segunda-feira, 1 de setembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A fé do povo de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O povo não erra na fé
 
A fé é um dom de Deus oferecido a todos. É, como a caridade e a esperança, uma virtude teologal, isto é, tem Deus como autor. A nós cabe aceitar a proposta de Deus e ser dotado dessa dimensão fundamental da vida que vai gerar em nós tudo que se refere ao espiritual. Sem fé é impossível a vida cristã e as obras da fé. Com a caridade estamos unidos ao amor de Deus em Cristo. Com a esperança vivemos já, o que esperamos. O Céu começa aqui. A fé, como dom a todo povo, faz é um critério para a Igreja. O povo não é um rebanho silencioso, mas também guarda e regra, com os demais critérios, dessa fé. O Catecismo da Igreja Católica, explicando o sentido sobrenatural da fé diz: “Todos os fiéis participam da compreensão e da transmissão da verdade revelada. Receberam a unção do Espírito Santo que os instrui e os conduz à verdade na sua totalidade” (CIC 91 – 1Jo 2,20.27). Por isso, temos o que é importante: “O conjunto dos fiéis... não pode enganar-se no ato de fé” (Id 92). A Igreja não pode errar, pois tem também a garantia da fé do povo. Quando alguém ou um grupo deixa a fé católica - “perde a fé” – ele não é mais critério. Quem tem a fé está apoiado na Escritura, na Tradição, no ensinamento dos Mestres da fé e também, como veremos, sustentado pelo Magistério da Igreja. É o conjunto das regras de fé que garante. “Por esse senso da fé, promovido e sustentado pelo Espírito da verdade o povo de Deus... adere sem erro à fé... penetra-a mais profundamente e mais plenamente a aplica na vida” (Id. 92). Como a Escritura foi escrita no meio do povo, no meio do povo é compreendida. Ninguém age sozinho. Já é um erro pensar assim. Ninguém é dono pessoal da fé. 
Crescimento da fé 
O povo de Deus é mestre na fé. Foi no meio desse povo que a Palavra de Deus foi recolhida no livro santo e conservada sob a direção dos pastores. Antes do livro já havia a fé do povo transmitida pelos apóstolos e discernida por seus sucessores. Os muitos anos de pregação dos apóstolos puderam sedimentar os ensinamentos de Jesus. A fé ajudou a comunidade a discernir o que era Palavra de Deus e o que eram palavras dos homens. Temos assim o Novo Testamento. João encerra a revelação. Depois vem o lento trabalho de compreensão e aprofundamento das verdades da Palavra e o desenvolvimento da compreensão. São séculos de estudos e vivências que trouxeram a clareza, guiada pelo Espírito, para explicar tudo o que a Palavra nos ensinou. Não vamos acrescentar verdades novas, mas compreender sempre mais profundamente o depósito da fé. A Bíblia não foi escrita em pedra, mas primeiro nos corações dos fiéis. O Catecismo ensina: “Graças à assistência do Espírito Santo, a compreensão tanto das realidades, quanto das palavras do depósito da fé pode crescer na Igreja” através da contemplação e do estudo, da compreensão dos fiéis e da pregação (CIC 94). 
Unidos na fé 
A fé do povo de Deus, por vontade de Cristo, é confiada aos pastores, unidos ao Papa, que com seu ministério interpretam legitimamente a Palavra de Deus. Não podemos perder de vista que “a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério de Igreja estão de tão modo entrelaçados e unidos, que um não tem consistência sem o outro, e que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo contribui eficazmente para a salvação das almas” (CIC 94). Pelos ensinamentos vemos que temos que estar unidos na fé como povo de Deus, para que se torne mais viva e mais clara a Palavra de Deus.
ARTIGO PUBLICADO EM SETEMBRO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 01 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 4,16-30. 
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor». Depois, enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?». Jesus disse-lhes: «Por certo Me citareis o ditado: "Médico, cura-te a ti mesmo". Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a Terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-no até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. 
Tradução litúrgica da Bíblia
Orígenes 
(185-253) 
Presbítero, teólogo 
Homilias sobre São Lucas, n.° 32, 3-6, SC 87 
«Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga»
«Naquele tempo, Jesus foi a Naza. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu"». Não foi por mero acaso, mas por intervenção da divina Providência, que Jesus abriu o livro e encontrou no texto o capítulo que profetizava sobre Ele. Pois se está escrito: «Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados» (Mt 10,29-30), não poderia ser por acaso que a escolha do livro de Isaías expressava o mistério de Cristo. De facto, este texto lembra Cristo, que disse: «Ele Me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres». Os «pobres» são os pagãos, que eram pobres porque não possuíam absolutamente nada: nem Deus, nem Lei, nem profetas, nem justiça, nem qualquer outra virtude. Foi por isso que Deus O enviou como mensageiro aos pobres, para «proclamar a redenção aos cativos». Haverá ser mais oprimido e ferido do que o homem antes de ser libertado e curado por Jesus? «Depois, enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga». Também neste momento, se quiserdes, aqui nesta assembleia, podeis fixar os olhos no Salvador. Se dirigirdes o olhar mais profundo do vosso coração para a contemplação da Sabedoria, da Verdade, do Filho único de Deus, tereis os olhos fixos em Jesus. Bem-aventurada a assembleia da qual a Escritura atesta que todos tinham os olhos fixos nele! Como eu gostaria que sobre esta assembleia se pudesse dizer o mesmo! Que todos, catecúmenos e fiéis, mulheres, homens e crianças, tenhais os olhos do coração ocupados a olhar para Jesus! E, quando O olhardes, a sua luz tornará o vosso rosto mais luminoso, e podereis dizer: «Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face» (Sl 4,7).

