamado à vigilância. Vigiar é estar vivo e pronto para assumir Cristo como Dom do Pai. Esperar é agir com boas obras: Rezamos: “Concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o Reino celeste, para que, acorrendo com as boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos” (Coleta). A segunda Vinda estimula a vida da comunidade na prática das boas obras. As boas obras clamam pela presença do Senhor, mesmo que sejamos marcados pelo pecado. Não as fazemos sem o Senhor. Rezamos no salmo: “Voltai-Vos para nós, Senhor” (Sl 79). O fiel promete: “Nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! Dai-nos vida e louvaremos vosso nome”. A conversão não é somente um arrependimento, mas é o direcionamento da vida: Estamos sempre voltados para Ele. Israel sempre acolhia as visitas de Deus. Zacarias diz: “O Senhor visitou o seu povo e nos libertou” (Lc 1,68). Jesus foi a maior visita de Deus. 
Tu, nosso oleiro 
Esperar é nos deixar nas mãos de Deus que nos trabalha como o oleiro. Ao nos formar acolheu nosso barro e nos trabalhou. Somos obra de suas mãos. “Fomos enriquecidos em tudo” (1Cor 1,5). A vigilância nos coloca sempre nas mãos de Deus que nos prepara para ir ao encontro de seu Filho. Quer que sejamos sua imagem e tenhamos sua estatura: “... Até que todos nós alcancemos a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, o estado do Homem Perfeito à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef.4,13). Nesse processo de vigilância e expectativa, Deus trabalha sua criatura humana para formar em cada uma seu Filho. Espiritualidade é deixar-se formar, como o barro nas mãos do oleiro que faz e refaz. Na condição de barro vemos nossa fragilidade: “Todos nós nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos todos como folhas, e nossas maldades empurram-nos como o vento” (Is 64,5). O sentimento de fragilidade leva o fiel a sentir o resultado de suas atitudes. Mesmo assim continua nas mãos de Deus: “Senhor, Tu és nosso Pai, nos somos o barro; Tu, nosso oleiro, e nos todos, obras de tuas mãos” (id 7). Na dimensão da vigilância tem que se ver a fragilidade. 
Vigiai 
Pelo fato de Jesus estimular à vigilância, podemos perceber que a atenção deve ser permanente. Não vivemos a fé somente em certos horários. Ela não é uma etapa, é um modo de vida. Não vivemos a fé como um programa para determinados momentos. Ela nos assume como um todo, todo tempo. Dormir não se trata do descansar, mas de dormir em serviço. A atividade da Igreja deve penetrar todos os seguimentos da vida e do mundo, não como uma religião que se impõe, mas como uma orientação para todos os momentos. É simples. “Onde há amor e caridade, Deus aí está”. É como um rosário. O que une os grãos é o fio, fazendo-as uma unidade. Vigiemos pois. 
Leituras Isaías 63,16b-17.19b;64,2b-7;Salmo79; 
1Coríntios 1,3-9; Marcos 13,33-37
1. A conversão não é somente um arrependimento, mas é o direcionamento da vida. 
2. No processo de vigilância Deus trabalha a criatura para formar seu Filho em cada uma. 
3. Não vivemos a fé somente em certos horários. Ela não é uma etapa, é um modo de vida. 
Sai de baixo! 
Quando se fala de fim de mundo e das coisas que vem do alto, dá a impressão que a gente tem que se abaixar para não cair alguma coisa na cabeça. O que nos vai cair na cabeça quando o Senhor vier? Mas, o que interessa não é o que vem de cima (o que vem de cima é Deus quem manda), mas o que vai debaixo, o que se manda para o alto. Isso não tem perigo. Mandamos nossa capacidade de fazer boas obras que nos mantém vigilantes.