São Terentino(Terenciano), Bispo e Mártir Dia da Festa: 1º de setembro

† Todi, Perugia, 1º de setembro de 138
 
 Não há dados biográficos confiáveis sobre Terenciano: como seu nome é claramente de origem latina, os historiadores defendem uma origem romana. Ele foi uma figura de liderança na disseminação do cristianismo na antiga Túscia. A partir do estudo de numerosas inscrições em pedra romanas, o hagiógrafo Monsenhor Zaffarami data a chegada da gens Terência (à qual Terenciano teria pertencido) ao território da antiga Túscia no início do século II. Terenciano foi eleito bispo de Todi em idade avançada. O procônsul Letiano — instigado por Flaco, sacerdote do templo de Júpiter — acusou-o de praticar artes mágicas. Terenciano foi então preso e levado a julgamento. Apesar da tortura a que foi submetido, Terenciano não renunciou à sua fé. Segundo a tradição, sua língua foi amputada, mas foi o próprio Letiano que ficou mudo, morrendo logo em seguida. O Martirológio Romano já listou São Tereciano como bispo e mártir em 1º de setembro, enquanto a última edição promulgada por São João Paulo II o lista apenas como bispo. 
Patrono: Todi (PG) 
Emblema: Palma, Mitra, Báculo 
Martirológio Romano: Em Todi, na Úmbria, São Terentino, bispo.

São Josué, o Patriarca Dia da Festa: 1º de setembro século XII a.C.

O jovem Josué serviu como aprendiz a serviço de Moisés. Ele adquiriu experiência e conhecimento, tornando-se um homem cheio do espírito de sabedoria. Por causa dessa sabedoria e docilidade, ele merecia se tornar o sucessor de Moisés, que conduziria o povo à terra prometida. A travessia do Jordão foi mais uma procissão litúrgica, liderada por Josué, do que um ato militar. No centro do evento estava a Arca carregada pelos sacerdotes. Assim que tocaram a água, ela se abriu para permitir que o povo atravessasse em terra seca. A conquista de Jericó também foi apresentada como um ato litúrgico, com os sacerdotes como protagonistas. Durante seis dias, eles lideraram a procissão ao redor dos muros da cidade. No sétimo dia, eles circundaram os muros da cidade sete vezes e, ao final do último dia, ao som de trombetas, os muros ruíram. Os dois episódios compartilham uma premissa teológica: a conquista da terra foi um presente de Deus, e Josué foi seu instrumento. 
Etimologia: Do hebraico 'Jehoa-Schiuah' e significa 'o Senhor salva' 
Martirológio Romano: Comemoração de São Josué, filho de Num, servo do Senhor, que, pela imposição das mãos de Moisés, foi cheio do espírito de sabedoria e, após a morte de Moisés, conduziu maravilhosamente o povo de Israel ao longo do curso do Jordão até a terra prometida.