EVANGELHO DO DIA 29 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Marcos 13,33-37. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento. Será como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que vigiasse. Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós, digo-o a todos: vigiai». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo(345-407) 
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja 
Homilia sobre o Salmo 49 
As duas vindas de Cristo 
Aquando da sua primeira vinda, Deus veio sem brilho, desconhecido da maioria, prolongando durante longos anos o mistério da sua vida oculta. Quando desceu do monte da Transfiguração, Jesus pediu aos seus discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Cristo. Vinha como pastor à procura da ovelha perdida e, para recuperar esse animal rebelde, tinha de permanecer oculto. Tal como um médico que tenta não assustar o seu doente na primeira consulta, também o Salvador evitou dar-Se a conhecer logo no início da sua missão, só o fazendo pouco a pouco. O profeta tinha predito esta vinda sem brilho nestes termos: «Descerá como a chuva sobre um velo e como a água que corre gota a gota sobre a terra» (Sl 71,6). Ele não rasgou o firmamento para vir sobre as nuvens, mas veio em silêncio, permanecendo nove meses oculto no seio de uma Virgem. Nasceu num presépio, como filho de um humilde operário. Andou dum lado para o outro como um homem normal; as suas vestes eram simples, a sua mesa frugal. Caminhava sem parar, a ponto de ficar cansado. Mas a segunda vinda não será assim. Ele virá com tanto brilho que nem terá de anunciar a sua chegada: «Como o relâmpago que parte do Ocidente e aparece no Oriente, assim será a vinda do Filho do homem» (Mt 24,27). Este será o tempo do julgamento e da sentença, em que o Senhor não aparecerá como médico, mas como juiz. David, o rei-profeta, fala de um esplendor, de um brilho e de um fogo irradiando em todas as direções: «Um fogo caminhará diante dele e à sua volta rugirá violenta tempestade» (Sl 49,3). Todas estas comparações pretendem fazer-nos compreender a soberania de Deus, a luz intensa que O rodeia e a sua natureza inacessível.

Beata Maria Madalena da Encarnação, Fundadora - 29 de novembro

     Nasceu em Porto Santo Stefano (Itália) no dia 16 de abril de 1770, no seio de uma família fervorosamente católica. Foi batizada no dia seguinte com os nomes de Catarina Maria Francisca Antônia.
     Cresceu em um ambiente impregnado de religiosidade exemplar. Seu pai, Lourenço Sordini, promoveu que se expusesse o Santíssimo Sacramento na igreja paroquial, para a veneração pública, em circunstâncias especiais, com espírito de amor e reparação, como, por exemplo, no carnaval. Assim, desde sua adolescência, Catarina passava horas em adoração junto a Jesus Sacramentado.
     Aos 17 anos recebeu uma proposta de casamento da parte de Afonso, jovem de boa posição, que lhe presenteou joias preciosas. Adornada com elas, ao olhar-se no espelho o rosto doloroso de Jesus Crucificado lhe apareceu, convidou-a a entregar-se totalmente a ele e lhe dizendo: "Catarina, me abandonas por um amor humano?" Em fevereiro de 1788 ingressou no mosteiro das Terciárias Franciscanas de Ischia de Castro. Ao vestir o hábito religioso tomou o nome de Irmã Maria Madalena da Encarnação. Nos primeiros anos foi dirigida pelos passionistas de um mosteiro próximo.

São Francisco Antônio Fasani

Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente O santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial. “Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência.

São Paranomos († c.250) , mártir , 29 de Novembro

O Santo Mártir Paranomos foi martirizado juntamente com mais 370 cristãos no século II, época do imperador Décio que já havia assassinado muitos cristãos.
Próximo do Rio Tigre existia um lugar para banhos públicos.
Neste lugar, havia um chefe militar, idólatra fanático de nome Aquilino que, após oferecer sacrifiícios aos seus ídolos no templo, ordenou a Paranomos e a mais 370 cristãos que haviam sido feitos seus prisioneiros, que também eles oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos.
Foram, porém, unânimes em negar a atendender tal pedido e, enquanto os idólatras rendiam sacrifiícios aos seus ídolos, os cristãos entoavam salmos, recordando as palavras da Escritura Sagrada.
Aquilino, irritando-se pela atitude dos cristãos, ordenou que todos fossem mortos.
E os soldados, armados prontamente com suas lanças, atacaram e mataram a todos.
Assim, estes destemidos cristãos entregaram suas almas aos braços do Criador.

São Filomeno († c. 272), mártir , 29 de Novembro

O Santo Mártir Filomeno sofreu por Cristo, no ano 274, durante a perseguição contra os cristãos pelo imperador Aureliano (270-275).
São Filomeno era um comerciante de pães em Ancyra.
Pessoas invejosas informaram ao governador Félix que Filomeno era cristão, e assim foi ele levado diante de um juiz.
São Filomeno não renunciou a Cristo. 
Por isso, eles colocarm pregos em suas mãos, pés e cabeça, e forçaram-no a andar.
O santo mártir bravamente suportou os tormentos e acabou morrendo por perda de sangue, entregando sua alma a Deus.

SATURNINO DE TOULOUSE - Primeiro Bispo de Toulouse, Mártir, Santo Século III

Saturnino forma um elo entre o Gaul, França, e Judeia. Entre a nossa civilização e a de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, ele era grego e viveu nos tempos de Cristo. Ele ouviu falar de São João Baptista e foi ouvi-lo pessoalmente e ficou tão comovido que se tornou um de seus discípulos. Ele foi baptizado no Rio Jordão no mesmo dia que Jesus, o qual ele seguiu sendo um dos seus 72 discípulos. Ele continuou com os apóstolos após a Crucificação e estava com eles no Cenáculo quando o Espírito Santo apareceu a eles. Foi com Pedro para evangelizar o Oriente Médio. De lá foi enviando a Gaule, e após foi para Arles e Nimes e acabou se fixando em Toulouse com dois de seus companheiros: Paoul, que Pedro havia enviado com ele, e Honestus que ele converteu em sua jornada.

REDENTO DA CRUZ - Religioso, Missionário, Mártir, Bem-aventurado 1598-1638

Os carmelitas, Dionisio e Redento, encontraram-se no ano de 1635, no Convento do Carmo, em Goa. Sem antes se conhecerem, aqui se juntaram para virem a ser os primeiros mártires da família fundada por Santa Beato Redento da CruzTeresa de Jesus e S. João da Cruz. O Beato Redento da Cruz é portugês, natural de Cunha, Paredes de Coura, Viana do Castelo. Aqui nasceu em 1598. O seu nome de baptismo foi Tomás Rodrigues da Cunha. Cresceu embalado por sonhos dourados de guerreiro e de glória. Muito jovem ainda dirigiu-se a Lisboa, onde embarcou para a India vindo a ser nomeado capitão pela sua valentia nas batalhas em que tomou parte. Não só devido à sua valentia, mas também à destreza e ao seu espírito afável e temperamento comunicativo e alegre, conquistava as simpatias de quantos o conheciam.

ANTÓNIO FASANI (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707.

SÃO SATURNINO, MÁRTIR NA VIA SALÁRIA NOVA

Saturnino foi um dos incontáveis mártires dos primeiros séculos. 
Sobre este santo, natural de Cartago, o Papa São Dâmaso recorda seu exílio em Roma, por causa da fé, sob o império de Décio. 
Ali foi submetido a uma morte cruel, ocorrida em 304, durante a perseguição de Diocleciano.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE NOVEMBRO

 

Redentorista - flcastro22@gmail.com

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – 1º Domingo ADVENTO Santos: Iluminada, Brás de Véroli, Paramão
Evangelho (Mc 13,33-37) “Vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa vai voltar; pode ser à tarde, à meia- noite, de madrugada ou pelo amanhecer.”
Essa insistência de Jesus na vigilância deve ter impressionado muito, pois a encontramos nos evangelhos de Mateus, de Marcos e de Lucas. Marcos dá até a impressão que a vinda final de Cristo esteja para acontecer muito em breve. Lucas, pelo contrário, fala de um tempo mais longo e indefinido. Mas a necessidade da vigilância atenta continua sempre. Tanto mais que podemos pensar não apenas na vida final de Cristo, mas também em todas as outras suas vindas que, de um modo ou de outro, são também decisivas. Temos a vinda de Cristo em nossa morte, temos a manifestação de sua presença nos fatos grandes ou pequenos de nossa vida ou de nossa família, da vida da Igreja e da humanidade. Não podemos faltar a nenhum desses encontros.
Oração
Senhor, não sabemos quanto tempo a humanidade e a Igreja têm pela frente, nem sei quanto tempo me resta. Mas, como diz a segunda carta de Pedro (3,8-9), o certo é que tendes paciência conosco e nos estais dando o tempo necessário para a mudança de nosso coração e para crescer na vida nova que nos ofereceis. Vivemos o tempo da misericórdia, da vossa espera paciente pela nossa resposta. Ajudai-me, Senhor, a aproveitar o prazo que me dais. Que eu não deixe passar as oportunidades de conversão, que eu não deixe de aproveitar cada um dos impulsos com que me convidais para crescer e amadurecer, que eu não perca nenhuma ocasião de fazer o bem. Jesus, que eu não falte ao encontro que marcastes comigo. Amém.