Beato José Samsó e Elías, sacerdote e mártir Festa: 1º de setembro

(*)Castellbisbal, Barcelona, Espanha, 17 de janeiro de 1877
(+)Mataró, 1 de setembro de 1936 
Em 23 de janeiro de 2010, José Samsó i Elías, padre catalão e mártir morto durante a Guerra Civil Espanhola, foi beatificado em Barcelona. Nascido em Castellbisbal, Espanha, em 17 de janeiro de 1887, em uma boa família, decidiu entrar para o seminário e se tornar padre. Durante os anos de perseguição religiosa na Espanha, serviu como pároco da Basílica de Santa Maria de Mataró, uma bela igreja do século XVI com fachada medieval e neorromânica, localizada no coração do bairro de Maresme, em Barcelona. O Padre Giuseppe foi preso por ser padre. Nunca se retratou de nada que disse em nome de Deus e da Igreja de Roma diante de seus algozes. Foi morto, por ódio à Fé, em 1º de setembro de 1936. Verdadeira testemunha de Cristo, morreu perdoando seus perseguidores. Para os padres, especialmente os párocos, ele é um modelo de dedicação à catequese e à caridade para com os pobres. O Servo de Deus nasceu em 17 de janeiro de 1877, em Castellbisbal (Barcelona, ​​Espanha). Passou a infância na cidade de Rubí (Barcelona), onde completou os estudos primários no Colégio dos Irmãos Maristas.

Santo Egídio, abade

De eremita a abade
 
O túmulo de Santo Egídio, venerado em uma abadia, na região francesa de Nîmes, remonta, provavelmente, à época merovíngia, embora a sua inscrição não seja anterior ao século X, data em que foi composta a Vida do santo abade, permeada de prodígios. Parte-se daqui, para se tentar reconstruir a vida de Egídio, cuja lenda mais popular indica que tenha vindo de Atenas, para viver como eremita, em um bosque junto à foz do rio Ródano, na França meridional, a fim de se entregar, com maior dedicação, ao serviço de Deus; transcorria o tempo em oração, vivendo com austeridade e jejuns; nutria-se de ervas, raízes e frutos selváticos; dormia na terra nua e seu travesseiro era uma rocha. Enternecido com por tantos sacrifícios, o Senhor teria mandado a Egídio uma cerva, para fornecer-lhe leite, todos os dias. Entretanto, durante uma caça, o eremita foi descoberto por Flávio, rei dos Gotos, que se simpatizou por ele. De fato, por erro, o soberano lançou uma flecha contra a cerva, mas feriu o Santo, que se encontrava ao lado do animal que abrigava. Entre os dois nasceu uma amizade; o rei, que havia ficado comovido pelo ocorrido, decidiu oferecer a Egídio certa extensão de terra para construir uma abadia. Ali, o anacoreta, em troca da solidão, inevitavelmente perdida, teve a satisfação de ver crescer uma comunidade ativa de monges, da qual foi diretor espiritual até à sua morte, em 1° de setembro de 720. O mosteiro recebeu o nome de “Abadia de Saint-Gilles”.