sábado, 28 de novembro de 2020

53. QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO BRIGAM

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Chicão queria ensinar seu colega Ditinho a brigar. 
Assim teria um companheiro de briga. 
- Ditinho, quer que eu ensine você a brigar? 
- Quero. Por enquanto só sei apanhar dos outros. 
- Veja essa bola na minha mão. Eu vou dizer que ela minha. E você responderá dizendo que é sua. Cada um torna a repetir que é dele, engrossando e levantando sempre a voz, até a gente se atarracar. Entendido? Eu começo: 
- Esta bola é minha! 
- É minha! – respondeu o Ditinho. 
- Você está mentindo. Já falei que é minha. 
- Fui eu que a comprei – retrucou o Ditinho. 
- Não importa quem comprou. O que vale, é quem está com ela. 
- Isso é roubo. Passe para cá minha bola. 
- Já lhe mostro de quem é a bola. 
Chicão avançou no Ditinho, como quem vai dar um murro, mas o menino arrematou calmamente: 
- Não vou brigar por causa de uma bola. 
Palavra de vida: Abraão disse a Lot: Não haja discórdia entre mim e ti... Se fores para a esquerda, irei para a direita. E se fores para a direita, irei para a esquerda.” (Gn 13,8-9) 
- A briga nunca resolve nada. Quando um não quer, dois não brigam. Ceder numa contenda não é sinal de covardia, mas prova de nobreza.

REFLETINDO A PALAVRA - “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
A Palavra do Evangelho
continua a nos esclarecer onde está a vida cristã coerente. Viver intensamente a vida de Cristo, como nos chamou a atenção S. Paulo, é um dom, mas é também um empenho pessoal exigente. Se por um lado temos necessidade de coerência conosco mesmos, temos por outro lado entender as coerências de Deus. 
No evangelho deste XXVI domingo temos a parábola dos dois filhos. O pai dá ordens aos filhos de ir trabalhar na vinha. Um diz que não vai e vai. Outro diz que vai e não vai. Qual dos dois fez a vontade do Pai? Pergunta Jesus. O primeiro! Respondem os fariseus. Jesus conclui que os pecadores ouviram a palavra de Deus e acreditaram. E os grandes e “bons”, no caso os fariseus e chefes espirituais do povo, conhecendo a Palavra de Deus não se arrependeram para crer. O que vale não é a fachada exterior de religião, ou de bela figura, mas a coerência de vida com o que se crê. Deus vê o coração. Deus quer nossa coerência com sua vontade. O que Jesus quer não são palavras, mas atos, como na parábola dos dois filhos (Mateus 21,28-32). Os chefes do povo sabiam muito, mas não foram capazes de tomar uma atitude de conversão. Os pecadores e prostitutas acreditaram, tomaram atitudes de conversão e viveram. 
Muitas vezes temos a ousadia de condenar, criticar ou reclamar do procedimento de Deus e fazer-lhe as perguntas: por que Deus fez isso? Lemos em Ezequiel na primeira leitura que o justo que se desvia se perde. O ímpio que se converte, vive. A coerência de Deus é assim: Vê o coração e a coerência do homem em sua decisão por Deus. Tenho muito receio da vida de muitos cristãos que conheceram o caminho, viveram o caminho e, depois se extraviaram por motivos meramente humanos de prazer ou conveniência. Correm risco de se perderem, pois quem conheceu o caminho e dele se afasta, corre sério perigo. 
Paulo, na carta aos Filipenses diz que o modo de Jesus viver tem que se o nosso; seus sentimentos devem ser os nossos. Para entender o modo de Deus julgar e orientar só será entendido quando fazemos o mesmo caminho que Jesus fez: Estava junto do Pai, renunciou tudo e se fez homem, e mais, servo sofredor. Humilhou-se até à morte e morte de Cruz. Por isso Deus o exaltou e o constituiu Senhor. Esta atitude se inicia pelo arrependimento que leva à vida (Ez 18,28). Jesus, coerente com seu pensamento de ser o Redentor de todo homem, passa pela humilhação e chega à máxima condição fragilizada do homem: ser escravo. A vontade de Deus não é nosso sofrimento, mas nosso serviço humilde e desinteressado para estar próximo de cada necessitado, como Cristo próximo de nós. Essa foi a causa de sua ressurreição, e também a causa da nossa ressurreição. A palavra de Deus é luz em nosso caminho. Somente por ela podemos conhecer os sentimentos de Jesus. 
(Leituras: Ezequiel 18,25-28; Filipenses 2,1-1; Mateus 21,28-32)
Homilia do 26º Domingo do Tempo Comum
Em outubro de 2002