Beata Maria Carmen Moreno Benitez Virgem e Mártir Dia da Festa: 1º de setembro

(*)Villamartin, Espanha, 24 de agosto de 1885
(+)Barcelona, Espanha, 6 de setembro de 1936 
Em 1936, com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, Irmã Carmen e Irmã Amparo estavam juntas na mesma comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora, a primeira como vigária, a segunda como gerente geral. A comunidade era composta por freiras, noviças e pensionistas que, diante do grave perigo, foram aconselhadas por suas superiores a irem para casa de parentes, vestir roupas civis e partir para a Itália o mais rápido possível. Irmã Carmen e Irmã Amparo, em vez disso, optaram por ficar para cuidar de uma freira que acabara de se submeter a uma cirurgia de câncer, mas na noite de 1º de setembro, as três foram presas. Na madrugada de 6 de setembro, as portas da cela se abriram: a paciente foi liberada, enquanto as outras duas freiras foram levadas para o hipódromo da cidade, perto do mar, onde foram fuziladas. São João Paulo II as beatificou em 11 de março de 2001. 
Martirológio Romano: Em Barcelona, Espanha, foram celebrados os beatos mártires Pedro Rivera, sacerdote da Ordem dos Frades Menores Conventuais, Maria Carmela Moreno Benítez e Maria do Refúgio Carbonell Múñoz, virgens do Instituto de Maria Auxiliadora, que na mesma perseguição, conformadas à paixão de Cristo Esposo, alcançaram o prêmio da paz eterna.

Beata Maria Amparo Carbonell Muñoz Virgem e Mártir Dia da Festa: 1º de setembro

(*)Alboraya, Espanha, 9 de novembro de 1893
(+)Barcelona, Espanha, 6 de setembro de 1936 
Em 1936, com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, Irmã Carmen e Irmã Amparo estavam juntas na mesma comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora, a primeira como vigária, a segunda como gerente geral. A comunidade era composta por freiras, noviças e pensionistas que, diante do grave perigo, foram aconselhadas por suas superiores a irem para casa de parentes, vestirem roupas civis e partirem para a Itália o mais rápido possível. Irmã Carmen e Irmã Amparo, em vez disso, optaram por ficar para cuidar de uma freira que acabara de se submeter a uma cirurgia de câncer, mas na noite de 6 de setembro, as três foram presas. Na madrugada de 1º de setembro, as portas da cela foram abertas: a paciente foi liberada, enquanto as outras duas freiras foram levadas para o hipódromo da cidade, perto do mar, onde foram fuziladas. São João Paulo II as beatificou em 11 de março de 2001. Martirológio Romano: Em Barcelona, ​​Espanha, foram celebrados os beatos mártires Pedro Rivera, sacerdote da Ordem dos Frades Menores Conventuais, Maria Carmela Moreno Benítez e Maria do Refúgio Carbonell Múñoz, virgens do Instituto de Maria Auxiliadora, que na mesma perseguição, conformadas à paixão de Cristo Esposo, alcançaram o prêmio da paz eterna.

Beata Juliana de Collalto - 1 setembro

Martirológio Romano: Em Veneza, Beata Juliana de Collalto, Abadessa da Ordem de São Bento.
     Juliana nasceu em Collalto (hoje pertencente a comuna de Susegana, na província de Treviso|) em 1186. Seus pais eram o Conde Rambaldo VI e a Condessa Joana de Sant’Angelo, de Mântua, que lhe deram uma educação profundamente católica.
     Aos 12 anos, vestiu o hábito beneditino em Santa Margarida de Salarola. Ali viveu os primeiros anos de vida religiosa de modo exemplar. Em 1220 ingressou no mesmo mosteiro a Beata Beatriz I d’Este, e entre estas duas almas eleitas nasceu uma profunda amizade.
     Na poderosa e rica República de Veneza os mosteiros tinham a sua importância, mesmo porque eles acolhiam jovens das mais importantes e nobres famílias. Na Ilha de Spinalonga (hoje Giudecca) surgia a igreja de São Cataldo. Juliana, que se notabilizara pelo nome ilustre ao qual acrescentara excelentes virtudes, foi encarregada da fundação de um mosteiro ao lado daquela igreja. Nasceu assim, naquele local abandonado, uma comunidade claustral que por séculos se dedicará à oração. A igreja foi dedicada também a São Biagio.
    Juliana foi nomeada abadessa e, além do respeito à Regra para a sua própria santificação e de suas coirmãs, teve sempre particular apreço pelos pobres. A sua caridade era conhecida por toda cidade, e ainda em vida fez muitos prodígios. Do mosteiro dos Santos Biagio e Cataldo da Giudecca dependia aquele de “terra firme” de Pianiga, que Juliana fez restaurar por volta da metade do século. Após as leis de supressão das ordens religiosas de fins do século XVII, o edifício foi transformado na Vila Albarea.

Santa Verena de Zurzach - 1 de setembro

Há duas Vite que narram a trajetória terrena de Santa Verena: uma escrita por volta de 888 e outra de 1005. Há também o Miracula s. Verenæ de 1010, que descreve a veneração dedicada a Santa Verena no século X, com peregrinações ao seu túmulo de Zurzach. Segundo a narrativa contida no capítulo 3º da Vita prior, Verena nasceu em uma estimada família de Tebas, no Egito. Os pais devem tê-la confiado, para ser batizada e para sua formação cristã, ao idoso bispo Queremone de Nilópolis. Este bispo devia ser conhecido do autor da Vita prior, o abade da Abadia de Reichenau, Hatto I (cerca do ano 888), uma vez que fora citado por Eusébio de Cesareia. Após a morte do Queremone, Verena foi transferida com outros cristãos para o Baixo Egito, onde os imperadores Diocleciano e Maximiano procuravam por novos soldados e haviam fundado com eles uma nova legião tebana. No capítulo 4º da Vita prior é dito que ela chegou à Milão acompanhando esta legião. Ali ela permaneceu por algum tempo procurando pelo cárcere dos legionários. Assim que soube da morte dos legionários, se pôs a caminho de Agaunum (atual Saint-Maurice, na Suíça). Em várias legendas hagiográficas é relatado que Verena deu sepultura aos mártires da Legião Tebana (a famosa legião de São Maurício).

Santa Colomba, Eremita - 1 de setembro

 Percorrendo o elenco dos santos medievais na hagiografia, impressiona o número de famílias inteiras cujos membros são considerados santos, especialmente os nobres e os governantes; o fenômeno é mais evidente nos países anglo-saxões, mas também na Itália houve muitos casos.     Um dos casos mais famosos é o da família dos condes de Pagliara, próximo de Castelli, na província de Teramo. Eram desta família São Berardo, bispo de Teramo e padroeiro da cidade, sua irmã é Santa Colomba e seus irmãos os santos Nicolau e Egídio.     Os Pagliara tinham o título de conde, talvez herdado dos antigos condes Marsi e eram os senhores do Vale Siliciano, que abrangia um vasto território no Grand Sasso, Itália.     Berardo, já monge beneditino e sacerdote em Montecassino, se retirou no famoso Mosteiro de São João em Venere, Abruzzo, e dali foi chamado para a sede episcopal de Teramo.     De seus irmãos, Nicolau e Egídio, só se sabe que eles são mencionados em uma breve citação, juntamente com Santa Colomba, por estudiosos hagiográficos, como os Bollandistas, constituídos pelo jesuíta belga Jean Bolland (1596-1665) para compilar o 'Acta Sanctorum'.     Na mesma citação, no dia 1º de setembro, Santa Colomba é lembrada como jovem condessa de Pagliara que nasceu em 1100; retirou-se jovem para viver como ermitã nas encostas do Monte Infornace (Grand Sasso).

Joana Soderini Religiosa, Beata 1301-1340

Virgem Florentina, 
discípula de Santa Juliana Falconieri, 
terceira das Servitas de Maria, 
cujas mortificações eram extraordinárias.
Veio ela ao mundo no ano 1301, numa das primeiras famílias de Florença. Nem bem sua razão começou a desabrochar, e já o seu maior prazer consistia em ouvir a narrativa dos mistérios da fé cristã, e em conversar sobre eles. Uma terna piedade lhe abrasava o coração. A Santa Virgem merecia-lhe particular devoção; honrou-a desde os mais ternos anos; todos os dias entoava-lhe louvores e dirigia-lhe fervorosas preces. Tendo Joana chegado ao conhecimento, de maneira sobrenatural, de que a sua governanta, chamada Felícia Tónia, morreria dentro de pouco tempo, preveniu a moça, e esta, submetendo-se resignadamente à vontade de Deus, se ocupou em procurar uma pessoa prudente capaz de substituí-la junto à aluna. Nessa intenção indicou a ilustre Santa Juliana Falconieri. Muito repugnava aos pais de Joana a ideia de fazê-la ingressar num estabelecimento religioso, pois era a única filha do casal, e já cogitavam dá-la em casamento a um jovem florentino de classe igualmente elevada. Porém, quando a menina lhes contou que já escolhera Jesus Cristo para esposo, não ousaram opor-se ao desejo por ela manifestado.