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,34-36. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da Terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Vicente de Paulo(1581-1660) 
Presbítero, 
fundador de comunidades religiosas 
Conferência às Filhas da Caridade,22/01/1645 
«Vigiai e orai em todo o tempo» 
Podeis dizer-me, minhas queridas filhas, que estais tão pouco recolhidas, mesmo quando rezais, que não conseguis estar um quarto de hora sem distrações. Não vos espanteis. Por vezes, os maiores servos de Deus passam pelas mesmas dificuldades. Um dia destes, estive a falar com um bom sacerdote, converso há vários anos, que passa grande parte do seu dia a rezar, e ele dizia-me que, na maior parte do tempo, não tinha gosto nem satisfação na oração, para além da que lhe advinha de dizer: «Meu Deus, estou aqui, na vossa presença, para fazer a vossa santíssima vontade. Basta-me que me queirais assim». Fazei vós o mesmo. Há um meio muito fácil: tomai como tema da vossa oração a Paixão de Nosso Senhor. Todas sabeis o que se passou nesses momentos, quer por terdes ouvido pregar sobre o assunto, quer por terdes meditado nele. Ó minhas filhas, que excelente meio de fazer oração é a Paixão de Nosso Senhor! Trata-se de uma fonte de rejuvenescimento, onde encontrareis coisas novas todos os dias. São Francisco não tinha outro tema de oração que não fosse a Paixão de Nosso Senhor, e recomendava a todos os seus filhos espirituais que dele se servissem continuamente. E onde pensais, minhas filhas, que o grande São Boaventura foi buscar toda a sua ciência? Ao livro sagrado da cruz. Fareis bem em vos habituardes a ele. Aconselho-vos a que o façais.

Santo Irenarco e companheiros , mártires , 28 de Novembro

O Santo Mártir Irenarco era de Sebaste, na Armênia e viveu durante o reinado de Diocleciano (284-305).
Quando jovem, costumava ministrar aos mártires nas prisões depois de eles terem sido torturados.
Certa vez, viu sete mulheres cristãs sendo torturadas , que bravamente suportaram os tormentos. Santo Irenarco maravilhou-se com isso, pois elas mostraram grande coragem diante do tirano, mesmo sendo elas fracas por natureza. 
Iluminado pela graça divina, Santo Irenarco confessou ser cristão.
Primeiro, suportou provações pelo fogo e pela água, em seguida, foi decapitado juntamente com as sete santas mulheres no ano 303.

Santo Estevão, o Jovem, monge († 764) , 28 de Novembro

Um dos mais célebres mártires da perseguição iconoclasta, Santo Estevão, o Jovem, nasceu em Constantinopla. Aos 15 anos foi confiado por seus pais aos monges do Monastério de Santo Auxencio, não muito distante de Calcedônia. Lá recebeu o ofício de comprar as provisões para o monastério. Quando seu pai faleceu, Estevão precisou ir à Constantinopla. Lá, aproveitou para vender todas as suas posses, repartindo com os pobres o dinheiro resultante da venda. Uma de suas irmãs já era religiosa. A outra partiu para Bitínia com sua mãe, retirando-se, ambas, num monastério. Ao morrer o abade João, Estêvão, com apenas 30 anos, foi eleito para sucedê-lo em seu posto.