Beatriz da Silva Fundadora da Ordem da Imaculada Conceição, Santa 1424-1492

Fundadora da Ordem (contemplativa) da 
Imaculada Conceição, também conhecida 
por Concepcionistas Franciscanas.
A família
"...educada num profundo espírito e virtudes cristãs." De nobilíssima família portuguesa, Beatriz da Silva e Menezes, nasceu na graciosa e ensolarada vila alentejana de Campo Maior, no ano de 1424. Filha de D. Rui Gomes da Silva, Alcaide Mor da já mencionada vila de Campo Maior e Ouguela e de Dona Isabel de Menezes, que era filha de D. Pedro de Menezes que foi Governador da Praça de Ceuta, nessa altura pertencente à coroa dos reis de Portugal. Os pais de Beatriz pertenciam à primeira nobreza e estavam ainda aparentados com a família real. Beatriz passou a sua infância e adolescência nesta nobre vila, rodeada do carinho de seus pais que a educaram num profundo espírito e virtudes cristãs. Foi a oitava de doze irmãos: Pedro, Fernando, Diogo, Afonso, João (Beato Amadeu da Silva, fundador do ramo franciscano dos frades Amadeus, hoje extinto), Branca, Guiomar, Beatriz, Maria, Leonor, Catarina e Méscia.

Santo Inácio Clemente Delgado Bispo e mártir (†1838)

Foi Vigário Apostólico para o atual Vietnam; sua beatificação ocorreu junto com o grupo de mártires dessa região, sob o pontificado do Papa Leão XIII no dia 7 de maio de 1900. Clemente nasceu no dia 23 de novembro de 1761 na região de Saragoça, Espanha. Ainda muito jovem, entrou no convento dominicano de Calatayud. Sua profissão religiosa ocorreu em 1781 e após seus estudos e a ordenação, partiu para as Filipinas, pois havia decidido consagrar toda sua vida à missão. Chegou ao seu destino no dia 19 de outubro de 1790 juntamente com outros coirmãos. Após quatro anos de evangelização, durante o Pontificado do Papa Pio VI, foi nomeado bispo e coadjutor de Mons. Feliciano Alonso, o Vigário Apostólico. Após cinco anos, 1799, Inácio iria substituir a Mons. Feliciano nesse encargo. Durante quase cinquenta anos de um apostolado muito ativo, Santo Inácio Clemente viu o número de cristãos na região se duplicar e participou a edificação de numerosos colégios, igrejas e mosteiro. Infelizmente, por ódio aos missionários europeus, o rei Minh-Manh, ordenou que todos os cristãos fossem perseguidos e mortos: para escapar da pena, seria necessário apostatar, o que nesse caso era feito mediante o pisar sobre uma cruz.

TERESA MARGARIDA REDI (Ana Maria Redi) SANTA 1747-1770

Nasceu em Arezzo, na Toscana, da nobre família Redi, em 1747. Entrou para o Mosteiro das Carmelitas Descalças de Florença, no dia 1° de Setembro de 1764. Teve uma particular experiência contemplativa, fundada na palavra do Apostolo São João: “Deus é Amor”. Viveu no amor e na imolação de si mesma e atingiu, rapidamente, a perfeição, no serviço constante e heróico de suas Irmãs. Morreu em Florença, em 1770. eus pais Inácio Fernando Maria Redi e Maria Camila Bal-Lati. Tiveram 13 filhos, Ana Maria foi a segunda. Teve três irmãs religiosas e dois irmãos sacerdotes. Ana Maria Redi Nasceu na Itália, na cidade de Arezzo, de nobre família, no dia 15 de julho de 1747. Foi uma alma contemplativa desde menina. Freqüentemente enchia-se de entusiasmo e questionava: “diga-me, quem é esse Deus?” Atraída pela palavra de São João: “Deus é Amor” (1Jo 4,16). Ingressou no Carmelo de Florença no dia 11 de março de 1765, quando recebeu o nome de Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus. Durante toda a sua vida viveu o lema: “Escondida com Cristo em Deus”. Mais que “Mestra” foi um contínuo e magnífico testemunho de vida espiritual. Foi Apóstola do Sagrado Coração e de Nossa Senhora do Carmo, a quem amou entranhadamente.