TIAGO DA MARCA - Franciscano, Santo 1394-1476

Também conhecido como Giacomo della Marca Nasceu em Monteblandone, Marca, em 1 de setembro de 1394 como Domingos. Tomou o hábito dos franciscanos com 22 anos em 1416. Ele tomou o nome de James e da província de onde veio, assim passou a se chamar Giacomo della Marca. Nos países latinos seu nome é Tiago della Marca. Antes de ser missionário por 50 anos ele foi educado com Sã Bernardino de Sena em Fiezole, perto de Florença, Itália e foi ordenado em 1423 com 29 anos. Ele tornou-se um notável pregador. Ele pregou por todos dias durante 40 anos e era sua vocação andar por toda a Europa e pregar o Cristianismo, sempre onde ele sentisse necessário. Ele tinha a paciência de um Beneditino para reconstruir todas as suas jornadas inclusive aquelas que fez com São João Capristano através da Itália ,Alemanha, Boémia, Polónia e Hungria. Esse franciscano cheio de incrível energia andava por todos os lados. Ele apareceu na Bósnia em 1432 onde o Rei Tuerko o recebeu de braços abertos Ali ele pregou contra a heresia dos Bogomils.

CATARINA LABOURÉ - Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA 
Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha. 
***** 
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores. Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida. Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuida-va sua vida de piedade, encontrando sempre tem-po para meditação, orações vocais e mortificações.

SÃO TIAGO DA MARCA, SACERDOTE FRANCISCANO

Tiago da Marca foi um pregador impetuoso, mas a sua severidade era abrandada pela clemência. 
Tornando-se franciscano, em 1415, foi para a Europa Oriental. 
Seu modo elegante encantava as pessoas com seus gestos e palavras; combateu a usura inventando o penhor do “Monti di Pietà”.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE NOVEMBRO

 

Redentorista - flcastro22@gmail.com

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Sábado Santos: Tiago das Marcas, José Pignatelli, Estêvão, o Moço
Evangelho (Lc 21,34-36) “Tomai cuidado para que vossos corações não fi- quem insensíveis por causa da gula... e das preocupações da vida...”
Ao dizer que devemos estar sempre atentos e vigilantes, Jesus chama nossa atenção para um perigo muito real. Se não tomamos cuidado, se não controlamos nossas inclinações, se nos deixamos envolver por ocupações e preocupações temporais, perdemos o foco de nossa vida e esquecemos nossos reais objetivos. Podemos viver intensamente, mas não vamos esquecer da eternidade.
Oração 
Senhor Jesus, todos vivemos cercados de perigos. Alguns brotam de nós mesmos, de nossas inclinações ou escolhas. Outros vêm do ambiente, das ofertas, dos valores, dos objetivos que nos solicitam. Preciso de vossa ajuda para perceber o caminho certo e segui-lo apesar de tudo. Preciso ajudar meus irmãos na caminhada; dai-me então jeito e sabedoria para que os possa orientar. Amém.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

52. OS CANDIDATOS A MINISTROS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDETORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA 
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSINÁRIO REDENTORISTA
Certo rei da antiguidade, querendo escolher um ministro sábio, mandou fazer uma pesquisa. 
D’entre os muitos sábios entendidos que os pesquisadores localizaram, três foram convocados para se apresentar. 
Destes três, igualmente sábios, o rei escolheria um. 
Para isso planejou um teste. 
Levou os três a uma sala do palácio e, apontando para a fechadura da porta, disse: 
- Esta fechadura tem um segredo que ninguém descobre. Só saberá abri-la quem conhecer o segredo. O primeiro de vocês que conseguir abri-la, será o meu Ministro. 
Os três começaram logo a estudar o problema. 
Um deles entregou-se a complicados cálculos de Matemática para descobrir o segredo da porta misteriosa. 
O segundo ficou matutando, tendo algumas ferramentas na mão. 
O terceiro foi até a porta e experimentou virar a maçaneta, e... a porta se abriu. 
Qual era o segredo? 
Nenhum. 
Ela já estava aberta. 
Palavra de vida: ”Pedi e vos será dado. Procurai e achareis. Batei e vos será aberto (Mt 7,7) - Mais vale a prática do que a gramática.