A França salva do comunismo por Nossa Senhora da Oração - 1947

 “Rezai pela França que nestes dias está em grande perigo”. A Santíssima Virgem às quatro crianças em L’Ile-Bouchard no dia 8 de dezembro de 1947.
      “Em L’Île-Bouchard, um pequeno subúrbio de Touraine, não longe de Chinon, desde a manhã de 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, até domingo, 14 de dezembro, quatro garotinhas disseram ter visto a Santa Virgem, que lhes apareceu na igreja paroquial. Eis pelo menos a essência da mensagem, repetida várias vezes por Nossa Senhora:
“Peçam às criancinhas que rezem pela França”. “Rezem pela França, que nestes dias está em grande perigo”. “Não vim aqui para fazer milagres, mas para pedir-lhes que rezem pela França”.
     A perfeita coincidência dessas palavras com os graves eventos que as crianças certamente ignoravam é impressionante.

01 de setembro - Nossa Senhora de Montevirgem

A cidade de Montevergine foi fundada pelo padre da Congregação Beneditina, um peregrino proveniente da Terra Santa, Guilherme de Vercelli (1085-1142), filho de nobres que se tornou órfão e se converteu padre aos 15 anos de idade. A história se inicia com a peregrinação de Guilherme à Santiago de Compostela, quando após alguns anos retornou à Itália mantendo o desejo de peregrinar à Jerusalém. Neste momento, uma aparição de Jesus lhe aconselha a retornar à Irpinia e construir um santuário para a Virgem Maria no lugar dedicado à Grande Mãe pagã. Neste período, Guilherme firma-se sozinho por algum tempo em Melfi e depois no Monte Serico, perto de Atella, onde, por sua intercessão, Jesus opera o milagre de devolver a visão a um pobre cego.

1º DE SETEMBRO: INDICÇÃO(ciclo de 15 anos) DO NOVO ANO ECLESIÁSTICO

A Igreja de Cristo celebra neste dia a Indicção que, cuja terminologia romana significa limite, o que quer dizer o inicio do ano eclesiástico. Este termo vem da prática de que os imperadores romanos faziam cobrar, a cada ano, nesta época, um imposto sobre os seus súditos para a manutenção da armada. A taxa deste imposto anual era fixada a cada (todos os) 15 anos. E por isso que, igualmente, chamamos indiccão os ciclos de 15 anos que começam sob César Augusto, 3 anos antes do nascimento de Cristo segundo a carne. De outra parte, o mês de setembro é a época onde regressam os frutos das colheitas nos celeiros, preparando-se ao novo ciclo agrícola e dando graças a Deus pela sua benignidade para com a Criação. Faziam já assim os judeus sob o regime da antiga Lei. O primeiro dia de seu sétimo mês (inicio de Setembro), eles celebravam a Festa das Trombetas, cessando todo trabalho a fim de se consagrarem somente a oferenda de sacrifícios de agradável aroma e em louvor a Deus (Lv. 23, 24-25).

ORAÇÕES - 01 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
1 –Segunda-feira – Santos: Josué, Vitório, Terenciano
Evangelho (Lc 4,16-30)“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres ....”
Jesus apresentou-se com as palavras de Isaías (61,1): era o enviado pelo poder misericordioso de Deus para anunciar salvação para pobres, cativos, cegos, oprimidos e todos que precisassem da graça e perdão. Foi enviado para nos salvar.Se o acolhemos, ele nos envia para que também nós sejamos levemos salvação para todos, principalmente para os mais necessitados de salvação.
Oração
Senhor Jesus, sou um dos que precisam de libertação e salvação. Bendito sejais por virdes em meu socorro. Eu vos acolho como meu salvador, minha única esperança de felicidade. Enviai sobre nós o Espírito que nos prometestes, para que nos transforme e possamos, unidos a vós, ser e anunciar salvação e libertação para todos. Ajudai-nos anão desanimar diante das dificuldades. Amém.