REFLETINDO A PALAVRA - “Bíblia e Tradição”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
O mês da Bíblia chega ao fim.
Tivemos algumas criatividades que ajudaram a aumentar nosso amor pela Palavra de Deus. Pode ser que nos tornemos leitores mais freqüentes do Texto Sagrado. Assim, a revelação de Deus entra mais profundamente em nosso coração. Jesus mandou aos apóstolos que pregarem o evangelho a todos os povos como fonte de toda a verdade de salvação. Nós acolhemos este presente de Jesus com alegria! 
Segundo o ensinamento do “Catecismo da Igreja Católica” (nº 75-100) “a transmissão do Evangelho fez-se de duas maneiras: oralmente - pelos apóstolos, que na pregação oral, por exemplos e instituições, transmitiram aquelas coisas que ou receberam das palavras, da convivência e obras de Cristo, ou aprenderam das sugestões do Espírito Santo; Por escrito: por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação” (Catecismo 76). A transmissão viva, realizada no Espírito Santo, é chamada de Tradição. Ela é mais antiga que o texto do Novo Testamento. Bíblia e Tradição estão intimamente unidas. Uma não nega a outra, mas completam o único Evangelho de Jesus, pregado pelos apóstolos e conservado no tesouro da Tradição e da Bíblia. Tradição não quer dizer tradicionalismo, coisas antigas como rezas, missa em latim, devoções antigas. Isso são tradições. Tradição é a transmissão da fé desde Jesus até hoje. Paulo, ensinando como era a Eucaristia, diz que recebeu pela Tradição, diz: “o que recebi, transmiti a vós”(1 Cor 11,23). 
A Bíblia não é a única regra de nossa fé, como o para os crentes. Ela é a fonte, junto com a Tradição, da qual dependem outras regras que orientam nossa fé. Na Igreja, desde o início, a comunidade só tinha o Antigo Testamento. Mas já vivia a fé confirmada oralmente pelos “ensinamentos dos apóstolos”(At 2,42). Pelos anos 50 começaram a ser escritos os textos do Novo Testamento. Com a morte de S. João pelo ano 120, encerra-se o período de formação do Novo Testamento. Neste meio tempo, os apóstolos ou outros cristãos foram ensinando e colocando por escrito o ensinamento em que a comunidade acreditava a respeito de Jesus. Esta fé vivida e explicada continha os elementos fundamentais do ensinamento de Jesus. A Tradição continua viva aprofundando a fé, ensinando o povo a rezar com verdade, esclarecendo o que Jesus ensinou e fundamentando a fé do povo de Deus. Por exemplo: o dogma da Assunção de Maria não está na Bíblia, mas na Tradição. Mas fundamenta-se na Bíblia. A magistério da Igreja, a liturgia, os santos padres escritores e a fé do povo de Deus garantem a Tradição. 
Jesus não escreveu nada que tenha sido conservado. Ele só escreveu na areia, e já fez os mestres da lei sairem correndo. Imagine se tivesse escrito um livro...Não sobrava um por perto! O que Ele viveu e ensinou foi recolhido e transmitido através da palavra ou dos escritos. Assim temos a Tradição e a Bíblia.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM SETEMBRO DE 2002

EVANGELHO DO DIA 27 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,29-33. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o Reino de Deus. Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo aconteça. Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Guerric de Igny(1080-1157) 
abade cisterciense 
1.º sermão para o Advento;PL 185,11 
«Sabei que está próximo o Reino de Deus» 
«Aguardamos o Salvador» 
(liturgia latina; cf Fil 3,20)
Na verdade, é feliz a espera dos justos, daqueles que aguardam «a esperança bendita e o advento na glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo» (Tt 2,13). «Onde está a minha esperança, diz o justo, senão no Senhor?» (Sl 38,8). E depois exclama: «Eu sei que não desiludirás a minha espera (Sl 118,116). De facto, o meu ser já está perto de Ti, porque a nossa natureza, assumida por Ti e oferecida por nós, já foi glorificada em Ti. O que nos dá a esperança de que toda a carne venha a Ti (cf Sl 64,3)». No entanto, é com confiança ainda maior que esperam o Senhor aqueles que podem dizer: «O meu ser está perto de Ti, Senhor, pois entreguei-Te todas as minhas riquezas; ao largá-las por Ti, juntei um tesouro no Céu (cf Mt 6,20). Já depositei todos os meus bens a teus pés: e sei que mos devolverás em cêntuplo, juntamente com a vida eterna (cf Mc 10,30)». Vós, os pobres de espírito, sois bem-aventurados! (cf Mt 5,3) Porque o Senhor disse: «Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração» (Mt 6,21). Que os vossos corações O sigam, que sigam o seu coração! Fixai o vosso pensamento lá no alto, e que a vossa espera esteja suspensa de Deus, para poderdes dizer, como o apóstolo Paulo: «A nossa vida está nos Céus; é de lá que aguardamos o Salvador» (Fil 3,20).

São Virgílio - Bispo (século VIII)

Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo. Nasceu na primeira década do século VIII e foi batizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgilio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou. Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgilio para a Abadia de São Pedro de Salzburg, atual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgilio como bispo daquela diocese. Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, atuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgilio, mas o fato de ter sido feita por Odilon. Ambos nutriam entre si uma profunda divergência no campo doutrinal e Virgilio participava do mesmo entendimento de Odilon. Essa situação perdurou até a morte de são Bonifácio, quando, e só então, ele pôde ser consagrado bispo de Salzsburg.

Santa Catarina Labouré

Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas. Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que, ao findar dessa sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre quando se consagrou a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade. Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começou a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina: “A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem”.

São Tiago, o Persa, mártir († 764) , 27 de Novembro

A segunda perseguição persa teve início por volta do ano 420, devido ao excessivo zelo do bispo Abdias. A principal vítima desta perseguição foi São Tiago que, nesta época, era bastante próximo do rei Yezdigerdo I. Quando o tal príncipe empreendeu um movimento de perseguição aos cristãos. São Tiago não tendo sido suficientemente forte para romper sua amizade, acabou por dissimular ou abandonar sua fé no Deus Único e verdadeiro que até então professava abertamente, o que causou a aflição de sua mãe e de sua esposa. Quando o rei Yezdigerdo veio a falecer, mãe e esposa acolheram São Tiago, não sem antes, por carta, condenar a covardia de sua conduta. Muito impressionado com esta carta. São Tiago começou a compreender melhor a sua falta, deixando de freqüentar a corte e renunciando a todas as honras que havia antes procurado e manifestando publicamente o seu arrependimento e sua fé cristã. Bahram reprovou sua ingratidão, lembrando-lhe de todas as honras que seu pai lhe havia conferido. São Tiago respondeu serenamente: «E onde está agora? O que é feito dele?».

ANTÓNIO FASANI (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707.

São Virgílio de Salzburgo

Feirgil nasceu numa família de nobres irlandeses por volta de 743. Pouco se sabe de sua infância. Sabe-se apenas que se tornou monge na abadia beneditina de Achadh-bo-Cainningh, na Irlanda, onde adquiriu vasta cultura não só teológica e bíblica, mas também científica, sobretudo em matemática e geografia. Trocou a Irlanda pela França em 743 e não mais retornou a seu país. Permaneceu dois anos em Cressy, perto de Compiègne, sendo depois recebido pelo rei Pepino, o Breve, que desejava fundar em seu reino centros culturais e pacificar seu povo com a fé cristã. Virgílio foi convidado para abrir uma escola superior na região da Baviera, junto ao Duque de Odilon. Com a morte do bispo de Salzburgo, Virgílio foi eleito abade da Abadia de São Pedro, da qual dependia o bispado. Nesta qualidade Virgílio deveria governar a diocese, embora sem sagração episcopal.

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa – 27 de novembro

Esta invocação está relacionada as aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então noviça das Irmãs da Caridade, em Paris, França, no século XIX. A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite. Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: 

"Irmã Labouré, vem à capela. Santa Maria te aguarda". 
Mas ela replicou: 
"Seremos descobertas!" 
A voz angélica respondeu: 
"Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... Vem, estou à tua espera". 
Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: 
"A santíssima Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse: 
"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá".
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